16/03/2020
Sábado, o PL foi à escola Sítio do Pássaro Encantado, na Lagoa, acertar os ponteiros com Andreia em meio à uma atividade escolar. Na foto que percorreu as redes sociais, da esquerda para a direita, Bernardo Spengler, Rodrigo Althof, Andreia e o vereador Cícero
Faz cinco semanas (nove de fevereiro) que o senador Jorginho Melo, o que já trabalhou como gerente da antiga agência bancária do BESC de Gaspar, filiou o deputado Ivan Naatz, ex- PDT e PV no PL.
Faz quatro semanas que começaram as articulações por uma terceira via em Gaspar. Idas-e-vindas. Interesses antagônicos. Busca de poder. Gente a serviço de outros. E todos voltaram para a casa esfriar a cabeça.
Faz uma semana, finalmente, fumaça branca, mas com arestas. Márcio Cézar, ex-PP, PSL e que está de muda para o Aliança Brasil, concordou em ceder a presidência do PL para o engenheiro Rodrigo Althof, que já foi vice do então vereador Kleber Edson Wan Dall, MDB (2012), que esteve na equipe do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, como secretário de Planejamento, filiado no PDT e um dos braços de confiança de Naatz, PDT que está com Kleber depois de deixar o PT na rua da amargura....
Nesta arrumação, o então “dono” do PL, o médico Odilon Áscoli, de origem no MDB, que já deu apoio branco ao PT, concordou com a “re-oxigenação” do partido, e Bernardo Spengler, o preferido para esta transição abdicou desse papel. Ele é filho do ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, já falecido.
Com as melancias ainda desarrumadas neste novo caminhão, o vereador Cícero Giovane Amaro criou coragem, arriscou-se, e anunciou à sua saída do PSD onde esteve por 20 anos se filiar no PL. Foi a senha.
No sábado, foi a vez da professora, dona de escola infantil, a ex-vereadora e candidata derrotada à prefeitura (2016), Andreia Simone Zimmermann Nagel, que era do DEM e passou pelo PSDB, onde foi traída pelo poder de plantão que dominado a vereadora Franciele Daiane Back e que deu à presidência a Jorge Luiz Prucino Pereira. Virão outros.
Faltam 27 semanas para quatro de outubro. Até o dia três de abril, trair e coçar é só começar. Depois o cartório da Justiça Eleitoral fechará. Aí, as traições serão no escurinho, nos interesses, nos negócios, na chantagem. Acorda, Gaspar!
BATE E REBATE PARA QUATRO DE OUTUBRO
A luz amarela do paço passou a ser vermelha. Os “çabios” que rodeiam o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, estão cheios de ideias para conter a “onda”. A ordem é conter, a qualquer custo, à possível essa maré de apoios e filiações ao PL. Não será admitida qualquer deserção dentro do governo.
Não está descartada até à possibilidade de que o PL venha encabeçar uma chapa à prefeitura com apoios do DEM, PSL, PRTB, o Aliança pelo Brasil em formação, e outros que o ex-presidente do PSDB de Gaspar, Renato Luiz Nicoletti, chamou na área de comentários da coluna na internet de “desgarrados do pago”. Tudo para enfrentar os “agarrados do paço”.
Até três de abril o MDB, PP, PSDB, PDT, PSC vão gastar tempo, juras, promessas e fazer plantão no cartório eleitoral de Gaspar para na vigilância e artimanhas, impedir desfiliações no seu campo de poder. Um mal sintoma.
Qual o destino do PSD com a saída da sua “estrela” Cícero? Não se sabe, ao certo. O que é claro é que o presidente Marcelo de Souza Brick, ex-vereador, ex- presidente da Câmara, ex-candidato a prefeito derrotado, continua vestido de novo vice de Kleber, mesmo que não tenha cumprido parte do trato.
Ele devia garantir para o MDB o fechamento da boca e à neutralidade de Cícero contra as dúvidas do governo e que enfraquecem à reeleição de Kleber, quando se sabe que o erro estratégico, de imagem e a toxidade vêm de dentro do próprio governo, o presidente do MDB, e prefeito de fato, o secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira.
Qual o destino do médico, vereador e ex-presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, cria política e irmão de templo, Kleber? O PSC está sem identidade, mas já chegou até eleger o mais longevo dos vereadores (seis vezes), José Hilário Melato, do então poderoso PP. Melato está presidente do Samae.
Depois de Silvio pedir perdão pelo voo próprio que fez contrariando Kleber; depois dele ter dado independência à Câmara e impedindo que se tornasse um puxadinho de Kleber com Franciele Daiane Back, cujo PSDB nem estava àquela época no clube da prefeitura; depois de enfrentar a máquina do poder de plantão; depois de criar um novo nicho de admiradores e eleitores; depois de ser isolado pelo poder de plantão; Silvio resolveu voltar ao seio do governo.
Fim do calvário de Silvio por ter voado fora dos que o queriam “preso” à gaiola de poder? Não! Silvio continua marcado para morrer politicamente pelo poder de plantão. Vingança! A vingança que o enfraquece, a que o deixa exposto... Mais do que isso. Está sendo humilhado. Está sendo obrigado a pedir votos para si, mas para eleger a sua desafeta Franciele. Agora, entretanto, há uma possibilidade dele ocupar o espaço de Cícero no PSD.
Por outro lado, nem Marcelo tem mais certeza se ficará no PSD. Negocia. Na manga está a possibilidade dele ir para o PP. O atual vice de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, numa possível vitória de Kleber, iria para a presidência do Samae, cadeira já ocupada por seu falecido pai. Será preciso negociar um “status” melhor para Melato. Como se vê, só jogos entre os poderosos. Velhos e novos.
Alguns secretários de Kleber estão mapeados para serem candidatos neste quatro de outubro. Nem todos têm votos e chances, mas vão cumprir o papel que lhes foi reservado como leais ao projeto de poder no governo de plantão. Nem os substitutos serão melhores do que os que saem para buscar votos.
Entre os mapeados para deixar o governo Kleber e buscar votos ou abrir vagas na prefeitura para cabos eleitorais no jogo de forças, está a secretária de Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti; da Saúde, José Carlos de Carvalho Júnior; da Assistência Social, Santiago Martin Navia; da Agricultura e Aquicultura, André Pasqual Waltrick; da Fundação Municipal de Esportes e Lazer, Roni Jean Muller; do Samae, José Hilário Melato.
O desespero é tão grande que, a chefia de gabinete de Kleber e cuja titularidade é Jorge Luiz Prucinio Pereira, presidente do PSDB, evangélico, transformou a sua sala num escritório político. Ali se reune cartas e cacos de três anos de desastrosa gestão deste assunto no entorno de Kleber. O PSDB que perdeu musculatura, chegou convidar a promessa João Pedro Sansão, PT, para se filiar nele. Incrível! “Ficarei no PT”, assegurou laconicamente Sansão. A conferir.
Contudo, alguns do PT não descartam o apoio branco ao PL se ele tiver um nome à majoritária. É que o PT mancha qualquer nome seu, mesmo o de Zuchi e sente que se é para dar lição, é preciso esperar a vez do partido. É preciso no mínimo esperar secar lama em que está metido. O ronco das ruas é outro neste momento.
E o PSL de Gaspar? Sumiu! Ele está no cabresto do deputado estadual de Blumenau, Ricardo Alba, que já foi tucano e está compromissado com o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, via acerto que fez com o deputado evangélico e tutor religioso de Kleber, Ismael dos Santos, PSD. Nos templos, o PSL já recebeu o tranco.
E para complicar, na semana passada emissários do PSL estadual comandado por Fábio Schiochet, esteve por aqui para fazer diversos contatos e estudar uma intervenção na comissão provisória. Marciano Silva, assustado negou tudo [ou não sabia]. “Nada mudou. Estamos bem posicionados”, rebateu.
Imediatamente, o candidato do partido, o sindicalista, evangélico, Sérgio Luiz Batista de Almeida, que já foi vereador tucano, e candidato a vice pelo PR derrotado na chapa com o MDB, fez um vídeo e acionou a rede convidando os gasparenses à filiação.
Para finalizar este primeiro bate e rebate: a acomodação das melancias no PL, entretanto, não será fácil. Há muitos interesses em jogo e laços antigos também. Márcio Cezar oriundo do PP e cabo eleitoral de Melato, já fechou a porteira no PSL, no PRTB, se diz dono do Aliança pelo Brasil, teve que ceder no caso do PL.
Entretanto, a convivência dele no PL é preocupante. Por conta própria, e carregando o PSL, PRT e parte do PL, organizou uma manifestação pró Bolsonaro à tarde, para rivalizar e esvaziar uma feita na manhã pelo Demetrius Wolf que rivaliza com ele na formação do Aliança. Incrível! Márcio faz o jogo para Kleber, Melato e Carlos Roberto Pereira.
E o DEM. Está nas mãos do suplente de vereador Paulo Filippus que reapareceu no cenário político. Reluta colocar as cartas na mesa.
Os vereadores que defendem Kleber prometiam desqualificar o presidente Dionísio. Ele se antecipou e desarmou os ânimos. Uma entrevista na rádio esclareceu tudo
De cara, vou contar uma estória para que os que não conseguem entender à complexidade deste assunto na falta de transparência nas obras de drenagem da Rua Frei Solano, no bairro Gasparinho, em Gaspar. Os técnicos da própria prefeitura, Samae e empreiteira já atestaram em depoimentos anteriores, e só reportados aqui por três semanas seguidas, de foi licitada, contratada e fiscalizada uma coisa, mas foi feita, entregue e paga outra.
O que a prefeitura quer provar agora, depois de tanta lenga-lenga? Que ao menos a obra funciona para a comunidade! Um espanto. Só faltava ter feito tudo isso, demorar tanto tempo e não funcionar para os moradores de lá.
Os políticos esperavam que depois de perderem à paciência e dinheiro, os moradores deveriam continuar tomando água nas enxurradas. Incrível!
Além disso, se a obra funciona ou se em outros tempos era feita tanta confusão e não se tinha controle, também não é o foco da atual CPI. Isso só mostra, que quando o MDB era oposição ao PT, ele falhou e deixou o barco correr solto, e contra a comunidade.
A história é esta.
Um advogado vendo a causa perdida para o seu cliente que matou um homem bom, trabalhador e conhecido, trouxe testemunhas para atestar que seu cliente – o assassino - também era bom, trabalhador e conhecido.
- O senhor conhece o réu?”, pergunta o advogado assistente de acusação sob o olhar silencioso da promotoria.
- Conheço. É um homem bom e trabalhador!”, diz a testemunha de defesa.
- Ótimo. O senhor presenciou os fatos?”, pergunta o assistente de acusação lembrando à testemunha de que ela está sob juramento e em tese, não poderia mentir.
- Protesto meritíssimo”, interrompeu bruscamente o advogado de defesa em favor da sua testemunha e do seu cliente, o acusado de matar outro.
- Qual a razão, doutor?”, ponderou o juiz que presidia o interrogatório ao advogado de defesa.
- É que a testemunha veio aqui apenas para atestar à idoneidade do meu cliente”, argumentou o advogado de defesa ao tentar intimidar o assistente de acusação e o próprio juiz.
- Protesto não aceito. Estamos aqui para esclarecer um crime”, pontuou o juiz que pediu que o advogado assistente de acusação continuasse com a inquirição da testemunha.
- O senhor presenciou os fatos?”
- Presenciei”, murmura a testemunha que emenda mais alto e como um mantra: “ele [ o réu] era um pai de família, um homem bom e trabalhador”
- O senhor viu ele [o réu] matar a vítima?”, pergunta o assistente de acusação à testemunha.
- Protesto!” Grita o advogado de defesa que é contido nas argumentações pelo juiz.
- Vi”, responde a testemunha emenda: “ele [o réu] era um pai de família, um homem bom e trabalhador”.
- O senhor viu a morte daquele homem, então?”
- Vi”, e insiste “ele [o réu} era um pai de família, um homem bom e trabalhador”.
- Mas mesmo sendo um pai de família, um homem bom e trabalhador matou outro homem pai de família, outro homem bom e trabalhador!”, lembrou o assistente da acusação, para então se seguir outro alvoroço no julgamento.
- Pais de família, homens bons e trabalhadores quando matam não merecem ser condenados”, explicou aos jurados o advogado de defesa do réu matador.
- Não é isso que diz o Código Penal”, insistiu o assistente de acusação ao desmontar o mantra da testemunha. “E a lei é para todos”.
- Mas devia ser mudada para casos assim. Quem sabe comecemos hoje a fazer uma nova jurisprudência para os pais de família, homens bons e trabalhadores. Quando matarem não devem ser punidos”, sugeriu o advogado de defesa sem argumentação mais convincente para livrar o seu cliente do crime, da imputação e da condenação por ter matado outro “pai de família, bom e trabalhador”.
A lei, tipifica o crime. E nas atenuantes e agravantes não há espaços para inimputabilidade para homens por eles serem apenas pais de família, bons e trabalhadores.
E no direito administrativo, onde estão os desvios e descados do gestor público, esses espaços ainda são bem menores.
O CASO DA RUA FREI SOLANO
Criadas as devidas proporções e distâncias, foi isso que aconteceu nos depoimentos de dois moradores da Rua Frei Solano.
Sem conhecimento técnicos, segundo depuseram, pediram aos vereadores do governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, e membros da CPI, Francisco Hostins Júnior, MDB, e Roberto Procópio de Souza, PDT, para serem ouvidos.
Eles atestaram à necessidade da obra e a solução que ela proporcionou aos moradores.
Contudo, ao mesmo tempo, para desespero do governo, confirmaram pelas fotos comparativas mostradas no telão, que visualmente e também como leigos, a obra foi feita em desacordo com o que foi especificado no projeto. Ou seja, confirmaram todas as dúvidas que se tinha sobre ela e já admitidas anteriormente pelos engenheiros que executaram ou fiscalizaram o projeto.
Miguel Martins Azevedo e Ademar José Beumer, dois dos muitos prejudicados pelas enxurradas na Frei Solano, pouco puderam contribuir para livrar o prefeito Kleber e seus auxiliares desta enrascada. Ademar, o Adi, até se emocionou ao final do depoimento lembrando os dias de pânico.
Ao final, o que ficou claro para todos? De que o governo Kleber se pendura na solução que teria feito para a comunidade e que justificaria ter fugido aos padrões exigidos para as obras públicas. E para isso, se permite armar arapucas como a de quinta-feira passada onde ele próprio é aprisionado pelas circunstâncias das armadilhas que arma.
E continuará assim. Francisco Hostins Júnior requereu e o voto de Roberto Procópio de Souza sacramentou a vinda de todos os documentos onde se fez obras na modalidade de pregão com preços em atas. Esta não é a questão que está sendo apurada na CPI. Até mesmo o procurador jurídico da Câmara advertiu sobre isso. Pouco adiantou. E por que? Porque sem defesa querem inserir uma tese do costume. Ou seja, que o errado deve prevalecer, nunca ser mudado ou ser punido. Para os políticos, deveria valer no presente a Gaspar do brejo e a lei de um século atrás.
Na quinta-feira que vem deve ser uma reunião vap-vupt. E na última quinta-feira de março, depois de negar a presença na comissão do engenheiro que fez o projeto, Vanderlei Schmit, o os vereadores governistas concordaram em convocar para depoimento a Engeplan, a empreiteira contratada para asfaltar à rua e que a prefeitura colocou para correr – com o caso indo parar na Justiça -, bem como a engenheira fiscal dessa ação.
Para encerrar. O que ameaça ser um cavalo de batalha, não passou de um mal-entendido. Dionísio foi à rádio esclarecer e se retratar. Ele disse que o Ministério Público encontrou irregularidades. Não encontrou.
As duas engenheiras do Centro de Apoio Técnico do MP, escreveram que há indícios de superfaturamento de qualidade e quantidades nas obras da Frei Solano e que precisam ser apuradas. Elas não puderam concluir a apuração porque a obra já estava enterrada. É por isso, que Cícero que reabrí-las.
Ao final, Hostins concordou com as explicações públicas na mesma rádio e horário, sobre este atestado do MP. Acorda, Gaspar!
O caso é referente às acusações – não confundir com ofensas, defesas de ideias, debate acalorado – do ex-vereador, ex-líder do prefeito Pedro Celso Zuchi na Câmara e ex-presidente do PT de Gaspar, José Amarildo Rampelotti, contra a ex-juíza que atuou por 11 anos na Comarca, Ana Paula Amaro da Silveira. As acusações foram feitas tão logo ela saiu daqui para aproveitar uma promoção na Comarca de Florianópolis, de onde é oriunda.
Antes é preciso sintetizar o caso, aos que nunca tiveram conhecimento dele, que na época foi amplamente explorado aqui.
A juíza Ana Paula foi referência no Brasil na área da infância e juventude e aqui atuou preferencialmente nesta área, como o abrigamento modelo e à celeridade na busca por lares substitutos para as crianças e menores. “Os abrigos não são depósitos de gente esquecida”, argumentava. “É preciso criar oportunidades de laços, amor e perspectivas para os vulneráveis”, sublinhava.
Por outro lado, a juíza foi visada pelo governo petista de Zuchi, não só por exigir investimentos na área social de uma cidade dormitório, de um governo que se negava a um olhar técnico para o ambiente social e falhava naquilo que chamada de Desenvolvimento Social, que politizava este assunto, mas principalmente por decisões que ela tomou como juíza, todos em casos levados pelo Ministério Público para sua decisão, como e principalmente, o comprometimento estrutural da ponte Hercílio Deecke, diagnosticado pela própria Defesa Civil do governo municipal e providencialmente escondido.
Baseada em laudos técnicos Ana Paula mandou interditar parcialmente e recuperar a única ponte sobre o Rio Itajaí Açú e que servia a cidade e os cidadãos na ligação com a desenvolvida Marque Esquerda e com a BR 470.
E daquele dia em diante tudo desandou na relação de ambos. Não houve mais conserto.
A bancada do PT, como um todo, mas principalmente Rampelotti, foi dura com a juíza num jogo de exposição pública, intimidação e constrangimento como se atos de vingança fossem. Colocava-se em dúvida o trabalho dela à frente da Vara da Infância e Juventude, exatamente a pérola que cuidava e a projetava, insinuando que tudo isso era feito às escuras; que se facilitava um suposto tráfico internacional de crianças.
A desmoralização da idoneidade da juíza Ana Paula ganhou proporções e estardalhaço nacional quando a TV Globo apareceu por aqui e comprou a pauta petista. A Globo também é ré na Justiça por causa disso.
Como os vereadores não puderam provar o que acusavam –e que foram bem prá lá do exercício da dialética e das ofensas -, reiteradamente na tribuna, foi aceito na Jurisdição o argumento da defesa da juíza– que é baseado num artigo meu da época no jornal Cruzeiro do Vale. Resultado? Rampelotti – que da tribuna também estimulou perseguição e difamação contra mim, o jornal e o portal Cruzeiro do Vale, a partir da tribuna - foi condenado aqui e em Florianópolis.
O QUE QUER SANSÃO?
O que quer o petista e estagiário da ilustre banca brasiliense liderada pelo ex-ministro da Justiça de Dilma Vana Rousseff, José Eduardo Martins Cardozo, o gasparense João Pedro Sansão, que está na foto quando como suplente ocupou a tribuna da Câmara de Gaspar?
No Recurso Extraordinário do Supremo restabelecer a Rampelotti o direito da imunidade parlamentar da tribuna da Câmara, consagrada no artigo 29, VIII, da Constituição, que prevê a imunidade material do Vereador.
A luta tem sido árdua no ambiente jurídico para esse objetivo, até porque Rampelotti desistiu de perseguir esse direito quando aceitou a condenação em segundo grau do processo movido pela juíza Ana Paula.
Processualmente precisa se restabelecer o que prescrito está. Tanto que esta é a quarta tentativa para restabelecer ou ressuscitar um assunto que vem sendo refutado na totalidade ou por maioria no Supremo Tribunal Federal, onde ele se assentou com João Pedro e os advogados da banca brasiliense.
Já foram rejeitados o Agravo Interno. Ele negou o seguimento aos Embargos de Divergência opostos em face ao julgamento do Agravo Regimental interposto contra decisão que negou seguimento do Recurso Extraordinário, no qual ainda se debruçam o ex-ministro e o estagiário Pedro Sansão.
A aceitação deste novo pedido está nas mãos da ministra Rosa Weber. A imunidade invocada por Sansão se refere ao debate político e de ideias, não exatamente às acusações de fatos que não puderam ser comprovados pelos autores, que os réus sabiam serem falsos e sequer puderam comprovar no decorrer do processo.
Sansão pensa diferente, o acordão do Tribunal catarinense pode, no entender do estagiário, limitar perigosamente a inviolabilidade parlamentar na Tribuna. Baseado nele, outros políticos poderiam ser atingidos e condenados se fizerem o que Rampelotti fez como vingança contra a juíza Ana Paula.
“A grande questão é a jurisprudência. Entendemos que é importante anular o acórdão. E ainda haverá a possibilidade de ação de regresso”, Entretanto, João Pedro admite que “ainda não está claro o que vai ocorrer com os casos que tiveram execução provisória [ que é o caso de Rampelotti] e depois foram revertidos no Supremo como ele tenta com a banca brasiliense]. Mas essa é uma segunda questão”, concluiu.
Contrariando as recomendações de prudência que a pandemia do coronavírus exige, principalmente aos mais idosos, quase 200 pessoas, em algo um tanto inédito em Gaspar – algo semelhante aconteceu uma única vez para a derrubada de Dilma Vana Rousseff, PT -, foram pela manhã de domingo protestar nas escadarias da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo. Bandeiras brasileira, Hino Nacional, palavras de ordem e mini pronunciamentos marcaram o ato sob sol forte.
Tudo organizado pelo Demétrius Wolf. Ele é quem coleta assinatura para a formação do “Aliança pelo Brasil”, o partido do clã Bolsonaro. Oficialmente, teve a participação do DEM via o Paulo Filippus. O partido era alvo indireto devido a atuação dos presidentes do Senado e da Câmara, David Alcolumbre e Rodrigo Maia, respectivamente.
A manifestação foi para protestar contra os congressistas que pouco trabalham e usando os votos e os pesados impostos dos brasileiros, fazem chantagem contra o presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido, não aprovam as reformas, criam privilégios e despesas, passando a pesada conta para os bolsos dos brasileiros, vivenciando uma crise econômica, com 12 milhões de desempregados de carteira assinada e outros 30 milhões vivendo de bicos, cenário que tende a piorar com a crise do coronavirus.
A manifestação também foi dirigida ao Supremo Tribunal Federal. Ele tem privilegiado e protegido poderosos envolvidos em grossa corrupção e outros crimes, servidos por caros e influentes advogados. As decisões chegam a contrariar a lei expressa, justificadas por hermenêutica própria e particular dos julgadores.
O vídeo da manifestação de Gaspar compôs as redes sociais do próprio presidente da República e também foi comemorado por aqui.
GENTE PLANTADA PARA ATRAPALHAR E DIVIDIR
A nota negativa da manifestação de domingo em Gaspar ficou por conta da tentativa de boicote – pela confusão – do PSL, de Marciano da Silva e do candidato a prefeito pelo partido, o sindicalista Sérgio Luiz Batista de Almeida, bem como Márcio César, que está no PL, mas é ligado ao mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP. Márcio foi o porteiro do poder de plantão no PSL – de onde saiu – e no PRTB, o qual controla, tomou o PSL da noite para o dia e lá, mesmo não estando mais presidente, continua dividindo.
Há duas semanas o protesto tinha lugar, data e hora. Pasmem. Desde sábado, véspera da manifestação, Márcio e o PSL lideraram a comunicação marcando um evento paralelo para as 15h do domingo na mesma escadaria da Igreja Matriz. Alegavam que as 9h atrapalharia uma corrida de rua e seria esvaziado porque as pessoas estariam na missa, nos cultos, preparando o almoço, no lazer com os amigos e familiares, no...
Invencionices. Coisa plantada para dividir e melar o que podia dar certo.
Não deu certo o serviço que fizeram disfarçadamente em nome do poder de plantão. A tarde não veio ninguém. Pasmem, mais uma vez. Não vieram nem mesmo alguns dos que foram às redes atrapalhar o evento da manhã. Patético!
Na chamada que faziam pelas redes sociais, os organizadores da manifestação da tarde, e que não aconteceu, informavam, inclusive, de que haveria orientação do trânsito pela Ditran e proteção policial, como se isso não fosse possível à manifestação da manhã. E se precisava de proteção policial? Estranho!
Qual a conclusão disso tudo e ficou ruim para quem se arriscou?
A primeira de que o PSL, Almeida e Márcio não possuem liderança e capacidade de mobilização.
A segunda, de que eles no imaginário das pessoas e dos eleitores não representam Bolsonaro por aqui.
A terceira, de que a cidade está de olho em gente que diz ser uma coisa e trabalha por outra.
A quarta, se olhar o que conseguiram atrair para a manifestação que convocaram e ninguém apareceu, vão faltar votos nas urnas.
E por derradeiro: a quem interessa o PSL e o PL fracos senão ao grupo que está na prefeitura e quer se reeleger? Acorda, Gaspar!
Aviso: esta coluna não é feita em nenhum gabinete da prefeitura, não é local de plantação de jogos de interesses de grupos políticos, não está a serviço da minha promoção social e pessoal, também não vende espaços ou pior, sobrevive de migalhas dos que acham que jornal/portal são serviços de utilidade pública gratuitos, pois supostamente, não são negócios empresariais como qualquer outro e possuem custos.
Por isso tudo, e anos de desafios e enfrentamentos permanentes, esta coluna é a mais lida, acessada e acreditada.
Chororô. Os organizadores da manifestação de Gaspar contra os congressistas vadios e chantagistas e pró-Bolsonaro, reclamaram nas redes sociais de que a imprensa não estava lá cobrindo o “maravilhoso” evento.
Primeiro: eu não sou imprensa? Eu escrevi sobre este assunto desde o início e não preciso estar presente para opinar. Segundo: não é esse pessoal que quer patrulhar e desmoralizar a imprensa? Agora ela faz falta? Usem e abusem das redes sociais. A minha credibilidade não está a serviço de ideologias e partidos.
Só ontem, domingo, depois de ver o Brasil inteiro mobilizado para comunicar e enfrentar melhor o coronavírus, o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, o seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, o secretário da Saúde, José Carlos de Carvalho e o pessoal da Defesa Civil tomaram tento.
Falta de aviso não foi. Uma manchete aqui mostra que o governo estava tonto, atrasado e longe deste assunto.
“Quarta-feira. Um bafafá nas redes sociais e até nos bastidores dos veículos de comunicações. O hospital de Gaspar teria diagnosticado por desconfiança, um infectado com o coronavírus, colocado em risco os vulneráveis que esperavam por horas no pronto atendimento e despachado o infectado para Blumenau onde estaria numa UTI. Fez pouco para desmontar a fake news”.
Coisa de doido. Gente que fugiu da escola no antigo primário, foi há pouco para as redes sociais exibir os seus conhecimentos sobre a mutante e as vezes quase indecifrável macro-economia mundial. E com “autoridade” cravou que o coronavírus é uma invenção da China, a comunista, para baixar preços das commodities no mundo e principalmente nos deixar de joelhos. E o pior disso tudo? Tem gente que acredita.
Repercute em Gaspar e principalmente nas redes sociais, o que se abafa na imprensa. No sábado passado, um SUV Duster, da Ditran, foi abastecer com o cartão. Engoliu mais de 60 litros, mas o manual do carro diz que o tanque aceita só 50 litros. E o veículo chegou lá sem engasgar. Um bafafá.
Imediatamente entrou a operação abafa dos poderosos e políticos, ao invés de polícia e esclarecimentos. Se não tomar cuidados especiais, o motorista da Ditran, o frentista e quem está divulgando o fato serão os culpados pela confusão pelos poderosos da cidade. E o que sobraram para os consumidores? A conta e a dúvida da mágica!
Hoje, dia 16 de março, há 30 anos, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, mais tarde retirado por impeachment devido a improbidade administrativa, e sua ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, anunciavam o congelamento e passavam a mão em vários ativos dos brasileiros, entre eles, o da Caderneta de Poupança.
Perguntar não ofende: o que faz o vereador Evandro Carlos Andrietti, MDB, sair cedo de quase todas as sessões ordinárias que ele participa na Câmara? Está cansado da representação?
Foi suspenso o calendário de atividades comemorativas aos 86 anos de emancipação de Gaspar organizado pela prefeitura. Ufa! E não foi por causa da falta de público como se demonstrou aqui, mas acertada e preventivamente para a proteção da população diante da pandemia do coronavírus.
Antes, na Câmara, uma solenidade organizada pelo presidente Ciro André Quintino, MDB, reuniu os cinco prefeitos vivos: o atual Kleber Edson Wan Dall, MDB, o mais velho de todos, Evaristo Francisco Spengler, PP, Luiz Fernando Poli, PDT, Osvaldo Schneider, MDB e Adilson Luiz Schmitt, sem partido, como mostra a foto abaixo.
Aliás, foi um gasparense, Jacob Alexandre Schmitt, quando prefeito de Blumenau, é que emancipou Gaspar de Blumenau com outros municípios sob muitos protestos por lá. Jacob – abaixo reprodução da foto da galeria de prefeitos de Blumenau - era o tio-avô de Adilson.
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