17/05/2018
REGISTRO - O Stammtisch de Gaspar - criado e organizado há 12 anos pelo jornal e portal Cruzeiro do Vale - é uma marca da convergência, criatividade e descontração da cidade. Nele, amigos recebem amigos. O sucesso do Stammtisch está na permanente renovação e na adesão à ideia, inventividade e descontração - próprias dos jovens que quebram padrões e tabus. Estive em quase todos. Testemunhei as mudanças de comportamento. Esta foto no espaço do Cruzeiro do último sábado, onde os mais tradicionais nela prevalecem, mostra um desses momentos de pluralidade em favor da felicidade. Da esquerda para a direita: Altair Augustinho e esposa Marinês Testoni Theiss (ex-Defesa Civil), Gilberto Schmitt (proprietário, editor do jornal e anfitrião), Rafael Araújo Freitas (atual gestor da Defesa Civil), Kleber Edson Wan Dall, (prefeito pelo MDB), Álvaro Correia (radialista, colaborador do jornal e ex-deputado estadual pelo MDB), eu, Álvaro Correia Filho, Jean Alexandre dos Santos (Secretário de Obras e Serviços Urbanos de Gaspar), Pedro Inácio Bornhausen (chefe de Gabinete da prefeitura de Gaspar) e Francisco Felaço (empresário da Felix Alarmes).
O tempo é o senhor da razão. Os políticos de Gaspar lavaram mais uma vez a minha alma. Parte da imprensa daqui “descobriu” só agora que Silvio Cleffi, PSC, não possui limites na busca de status e poder político. Tudo concedido e devidamente orquestrado pelo PT, PDT e o PSD para ele ser presidente da Câmara.
Então! Como estou de “ressaca” do Stammtisch, onde nem água bebi, vou “olhar a maré” de camarote. E os meus leitores e leitoras também. Eles já tinham sido esclarecidos há meses sobre todos os fatos que fazem manchetes e comentários desde quarta-feira na cidade.
Enquanto os mágicos do circo político distraem à distinta ingênua plateia com jogadas de fatos velhos - os quais ganharam o Ministério Público que cuida da moralidade -, o PT, PDT, PSD e Cleffi, armam a nova emboscada para ver aprovado o Projeto de Lei 20/2018. Ele cria o cargo comissionado de “procurador geral” para a Câmara com ganhos superiores a R$9 mil por mês. O PL “abre a porteira” para outras coisas dispendiosas do mesmo tipo e pagas com os pesados impostos dos gasparenses.
Silvio chegou a marcar uma sessão extraordinária para terminar com o desgaste do debate público dessa matéria. Desmentiu este fato aqui via a assessoria de imprensa comissionada, apesar do ofício de convocação que ele fez chegar e protocolar nos gabinetes dos vereadores. Na verdade, ele cancelou a sessão. Temia à falta de voto. E exatamente do relator geral da matéria, Wilson Luiz Lemfers, PSD. Foi o parecer e Wilson, não totalmente atrelado ao esquema da oposição, que aguou o PL e incitou à polêmica.
Agora, Wilson pediu licença de um mês a partir do dia primeiro de junho. Quando a matéria for a plenário, caberá ao seu substituto seguir a orientação da majoritária bancada oposicionista (PT, PDT, PSD e Cleffi). Será caixão. Wilson terá então, lavado às mãos naquilo que lhe incomodava e por isso, “resistia”.
Na outra ponta, Silvio amarrou um assessoramento mais consistente para si, à mesa diretora e o bloco oposicionista e assim não dependa dos atuais assessores jurídicos e técnicos da Casa. Demitiu a sua assessora Rosemery Tomaz da Silva e pré-anunciou que está contratando o advogado que atua em Londrina, no Paraná, Itauby Bueno Moraes. Ele já assistiu a sessão na terça-feira à noite. É, por enquanto, uma simples substituição. O vencimento desta função é de R$4.458,89, brutos, incluindo o vale alimentação.
Com os três inquéritos instaurados pelo MP contra o presidente da Câmara, um deles, em segredo de Justiça, o doutor Itauby vai ter que mostrar serviço e sem demora. E não é contra a imprensa, o MP e os adversários de Cleffi.
Desempregado. Político dependente de nomeações em empregos públicos, Marcelo de Souza Brick, PSD, não é mais comissionado “Secretário Executivo de Assuntos Institucionais" da SC Participações e Parcerias. O MDB tomou o lugar do cabo eleitoral do deputado Jean Jackson Kuhlmann, PSD.
A campanha eleitoral ainda está proibida pela lei. A louvação de supostos candidatos em inauguração de obras públicas, mais ainda. Entretanto, nos grotões, os cabos eleitorais estão pedindo votos com candidatos, presentes ou não, em cerimônias públicas.
Ilhota em chamas II. Na inauguração do CEI da Pedra de Amola, o padre Idonizete Krieger, pediu votos para os deputados Rogério Peninha Mendonça e Aldo Schneider, ambos do MDB.
Ilhota em chamas III. O prefeito Érico de Oliveira, MDB, nas suas peregrinações, tem feito a mesma coisa. Como tudo está documentando e como os entendimentos na jurisdição têm se tornado mais rígidos para tais abusos, os candidatos correm riscos. Eles precisam, no mínimo, orientar melhor seus líderes, simpatizantes e cabos eleitorais.
Ilhota em chamas III. Faltou o povo. A prefeitura exibiu com discurso do prefeito, Érico de Oliveira, MDB, o novo caminhão compactador de lixo. Duas dezenas de servidores fizeram a plateia do “grande evento” no centro da cidade.
O presidente da Assembleia, Aldo Schneider, MDB, será candidato à reeleição? A legislação eleitoral proíbe a doação de bens e materiais em ano de eleições. Como ele, por seus cabos, pode anunciar e propagar tais atos por aqui, mesmo que virtuosos? Não é uso irregular da máquina público para votos? Com a palavra o Ministério Público Eleitoral.
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