18/04/2018
Esta pergunta do título dificilmente terá resposta à curto prazo. Contudo, de cara, apenas a consultoria que está cobrando R$149 mil – se ele não custar mais no decorrer de um ano pois ela pode reajustar até 25% - para fazer este trabalho.
Esse tipo de trabalho lembra muito a Iguatemi Engenharia com o Anel de Contorno de Gaspar – que não se implantou, mas o desgoverno de Raimundo Colombo, PSD, pagou uma baba para dizer ao fim que a obra financeiramente era inviável - ou com a Revisão do Plano Diretor – este com alto custo para os cofres de Gaspar - e que até hoje não se votou e por isso não se oficializou a tal revisão para os gasparenses. A consultoria, ganhará independente dele ser aprovado, emendado, usado e implantado pelos políticos no jogo de forças do governo, oposição, servidores e sindicato na Câmara de Vereadores.
Mais um papelinho, fotos, sorrisos, discursos e entrevistas sem perguntas. Creiam, parecem que eles estão rindo de nós.
O Plano – uma novela antiga, necessária, mas que os prefeitos anteriores sempre evitaram colocar a mão nessa cumbuca por fraqueza ou esperteza – foi assinado pelo então secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira uma semana antes dele deixar oficialmente a função.
Estranho que o doutor Pereira esteja fazendo isso agora. Ele estava de saída há quase dois meses para se reafirmar como titular da secretaria da Saúde, onde o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, perdeu a mão e o caos se instalou na área. É o terceiro secretário em 16 meses de governo.
Por que não ter deixado essa tarefa para o novo secretário de Fazenda e Gestão Administrativa que se “empossou” ontem para ao menos se disfarçar o ex-procurador municipal, Felipe Juliano Braz, na sua autonomia, mesmo que o indicado seja um “subordinado” do doutor Pereira? Estranho centralização!
QUAIS AS DIRETRIZES?
Faltou dizer ao distinto público quais as novas diretrizes que se assentarão esse “Plano” e os resultados pretendidos para a sociedade. Quais as inovações? Quais as oportunidades?
Quando o dito Plano de Cargos e Salários ficar pronto no ano que vem – praticamente um Control C e Control V do que já existe por aí e dependendo do modelo que se quer verdadeiramente para o futuro de Gaspar, ele vai para a Câmara. E lá o bicho vai pegar. Dificilmente aquilo que pregava o doutor Pereira – que está vestido de candidato - e se não mudar de discurso com o doutor Felipe, será possível aprová-lo.
É que o governo de Kleber por seu erro exclusivo, estará em minoria na Câmara. A não ser que há uma carta, cara, na manga. E quando escrevo cara, não estou falando em se criar uma maioria na bancada – coisa ainda possível -, mas ceder nos avanços necessários do dito “Plano de Cargos e Salários” para atender das demandas de privilégios dos servidores, sem mudar substancialmente a legislação local que o suportará.
Veja que um simples exercício da execução de uma lei com mais de 20 anos, que não implantou o Vale Alimentação como deveria, virou um cavalo de batalha pelo tal direito adquirido.
Com alguma sorte, esta matéria do novo Plano de Cargos e Salários irá a plenário no segundo semestre do ano que vem. E lá, será o cavalo de batalha dos servidores contra o governo de Kleber, PMDB e PP. Não vão querer perder direitos futuros – não estou falando dos adquiridos e que estão fora de questão e terão que ser preservados, mesmo que só possíveis no serviço público. Ou seja, a modernização do serviço público estará prejudicada pelo movimento corporativista e pelo jogo político. Quem estará exposto, possivelmente será o secretário da Fazenda indicado do doutor Pereira, e ele, o candidato, se julgará imune. É uma aposta.
TROCAR OS CARIMBADORES POR AUTENTICADORES DIGITAIS
Alguém poderia me perguntar, se os outros prefeitos não fizeram, se estamos atrasados, Kleber não poderia ao menos tentar mudar? Pode! Mais que isso? Deve! Antes, todavia, deve ter certeza de que pode fazer isso. E ao que parece, não tomou esse cuidado, ou então, não vai fazer a mudança que deve ser feita e modernizar a gestão estatutária, diminuindo-a e transformando-a em meritória para os dedicados e eficaz para os que a sustentam, os cidadãos com os pesados impostos.
E com minoria na Câmara não há clima para mudanças, mas apenas para acertos, negócios, corporativismo e privilégios para o futuro, deixando mais dívidas para os pagadores de impostos e mais problemas para os futuros administradores municipais. Só isso.
Então deve-se ficar parados? Não! Se não é possível avançar por um lado, é preciso buscar outros caminhos. Um deles é a tecnologia, a digitalização, a transparência e a interface entre o serviço público e o cidadão. Muda-se o foco.
Veja o que acontece com os bancos, para citar um caso mais popular. Quantos de nós ainda vamos às agências para consultar saldos, fazer transferências, efetuar pagamentos, chancelar transações, aplicações e investimentos se sujeitando a filas, desconfortos e principalmente a restritos horários ou a falta de humor dos que nos atendem?
O serviço público está atrasado e caminha muito lentamente às demandas do mundo de hoje. Está dependente de carimbadores caros, que nos desprezam, mas que pagamos, ao invés dos chanceladores digitais que podemos fazer a qualquer dia e hora, independente de feriado, greve e do local onde você esteja e crie a demanda com a respectiva solução.
O serviço público e o político, numa simbiose do atraso, têm medo de perder o poder que possuem para empregar gente incapaz, burocrata, estável – ou comissionada – seus cabos eleitorais e que nos torna dependente de filas, locais museus, difíceis de serem acessados, com regras, horários, dias e até mesmo povoado de criadores de “facilidades” para alguns e barreiras para outros.
Por que, sabendo que o Plano de Cargos e Salários terá dificuldade para ser concebido com a tal atualidade e ser aprovado na Câmara, ele não foi abortado e substituído pela modernidade do processamento dos serviços e a interface com os cidadãos? Óbvio!
Na era dos aplicativos, estamos criando fábrica de carimbos e exatamente num polo de inovação e informática, como o de Blumenau, nosso vizinho de minutos. É assim que se instala o atraso e que só convém aos políticos no poder de plantão e os que querem alça-lo um dia. Tudo pago com os nossos pesados impostos.
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES
Outro tema recorrente é a tal previdência dos servidores municipais e abordado no mesmo anúncio do tal Plano de Cargos e Salários. Alguém está enganando alguém no presente com sonhos futuros, a não ser que tudo, incluindo o comportamento dos políticos e gestores público, mude radicalmente.
Gaspar já não teve a sua previdência dos servidores? O que aconteceu com ela? Memória curta dos servidores e dos políticos.
E a fala ufanista dos políticos e gestores daqui acontece exatamente quando a Polícia Federal desencadeou na semana passada duas operações: uma no âmbito da Lava Jato para os fundos de pensões – como dos Correios - roubados por gangues de políticos que diziam representar os trabalhadores. A outra operação abrangeu vários municípios, onde os prefeitos não compareciam na sua obrigação, ou então, colocavam neles, gente feita para fraudar ou não gerir adequadamente esses fundos.
Tiraram dinheiro dos servidores e dos impostos dos cidadãos e os colocaram nos bolsos de poucos espertos. Os mesmos de sempre.
Previdência é coisa séria, seríssima, nos dias de hoje, quando vivemos mais e o nosso futuro se torna cada vez mais incerto. Jovens, somos levados por promessas, palavras e quando tomamos consciência, não há tempo para superar as dificuldades.
Quando se é idoso, doente, só e pobre, dependente de alguma previdência, é crime hediondo, ser surpreendido que não temos mais esse amparo. Tudo porque gestores e políticos nos tiram esse direito, por roubo ou gestão temerária, da noite para o dia. Cuidado com os falsos profetas de hoje! Este filme está se repetindo aos montes como o conto do bilhete premiado. Sabe-se do engodo, mas vira e mexe caímos nele. Acorda, Gaspar!
*O autor deste texto é educador em Gaspar. E por motivos óbvios, pediu-me o anonimato. Respeitado. Ele mostra que esta coluna é um Fórum dos desastres da cidade e que os políticos resistem em muda-lo, fazem sob as mais variadas artimanhas, e até constrangimentos, humilhações e perseguições. Mas, tudo se sabe. E ainda querem calar a imprensa, a coluna...
A pergunta acima não é carregada de nenhuma curiosidade específica, visto que os diretores escolares, via de regra, quando não parecem estão dando conta do recado.
Uma escola, tem toda uma geografia própria de ideologias, um tipo diferente de gente que nem se bica, ou que se atura e aqueles antigos que só fazem cumprir o horário.
Curiosamente, o Município nesta semana aprovou para as 06 maiores escolas, a criação do cargo de diretor adjunto... vejam só mais um penduricalho, dentre tantos, é antevisto que muitos dos que planejam ou almejam este cargo de primeiro "aspone", já tem encaminhado as suas nomeações, visto que três destes educandários terão a indicação da prefeitura, e três os diretores atuais seriam os nomeadores.
Há a necessidade de trazer, dentre estes todos os educandários, um diretor que tá dando um tom diferente como administrador escolar.... dentre as grandes decisões, criou uma sala contígua à sua, para a professora de artes, a ex-diretora do Luiz Franzói, ou seja, há uma professora que teve uma sala criada para si, onde o nobre diretor chegou a ameaçar o zelador, eis que quando o diretor ordenou para pintar a nova sala, este o inquiriu: "´porque não pintar a escola toda"... com ameaças de levar o assunto à secretaria da Educação, ele conseguiu que pintassem a nova sala...
Agora, vamos pensar bem, já pensou se cada um dos professores tivessem o direito a uma sala individual, começa por aí, a implementação de um tratamento diferenciada a uma colega, que por sinal possuí a chave da sala da direção e invariavelmente está naquela sala, demonstra uma falta de altivez, uma falta de gestão deste diretor, que a boca pequena já estaria encaminhando a sua professora da sala contígua para assumir o cargo de diretor adjunto.
A secretaria da Educação pretende adotar este critério para todos os professores de Artes do Município, para que estes tenham a sua sala individual?
O Município está compactuando para este tratamento diferenciado?
O Município já concedeu o aval para a nomeação desta professora como diretora adjunto?
Isso ocorre como demonstração de força do político daquela região que já bancou uma diretora para uma CDI?
E há mais, invariavelmente, este diretor, não admite desconfiança ou mesmo ser questionado, faz perseguições veladas, se presta a pressionar outros colegas contra aqueles que divergem dele ou da professora da sala contígua.
Há uma tênue diferença entre ser diretor, e demonstrar desprezo pelo bem público, e este diretor está muito próximo da segunda hipótese....
O que a Secretaria da Educação do Município fará? Continuará omitindo estes fatos da comunidade? Manterá o assunto como se o Diretor merecesse toda a sorte de atitudes enquanto, nada lhe questionam, sendo a escola uma extensão da forma como o Município trata a coisa pública?
Do leitor e professor Roberto Basei: "na política então bem próximo da 'renovação' com Kleber Edson Wan Dall, MDB. O comentário, rápido, explicita, as contradições que tanto esta coluna mostra, mas que não há emendas. Veja a tal eficiência.
A expectativa. Está no Plano de Governo do prefeito eleito de Gaspar, na Parte IV, a que trata 'Da Educação, Cultura e Esporte', propostas pelo PMDB, PP, PSC, PSDC e PTB e que teve Carlos Roberto Pereira como coordenador de campanha: 'Ampliar a quantidade de vagas em CDI`s, construindo novas unidades e viabilizando parcerias público-privada".
A realidade segundo a conclusão de Basei: 'compramos R$34.000,00 em livros para a Educação Infantil e saímos na foto'".
A minha observação: a fila na creche está perto de 1.200. E todos em silêncio.
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