QUEM PERMITIU O AUMENTO DOS IMPOSTOS DOS COMBUSTÍVEIS FOMOS NÓS E PARA PAGAR COM ELE, A FARRA E ERROS DOS POLÍTICOS QUE ELEGEMOS - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

QUEM PERMITIU O AUMENTO DOS IMPOSTOS DOS COMBUSTÍVEIS FOMOS NÓS E PARA PAGAR COM ELE, A FARRA E ERROS DOS POLÍTICOS QUE ELEGEMOS - Por Herculano Domício

24/05/2018

SOMOS TODOS CULPADOS I

Quando a produção mundial do petróleo estava “barata”, permitimos que os políticos que elegemos e os governos de plantão, inclusive e principalmente os do PT, aumentassem até 50% dos já pesados impostos sobre o diesel e a gasolina. Tudo sem retorno ao cidadão. Tudo para fazer frente à gula bilionária da corrupção, dos gastos sem controle, das tetas sem fim dos cabos eleitorais, das estruturas pesadas do funcionalismo, das mordomias, das diárias, das viagens sem fim, dos privilégios e altos salários e aposentadorias precoces de políticos e de uma casta de servidores nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). E você acha que isso é só em Brasília? Olha o que acontece no governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, no de Érico Oliveira, MDB, e o que quer o presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC.

SOMOS TODOS CULPADOS II

E a conta – e a realidade, principalmente - veio por um movimento do republicano Donald Trump ao supostamente proteger os interesses econômicos do seu país, os Estados Unidos, aliada à sua política de relacionamento mundial: o dólar disparou e o petróleo, mundialmente. E aqui a coisa pegou, pois temos 50% de tributos de todos os tipos nos combustíveis para fechar a cara conta do país, estados e municípios. Num país sem trem por culpa de nós, políticos e governo, os caminhoneiros foram às ruas. Num tempo de crise econômica, não é fácil repassar custos. Todos espremem. E sobra para os mais fracos nessa cadeia. Ganham com a desgraça da maioria, vejam só, expertos, políticos...

SOMOS TODOS CULPADOS III

Em Gaspar, depois de dois dias em que a gasolina baixou nas refinarias (é só consultar o site da Petrobrás) um posto, sem bandeira, na Duque de Caxias, no Centro, aumentou em segundos, na quarta-feira à tarde, a gasolina comum: de R$4,11 para R$4,999. O dono desafiava: “ninguém precisa comprar aqui, mas todos virão porque vai faltar”. Ou seja, abuso, extorsão e uma ação que revela a motivação da alta: bem distante do custo do produto, impostos e operação. Críticas e denúncias nas redes sociais. E o Procon defensor dos consumidores de Gaspar? Calado! Uma representação no MP vai tentar reparar esse tipo de crime. O “empresário” desdenha. Acha que está certo. Pior mesmo, foi ver o vereador gasparense Evandro Carlos Andrietti, do MDB de Michel Temer, o enrolado nessa história, ir de madrugada dar apoio ao movimento dos caminhoneiros. Proposta, nenhuma. Demagogia, total. E tem gente que compra em postos com esse viés de descompromisso com o seu cliente e vota em político não dá valor ao dinheiro do eleitor disponível apenas para bancar eternamente as suas farras. Outubro está aí. Não perca a peleja; não reeleja. Somos todos culpados por esses impostos escorchantes, em tudo. Tiram da gasolina e colocam em outros. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Da série quando o rabo abana o cachorro. O presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, está comendo o pão que o diabo amassou desde que traiu o governo e o “irmão” que o criou politicamente, Kleber Edson Wan Dall, MDB. Silvio como presidente do Legislativo se achou por bem se instalar em um poder paralelo contra o Executivo.

Contudo, Silvio logo percebeu que o mundo de pesos e contrapesos na política é bem mais complexo, do que simplesmente à vontade unilateral de um novato nela. Ainda mais em Gaspar. Tentou enfrentar o MDB e PP para manter a interferência que vinha tendo como aliado de Kleber na Saúde Pública e em defesas dos seus médicos. Não deu certo.

A serviço do PT – que fez a intervenção marota no Hospital de Gaspar -, PDT e PSD que o elegeram presidente da Câmara e fora do script, inventou inicialmente um cargo de “procurador geral” comissionado de alto vencimento (mais de R$9 mil por mês) para atuar paralelamente (ou contra) ao efetivo “procurador jurídico” e que já existe na Câmara e ganha menos do que o “novo”.

Diante da ampla repercussão negativa, Silvio teve que adiar a votação do projeto e a “contratação”, de um profissional interior do Paraná e que agora virou o seu “assessor”, Itauby Bueno Moraes.  

Primeiro como médico, Silvio diz que o seu foco é melhorar a caótica Saúde Pública de Gaspar e até fez um “pacto” com os vereadores para isso, apesar de não ter mais interferência direta nesse assunto no Executivo. São R$110 mil por ano que poderiam “sair” da Câmara, num gesto solidário no tal “pacto de todos” para a Saúde.

Segundo: o relator da matéria, Wilson Luiz Lemfers, PSD, colocou água nesse chope invocando a tal desproporcionalidade; houve uma “revolta” entre os funcionários da Casa e provou-se que atende na quantidade e qualidade a demanda da mesa diretora; percebeu-se que este não seria o único do caro inchamento da Câmara – virá mais conforme discurso que Silvio fez; e o governo Kleber está tentando se imunizar à uma manobra que Silvio, PT, PDT e PSD fazem para deixa-lo ainda mais vulnerável no parlamento do que já está com a tal minoria.

Agora, diante de várias representações que chegaram ao Ministério Público de Gaspar e que cuida da Improbidade e que questionam à conduta administrativa de Silvio na Câmara, ele está dizendo que mais do que nunca, foi mal assessorado pelos assessores da Câmara, induzido ao erro e que esses fatos por si só, justificariam à mudança da Legislação e à contratação de gente cara só para protege-lo no mandato com questionamentos.

Era só o que faltava. Com essa revelação, Silvio confirma publicamente o que no ambiente interno é conhecido: de que ele possui problemas de gestão, comunicação e relacionamento com a equipe que está à sua disposição para assessorá-lo na Câmara e é paga pelo povo. Não confia nela. E como resultado quer aumentar a conta para o povo pagar duplamente.

O verdadeiro assessor de Silvio até então, nem estava contratado sob qualquer abrigo legal, nem possuía qualificação para tal. Luiz Carlos Fernandes está na mira de todos, inclusive do MP. “Era um amigo, que me visitava no gabinete”, minimizou, orientado, Silvio na tribuna.

Há provas de que Luiz é quem coordenava e repassava ordens administrativas do presidente aos efetivos e comissionados, inclusive, controlava, interferia até – como censor - nos textos de press releases dos vereadores da minoritária bancada da situação.

Como se meteu numa enrascada, não conseguiu trazer a equipe de assessores para si, evitou a transparência e o diálogo, Silvio quer provar agora que está sendo traído pelos funcionários da Casa para contratar os seus, com salários bem acima dos efetivos. Foi assim na Saúde onde mexeu os pauzinhos e colocou os seus de confiança sob o argumento de mudança e controle. O resultado continuou ruim. É mais um caso em que o rabo abana o cachorro. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1852

Comentários

Herculano
28/05/2018 08:34
Ao Sidnei

A opinião divergente se faz com respeito. Quando não se tem fundamentos, desqualifica-se de forma chula. Este é um espaço plural. E nele prevalecem quem tem idéias.
Sidnei Luis Reinert
27/05/2018 21:36
Ainda bem que não sou filho dessa mãe prostituta, que largou os estudos e nem aprendeu a ler um texto que nem foi escrito por mim, mas sim, por um profundo entendedor de leis do Brasil. Enquanto ao arroz... vc viaja bem na maionese em seus delírios... e vc parece um militante do MBL, grupo que quer a liberação das drogas e aborto e quer que a Petrobrás deixe de ser uma estatal Brasileira, mas não se incomoda se ela vier a ser uma Estatal Chinesa! #MBL=esquerda.
Herculano
27/05/2018 20:06
AMANHÃ, SEGUNDA-FEIRA, É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA PARA OS LEITORES E LEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, ATUALIZADO E ACESSADO DE GASPAR E ILHOTA
Herculano
27/05/2018 19:40
BOLSONARO E SEUS SEGUIDORES FAZEM EXPLORAÇÃO ABJETA DA CRISE; SE ALGUÉM DUVIDAVA DA TOXIDADE DESTE SENHOR, NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA A DÚVIDA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Existe uma "questão" envolvendo o preço dos combustíveis? Existe. A própria Petrobras deve se perguntar se a prática em curso, de formação de preço, é a melhor para o país e para a própria empresa no longo prazo? Acho que sim. E ainda voltarei a esse ponto. Dito isso, vamos àquilo que salta aos olhos: na origem do dito "movimento dos caminhoneiros", o que se tem é uma paralisação promovida e sustentada por empresas. Trata-se de locaute, como escrevi aqui na madrugada de sexta. Mas a coisa não para por aí. Há também os oportunistas da crise, E um deles, também resta evidente, é o deputado Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência.

A despeito de toda truculência promovida pelo clã Bolsonaro, setores da imprensa, que andam com medinho das redes sociais, tendem a ser condescendentes com ele, enxergando a figura de um bufão onde está um agente de altíssima toxicidade para o processo político. É impressionante! Não há resposta errada que este senhor não abrace. No caso, a mobilização obviamente incentivada por empresas ganhou as redes sociais e ferramentas de troca de mensagens, em especial o WhatsApp. E está tudo lá. A revista "Piauí" se infiltrou em alguns grupos de caminhoneiros. Eles querem duas coisas para resumir: a) Bolsonaro presidente e b) intervenção militar já. Ainda que aparentemente contraditórias, no aparelho mental construído para conciliar as duas ações, os militares destituiriam Temer agora e, bem, colocariam Bolsonaro em seu lugar em janeiro. A eleição, por óbvio, vira um detalhe.

Bolsonaro, ele mesmo, foi ao Twitter para assegurar que "Qualquer multa, confisco ou prisão imposta aos caminhoneiros por Temer/Jungmann, será revogada por um futuro presidente honesto/patriota" e que "a melhor maneira de resolver problemas é evitar que apareçam. Os responsáveis pela crise são ótimos para distribuir ministérios, estatais, diretorias de bancos... que geram ineficiência do estado e corrupção. Essa é a "governabilidade" que vem destruindo o Brasil".

Ninguém mais tem o direito de duvidar de que Bolsonaro é o tipo de político que faz malabares com fogo à beira de um tanque de gasolina. A rigor, para ele, quanto pior a situação, convenham, melhor. Seu discurso em defesa de uma suposta "ordem" progride com mais desenvoltura na desordem. O vídeo do advogado Gustavo Bebbiano, seu braço direito, defendendo a greve e a ação dos caminhoneiros, não deixa a menor dúvida. O fascismo caboclo ou não, mitigado ou não, fanfarrão ou não, convenham, progride é no caos.

Está tudo dito: "Não sou político, mas acompanho o maior político do Brasil na atualidade: JaIr Bolsonaro. O PT prometeu parar o Brasil e não fez merda nenhuma porque quem não trabalha não tem força para parar porra nenhuma. Quem trabalha é que tem força para parar o Brasil", diz Bebbiano. Parece que, no dia em que discursou, o seu "trabalho" era parar o país.

Como resta claro, para tentar se eleger, Bolsonaro topa deixar os hospitais sem oxigênio, os marcados sem comida, as escolas sem alunos, a sociedade sem segurança pública. Assim, primeiro vem o Apocalipse. E, depois, claro!, a redenção. E o Bolsonaro saberia julgar os vivos e os mortos, separando quem presta - os de sua turma - de quem não presta: todos os outros. E por isso que ele se juntou ao mensaleiro Valdemar da Costa Neto: para salvar o Brasil!

Eis a conspiração de patriotas que ameaçou levar o país ao colapso.
Uma mãe
27/05/2018 14:39
Qual a diferença entre um bolsonarista, ou um petista ou comunista.

Nenhuma.É só olhar para Hitler, Mussolini. Todos são radicais, enganam e usam os trouxas para suas causas de poder e não para efetivamente melhorar a vida de um pais e minimamente das pessoas. Todos passam a conta das suas loucuras para o povo. Governo não faz dinheiro. Ele cobra impostos para se sustentar.

E agora, o Sidnei diz que os contratos de importação de petróleo da Petrobrás são de longo prazo e por isso estariam o preço deles, estabilizados.

Ou o Sidnei não sabe o que é um contrato de fornecimento de commodity regulado por preço internacional, ou como os políticos que ele apóia, também se juntou a eles para enganar os incautos eleitores.

Um contrato com preço volátil, regulado pelo mercado internacional, só é feito com compromisso em quantidade, prazos, parâmetros, logística e especificações de qualidade.

O preço é ditado pelo mercado.

O Sidnei mora perto da arrozeira ali no Belchior Central e os seus parentes sempre lidaram com isso, sempre fizeram isso.

Assinaram um contrato de venda com um descascador para entregar parte ou toda a próxima safra, até ao mínimo de tantas sacas. O preço ajustado, está no contrato, ficou o que estaria valendo para o dia da retirada da mercadoria, ou do efetivo pagamento, ou de um ponto de ajuste futuro numa conta corrente com o descascador, mas sempre atrelada a cotação do dia.

Então, ninguém compra por contrato - mesmo havendo uma antecipação parcial - uma commodity sujeita a preço internacional ou nacional - como é o caso do arros, do gado, do porco - senão com a liquidez em dia certo e perto da retirada ou do uso.

E para encerra. Pergunte ao Sidnei se ele é a favor da privatização da Petrobrás e abrir a concorrência entre os produtores de petróleo no Brasil. Bolsonaro é contra. Ele é um estatizante, um nacionalista como Maduro, coisas que unem esquerda e direita. Então tudo vai continuar pior do que está.
Roberto Sombrio
27/05/2018 12:51
Oi, Herculano.

GOVERNO EDITA DECRETO QUE PERMITE REQUISITAR CAMINHÕES.

Os burros que não sabem nem cuidar de casa, vão fazer o que com os caminhões. Provavelmente para aumentar o desemprego, já pra isso eles tem 40 ministérios. Até sexta tinha 39, mas como o tal "gato angorá" foi deslocado pra outro ministério, Temer não perdeu tempo de continuar roubando do povo e preencheu o de numero 40.

O ministro Carlos Marum disse que o governo vai ver uma forma de atender dentro da lei as mesmas reivindicações que foram atendidas pelo governo de São Paulo. Eles não fazem tudo fora da lei? Agora que é para os outros tem que ser na lei.

O governo está fazendo duas reuniões por dia no Palácio do Planalto e age perante a mídia como se fosse estado de guerra, no entanto as 9h da manhã Temer ainda não havia chegado no Planalto. Sim, mas não é estado de guerra? Então ao invés de dormi em casa para brincar com o cachorrinho da Marcela devia dormir no Planalto.

Mas está perto de acabar. Está muito perto de por um fim nesses governos lixo. Chegou a hora de soltar as amarras.

Dizem que bares restaurantes e quiosques estão prejudicados. Porque não almoçam em casa? Os idiotas que nem sabem o que fazer desabasteceram os postos. Quando acontece uma catástrofe saem feito loucos a doar o que tem e o que não tem e agora na crise da greve assaltam o próximo com preços abusivos. São ou não canalhas.

Vai demorar mais um pouco, mas as dificuldades e a dor ainda serão maiores até que o brasileiro aprenda o que é realmente um país, uma DEMOCRACIA.
Sidnei Luis Reinert
27/05/2018 12:32
Crime e Combustíveis


Artigo no Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Antônio José Ribas Paiva

Os contratos de importação de petróleo são de longo prazo, com preço fixo. Portanto não sofrem influência do mercado especulativo, que é cotado diariamente.

Além disso, atualmente, a produção nacional é grande, com o custo de no máximo 4 dólares o barril. Acrescente-se ao custo 300% de lucro E o petróleo nacional deveria , entrar na média de custo com o importado, por $16 dólares o barril.

Não há crise de abastecimento de petróleo, portanto, é CRIME CONTRA A ECONOMIA POPULAR, estabelecer o custo dos combustíveis, com base no mercado especulativo, que não chega a 5% do comércio mundial de petróleo.

O governo federal sabe disso, mas esconde o sol com a peneira, para capitalizar a Petrobras, que os próprios políticos roubaram, comprando refinarias sucateadas nos EUA e no Japão, por exemplo.

O governo é o culpado pela crise de abastecimento, porque pratica confiscos de toda natureza contra caminhoneiros e proprietários de veículos em geral.

Esse modo criminoso de confiscar a população, praticado pela classe política é apenas um exemplo das práticas do governo para nos manter na escravidão.

Passou da hora!!!

INTERVENÇÃO JÁ!!!

Antônio José Ribas Paiva, Jurista, é Presidente do Nacional Club.
Herculano
27/05/2018 10:45
GOVERNO FRACO E CHANTAGEM PRODUZEM SOLUÇÃO PRECÁRIA PARA GREVE, por Bruno Boghossian

Crise dos caminhões deixou de vez o campo da negociação e das políticas públicas

A resistência dos caminhoneiros e a decisão do governo de convocar as Forças Armadas mostram que a crise deixou de vez o campo da negociação e das políticas públicas.

O país caiu numa cilada. Michel Temer fez acordo com líderes de fachada, decidiu bancar prejuízos da Petrobras para dar diesel mais barato aos motoristas temporariamente e, agora, ameaça tirar à força das estradas aqueles que continuam parados.

Seja qual for o desfecho dessa crise, o resultado será precário. Ainda que consiga desmobilizar os grevistas com a ajuda dos militares, o governo enfrentará um estado permanente de insatisfação. O aborrecimento com o custo dos combustíveis permanecerá tanto entre caminhoneiros quanto entre motoristas que abastecem seus carros com uma gasolina cada vez mais cara.

Se a paralisação persistir, Temer será obrigado a lançar mão de gambiarras, como a redução de tributos sobre o diesel por decreto. Para chegar ao fim do mandato, o presidente dispensaria uma receita bilionária.

O Planalto já avisou que qualquer corte sobre o PIS e a Cofins só valeria até o fim deste ano. A carga tributária sobre os combustíveis, portanto, não mudaria de vez. O próximo presidente (seja quem for) precisaria explicar o aumento nas bombas em seu primeiro dia de governo.

Não há discussão séria sobre impostos e sobre o peso do Estado em um ambiente de chantagem, e muito menos com um governo enfraquecido por sua impopularidade.

A candidatura governista de Henrique Meirelles foi lançada sob a propaganda da retomada da economia após a devastação dos anos Dilma Rousseff. O ex-ministro da Fazenda criou até um slogan: "Quando o Brasil tem problemas, chama o Meirelles".Sob essa perspectiva, o legado de Temer também poderia usar o comandante do Exército como garoto-propaganda. Oposição à reforma da Previdência? Violência fora de controle no Rio? Greve de caminhoneiros? Chama o Villas Bôas
Herculano
27/05/2018 08:55
HUMILHAR-SE, PAGAR, SER ENGANADO, por Carlos Brickmann

O caro leitor se preocupa com as negociações entre Governo e líderes dos caminhoneiros grevistas? Preocupe-se mais: é tudo pior do que parece.

Greve de caminhoneiros não houve: o que houve é locaute, paralisação promovida por patrões. Greve é regulada em lei. Locaute é proibido por lei.Governo não há: o sistema oficial de informações (apelidado, veja só, de "inteligência") não sabia da paralisação. O festejado ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, candidato à Presidência, não tinha percebido que a alta dos preços do diesel, por mais correta que fosse, estava prejudicando o setor dos transportes, e não havia pensado em nenhuma compensação para salvá-lo. Quando a paralisação foi deflagrada, o Governo não sabia o que fazer. Presidido por um doutor em Direito Constitucional, em vez de recorrer à lei deixou-se conduzir pelo Congresso. Tudo bem, nosso Congresso é o melhor que o dinheiro pode comprar, mas parece insaciável. Cobrou mais e reduziu a receita do Governo, já atolado num imenso déficit.

Na hora de negociar com os líderes da paralisação, o Governo já deveria ter notado que se tratava de um locaute: praticamente só havia empresários do outro lado da mesa. Michel Temer poderia (e deveria) exigir ao menos o fim dos bloqueios nas estradas. Preferiu deixar a lei pra lá, ceder tudo, pedir desculpas por existir, para a qualquer custo evitar o confronto.

Esqueceu a dignidade do cargo, humilhou-se. E teve o confronto.

VORACIDADE

A redução de impostos aprovada às pressas pela Câmara derruba em mais R$ 12 bilhões a receita do Governo (que já é insuficiente para cobrir as despesas). O substituto de Meirelles no Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, diz que não há onde buscar dinheiro para cobrir o rombo. Mas a voracidade dos nobres parlamentares era tão grande que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, filho de conhecido economista, errou na conta: garantiu que o custo seria de R$ 3,5 bilhões.

Quem liga para R$ 8,5 bilhões de diferença? Afinal, não é ele que paga a conta. E por que tanta vontade de baixar impostos? Ora, alguns parlamentares para dizer aos eleitores que lutam contra tanto imposto. Outros, para lembrar aos setores beneficiados que um voto nessa questão que tanto lhes interessa é precioso, vale ouro.

O CONFRONTO

Sejamos sinceros: a Presidência da República é exercida, hoje, pelo general Sérgio Etchegoyen, de excelente reputação. Tem problemas: suas decisões, como presidente de fato, têm de passar pelo presidente de direito, Michel Temer. Ele participou (ao lado do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e do ministro da Defesa, general da reserva Joaquim Silva e Luna), da reunião em que Temer anunciou que as Forças Armadas iriam participar do confronto com os caminhoneiros.

Na véspera da reunião, quando Temer ainda acreditava que os líderes da paralisação cumpririam o acordo de trégua com o Governo, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, já determinava a mobilização da tropa. Não tomou essa decisão sozinho, nem por ordem de Temer. Se, como prometeu um dos líderes da paralisação, os militares não forem obedecidos, pode haver incidentes sérios. Militar manda ou obedece. E a ordem é desbloquear as estradas, com apoio das PMs. É um confronto complicado: boa parte dos líderes da paralisação quer ver as Forças Armadas dirigindo o Brasil.

LEMBRANDO

Há alguns anos, este colunista visitou Guaxupé, simpática cidade mineira que hospeda a maior cooperativa de café do mundo. Na época, com preços mais baixos do que hoje, a Cooxupé movimentava US$ 300 milhões por ano. O maior shopping center da cidade chama a atenção: é igualzinho a uma estação de estrada de ferro.

O motivo é que lá, antes, era a estação ferroviária. Um dia, houve um problema na linha da Fepasa, no Estado de S.Paulo, que exigia a troca de uns dois quilômetros de trilhos, reforço da base de concreto e brita e novos dormentes. O Governo paulista preferiu desativar a linha, isolando Guaxupé. E os US$ 300 milhões anuais de café passaram a seguir para Santos de caminhão. Quem dá força à paralisação?

PÁ DE CAL 1

A ideia de Lula, de registrar sua candidatura à Presidência e esperar que alguém a impugne, para ganhar tempo até, quem sabe, as eleições, pode morrer nos próximos dias: o Tribunal Superior Eleitoral deve votar a norma que impede o registro de candidatos que não atendam aos requisitos da Lei da Ficha Limpa. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a tendência do TSE é aprová-la por unanimidade. Em seguida, o Ministério Público pediria uma decisão que torne automática a proibição de pedir registro ao TSE.

PÁ DE CAL 2

Se Alckmin tem hoje dificuldade para decolar, imagine se Josué Alencar sair mesmo candidato pelo mesmo setor político e pagando sua campanha.
Herculano
27/05/2018 08:43
'GREVE DE CAMINHONEIROS'. ONDE? por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O governo capitulou diante de movimento estimulado pelos empresários de cargas rodoviárias

De uma hora para outra, houve uma greve de caminhoneiros, e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, tornou-se o responsável por dias de caos. Duas falsidades.

O que houve não foi uma greve de caminhoneiros, mas uma doce parceria com os empresários do setor de transporte de cargas rodoviárias. Diante dele, o governo capitulou. A repórter Miriam Leitão mostrou que só 30% dos caminhões pertencem a motoristas autônomos.

Na outra ponta estão pequenas empresas subcontratadas e grandes transportadoras. Uma "greve de caminhoneiros" pressupõe greve de motoristas de caminhão. Isso nada tem a ver com estradas obstruídas.

Pedro Parente não provocou o caos. Desde sua posse na presidência da Petrobras ele descontaminou-a do caos que recebeu. Na base dessa façanha esteve uma nova política de preços acoplada ao valor do barril no mercado internacional. É assim que as coisas funcionam em muitos países do mundo. Se o preço do diesel salgou a operação do setor de transporte de cargas o problema é dele, não de uma população que foi afetada pelo desabastecimento e agora pagará a conta. Os empresários sabiam muito bem o tamanho da confusão que provocariam.

O sujeito oculto da produção do caos foi o governo de Michel Temer. No seu modelito Davos, orgulhou-se da política racional de preços dos combustíveis. Já no modelito MDB-DEM-PP-PR-PPS, fez de conta que ela não teria custo político.

Deveria ter provisionado um colchão financeiro para subsidiar a Petrobras, mas essa ideia era repelida pelos sábios da ekipekonômica. Diante do caos, descobriram que o colchão era necessário.

O governo tolerou a bagunça e associou-se ao atraso. A primeira reação de Temer deveria ter sido a responsabilização dos empresários, desmistificando a ideia de "greve dos caminhoneiros". Bloqueou estrada? Reboco o caminhão, caso ele não pertença ao motorista. Queimou o talonário do policial que multou o veículo? Prendo-o. Só mudou o tom e exerceu a autoridade na sexta-feira, usando a força federal para desobstruir estradas.

Desde o primeiro momento tratou-se do caso com o gogó, deixando que o problema deslizasse para a Petrobras e seu presidente. Conseguiram piorar a discussão, beneficiando grupos de pressão, com o dinheiro dos outros.

A LIÇÃO DE PEDRO PARENTE PARA OS SÁBIOS

Quem desafiou a "realidade brasileira" foram Temer, sua ekipekonômica e a claque belga que os aplaudia

Na entrevista teatral e inútil que os ministros deram na quinta-feira, o doutor Carlos Marun defendeu a capitulação do governo diante da suposta greve dos caminhoneiros. Referindo-se ao que denominou de "realidade brasileira". Teve toda a razão, mas essa realidade está aí há 518 anos.

Pedro Parente, presidente da Petrobras, tomou posse em 2016 afirmando que a política de preços da companhia não teria mais influência do governo

Em 2013 o prefeito Fernando Haddad aumentou as tarifas de ônibus e foi para um evento em Paris com o governador Geraldo Alckmin. Numa esticada noturna, cantaram "Trem das Onze". Deu no que deu. O economista Edmar Bacha, conselheiro econômico do candidato Alckmin, cunhou a expressão Belíndia. Hoje se vê que os economistas belgas precisam aprender a viver com a realidade da Índia.

A política de preços da Petrobras estava certa. O que faltou foi combinar com os russos, com o setor de transporte de cargas rodoviárias, com as empresas e, finalmente, com os motoristas de caminhão. Faltou sobretudo acautelar-se. Perplexos, os belgas acordaram na Índia.

Pedro Parente foi satanizado até mesmo pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que o acusou de "arrogância" e pediu sua demissão. O senador Eunício Oliveira (MDB-CE) seguiu na mesma linha, e o candidato a presidente Henrique Meirelles, corifeu do liberalismo de Temer, foi gloriosamente evasivo.

Pedro Parente fez o que devia como presidente da Petrobras. Quem desafiou a "realidade brasileira" foram Temer, sua ekipekonômica e a claque belga que os aplaudia.

CONGRESSO PODE VOTAR REEDIÇÃO PIORADA DO GOLPE PARLAMENTARISTA DE 1961

Trata-se de golpear o direito de todos os eleitores brasileiros, que irão às urnas em outubro

Doidos soltos

Alguém abriu a porta do hospício. Circula em Brasília o cochicho de que o atual Congresso poderia votar uma emenda constitucional criando a girafa de um regime semipresidencialista. É impossível e impraticável.

Seria uma reedição piorada do golpe parlamentarista de 1961. Naquele caso, tratou-se de golpear o direito constitucional de João Goulart. Neste, trata-se de golpear o direito de todos os eleitores brasileiros, que irão às urnas em outubro. Para piorar, a iniciativa partiria de um Congresso de pouca fama, com um terço do Senado e toda a Câmara em fim de mandatos.

Parece conversa de maluco, mas há uns dois meses Michel Temer disse que o tema do semipresidencialismo continuava na sua agenda.

O PREÇO DO TRUQUE

A banca curvou-se e ressarcirá imediatamente em até R$ 5.000 todos os seus clientes lesados na correção de suas poupanças pelos planos Bresser, Verão e Collor. O litígio vinha desde o século passado e custará algo como R$ 11 bilhões.

As ilustres diretorias dos bancos, bem como a da Febraban, deveriam revisitar o caso para calcular o custo da própria arrogância. Os doutores tentaram de tudo, desde tristes acrobacias junto ao Supremo Tribunal Federal, até cabalas custosas para o preenchimento de vagas na corte.

Quem sabe fazer contas estima que entre honorários de advogados y otras cositas más, gastaram-se algo como R$ 200 milhões.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota e decidiu oferecer um mimo a quem acompanha com curiosidade a sucessão presidencial.

Ganha um fim de semana em Caracas, com direito a levar mala de comida, quem souber o que resultaria de um eventual cruzamento das ideias de Jair Bolsonaro com as do economista Paulo Guedes, mais as práticas do ex-deputado Valdemar Costa Neto e seu Partido da República.

Por três vezes Bolsonaro defendeu o fuzilamento ou a eliminação do presidente Fernando Henrique pelas suas privatizações e pela abertura do mercado de exploração de petróleo.

O doutor Paulo Guedes já perguntou: "Por que não pode vender os Correios? Por que não pode vender a Petrobras? (...) Por que uma empresa que assalta o povo brasileiro tem que continuar na mão do Estado?"
O ex-deputado Costa Neto não é propriamente um homem de ideias, mas de práticas. Em 2012 ele foi condenado a sete anos e dez meses de prisão por corrupção, cumpriu parte da pena em casa e foi indultado em 2016.

BOLSA FIEMG

A Federação das Indústrias do Rio diz que o fim da política fracassada de desonerações tributárias ameaçará 400 mil empregos.

Faltou-lhe sorte. No mesmo dia, a Federação das Indústrias de Minas Gerais anunciava que desempregou Eduardo Azeredo, seu consultor para assuntos internacionais, com um salário de R$ 25 mil mensais. Como se sabe, o ex-governador está na cadeia. A mesma Fiemg pagou R$ 2 milhões pelos serviços de consultoria do doutor Fernando Pimentel depois que ele deixou a Prefeitura de Belo Horizonte, antes que assumisse o governo do estado.
Herculano
27/05/2018 08:33
BARROSO CRITICA LIBERTAÇÃO DE CORRUPTOS "A GRANEL", por
Josias de Souza

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, disse que os corruptos tornaram-se "uma minoria muito bem protegida no Brasil." A despeito de desviarem milhões e manterem contas no exterior, essas pessoas "são libertadas a granel", declarou Barroso neste sábado, num congresso de magistrados, em Maceió. Embora não tenha mencionado nomes, Barroso soou como se criticasse o colega Gilmar Mendes. Adepto da política de celas vazias, Gilmar mandou soltar dez presos envolvidos em casos de corrupção apenas neste mês de maio.

Falando para uma plateia de juízes, Barroso empilhou decisões do Supremo que favoreceram minorias e grupos vulneráveis. Citou a validação da Lei Maria da Penha, a interrupção da gravidez em casos de fetos anencefálicos, o direito ao aborto no primeiro trimestre da gravidez, o reconhecimento da união homoafetiva e as cotas para negros e deficientes em universidades. De repente, o ministro engatou na sua lista a minoria dos corruptos, insinuando que ela também é beneficiária da suprema proteção.

"Existe uma minoria muito bem protegida no Brasil, atualmente: são os corruptos. Pessoas que desviaram milhões e mantêm suas contas no exterior e são libertadas a granel", disse Barroso (confira no vídeo acima, a partir de 2min24s). São "liberações que expõem e desprestigiam os juízes de primeiro grau, que enfrentam essa cultura de desigualdade que sempre protegeu os mais riscos, essa cultura de compadrio. E as pessoas que ousam corajosamente romper com esse círculo vicioso da história brasileira são frequentemente desautorizadas, quando não humilhadas, por decisões judiciais de tribunais mais elevados."

Barroso solidarizou-se com os juízes que prendem os corruptos libertados posteriormente por decisões superiores. "Sou solidário com quem se dispõe a fazer esse trabalho. Ele é difícil, tem um custo pessoal alto, mas a história está do nosso lado. Há uma velha ordem sendo transformada. Essa é a minha convicção. Os aliados da corrupção no Brasil fazem um discurso libertário, quando na verdade é uma leniência com uma velha ordem e uma cultura de desvio de dinheiro público."

As palavras de Barroso chegam nos últimos dias de um mês em que seu desafeto Gilmar Mendes frequentou o noticiário como uma espécie de libertador-geral da República. Soltou uma dezena de presos. Enviou ao meio-fio, por exemplo, Hudson Braga, secretário de Obras do multicondenado Sergio Cabral, ex-governador do Rio. Soltou também Carlos Miranda, principal operador de Cabral.

Gilmar mandou para casa Milton Lyra. Vem a ser um lobista ligado a caciques do MDB do Senado ?"todos investigados em inquérito sobre desvios no Postalis, o fundo de pensão dos Correios. Na sequência, Gilmar estendeu o habeas corpus a outros quatro presos enrolados no mesmo caso: Marcelo Sereno, ex-secretário nacional de comunicação do PT; Adeilson Ribeiro Telles, do Postalis; Carlos Alberto Valadares Pereira, do Serpro; e Ricardo Siqueira Rodrigues, operador financeiro.

Outro beneficiário de um alvará de soltura expedido por Gilmar foi Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Trata-se de um suspeito de intermediar o recebimento de propinas destinadas a políticos do PSDB de São Paulo. De resto, o ministro mandou abrir as celas do empresário Sandro Alex Lahmann e do delegado Marcelo Luiz Santos Martins, ambos enrolados em inquérito que apura irregularidades no sistema prisional do Rio de Janeiro.

A rivalidade entre Barroso e Gilmar costuma eletrificar as sessões do Supremo. Eles integram turmas diferentes. Barroso tem assento na Primeira Turma. Mais rigoroso no julgamento de pedidos de habeas corpus, esse colegiado foi apelidado de "Câmara de Gás". Gilmar compõe a Segunda Turma, cuja generosidade no deferimento de pedidos de liberdade inspirou a denominação de "Jardim do Éden." A divergência entre os dois magistrados aflora no plenário da Suprema Corte.

Num dos embates que travaram em plenário, no dia 26 de outubro de 2017, Barroso e Gilmar escancararam as visões distintas que cultivam sobre a prisão de integrantes da minoria dos corruptos. Estava em julgamento uma ação sobre a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará. Ao votar, Gilmar criticou a forma como o Rio de Janeiro, Estado de origem de Barroso, aplicava dinheiro de terceiros depositado na Justiça para pagar dívidas discutidas em processos pendentes de julgamento.

Abespinhado com a menção ao Rio, Barroso mencionou o Mato Grosso, Estado de Gilmar, "onde está todo mundo preso''. Gilmar indagou: "E no Rio não estão?" Barroso emendou: "Nós prendemos, tem gente que solta." Seguiu-se um bate-boca que pode ser revisto no vídeo abaixo. A certa altura, irritado, Barroso foi à canela de Gilmar: "Não transfira para mim essa parceria que vossa excelência tem com a leniência em relação à criminalidade de colarinho branco."

Noutro ponto, Gilmar respondeu: "Quanto ao meu compromisso com o crime de colarinho branco, eu tenho compromisso com os direitos fundamentais. Fui o presidente do STF que foi, inicialmente, quem liderou todo o mutirão carcerário. São 22 mil presos libertados e era gente que não tinha sequer advogado. Não sou advogado de bandidos internacionais."

E Barroso: "Vossa excelência vai mudando a jurisprudência de acordo com o réu. Isso não é Estado de direito, é Estado de compadrio. Juiz não pode ter correligionário." No discurso deste sábado, Barroso disse coisas muito parecidas, com outras palavras: "Os aliados da corrupção no Brasil fazem um discurso libertário, quando na verdade é uma leniência com uma velha ordem e uma cultura de desvio de dinheiro público." Além de Barroso, participaram do encontro de juízes em Maceió outros três ministros do Supremo: a presidente Cármen Lúcia, o vice-presidente Dias Toffoli e Marco Aurélio Mello.
Herculano
27/05/2018 08:31
PERDAS E VEXAMES, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Paralisação de caminhoneiros provoca prejuízos à economia e tende a reduzir a confiança geral; reação de políticos mistura tibieza e demagogia

Ainda está por ser concluído o inventário dos prejuízos impostos pela paralisação dos caminhoneiros à já combalida economia do país. Prosseguem, afinal, os transtornos decorrentes do desabastecimento, em particular de combustíveis.

Pessoas deixaram de trabalhar, fábricas pararam, mercadorias pereceram por falta de transporte, companhias aéreas cancelaram voos, estados e prefeituras reduziram serviços públicos.

Tais perdas e danos serão captados pelos números do Produto Interno Bruto do segundo trimestre, a serem conhecidos apenas no final de agosto. Na próxima quarta-feira (30) o IBGE divulgará os resultados dos primeiros três meses do ano, que, conforme os prognósticos mais consensuais, mostrarão renda e produção estagnadas.

De modo menos tangível, a desordem decorrente do movimento paredista e a reação desastrada do governo federal tendem a contribuir, decerto, para a queda da confiança de empresários e consumidores, que já se verificava nas sondagens mais recentes.

As projeções para o crescimento do PIB neste ano, que no início de março rumavam aos 3%, estão em declínio e mais próximas de 2%. O cenário internacional já não se afigura mais tão favorável, em razão da alta do dólar ?"que também levou à interrupção da queda dos juros do Banco Central.

Agora, a crise dos caminhoneiros lança novas dúvidas sobre a política de ajuste do Orçamento federal.
Os cortes de tributos em negociação para baratear os derivados de petróleo têm impacto calculado em mais de R$ 14 bilhões neste ano, e sua compensação é duvidosa. O governo prometeu, ademais, subsidiar o óleo diesel para evitar reajustes diários de preços, a um custo difícil de estimar.

Pode parecer pouco quando se considera a receita de R$ 1,2 trilhão esperada pelo Tesouro Nacional neste 2018. Cumpre lembrar, porém, que as despesas previstas - sem contar os encargos da dívida pública - superam a arrecadação em mais de R$ 150 bilhões.


Em tal quadro de penúria, é desolador testemunhar as atitudes dos políticos nacionais diante das pressões abusivas dos caminhoneiros. Apontar apenas a tibieza do Planalto seria subestimar o problema.

Da esquerda à direita, aproveitou-se a ocasião para ataques demagógicos à política de preços da Petrobras -que pode, claro, ser ajustada, mas basicamente reflete os movimentos do mercado global.

Viu-se o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) a errar de forma vexaminosa as contas do impacto da renúncia tributária que correu a defender; o do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), tentou refugiar-se em seu estado, mas teve de voltar às pressas para as negociações.

Governantes e legisladores seguem aferrados à prática de acomodar todas as demandas de uma sociedade desigual no Orçamento e na dívida pública, como se já não vivêssemos as tristes sequelas do esgotamento dessa estratégia.
Roberto Sombrio
26/05/2018 21:28
Oi, Herculano.

E aí, patriota? Tá tudo bem com você? Tudo certo na sua casa? No seu bairro? Na sua cidade? Que bom, porque por aqui tá osso.
"Aqui em casa tá tudo bem e não precisei correr feito tonto atrás de nada".

Me diz como está sua geladeira, sua despensa, o tanque de combustível do seu carro?
"Não gasto nada sem uma razão e nem me desespero, então não me falta nada".

Como aquele seu vizinho gente boa, dono da vendinha da esquina, vai pagar as contas da semana, já que suas mercadorias estragaram e ele não recebeu novas?
"Meu vizinho é esperto e tem um mercado bem abastecido, é prevenido".

Só que não havia gasolina no tanque e como você vai trabalhar? "O desabastecimento foi provocado pelo próprio povo burrinho que compra sem saber se vai precisar ou respeitar a necessidade do próximo, ou das ambulâncias, ou dos bombeiros, ou da polícia. Quinze anos atrás fui à Dinamarca atender um cliente da empresa na qual eu trabalhava e um funcionário da empresa dinamarquesa me apanhou no hotel 6:30h da manhã, chegamos no destino as 6:45h, o pátio estava vazio e ele estacionou longe da recepção. Questionei porque parou tão longe se não havia nenhum carro no estacionamento e me respondeu que temos que pensar naqueles, que por algum motivo, podem chegar atrasados e precisam parar o mais próximo possível para não perder o horário. O brasileiro ainda não aprendeu a respeitar o país e vende gasolina a preço de ouro porque tem tolo que mesmo não precisando paga.
Por mais que alertaram, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) foi ao aeroporto de Brasília e se surpreendeu que não tinha voo por falta de combustível. Estão tão acostumados que o povo serviçal é obrigado a atende-los que não se dão ao trabalho de ligar para a companhia aérea para verificar a situação. Telefone é mais barato do que o custo do deslocamento, afinal quem paga é mais um burro aqui".

Cachorrinho, morreu também. Engasgou comendo pedra, tadinho. Tava com fome, não tinha mais ração em casa e apelou.
"Cachorro nenhum morre comendo pedra. Cachorro é inteligente e respeita o dono e morre junto dele sem reclamar porque DEUS o criou pra proteger o próximo e seu território e não pra destruir. O único que destrói e consome sem razão é o homem que pensa que é inteligente".

E o lixo, hein! As ruas estão todas sujas, você viu? Não demora vêm os ratos.
"O lixo tem nas ruas todos os dias, as ruas estão sempre sujas e mesmo que tenham lixeiras jogam no chão, chamando ratos porque o brasileiro não respeita o lugar onde vive e joga lixo em qualquer canto, até no seu pé se você não cuidar".

Faltam medicamentos, insumos e sangue nos hospitais.
"Alguma vez fora da greve foi diferente? Nenhum prefeito teve a inteligência de deslocar um ônibus até as rodovias onde estavam os grevistas e arrebanhar todos que podia para que doassem sangue nos hospitais da cidade. A única coisa que querem é descer o pau nos grevistas".

"Como falei antes, o Brasil do jeito que tá e com esse governo perde uma guerra até pros índios da Bolívia".
Roberto Sombrio
26/05/2018 20:09
Oi, Herculano.

GREVE OU BLOQUEIO DOS CAMINHONEIROS?
O governo não foi pego de surpresa. Sabia.

Sim, sabia, tanto que em 2017 a ABCAM enviou documento solicitando as mudanças e quem recebeu o documento deu de ombros. Em maio de 2018 Michel Temer recebeu o mesmo documento com um alerta sobre a gravidade do assunto e também deu de ombros.

Quem vai pagar o pato dessa greve, como você diz é o povo brasileiro. No entanto alguém tinha que fazer algo, já que por várias vezes os brasileiros foram nos finais de semana para as ruas passear com o cachorrinho, cantar o Hino Nacional e agitar bandeirinhas, no entanto ninguém quis ficar nas ruas ou deixar de consumir ainda que fosse o mínimo para fazer frente aos vagabundos dos governantes que fazem farra com o nosso dinheiro. Votaram em Lula, em Dilma e receberam de gorjeta Michel Temer. Ninguém, veja bem; ninguém, nos 3 poderes se interessa pelo povo ou pelo país. Todos estão numa boa continuando suas vidas, já que não estão presentes na Câmara, no Senado ou no STF. Michel Temer está fazendo reuniões, não para resolver o sofrimento dos brasileiros, mas para continuar com suas mordomias e não ser chutado do poder.
Se é para pagar a conta prefiro pagar agora, resolver essa bomba chamada Brasil, do que ficar o resto dos meus dias me arrastando para pagar esses FsDP que dia sim, dia não, não fazem nada, não resolvem nada e comem meu trabalho.
Ainda que os caminhoneiros estão sendo usados, estão eles de saco cheio de passar os dias nas estradas, sem segurança, sem estradas decentes, com preços escorchantes nos combustíveis, pneus, peças, pedágios, viajando dia e noite para cumprir entregas para que os bons da boca tenham café quente, almoço e jantar todos os dias na mesa e trabalhando em cadeiras estofadas debaixo do ar condicionado.
Chega! Apoio totalmente o que está acontecendo e só com uma atitude na base da sarrafada para ver se esses porcarias que dizem respeitar a DEMOCRACIA, juram quando assumem o poder e depois atuam em regime de DITADURA. DITADURA sim é o que os políticos fazem com a população.

Estou esperando para ver quando os brasileiros vão entender que não temos DEMOCRACIA e sim BANDALHEIRA.
Desafio a qualquer um me provar que isso é DEMOCRACIA quando temos 14 milhões de desempregados e os bandidos são soltos a cada dia pelos corruptos do STF. Está na hora de entender o que é um país. Colocam as Forças Armadas para reprimir a greve, porque não querem ficar sem o cafezinho e a cervejinha e não tomam a mesma atitude contra o MST, MTST e outros que destroem e invadem propriedades alheias, quando essas atitudes não os atingem.

O governo impôs multas contra os caminhoneiros e o governo de São Paulo assinou documento isentando os caminhoneiros paulistas dessas multas e do pedágio dos eixos erguidos, mostrando que sempre tem alguém inteligente nesse país.

O resultado do que ocorreu, com a população correndo feito barata tonta para os supermercados e postos de gasolina desabastecendo o país, sem saber, sem pensar se realmente precisava daquilo que estava adquirindo, prova o que mostra o IBGE, de que 75% dos brasileiros são analfabetos ou semianalfabetos. Teve quem ficou dez horas na fila no posto de combustível para colocar etanol no tanque da moto e ficou surpreso que a moto não funcionou. E os que foram para a fila com galões de plástico para depois sair vendendo aos trouxas que queriam encher o tanque do possante sem saber para onde ia com as estradas bloqueadas e faltando quase tudo onde quer que fosse. Outro interpelado pelo repórter no supermercado se precisava dos 10kg de arroz que estavam no carrinho, respondeu que não come tanto arroz no mês, mas precisava se prevenir. Não adianta ficar revoltado porque numa situação dessas o que nunca vai faltar no nosso Brasil é capim e o povo com essa inteligência nunca vai passar fome.

O que me irrita e me tira do sério é ver a mídia ainda encobrindo e passando a mão na cabeça desses governantes lixo que só olham para o seu umbigo.
Agora acontece a coletiva de imprensa do governo e o Ministro da Segurança, Raul Jungmann nem soube responder ao repórter se haviam sido expedidas ordens de prisão.
Isso mostra claramente que o governo não sabe de nada, está a mercê de qualquer um que gritar mais alto, o Brasil na mão desses governantes, perde hoje uma guerra até para os índios da Bolívia.
Herculano
26/05/2018 19:24
GOVERNO FRACO

Em São Paulo, o trancamento das rodovias estaduais e federais está sendo desmobilizada. Isto é resultado da interferência direta governador Márcio França, PSB. A tropa de choque até saiu das rodovias.

Em Santa Catarina, o governador Eduardo Pinho Moreira,MDB, arrotou que ele próprio assumiu essa ponte. Foi um dos poucos estados onde as barreiras aumentaram.

Não é a toa que as pesquisas internas dos partidos ele aparece sem chances de chagar no segundo turno, se tentar a reeleição.
Herculano
26/05/2018 18:23
O JORNALISMO SOBRE A GREVE É INACREDITAVELMENTE TÃO IGUAL E REPETITIVO QUE SE É OBRIGADO A DESLIGAR O RÁDIO E A TV.

A falta de análise de fatos e contextos mostram a pobreza de quem diz estar cobrindo esse fato. Aprendizes. Fazem seus clientes, ouvintes, leitores e telespectadores de tontos.
Luiz
26/05/2018 10:14
Wando, vereadorzinho coco achando q esse negocio é brincadeira de gato e rato como é na camara. Demagogo imbecil.
Isso é coisa pra gente seria resolver não um coitado q nem vc q nem ler direito sabe.
Recolha-se a sua insignificancia.
Herculano
26/05/2018 09:46
GREVE OU BLOQUEIO DOS CAMINHONEIROS?

1. Não foi greve

2. Foi bloqueio. Impediu-se o livre ir e vir, não das pessoas, mas dos caminhoneiros que não queriam parar. E havia. Não se respeitou um direito. Exerceu-se a ditadura, com ameaças, depredações e prejuízos que não vão ser cobertos por quem liderou o movimento, mas por quem foi obrigado a aderir.

3. O comando da greve não foi dos caminhoneiros, mas das poderosas empresas de transportes. É só ver nas redes sociais e whatsapp os que eles falaram. Aqui em Santa Catarina, o exemplo mais claro é do dono da Dalsochio, um dos maiores transportadores de combustíveis do país.

4. Mais uma vez, os autônomos foram feitos de bucha de canhão por empresários gananciosos e por políticos de ocasião. E a sociedade - acostumada aos petistas e os da esquerda do atraso na tática do terror, enquanto estava sendo enganada por outros com a mesma tática facista, pagou o pato.

5. O governo não foi pego de surpresa. Sabia. Um movimento dessa magnitude não nasce do dia para a noite. Temer, fraco, pagou para ver. Viu e nós vamos pagar a pesada conta dos prejuízos, queda do PIB, aumento dos preços pela escassez até a regularização do abastecimento, aumento da inflação, num ambiente de crise econômica e desemprego.

6. O aumento dos preços dos combustíveis é mundial, não só no Brasil. O aumento do dólar é mundial, não é apenas no Brasil. O governo tem pouco a fazer. É do jogo. Mas, no Brasil a lei de mercado só vale quando favorece o consumidor, não quando o penaliza. Somos capitalistas de ocasião.

7. Os impostos são altos no Brasil, ah isso são. Deviam ser bem menores, mas não são porque elegemos políticos bandidos para nos representar. São eles que criam privilégios, altos salários, corrupção e sacanagens para eles e poucos nadarem com o dinheiro sofrido do povo. Quem paga isso? Nós. Não se viu nenhum caminhoneiro ser contra isso nas manifestações, e assim então baixar os impostos para todos, não apenas para eles.

7. Rodrigo Maia, DEM, deputado Federal do estado falido e de políticos bandidos pegos em todas as operações da PF com bilhões de desvios, presidente da Câmara, na linha de sucessão de Michel Temer, MDB, candidato a presidente com menos de 1% de intenção de votos, o que mostra o quanto ele é bom e popular, "tirou" R$14 bilhões de Pis e Confins dos combustíveis, que na conta dele era só R$3 bilhões. Demagogo que nem sabe fazer conta e se sabe porque possui dezenas de assessores com salários milionários para orientá-lo, é um marginal. Trata-nos todos como imbecis.

8. Esse rombo criado na calada da noite pelo Rodrigo Maia no orçamento terá que ser coberto de alguma forma. Vai se criar um novo imposto ou ficará como deficit que um dia terá que ser coberto por impostos de todos nós. O irresponsável Maia não indicou quem irá cobrir. E quando indicar, ficará claro que não será quem consome os combustíveis, mas todos os brasileiros, que nem carro têm ou nem usam transportes e talvez até estejam desempregados. É assim que os políticos enganam os fanáticos, analfabetos, ignorantes e desinformados que acreditam, votam e mantém esse tipo de pernósticos no poder.

9. Estava na mão de Rodrigo Maia, a Reforma da Previdência que não atingia o trabalhador da iniciativa privada, apenas cortava os privilégios de políticos de uma casta de funcionários públicos (nos três poderes) que se aposenta com 45 anos e com salários acima de R$20 mil até 100 mil. O que Rodrigo fez? Engavetou. Esta semana estava nas mãos deles privatização da Eletrobrás: desistiu pois ela é um poleiro de políticos e seus cabos eleitorais. E estamos em ano de eleições.

10. Então quem paga esse rombo e essa irresponsabilidade do Congresso onde estão os nossos representantes gastando dinheiro como poucos? Nós com os pesados impostos. Enquanto não diminuir o estado, não haverá diminuição de impostos. Se eles não estão nos combustíveis, estarão mais fortemente nos alimentos, nos remédios, na água, na luz, nas coisas essenciais para os mais pobres e que são maioria... Quando o povo vai deixar de ser massa de manobra de gente esperta como a dos caminheiros usados por seus patrões?

11. Quer outro exemplo? O maior imposto nos combustíveis não é federal, mas o ICMs que é estadual. Nenhum governador, e Eduardo Pinho Moreira, MDB,de Santa Catarina, é um deles, disse que vai diminuir o ICMs. Os caminhoneiros estão caladinhos. N~]ao era de também colocar na pauta esse assunto? Medo do que? Acerto com quem? Os políticos pedindo votos e fingindo estar do lado do movimento também estão caladinhos. E por que? Como o governador vai pagar a máquina inchada de cabos eleitorais, como as tais SDRS, ainda mais às vésperas de eleições. E nós trouxas, pagando esta conta. Acorda, Gaspar!
Herculano
26/05/2018 08:57
da série: a impopularidade é de Temer, já a popularidade é de Rodrigo Mais com menos de 1% como candidato a presidente da República. E como presidente da Câmara engavetou as reformas estruturais para diminuir o estado, privilégios e a farra com o dinheiro dos pesados impostos, bem como patrocinou privilégios e colocou nesta semana mais uma conta de R$14 bilhões nos bolsos de todos os brasileiros ao retirar o PIS e Confins dos combustíveis para fazer média com uma categoria. Não é a toda que Rodrigo Maia é um dos representantes do grupo de políticos bandidos do estado falido (econômica e eticamente) do Rio de Janeiro

CRITICADO, MAIA DESABAFA:'PROBLEMA PE IMPOPULARIDADE DO PRESIDENTE"Josias de Souza

A atmosfera eleitoral já havia produzido uma fenda nas relações do presidente da Câmara Rodrigo Maia com Michel Temer. Desde quarta-feira passada, quando Maia liderou a aprovação de um artigo que zerou a alíquota do PIS e da Cofins sobre o diesel, a fenda tornou-se um abismo. Para Temer e seus auxiliares, Maia patrocinou uma gambiarra canhestra, pois desconsiderou que a novidade abre um buraco de R$ 12,5 bilhões nas contas públicas. Pelo menos um operador do presidente disse que Maia conspira para derrubar Temer. O raciocínio foi ecoado pelo presidente do Senado Eunício Oliveira num diálogo privado. Nessa versão, Maia tramaria contra Temer porque quando um presidente sem vice afunda, o comandante da Câmara ascende por gravidade. Em conversa com a coluna, Maia fez um desabafo.

"O problema deles não sou eu, mas a impopularidade do presidente. O problema do governo são os 86% de brasileiros que avaliam o Michel de formal terminal. Essa é que a verdade", declarou Maia. Ele se referia ao percentual de eleitores que disseram ao Datafolha, em pesquisa divulgada no mês passado, que não votariam num presidenciável indicado por Temer. Candidato ao Planalto pelo DEM, Maia avalia que o Planalto não tem razões para cobrar-lhe lealdade. Recorda que teve a oportunidade de prejudicar Temer durante a tramitação na Câmara das duas denúncias da Procuradoria contra o presidente. Portou-se com "isenção". Recusa-se a responder às provações de Marun, ex-general das tropas de Eduardo Cunha. "Presido a Câmara, um Poder independente", limita-se a dizer.

A isenção do PIS e da Cofins cobrados sobre o diesel é uma das principais reivindicações dos caminhoneiros que atravancam as rodoviais em todo país há seis dias. A Câmara enfiou o refresco dentro da proposta de reoneração da folha salarial das empresas. Alegou-se que o dinheiro que o governo coletará com a volta da tributação da folha praticamente compensaria a cifra que deixará de ser arrecadada no diesel. Enviado à Câmara no dia da votação, Marun alertou que o prejuízo seria de R$ 12,5 bilhões, não de R$ 3 bilhões, como estimara a assessoria da Câmara. Os deputados deram de ombros.

Maia reconheceria no dia seguinte que o cálculo da Câmara estava errado. O deputado ainda não adotou o número trombeteado por Marun. Mas admite que a frustração na arrecadação será pelo menos três vezes maior do que o valor que a Câmara havia estimado. Coisa de R$ 9 bilhões. Ainda assim, Maia continua defendendo o fim da cobrança do PIS e da Cofins sobre o diesel como melhor alternativa para recolocar os caminhões em movimento. Aprovada na Câmara, a proposta seguiu para o Senado. Ali, Eunício Oliveira passou a ecoar as ponderações do Planalto. Ele fala em "responsabilidade fiscal" e critica o "protagonismo" de Maia.

Eunício alega ter sido surpreendido por Maia. Sustenta que havia combinado com o presidente da Câmara que a reoneração da folha das empresas seria usada pelo governo para zerar a Cide, abreviatura de outro tributo que incide sobre o diesel. O diabo é que, zerando-se apenas a Cide, o desconto no preço do diesel seria de irrisórios R$ 0,05. Repetindo: cinco centavos. Algo que os caminhoneiros sublevados acharam risível. Daí a decisão dos deputados de incluir na proposta de reoneração da folha salarial a isenção do PIS e da Cofins sobre o diesel.

"Isso gerou uma despesa extra, não prevista no Orçamento, de R$ 17 bilhões", contabilizou o presidente da Câmara. "Mas ninguém atacou o Eunício. Eles preferem me acusar de ter criado R$ 6 bilhões de despesa adicional (na conta de Maia, o prejuízo com a isenção do PIS-Cofins, estimado por ele em R$ 9 bilhões, seria parcialmente compensado pelos R$ 3 bilhões que devem ser coletados com a volta da tributação sobre a falha salarial as empresas.)." De resto, Maia diz que o expurgo dos tributos que incidem sobre o diesel atenderia à principal demanda dos caminhoneiros.

O governo ofereceu no acordo que negociou com os caminhoneiros uma proposta alternativa. Prevê o congelamento do preço do diesel por 30 dias e a oferta de um subsídio de R$ 5 bilhões para suavizar os reajustes do combustíveil até o final do ano. Nessa fórmula, o Tesouro Nacional faria o ressarcimento à Petrobras da diferença entre o reajuste real do diesel e o valor camarada cobrado da clientela. Maia não enxerga senão desvantagens nessa solução. Sustenta que, além da "intromissão" do governo na Petrobras, não há garantias de que o subsídio custará R$ 5 bilhões, pois o governo não tem controle sobre a cotação internacional do petróleo nem sobre a variação do dólar. "Pode custar R$ 15 bilhões em vez de R$ 5 bilhões."

Rodrigo Maia prossegue: "É preciso levar em conta que PIS e Cofins são tributos regulatórios. Quando o preço do petróleo sobe, o governo tem que reduzir esses impostos. Eles dobraram a alíquota do PIS-Cofins no ano passado, elevando a arrecadação para R$ 20 bilhões. Foram para cima do povão. Não prejudicou apenas os caminhoneiros, que utilizam diesel. Foram prejudicados todos os trabalhadores que utilizam veículos movidos a gasolina e álcool."

O deputado presidente da Câmara avalia que o governo não terá dificuldades para providenciar recursos capazes de compensar o alívio tributário do diesel. Estima que a União deve arrecadar "até R$ 14 bilhões de bônus e participação especial", como é chamada a compensação financeira devida pelas concessionárias de exploração de petróleo e gás natural. Para Maia, a cifra deve ser "devolvida à sociedade." Ele arremata: "O governo ainda não entendeu que o Brasil saiu da recessão, mas os brasileiros não."
Herculano
26/05/2018 08:29
JOGANDO DIESEL NAS ELEIÇõES, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, no jornal Folha de S. Paulo

Os caminhoneiros mostraram o poder que têm. Em poucos dias de protesto, começou a faltar combustível, o preço de alimentos subiu, remédios sumiram de prateleiras. Temer decidiu chamar, de novo, os militares, criando um fato político maior.

Antes mesmo da decisão do presidente, a crise do combustível tendia a se tornar o eixo da pré-campanha eleitoral. Com isso, qualquer candidatura governamental sofreria desgaste, pois ainda que a intervenção das forças de segurança afugente o caos, dificilmente o Planalto será perdoado por ter deixado a situação chegar onde chegou.

A direita do governo, Jair Bolsonaro (PSL) postou vídeos de apoio ao movimento grevista. Por outro lado, há fotos, na internet, de caminhoneiros paralisados, pedindo intervenção militar. Parece contraditório, mas certa radicalização reivindicativa combina com a fantasia de que uma autoridade forte seja capaz de resolver tudo por cima.

Evitando compromisso com a paralisação, os candidatos mais ao centro buscaram mostrar moderação. Geraldo Alckmin (PSDB) acha que "faltou diálogo" e defendeu reajustes espaçados e previsíveis do diesel. Na mesma linha, Marina Silva (Rede) criticou o Executivo por não se antecipar aos fatos.

Do outro lado da cerca ideológica, Ciro Gomes (PDT) afirmou que a atual política de preços da Petrobras contraria a sua razão de ser, que é a de servir aos interesses do país, não a de seus acionistas. Chegou a dizer que a companhia seria reestatizada, caso vencesse a eleição. A nota do PT, cujo candidato está preso em Curitiba, vai um pouco mais longe, declarando que o protesto era "justo", depois de 229 aumentos de preço em dois anos.

Guilherme Boulos (PSOL) também deu solidariedade aos caminhoneiros, mas sem mencionar, como fizeram os petistas, que grandes empresas de transporte "se aproveitaram do movimento para realizar um locaute". O candidato mais à esquerda tampouco se ocupou de alertar para a possibilidade de "aventuras autoritárias", o que consta do texto emitido pelos apoiadores de Lula.

Em condições normais, o eleitorado tenderia a escolher aquele em quem identificasse maiores chances de, no futuro, evitar situações como esta. No contexto atual, os desdobramentos são imprevisíveis.

Diante do que tenho escrito nesta coluna, devo assinalar que a prisão do ex-governador mineiro começa a equilibrar a triste balança de punições imposta pela Justiça aos três maiores partidos do país. A inclusão dos tucanos no rol dos detidos, na qual só havia petistas e emedebistas, parece fazer parte de uma busca de legitimidade que se acentuou com a prisão de Lula. Vamos ver até onde vai.
Herculano
26/05/2018 08:23
LIMINAR DE MORAES CASSA DECIÇõES ALOPRADAS QUE PERMITIRAM RASGAR A CARTA E AUTORIZA QUE FORÇAS DE SEGURANÇA LIBEREM ESTRADAS E ACOSTAMENTO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O governo recorreu ao Supremo com uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), com pedido de liminar, contra decisões judiciais que, por incrível que pareça, facultavam a caminhoneiros a licença para bloquear estradas. Havia varias decisões nesse sentido: em Santa Catarina, Goiás, São Paulo, Rio Grande do Norte, Pernambuco.

Numa decisão correta, impecável, o ministro Alexandre Moraes decidiu, em medida cautelar, que as estradas e acostamentos têm de ser liberados ao livre tráfego. Se os ditos grevistas resistirem, que entrem em ação as polícias e/ou as Forças Armadas. Adicionalmente, haverá a aplicação de multas.

Trata-se de medida de bom senso. Trata-se de fazer cumprir a Constituição. O direito de greve e de manifestação, por óbvio, não dá a nenhuma categoria carta branca para conduzir o país ao colapso - inclusive ao colapso dos direitos essenciais. Mas, acreditem!, há quem esteja tentando acusar governo e o Supremo de autoritarismo.

Quando é que um país entra em desordem econômica? Quando se perde a noção de preços relativos, e, portanto, as relações de troca vão para o diabo. No Brasil, autoridades, jornalistas, analistas, manifestantes, juízes... Boa parte dessa gente perdeu a noção de direitos relativos. Quem dispõe da força, ou julga dela dispor, pretende maximizar a sua reivindicação e impô-la ao conjunto da sociedade. E, nesse caso, quem vai para o diabo são as instituições. É impressionante!

Em sua petição, alega a Advocacia Gera da União, em nome da Presidência da República:

Nesse sentido, é preciso ressaltar o compromisso democrático do arguente com a livre expressão e com o direito constitucional de livre associação e reunião, princípios fundamentais da República brasileira. Não obstante, o exercício desses direitos constitucionais não pode inviabilizar a promoção de outros direitos fundamentais de igual estatura, como o direito de propriedade, a livre circulação de pessoas, a dignidade da pessoa humana etc.

As mobilizações mencionadas já ocasionaram e provocarão Insegurança para o trânsito e para a circulação viária nas rodovias, comprometendo a segurança de todos, causando inúmeros prejuízos ao País, limitando o regular trânsito de pessoas, com capacidade de impedir a prestação dos serviços públicos."

Em sua decisão, escreve o ministro Alexandre de Moraes:
"O direito de greve consagrado pela Constituição Federal, em seu artigo 9º, e o direito de reunião, previsto no artigo 5º, XVI, entretanto, não são absolutos e ilimitados, uma vez que encontram seus limites nos demais direitos igualmente consagrados pela Carta Magna (relatividade ou convivência dos direitos fundamentais), pois as democracias modernas, garantindo a seus cidadãos uma série de direitos fundamentais que os sistemas não democráticos não consagram, pretendem, como lembra Robert Dahl, a paz e a prosperidade da Sociedade como um todo e em harmonia.
Dessa maneira, como os demais Direitos Fundamentais, os direitos de reunião e greve são relativos, não podendo ser exercícios, em uma sociedade democrática, de maneira abusiva e atentatória à proteção dos direitos e liberdades dos demais, as exigências da saúde ou moralidade, da ordem pública, a segurança nacional, a segurança pública, da defesa da ordem e prevenção do crime, e o bem-estar da sociedade (...)"

Gastaria de ler uma contestação objetiva ao pedido do governo e aos argumentos do ministro vinda da pena daqueles que discordam desses postulados, que, lembra Moraes, são consagrados em todo o mundo democrático.

Li, cheio de espanto, uma https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/ao-lado-de-forcas-armadas-stf-virou-avalista-de-acoes-repressivas-de-temer.shtml "análise" de Eloísa Machado de Almeida, na Folha, segundo quem "o Supremo virou avalista das ações repressivas de Temer". Ela é professora da FGV.

A doutora anui com a decisão exótica de juízes que vinham garantindo a ocupação das estradas. Escreve Eloísa:

"Para parte dos juízes federais em diferentes regiões do país, a paralisação dos caminhoneiros estaria abrangida pelo direito de manifestação e de greve sem abuso, já que estaria permitida passagens de carros, ambulâncias, garantindo o direito de ir e vir dos cidadãos. Apenas a hipótese de bloqueio total de rodovias caracterizaria um abuso. A liminar dada por Alexandre de Moraes suspende todas as decisões contrárias aos interesses do governo relativas ao protesto."

Entendi. A partir de agora, temos a chamada "Emenda Eloísa à Constituição da República Federativa do Brasil". Essa emenda acrescenta ao Artigo 5º da Constituição, que é cláusula pétrea, a definição do que é "direito de ir e vir" e do que "não é abuso numa greve". Sempre que o trânsito de pessoas, carros e ambulâncias estiver garantido, o direito de ir vir resta exercido - e, então, não há abuso do movimento paredista.

Assim, os caminhoneiros não abusam quando causam o colapso do abastecimento de alimentos; não abusam quando causam o colapso no abastecimento de remédios;
não acusam quando causam o colapso no abastecimento de combustíveis; não abusam quando causam o colapso na segurança pública;não abusam quando causam o colapso nos hospitais, impedidos de fazer cirurgias por falta de oxigênio;não abusam quando causam o colapso no ensino, já que as crianças não chegam às escolas, que, por sua vez, acabarão fechadas...

Ou a doutora está brincando ou, no ímpeto de maldizer, um risco que os "analistas" sempre correm, não atentou para a bobagem que está a proclamar.

Ora, o direito de ir e vir não se exaure na possibilidade de um carro particular, ônibus de passageiro ou ambulância varar um bloqueio. E o combustível que garante a mobilidade nas cidades, professora? E os ônibus impedidos de circular por falta de óleo diesel? E os carros que não furarão bloqueio nenhum por falta de combustível, que acabará faltando às ambulâncias?

Seria exercício Massinha I do Direito Constitucional, de que a professora é especialista, demonstrar que o caminhão que obstrui a estrada cassa a totalidade do Artigo 5º da Constituição em nome do suposto direito de greve e mobilização.

Ainda que escreva pelos próximos 50 anos, dificilmente a professora produzirá outro equívoco tão monumental.

Ela ainda manda ver:

No julgamento sobre a Marcha da Maconha, que interdita a avenida Paulista, o Supremo reconheceu a "legitimidade, sob perspectiva estritamente constitucional, de assembleias, reuniões, marchas, passeatas ou encontros coletivos realizados em espaços públicos (ou privados)". A greve possui uma disciplina legal mais rigorosa, mas tampouco há um julgamento sobre a abusividade da paralisação.

Com o devido respeito, estamos no terreno da pura besteira. Em nenhum momento a liminar concedida pelo ministro Alexandre de Moraes contesta o direito à manifestação em espaços públicos. A liminar atende a uma situação de fato: o colapso causado pelos bloqueios, o que cerceia outros direitos. Talvez a professora Eloisa não saiba, mas eu lhe conto: se a paralisação continuar por mais algum tempo, o Rio fica sem água potável porque substâncias que garantem a sua potabilidade são transportadas de caminhão de São Paulo. O que o caos provocado pelos abusos dos caminhoneiros tem a ver com a marcha da turma que esta a fim de fumar um baseado? Feita a dita cuja, tudo volta ao normal - com a possível exceção dos maconheiros, sei lá eu...

Se, no terreno do direito, tal posição é indefensável, no da política, ultrapassa-se a linha do escândalo. Até porque o governo já havia negociado com os líderes grevistas, e um acordo foi celebrado. E estava sendo descumprido, numa greve que tem todas as características de um locaute, o que é proibido por lei, certo, Eloísa?

Quanto ao uso das Forças Armadas, dizer o quê? Desde que se dê nos estritos marcos constitucionais e legais, trata-se apenas, e mais uma vez, de fazer valer a tal Carta Magna, sobre a qual os caminhões tentaram passar. É claro que eu sei que a professora sabe, mas ela decidiu não lembrar em seu texto o que diz o Artigo 142:

"As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem."

Decidiu o ministro, literalmente:
(a) AUTORIZO que sejam tomadas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do Poder Executivo Federal e dos Poderes Executivos Estaduais, ao resguardo da ordem no entorno e, principalmente, à segurança dos pedestres, motoristas, passageiros e dos próprios participantes do movimento que porventura venham a se posicionar em locais inapropriados nas rodovias do país;

(b) DEFIRO a aplicação das multas pleiteadas, a partir da concessão da presente decisão, e em relação ao item (iv.b) da petição inicial, estabeleço responsabilidade solidária entre os manifestantes/condutores dos veículos e seu proprietários, sejam pessoas físicas ou jurídicas.

(c) SUSPENDO os efeitos das decisões judiciais que, ao obstarem os pleitos possessórios formulados pela União, impedem a livre circulação de veículos automotores nas rodovias federais e estaduais ocupadas em todo o território nacional, inclusive nos respectivos acostamentos;

(d) SUSPENDO os efeitos das decisões judiciais que impedem a imediata reintegração de posse das rodovias federais e estaduais ocupadas em todo o território nacional, inclusive nos respectivos acostamentos.

Decisão impecável.

Só para especificar: no item b, o ministro diz deferir a aplicação das multas pleiteadas no pedido do governo. Lembro o que está na inicial:

"R$ 100.00,00 (cem mil reais) por hora às entidades responsáveis por atos que culminem na indevida ocupação e interdição das vias públicas, inclusive acostamentos, por descumprimento das ordens judiciais deferidas nesta Arguição;

R$ 10.000,00 (dez mil reais) por dia por atos que culminem na indevida ocupação e interdição das vias públicas em questão, inclusive acostamentos, a ser cobrada de cada a ser cobrada de cada manifestante que se recuse a retirar o veículo que esteja obstruindo a via pública ou proprietário do veículo que esteja obstruindo a via pública, por descumprimento das ordens judiciais deferidas nesta Arguição."

Bem, sempre é possível argumentar que se deve entregar as empresas de transporte de cargas - a verdadeira mão que balança o berço desse bebê-diabo - o controle do país, da Constituição e da civilização.

Voto contra. Digo "sim" à liminar de Moraes e, pois, ao correto pedido encaminhado pelo governo.
Herculano
26/05/2018 08:08
REAÇÃO TARDIA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Após ceder a demandas de caminhoneiros, governo decide usar forças de segurança contra abusos

O governo rendeu-se de imediato à chantagem do desabastecimento das cidades, até que fosse tarde demais. Nos termos de sua capitulação quase incondicional, prometeu entregar fundos do Tesouro Nacional aos vitoriosos caminhoneiros e empresas de transporte de carga. Não bastou.

Mantido o tumulto em todo o Brasil, o presidente Michel Temer (MDB) decidiu nesta sexta-feira (25) recorrer a forças policiais e militares, que há muito deveriam estar em operação preventiva.

Manifestantes que impedem o direito de ir e vir e ameaçam o bem-estar da população, privando-a de combustíveis e outros bens essenciais, conseguiram impor ao Planalto -e a um Congresso acovardado e oportunista?" concessões orçamentárias que demandariam, no mínimo, análise mais detida.

No afã de conter a paralisação conduzida pelos motoristas, o governo se comprometeu a, entre muitas outras medidas, interromper a política de correções diárias do preço do óleo diesel, compensando as perdas da Petrobras com dinheiro do contribuinte.

Tamanha generosidade, irrefletida e insustentável, apenas encorajou a desfaçatez dos grevistas, que mantiveram o país alarmado com suas táticas abusivas.

Governos estaduais e municipais tiveram de tomar atitudes diante das ameaças aos serviços públicos. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decretou estado de emergência na cidade; providência similar se viu em Pernambuco.

Temer, enfim, decidiu empregar os meios a sua disposição ?"Exército, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública?" para enfrentar os arruaceiros que bloqueiam estradas.

Afirmou-se, ainda, que a Polícia Federal poderá investigar se está a ocorrer a prática ilegal do locaute, ou seja, um movimento comandado de fato pelas empresas.

Age-se, sem dúvida, com atraso. Desde o início de maio havia manifestações de caminhoneiros, que interrompiam o transporte em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília, Bahia e Paraná. Um sindicato nacional da categoria chegou a entregar um ultimato ao governo, no dia 14. No fim de semana passado, a greve estava declarada.

Dada a negligência, os abusos nas rodovias tiveram livre curso desde a manhã de segunda (21). O custo da inação vai da falta de gasolina e querosene de aviação à entrega de recursos escassos do Orçamento a um grupo de interesse privado.

O poder público - governo federal à frente, mas não sozinho?" tardou e falhou. Os ânimos se exaltaram, a desordem está espalhada e a remoção de milhares de caminhões das estradas será um trabalho complexo. Resta impor, sem excessos, mas com firmeza, a autoridade de que dispõe em favor da segurança dos cidadãos.
Roberto Sombrio
25/05/2018 22:41
Oi, Herculano.

Tem que avisar o ministro Raul Jungmann que não é LOCAUTE, é NOCAUTE mesmo.
Adriana Sukembarguer
25/05/2018 21:40
Este tal Wando, é Jaguara, pau mandado, nunca fez nada na vida é um pobre coitado. E olha o chapéu dele. Poucos vão entender.
Mariazinha Beata
25/05/2018 18:30
Seu Herculano;

Como fico sem a minha tacinha de vinho todo meio dia?
Sou obrigada a concordar:
Fora Temer! Viva Trump! Vote em Bolsonaro.
Voltem os Militares.
Bye, bye!
Herculano
25/05/2018 17:54
CRISE DOS CAMINHõES ACENTUA FALÊNCIA DE TEMER, por Josias de Souza

Vão relacionadas abaixo nove evidências de que o governo de Michel Temer vive um ocaso em que, enfiado numa trincheira de fantasias, acelera o seu derretimento:

1. Michel Temer recebeu a informação de que havia gente se equipando para atravessar caminhões nas rodovias há cerca de um mês. Deu de ombros. Fez isso mesmo tendo do seu lado um especialista na matéria: o chefe da Casa Civil Eliseu Padilha. A encrenca dos caminhoneiros é velha e previsível. Coisa parecida já havia sucedido nos governos Sarney, FHC, Lula e Dilma.

2. Eliseu Padilha era ministro dos Transportes de FHC quando, em 1999, explodiu uma greve de caminhoneiros. No geral, era tudo muito parecido com o que ocorre agora: o bloqueio de estradas, o risco de desabastecimento, a suspeita de locaute (greve de patrões). FHC ameaçou acionar as Forças Armadas contra os caminhoneiros. Simultaneamente, enviou Padilha à mesa de negociações.

3. Temer e Padilha fizeram uma dobradinha na última quarta-feira. O presidente procurou os holofotes para informar aos repórteres que solicitara uma "trégua" de três dias aos caminhoneiros. O ministro levou a proposta a uma reunião com supostos representes da paralisação. Àquela altura, já faltavam alimentos, remédios e combustíveis na praça. E abundavam fantasias no Planalto. "Desde domingo estamos trabalhando neste tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, mas também tentando encontrar uma solução que facilite a vida especialmente dos caminhoneiros", disse Temer, para intranquilidade de um país submetido à iminência do caos.

4. Diumar Bueno, presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), participou da reunião em que Padilha ecoou o pedido de trégua de Temer. Na saída, tachou o governo de "irresponsável". Por quê? Avisado sobre os bloqueios há um mês, o Planalto não saíra do lugar. Trégua? Nem pensar. O negociador do governo era o mesmo de 19 anos atrás. Mas a estratégia era outra. Sob FHC, o chefe de Padilha falava em Forças Armadas, não em trégua. Ainda assim, o governo tucano teve de ceder no quarto dia de paralisação, recuando num reajuste do diesel. Para complicar, os caminhoneiros agora estão mais organizados. Comunicam-se por WhatsApp.

5. Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, enxergou no derretimento da autoridade de Temer uma oportunidade a ser aproveitada. Enfiou no projeto de desoneração da folha salarial das empresas uma isenção do PIS e da Cofins sobre o diesel. Uma coisa compensaria a outra, disse Maia. E os caminhões voltariam a circular. O Planalto tratou a proposta de Maia como uma "pauta-bomba", semelhante aos pavios que Eduardo Cunha costumava acender contra Dilma Rousseff. A adesão dos líderes de partidos governistas à ideia de Maia potencializou a impressão de que a base congressual de Temer está estilhaçada.

6. Carlos Marun, foi enviado por Temer à Câmara, na noite de quarta, para tentar desarmar a bomba de Rodrigo Maia. Suprema ironia: sob Dilma, Marun era general da tropa de Eduardo Cunha. Dedicava-se a acender o fósforo. Hoje, promovido a coordenador político de Temer, Marun revelou-se um fiasco na tarefa de desativador de artefatos. Avisou a Maia que a isenção do PIS-Cofins produziria um rombo fiscal de R$ 13,5 bilhões, não de R$ 3 bilhões como a Câmaera estimara. Os deputados fizeram ouvidos moucos, ativando a bomba. "Vamos corrigir no Senado", disse Marun, acusando Maia de fazer "populismo".

7. Eunício Oliveira, o presidente do Senado, estava tão preocupado com a crise que voou na quinta-feira para o seu Ceará. Faltava querosene de aviação em Brasília. Mas Eunício, um milionário que dispõe de avião próprio, manteve o hábito de decolar de Brasília nas asas da Força Aérea Brasileira, com todas as comodidades que dinheiro público pode proporcionar. Na Capital, Eunício é um apoiador de Temer. No seu Estado, é um aliado do PT. O senador tenta a reeleição pegando carona no prestígio do presidiário Lula entre os eleitores sertanejos. Ao ser alertado para o fato de que o custo do seu alheamento poderia ser alto, Eunício retornou às pressas para Brasília. Em tempo para acompanhar os desdobramentos de uma decisiva rodada de negociações realizada no Planalto.

8. Eliseu Padilha, o negociador, coordenou a mesa em torno da qual sentaram-se os representantes do governo e hipotéticos porta-vozes dos caminhoneiros, sobre cujas boleias paira a sombra do baronato empresarial do setor de transporte de carga. Autorizados por Temer, os ministros cederam em 12 pontos. Entregaram do congelamento do diesel por 30 dias até R$ 5 bilhões em subsídios para atenuar o peso dos reajustes do combustível ao longo do ano. Redigiu-se um acordo. Mas nem todo mundo assinou. E quem subscreveu não falava pelos que estão sublevados nas estradas. Deu no que está dando.

9. Nesta sexta-feita, com as estradas ainda bloqueadas, o desabastecimento a pino, Temer voltou aos holofotes para avisar que o governo "agora terá a coragem de exercer sua autoridade em defesa do povo brasileiro." O inquilino do Planalto trabalha com uma verdade própria. Por isso, ainda não percebeu que um presidente assessorado por um serviço de informações imprestável, sem liderança parlamentar e cercado de auxiliares que se desligaram da realidade já não tem condições de defender nem a si próprio. A autoridade presidencial derreteu faz tempo.
Herculano
25/05/2018 17:08
De Fernando Dantas, no Twitter

Bloqueio de rodovia para mim não é greve (que são legítimas numa democracia). Bloqueio de rodovia é sabotagem econômica e chantagem.
Herculano
25/05/2018 17:06
NO TWITTER

Caminhoneiros e transportadores se queixam de que não conseguem repassar o aumento do custo de combustíveis, do diesel, para seus preços, os fretes. Por quê? Há caminhoneiros e caminhões sobrando. Houve superinvestimento facilitado pelo crédito subsidiado no governo anterior(...)
Herculano
25/05/2018 16:49
VOU EXIGIR QUE O TEMER SUBSIDIE O MEU VINHO

Eu tenho um hábito de quando em vez, saborear um bom vinho importado. Coisa rara, mas goste desse prazer.

Notei que ele aumentou. Fiquei puto. Culpei o revendedor. Ele me disse que não tinha culpa alguma. Relevei, apesar de ser que existem aproveitadores. Não é o caso dele.

Disse-me que a alta do meu vinho era por conta da valorização do dólar. "E dai?" perguntei. Afinal estou pagando em reais e bebendo no Brasil,

Ai ele me disse que isso é culpa do Temer. Bom se Temer é culpado eu não vou deixar de beber vinho e substituir por água. Vou dar o troco.E já me decidi: vou exigir que o governo Federal repasse esse aumento para todos os brasileiros, mesmo que eles não bebam ou detestem vinhos ou até esteja desempregos.

Eu é que não vou pagar esse aumento do meu vinho. Quero o preço que pagava por ele, antes desse tal dólar subir. E se não conseguir, vou parar o Brasil, mesmo que alguém morra de abstemia; ninguém mais vai beber vinho. Ai quero ver os metidos a tomar vinho e os que são dependentes deles, vão ficar. Fora Temer! Viva Trump! Vote em Bolsonaro. Voltem os Militares
Sidnei Luis Reinert
25/05/2018 15:05

sexta-feira, 25 de maio de 2018
Quando banqueiro rima com caminhoneiro



2ª Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

No Brasil, todo mundo sabe como os movimentos e manifestações começam. No entanto, por causa do surrealismo tupiniquim, nunca se sabe como o negócio termina. A greve dos caminhoneiros começou de forma legítima, articulada de forma surpreendente via Internet. Agora, a paralisação persiste, e evolui para algo com ares de greve de patrão (locaute).

Como já consegue parar os grandes centros urbanos, com bloqueios e carreatas, o negócio ganha adesão popular e anima a massa para outros protestos. Assim, a situação foge ao controle dos seus ideólogos e radicaliza (ainda mais) o processo político. Se isso é bom ou ruim é o tempo que dirá... O fato é que donos de postos de gasolina espertalhões faturaram alto em cima do bolso dos motoristas desesperados por combustíveis...

Um paradoxo chama atenção. A crise brasileira parece fabricada pelos banqueiros que comandam nosso Capimunismo rentista. Notem que o descontrole cambial coincidiu com a pressão violenta dos banqueiros, nos bastidores, contra a redução da taxa de juros. Aliás, o rentismo reacionário deseja que os juros voltem a subir. Os maiores bancos já precificam a taxa Selic a 9 ou 10% a partir do começo de janeiro de 2019, já com o Brasil sob a gestão de um novo marionete na Presidência da República, legitimado pela dedada na urna eletrônica fraudável e sem direito a conferência de voto.

A greve dos caminhoneiros, agora, representa uma oportunidade ímpar para os banqueiros. Eles desejam que seja criada uma inflação artificial para forçar o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil a voltar a subir os juros básicos da economia. A falta de produtos, em função da quebra na cadeia de distribuição, forçará um aumento "natural" e especulativo dos preços. Quando se combina isto com a alta do dólar, encarecendo insumos, e dos custos com commodities (como milho e soja), o cenário fica perfeito para a inflacionada. É nesta hora que ocorre o abraço de tamanduá entre os interesses de banqueiros e líderes sindicais em meio a um ambiente de vôo de galinha econômica que não acontece... Fica só na ameaça ou na falsa promessa...

Os banqueiros estão amando essa conjuntura de estagflação. Economia parada e produzindo inflação é o inferno no céu para o rentismo. Qualquer dona de casa verifica, na prática, que nosso índice de inflação oficial é uma mentira muito convenientemente manipulada. A perda do poder de compra do irreal Real é muito maior, com as constantes subidas de preços malandramente tirados fora do percentual final de "inflação".

Vale repetir: A paralisação dos caminhoneiros só confirmou a fragilidade estrutural do Brasil com previsão de crescimentozinho para 2018. A greve vai acabar em algum momento, porém a falha do modelo capimunista rentista não tem previsão de conserto. Só os banqueiros fazem a festa por aqui, com juros ainda altíssimos e toda dificuldade para quem precisa realmente de crédito. O governo gasta, desperdiça ou rouba a sociedade com impostos fora da realidade produtiva. O resto que se exploda (ou outra rima mais popular)...

Ainda estamos muito distantes de um caos tipo Venezuela, mas a bagunça e a radicalização dos extremos políticos ganham força e vigor... Nada de anormal em um País de mentalidade autoritária e fascista como o nosso...
Herculano
25/05/2018 11:53
TEMER USARÁ FORÇAS ARMADAS PARA CONTER GREVE DOS CAMINHONEIROS

Conteúdo do Correio Braziliense, Brasília DF. Texto de Vicente Nunes. O presidente Michel Temer está finalizando uma reunião no Palácio do Planalto para anunciar o uso das Forças Armadas para conter a greve dos caminhoneiros. O presidente fará o anúncio em pronunciamento ainda na manhã desta sexta-feira (25/05).

Temer entende que o governo fez um acordo com os caminhoneiros, mas a insistência deles em fechar estradas o levou a tomar medidas mais enérgicas. Postos de combustíveis estão desabastecidos e voos sendo cancelados em vários aeroportos, sobretudo em Brasília.

Para Temer, a situação saindo sob controle.
Herculano
25/05/2018 11:47
MDB É BOM PARA CHANTAGEAR E CHUPINHAR GOVERNOS DE PLANTõES. QUANDO GOVERNA, É UM DESASTRE. NÃO OLHE PARA BRASÍLIA. OLHE PARA O SEU REDOR

De Carlos Andreazza, editor de livros, no Twitter;

O governo cedeu (errou), entregou o que não tinha (foi covarde e irresponsável), mas a paralisação - criminosa - continua. Esse motim nunca teve nada a ver com preço de combustível.
Herculano
25/05/2018 11:36
FINANÇAS PÚBLICAS FORAM ASSALTADAS DIANTE DO SILÊNCIO CÚMPLICE DE VERDADEIRA CONSPIRAÇÃO DE COVARDES E APROVEITADORES. VÊM DIAS DIFÍCEIS, por Reinaldo Azevedo

A verdade elementar, descarada, que salta aos olhos de quem quer que veja a coisa com um mínimo de juízo crítico, é a seguinte: um setor da economia enfrentava dificuldades - e quem não? - e aproveitou o clima de insatisfação do cidadão comum com o preço dos combustíveis e resolveu parar o país. E as pusilanimidades as mais constrangedoras de mostraram sem retoques.

Rodrigo Maia (DEM) merece um picadeiro, não a Presidência da Câmara. Eunício Oliveira (PMDB-CE) ainda não explicou se, tentando ser esperto, pareceu apenas covarde ou se, covarde mesmo, não teve a esperteza de disfarçar. Na média, infelizmente, a imprensa não se saiu melhor. Está de tal sorte contaminada pela monomania de declarar o fim antecipado do governo Temer que não percebeu a tempo que os cofres públicos estavam sendo alvos da pistolagem praticada por nababos.

É claro que não me refiro aos caminhoneiros, mas a donos de muitos milhares de caminhões. Com a devida vênia, qualquer um com um pouco de experiência social percebe logo que José da Fonseca Lopes, que preside a Associação Brasileira de Caminhoneiros, ou Diumar Bueno, que comanda a Confederação Nacional de Transportadores Autônomos, não têm bala na agulha para armar aquilo a que se viu. E assim seria ainda que se juntassem as outras oito entidades. Na verdade, quanto mais fragmentadas são as demandas e as lideranças, mais difícil é a eficiência de um movimento paredista. As empresas de transporte é que definiram o sucesso do movimento - sucesso, claro, para quem vai meter a mão no nosso bolso.

Não dá para saber ainda o custo destes dias de balbúrdia. Mas já é possível saber de quanto será o rombo inicialmente planejado aos cofres públicos. Notem: eu chamei de "rombo inicial". A bagatela, por ora, está em R$ 8,1 bilhões. Explica-se por quê: a Petrobras deixará de receber R$ 350 milhões em razão dos primeiros 15 dias em que venderá o diesel na refinaria com 10% de desconto; o Tesouro arcará com outros R$ 350 milhões pelos 15 dias finais. Como os reajustes passarão a ser mensais, esse mesmo Tesouro terá de reembolsar a empresa em mais R$ 4,9 bilhões, e o fim da Cide sobre diesel tirará outros R$ 2,5 bilhões da arrecadação.

Eis aí o preço da irresponsabilidade. E tudo isso num país que luta contra o descalabro fiscal
Herculano
25/05/2018 11:32
A ILEGALIDADE PREMIADA

Conteúdo de O Antagonista.Raul Jungmann disse que o motim dos caminhoneiros pode ter sido orquestrado pelos donos das transportadoras:

"Estamos verificando isso porque locaute é ilegal".

O governo se acovardou e cedeu a todas as chantagens dos caminhoneiros. É claro que ninguém será responsabilizado por esse crime.
Herculano
25/05/2018 11:21
ALDO SCHNEIDER RECEBE ALTA MAS NÃO TEM DATA PARA VOLTAR AO TRABALHO

Press release do gabinete do deputado Aldo Schneider. O Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Deputado Aldo Schneider, recebeu alta hospitalar na manhã desta sexta-feira (25). O parlamentar estava internado no Hospital Baía Sul, em Florianópolis, em virtude de um pequeno procedimento cirúrgico de traqueostomia. O Deputado se recupera bem e deve retornar às atividades parlamentares em breve.

Retomo. O deputado Aldo se recupera de um Câncer diagnosticado na coluna e que teve tratamento por dois meses em São Paulo. Uma sessão de radioterapia em Florianópolis, comprometeu há duas semanas a sua respiração, que o levou ao procedimento cirúrgico e à internação na UTI em decorrência disso.
Herculano
25/05/2018 08:26
TEMER REAGE À PRESSÃO PARA DEMITIR PARENTE

Conteúdo da coluna Estadão (Anreza Matais), no jornal O Estado de S. Paulo. Os apelos de congressistas para que o governo demita Pedro Parente da Petrobrás irritaram o presidente Michel Temer. Em conversas reservadas pouco antes de participar de evento na cidade de Porto Real, no Rio, ontem, Temer se queixou dos ataques a Parente e se mostrou aborrecido por atingirem um "técnico dessa qualidade". Ele descartou qualquer possibilidade de ceder à pressão política. O primeiro a pedir a demissão de Parente foi o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB). Seguido ontem de Cássio Cunha Lima e Paulinho da Força.

Me chama.
Relator do projeto aprovado na Câmara que zera o PIS/Cofins do combustível até 31 de dezembro, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) faz coro. "Demitir o presidente da Petrobrás é uma proposta que iria unir o Brasil, governo e oposição", alfineta.

Ei, tô aqui.
Também defensor da demissão de Parente, o deputado Paulinho da Força não foi chamado pelo governo para ajudar nas negociações com os grevistas. Ficou sem entender. "Temer sabe que sou especialista nisso", ressente-se.

Liga a TV.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), diz que "a pauta era pública e o Jornal Nacional tratou do assunto" ao responder sobre a razão de não ter informado ao Senado da votação de projeto que zerou o PIS/Cofins.

Só uma parte.
Antes da "votação-surpresa", Maia havia procurado Eunício Oliveira, presidente do Senado, propondo pauta conjunta para redução dos preços dos combustíveis. Só não contou seu plano de zerar as alíquotas.

Dedo duro.
O Planalto aposta que os governadores ficarão constrangidos em não abrir mão de receita do ICMS para ajudar na redução do preço dos combustíveis. E dá uma forcinha nisso. Pediu aos seus aliados para distribuírem discretamente tabelas mostrando o quanto cada Estado cobra.

Linkedin.
Escolhido pelo presidente Temer como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca (Podemos-DF) já tentou anular a cassação de Eduardo Cunha pelo Conselho de Ética da Câmara. Pastor da Assembleia de Deus, ele assume o cargo na segunda.

Quem diria...
As conversas entre PR, DEM, PRB e PP para lançar Josué Gomes (PR) ao Planalto avançaram. Waldemar Costa Neto, chefe do PR, demonstrou entusiasmo em reunião com caciques desses partidos ontem em Brasília.

Prato pronto.
Na semana que vem, Josué será informado pelo PR dos planos das siglas para ele.

Agora não.
No encontro, Waldemar Costa Neto descartou aliança com Jair Bolsonaro (PSL) na corrida ao Planalto. Magno Malta (PR) foi sondado para vice.

Vem aí.
O ministro Celso de Mello informou à Coluna que nos próximos dias vai liberar para julgamento a ação penal da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ré pelos crimes de corrupção passiva e lavagem. "Estou praticamente concluindo a revisão do voto", diz o decano, que é revisor no caso.

Tá quase.
As operações da Polícia Federal ainda não foram afetadas por causa da falta de combustível nos postos de gasolina. Mas dirigentes da instituição avaliam que, se a greve se prolongar demais, as ações certamente serão afetadas.
Herculano
25/05/2018 08:18
VIU-SE LOCAUTE DESCARADO, A GREVE DE PATRõES, QUE É PROIBIDA; QUEM APOIOU SAFADEZA É TROUXA; PAGARÁ COM SEU BOLSO PRIVILÉGIOS DOS NABABOS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Com o chamado acordo que o governo celebrou com os supostos caminhoneiros, perderam o conjunto dos brasileiros e a eficiência econômica, e ganharam os cartorialismo grevista e a tática do locaute. Atenção! Desde sempre, essa paralisação de caminhoneiros foi uma greve de patrões e de potentados do transporte de carga. Quando se olham os Itens do acordo, isso fica mais do que evidente. Nem é preciso ter tanta sagacidade.

Quando é que se dá mesmo o locaute? Quando as empresas, e não os trabalhadores, promovem a paralisação. Usam a sociedade como bucha de canhão para chantagear o governo. E foi precisamente isso o que se viu. As perdas são imensas, de todos os lados. E tudo porque um setor da economia estava insatisfeito e percebeu uma janela política para encostar o governo contra a parede. Antes que avance, vamos ao que diz o texto legal, como de hábito.

A Lei de Greve em vigência, vejam vocês, foi votada em plena ditadura: é a 7.783, de 28 de junho de 1989. Garante liberdade ampla para a paralisação do trabalho, fazendo restrições aos serviços essenciais. Essas restrições já foram revistas pelo Supremo. Se o Brasil se sustentasse sobre os ombros de um Atlas, fiquem certos que ele teria direito à greve, ainda que o país fosse largado à deriva, nas esferas. Somos um povo bonzinho, certo?

Lembro: este que escreve é contra o chamado "direito de greve" para servidores públicos - qualquer servidor - e para quem presta serviços essenciais. "Ah, não seja antidemocrático, Reinaldo!" Ora, claro que não! Vigorasse meu ponto de vista, se o cara quisesse trabalhar com direito de greve, bastaria não ser servidor nem prestar serviço essencial. E pronto! Ou alguém o obriga a fazer tais escolhas? Acho que não.

Você nem precisa ligar o desconfiômetro no modo "hight" para perceber que fomos vitimas de um locaute, com alguns caminhoneiros emprestando a cara para maquiar a natureza da chantagem. No modo "Quiet", a sua ficha vai cair. Alguns caminhões, é verdade, bloquearam algumas estradas. Mas ninguém viu filas quilométricas de veículos. Ora, eles nem mesmo saíram das empresas, que cruzaram os braços. Suas respectivas associações não recorreram à Justiça pelo seu, digamos, "direito de trabalhar". Ao contrário: apoiaram os grevistas. O locaute é proibido pelo Artigo 17 da lei 7.783.

Olhem os oito itens principais do acordo que pode suspender a greve, incialmente, por 15 dias, depois dos quais se fará uma reunião. Lá está a manutenção da desoneração da folha de pagamentos das empresas de transporte. A quem interessa isso? A caminhoneiros autônomos? Ora... A matemática elementar nos diz que os autônomos deveriam preferir que o custo das grandes empresas, por unidade de caminhão, fosse maior do que o deles, certo?

Mais um: a gigantesca Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) poderá licitar junto a cooperativas e autônomos até 30% da demanda por frente sem licitação. Isso é contra o país. Trata-se de uma licença para um ente público contratar a preço maior o que pode ser a preço menor. Cooperativas e empresas vivem uma relação simbiótica. Aquelas fecharão os contratos, e estas executarão o trabalho, rachando o sobrepreço.

Você, meu bom brasileiro, que apoiou a greve, ainda que espiritualmente, porque também não gosta do reajuste dos combustíveis vai pagar a conta de empresas gigantescas que resolveram arrancar da sociedade a compensação por seus investimentos pretéritos em caminhões, que andavam sem o devido retorno em razão do baixo crescimento econômico. Você não tem de onde arrancar a compensação. Elas têm: do seu bolso. E usaram algumas auto-intituladas lideranças de caminhoneiros como fachada.

Esse foi um dos capítulos mais vergonhosos da história recente do país.
Herculano
25/05/2018 08:11
O GOLPE DO PT

Conteúdo de O Antagonista. Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e Paulo Pimenta soltaram uma nota ontem à noite dizendo que a TV Globo usa o motim dos caminhoneiros para armar um golpe militar:

"A paralisação do transporte rodoviário no país é resultado direto da política irresponsável de preços de combustíveis da Petrobras sob o governo golpista, que atingiu primeiramente a população mais pobre, com os aumentos escandalosos do gás de cozinha. Trata-se de uma crise anunciada e agravada pelo noticiário da Rede Globo, que estimula a corrida aos postos e supermercados, além da especulação com preços dos alimentos. A Globo investe na crise, como fez em 2013 e ao longo do golpe do impeachment de 2016 (...).

Uma crise dessas dimensões, diante um governo que já não tem sequer a capacidade de dialogar, por absoluta falta de credibilidade, pode se transformar em terreno fértil para aventuras autoritárias."

O desvario petista foi antecipado por Gleisi Hoffmann, em discurso no Senado:

"Porque não tem pouca gente falando aí, atrás da greve dos caminhoneiros, em um golpe militar, chamando os militares para assumir. É isso que vocês vão fazer de novo? Como vocês fizeram em 1964? É nessa crise de novo que vocês vão jogar o País? Tenham responsabilidade."
Herculano
25/05/2018 08:09
CRIMINOSOS?

De Carlos Andreazza, editor de livros, no Twitter

O governo cedeu (errou), entregou o que não tinha (foi covarde e irresponsável), mas a paralisação - criminosa - continua. Esse motim nunca teve nada a ver com preço de combustível.
Herculano
25/05/2018 08:06
GOVERNO PAGA RESGATE, MAS PAÍS CONTINUA REFÉM, por Josias de Souza

O baronato do transporte de carga sequestrou a rotina dos brasileiros sem levar o rosto à vitrine. Terceirizou o bloqueio de estradas aos caminhoneiros autônomos. No quarto dia, com o país submetido ao caos do desabastecimento, o Planalto cedeu integralmente às exigências. Em troca, obteve um armistício mixuruca de duas semanas, que não foi subscrito por todos os sequestradores da paz social. Quer dizer: o governo de Michel Temer pagou o resgate, mas o Brasil continua refém de uma ilegalidade: o locaute (pode me chamar de greve de patrões) é proibido pela legislação brasileira.

Nas palavras do negociador Eliseu Padilha, chefão da Casa Civil, o governo cedeu "tudo o que foi socilitado". Isso inclui o tabelamento do preço do diesel por 30 dias e um subsídio para atenuar os reajustes até o final do ano. Para que a Petrobras não fique no prejuízo, o Tesouro Nacional (também conhecido como contribuinte) pagará à estatal a diferença entre o preço de mercado e o refresco servido à turma da roda presa. Coisa de R$ 5 bilhões até o final do ano, quando Temer será enviado de volta para casa. Ou para onde outro lugar.

Repetindo: armou-se algo muito parecido com uma versão envergonhada do controle de preços adotado sob Dilma Rousseff. A diferença é que, para não impor novos prejuízos à Petrobras, o custo do subsídio migrou do passivo da estatal para o bolso da plateia - que muita gente acredita ser a mesma coisa. Como dinheiro público não é gratuito, será necessário cortar os R$ 5 bilhões de outras áreas da administração pública. A última vez que o governo teve de fazer isso, transferiu verbas do seguro desemprego para cobrir o calote aplicado no BNDES pela Venezuela e por Moçambique.

Numa evidência de que o patronato utilizou os caminhoneiros como bonecos de ventríloquo, incluiu-se no acordo o compromisso do governo de não permitir que o Congresso reonere a folha salarial do setor. De novo: a folha das empresas transportadoras continuará isenta do pagamento de imposto. Tudo isso mais a redução de taxas e tributos que incidem sobre o diesel.

Admita-se que o governo não tinha outra alternativa senão negociar. Mas precisava fazer isso de joelhos? Não poderia ter condicionado as concessões à desinterdição prévia das rodovias? Era mesmo necessário passar a mão na cabeça do patronato que trafega no acostamento da legislação. Na manhã desta sexta-feira, ainda faltarão mantimentos na gôndola, combustível na bomba e remédios na prateleira. Mas nenhuma mercadoria é mais escassa no momento do que a autoridade presidencial.

Michel Temer tornou-se uma pequena criatura. Ninguém ignora que o personagem brigou para permanecer ao volante. Mas falta-lhe um itinerário. Consolidou-se como um ex-presidente no exercício da Presidência.
Herculano
25/05/2018 08:03
QUALQUER QUE SEJA O VITORIOSO, O CERTO É QUE A DIREITA JÁ DEU A VITóRIA À ESQUERDA

Os ditos conservadores brasileiros não se deram conta de que estavam caindo na armadilha da esquerda

Não! Eu não falarei de caminhoneiros contingentes. Meu tema são os condutores necessários do regime democrático.

Que trabalho porco fez isso a que chamam "direita brasileira" quando se ajoelhou aos pés de mistificadores e virou as costas para o país! Que o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Justiça cumprissem a sua obrigação e combatessem a corrupção, ora bolas!

Quem haveria de ser contra a não ser os "corruptos por imanência", já que os "por transcendência" certamente aplaudiriam a nova era, roubando à socapa? Mas que tais entes operassem dentro da lei e não concorressem para dinamitar a política e os políticos.

A obra, no entanto, está feita. E sob os aplausos de boa parte das forças que ajudaram a depor o governo Dilma por justas e boas razões.

Ao se subordinar à agenda do "Partido da Polícia", os ditos conservadores brasileiros - na maioria, ficou claro, um bando de reacionários destituídos de tudo: de eira, beira, livros e apreço pela democracia - não se deram conta de que estavam caindo na armadilha da esquerda.

Quando se juntaram ao "fora Temer" e aderiram ao golpismo liderado por Rodrigo Janot, permitiram que os esquerdistas fizessem tábula rasa de conquistas reais, efetivas, que tiraram o país do caos em que o petismo o havia jogado. Nota: cadê os "liberais" para declarar que Michel Temer e Pedro Parente fizeram o certo na Petrobras?

O erro não estaria completo se, adicionalmente, não tivessem se tornado reféns do antilulismo delirante. Acreditaram em mistificadores, segundo quem bastaria condenar Lula e trancafiá-lo. E pronto! Também as teses de esquerda estariam atrás das grades.

De quebra, ajudaram a dar caneladas no Estado de Direito à medida que se fizeram entusiastas dos métodos heterodoxos a que se recorreu para tirar o petista do jogo. Acharam ainda que, se saíssem por aí a declarar "In Moro we trust" tudo estaria resolvido. É gente que costuma acreditar também no dólar.

Nessa prefiguração, as forças alinhadas com uma agenda antiesquerdista e fanaticamente lava-jatista disparariam no gosto popular. E o Brasil poderia, então, ser governado por alguém afinado com o Partido da Polícia, liberal em economia e reacionário nos costumes!

Esse novo poder prenderia corruptos de manhã, privatizaria estatais à tarde e daria "blitzen" em exposições de arte à noite, à caça de tarados e artistas abstratos. Felizmente inexiste essa Quimera nascida do cruzamento da sanguinolência jacobinista com o reacionarismo ignorante.

Temer, enfrentando duas tentativas de golpe, levou nos ombros a agenda liberalizante, lutando para aprovar o possível num Congresso que viveu debaixo de vara, sob o assédio do Ministério Público, da Polícia Federal e do Supremo.

Dois anos depois da deposição de Dilma, tem-se o quê? Lula só não será eleito presidente porque está condenado e preso, o que não muda a vontade da maioria do eleitorado, que, ao ser convencido, inclusive pela direita que ronca e fuça, de que "ninguém presta", decidiu, então, escolher aquele que lhe parece "menos pior".

Os lerdos ainda não se deram conta de que Ciro Gomes (PDT) já se tornou um porta-voz da agenda do petismo mais atrasado: fim do teto de gastos, reversão da reforma trabalhista, regressão do marco regulatório do pré-sal ao nacionalismo tosco, gestão "nativista" do preço dos combustíveis, imposto sobre herança e grandes fortunas, controle de importados (seja lá o que isso signifique), aversão às privatizações...
Herculano
25/05/2018 07:50
DECLARAÇÃO DE GUARDIA LEVOU GOVERNO À DERROTA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais Brasileiros

Uma declaração do ministro Eduardo Guardia (Fazenda) levou a Câmara a incluir o expurgo do PIS/Cofins do preço dos combustíveis no projeto de origem do governo reonerando a folha de pagamento das empresas. Guardia irritou sobretudo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quando condicionou o fim da Cide (imposto dos combustíveis) à aprovação da reoneração. Maia devolveu: "Pois só votamos depois que a Cide for zerada. Ou incluímos o PIS/Confins no projeto". Incluiu.

BOMBEIROS OCUPADOS
Com o governo atônito com os caminhoneiros, ninguém apareceu para apagar o incêndio e o PIS/Cofins acabou excluído do preço do diesel.

INSENSIBILIDADE POLÍTICA
"O problema deles, na Fazenda, é que não percebem ou não ligam para os efeitos de suas decisões junto à população", desabafou Maia.

GOVERNO ENFRAQUECIDO
De nada adiantou argumentar que o ministro Guardia é inexperiente em política: a Câmara foi à forra contra um governo muito enfraquecido.

REDUÇÃO DE 14%
Basta um decreto do governo para excluir a Cide. No caso PIS/Cofins, que reduzirá o diesel em 14%, somente através de lei.

GESTÃO DO PCDOB NA ANCINE É INVESTIGADA PELO TCU
Jornalões descobriram ontem uma revelação do Diário do Poder de 2016: a gestão da Agência Nacional do Cinema (Ancine) nos governos do PT, aparelhada pelo PCdoB, é investigada por fraudes de mais de R$1,2 bilhão. O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga a Ancine desde 2008, incluindo os três mandatos de Manoel Rangel, dirigente do PCdoB que, nomeado por Lula em 2006, agarrou-se ao cargo até 2017.

SACO SEM FUNDO
Segundo a auditoria, entre 2008 e 2016 a Ancine distribuiu mais de R$ 1 bilhão do Fundo Setorial do Audiovisual, sem prestar contas.

REMÉDIO IMEDIATO
A Secretaria de Controle Externo do TCU no Rio já propôs que as verbas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) fossem bloqueadas.

OS INVESTIGADOS
Além de Manoel Rangel, os ex-diretores Roberto Lima (PT) e Rosana Alcântara (PCdoB) e a atual diretora Debora Ivanov são investigados.

ICMS CAIRÁ NO DF
O governo do DF estuda reduzir à metade o ICMS dos combustíveis, e talvez a 0% o tributo sobre o diesel. Hoje, o imposto representa 20% do preço do combustível. Antes que o Congresso aprove projeto de Romero Jucá (MDB-RR) limitando em 18% o ICMS do combustível.

MINISTRO RONALDO
Michel Temer optou por um amigo e deputado, Ronaldo Fonseca (Pode-DF), para substituir a um outro amigo, Moreira Franco, no cargo de ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República.

DECLÍNIO DO LÍDER
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é absolutamente cético em relação às chances do pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro. "Ele tinha mais de 20%, caiu, agora está em torno de 14%", disse ele.

SECA MAIS URGENTE
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, viajou ao Ceará, seu Estado, para anunciar obras de combate à seca, mas teve de adiar tudo e retornar a Brasília. A seca nos postos gritou mais alto.

BEM NA FITA
Antonio Anastasia (PSDB) lidera levantamento Paraná Pesquisa para o governo de Minas, blindado de denúncias de corrupção. O tucano tem 28,1% contra 21,2% do governador Fernando Pimentel (PT).

PROMESSA DE DITADOR
Após fraudar a "eleição", o ditador da Venezuela prometeu "soltar" presos políticos, mas apenas quem não cometeu "crimes graves". Até porque somente o próprio Nicolás Maduro cometeu crimes graves.

PRAZO LONGÍNQUO
Deputados já estão convocados para votar na segunda-feira (28) ações para reduzir o preço dos combustíveis. O problema é que até lá o Brasil chegará ao fundo do poço da crise de desabastecimento.

RAPOSA NO GALINHEIRO
Cartola do Corinthians e deputado federal, Andrés Sanchez (PT-SP) comanda a comissão que vai fazer mudanças na Lei Pelé, no Estatuto do Torcedor e em outras leis relacionadas ao futebol e outros esportes.

PENSANDO BEM...
...o afinco de parlamentares para resolver a greve dos caminhoneiros garante o feriadão de suas excelências, semana que vem
Herculano
25/05/2018 07:45
ACORDO IMPROVISADO COM GREVISTAS REFORÇA VÍCIO DOS PRIVILÉGIOS, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Governo dá alívio nas bombas a um setor específico, mas terá que bancar prejuízo

"Não estamos debatendo imposto da indústria. Estamos debatendo o imposto que está sobre as costas do povo brasileiro", declarou um sensível Paulo Skaf em setembro de 2015, quando a Fiesp lançou o pato de borracha gigante que se tornou ícone da campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff.

A federação das indústrias brigava, na verdade, para reduzir a carga tributária e aumentar o lucro dos produtores. Pegou carona no sentimento de repúdio a um governo ineficiente para conquistar apoio nas ruas.

A astúcia de movimentos liderados por empresários é que, via de regra, eles cobram privilégios para setores específicos, ainda que alguns benefícios sejam coletivos. A indústria se escora há décadas no tratamento diferenciado que recebe do Estado. Na paralisação dos caminhoneiros, as transportadoras também conquistaram regalias.

A greve nas estradas, que provocou desabastecimento e teve impacto indireto sobre todo o país, tem características de um movimento estimulado pelos patrões ?"um locaute. Os donos das empresas de transporte se recusaram a bancar o frete mais caro devido à subida dos preços dos combustíveis, dando fôlego à paralisação dos motoristas.

Embora a população revoltada com o aumento da gasolina tenha apoiado a manifestação, os líderes do movimento negociaram um alívio exclusivo: a redução do preço do diesel que abastece seus veículos.

Com o acordo, a vida voltará ao normal, mas todos pagarão o pato. Sob pressão dos caminhoneiros e sob aperto orçamentário, o governo foi obrigado a tomar medidas improvisadas. Dará um alívio nas bombas, mas precisará encontrar dinheiro para cobrir a perda de receita e os prejuízos da Petrobras com a operação.

A redução de impostos é tradicionalmente uma pauta liberal, mas sob forma de chantagem ela jamais leva a uma diminuição do peso do Estado, que deveria ser seu objetivo. O episódio atual reforça vícios antigos. É um remendo que precisará ser enfrentado pelo próximo governo.
Herculano
25/05/2018 07:38
O RETRATO DO POLÍTICO, IRRESPONSÁVEL, MOLEQUE E DEMAGOGO QUE ELEGEMOS

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, DEM, do Rio falido pelos políticos e bandido por falta de autoridade, por iniciativa dele e com amparo de uma maioria de deputados e com gente de Santa Catarina, "retirou" o PIS e Confins dos combustíveis. Só para fazer média com os caminhoneiros e colocar a conta desta molecagem nos nossos bolsos. Anunciou que o montante que deixaria de se arrecadar seria de uns R$3 bilhões, compensados, segundo ele, com a tal reoneração da folha de pagamento para várias categorias de trabalhadores em diversos setores da economia. Mais uma vez mentiu, enganou, foi irresponsável.

1. Maia, o jovem, o presidenciável, o que queria ser presidente no lugar de Michel Temer,não indicou a compensação desse imposto que está previsto no Orçamento da União aprovado pelo próprio Congresso. Qualquer receita retirada dele, é preciso apontar outra para substitui-la. Maia sabe disso. E mesmo que não soubesse, está cercado de muitos bem pagos assessores para alertá-lo sobre isso. E mesmo que sua assessoria falhasse, há milhares de outros assessores dos outros 512 deputados e da própria Câmara para assim fazê-lo. É o que diz a Lei da Responsabilidade Fiscal. É cara de pau. É bandido.

2. Depois de aprovado essa irresponsabilidade própria de políticos irresponsáveis e em campanha para a reeleição e que diz querer ser presidente da República, em segundos, "apareceu" o verdadeiro rombo nas contas do governo e que faltará ainda mais à saúde, segurança, educação e obras: R$14 bilhões, ou seja, 200 por cento a mais do que Maia anunciou. Ele achou normal. É assim que os políticos lidam com os bilhões dos nossos pesados impostos. Tanto que R$2 bilhões, vergonhosamente, estamos dando para eles se reelegerem e continuarem a nos colocar num abismo sem fim.

3. O imposto que os políticos tiram dos combustíveis, eles colocam em outros, pois as despesas biolionárias que eles - mordomias, privilégios e as obrigatórias - criaram continuam. O preço que a Petrobrás vai diminuir nos combustíveis, todos do povo, mesmo os que nunca irão às bombas abastecer, vão pagá-los, como estão pagando agora, os R$70 bilhões de subsídios dos governos petistas para se manterem de bem com o povo e a inflação falsamente baixa, apesar dela ter sido a mais alta do Plano Real, que quase quebraram a empresa.

4. Os políticos fazem demagogia, em ano de eleições para eles se salvarem e quem paga a pesada conta são os eleitores e eleitoras. Tratam-nos como eternos analfabetos,ignorantes e desinformados. Não perca a peleja; não reeleja. Acorda, Gaspar!
Herculano
25/05/2018 07:14
OS GOVERNADORES ESTÃO CALADOS

De José Nêumanne Pinto, no jornal O Estado de S. Paulo, no twitter.

O peso do ICMS: O que mais pesa no alto custo dos combustíveis, contra o qual protestam caminhoneiros, não é a política de preços da Petrobrás nem Cide ou PIS/Pasep, mas, sim, impostos estaduais, e governadores não dão um pio a respeito (Estadão Notícias)
Herculano
25/05/2018 07:11
QUEM PODE MAIS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Após dia de aflições com abusos da paralisação dos caminhoneiros, acordo é anunciado

Esta não é a primeira vez em que caminhoneiros aproveitam a fraqueza do governo de turno para impor perdas a toda a sociedade com greves truculentas.

Assim se deu em julho de 1999, quando o país vivia uma crise econômica e a popularidade de Fernando Henrique Cardoso definhava. Ao longo de quatro dias, promoveram-se bloqueios de estradas e o desabastecimento de produtos de todo tipo. O Planalto dobrou-se, suspendendo reajustes de preços do óleo diesel e de pedágios.

Mais recentemente, em novembro de 2015, a categoria parou enquanto seus líderes defendiam o impeachment de Dilma Rousseff (PT) - que ainda tardaria alguns meses. Talvez pela impossibilidade de atender a tal pleito, o governo elevou as multas a motoristas que obstruíam as rodovias.

A nova ofensiva dos caminhoneiros tornou esta quinta (24) um dia de aflição para muitos brasileiros.

Faltou combustível e multiplicaram-se filas em postos de São Paulo e do Rio de Janeiro, entre outros estados; criou-se ameaça de falta de água no Rio; na capital paulista, a operação dos ônibus teve de ser reduzida, e a coleta de lixo, suspensa; o transporte de alimentos foi prejudicado em todo o país.

A tais tormentos e aos abusos dos paredistas - cujo direito ao movimento reivindicatório não se confunde com o propósito explícito de prejudicar a população?" as autoridades federais reagiram de forma aparvalhada e submissa, aceitando de pronto a chantagem.

Menos mal que, depois do congelamento temporário do preço do diesel, promovido pela Petrobras, e de acenos do governo Michel Temer (MDB) e do Congresso no sentido de votar a redução de impostos sobre derivados de petróleo, anunciou-se à noite um acordo para suspender a greve por 15 dias.

Entretanto nem todas as entidades envolvidas participaram do entendimento. Mencionam-se, ademais, suspeitas de que o movimento ganhou o apoio de transportadoras de cargas e outras instâncias do patronato interessadas em pressionar o poder público.

O que se pretende é decidir de afogadilho uma questão complexa. Por efeitos do mercado global, os combustíveis encareceram de modo agudo, o que provoca danos inegáveis para o setor.

No entanto a proposta de mitigar tais custos por meio da renúncia tributária ou subsídios orçamentários afeta o conjunto dos contribuintes - todos os cidadãos.

Recorde-se que o Tesouro Nacional depende de dinheiro emprestado até para o custeio cotidiano; abrir mão de receita significa fazer mais dívida a ser paga no futuro.

Cabe à política, sem dúvida, arbitrar conflitos do gênero. Diante da pequenez mostrada até aqui por governantes e legisladores, porém, deve-se temer que essa e outras demandas acabem em regra decididas em favor de quem pode mais.
Miguel José Teixeira
24/05/2018 22:58
Senhores,

Diante do que estamos vivenciando, vale refletir:

1) agora sim, podemos a Michel, Temer. . .

2) pior seria se a lambisgóia não tivesse sido defenestrada...e,

3)pior ainda, seria se o sapo-barbudo não estivesse sob custódia. Ou seja, guardado em Curitiba"!!!
Herculano
24/05/2018 19:31
da série: cheiro político

CAMINHONEIROS QUEREM "VOTO IMPRESSO E COMBUSTÍVEL A PREÇO DE BOLÍVIA"Caminhoneiros querem 'voto impresso e

Conteúdo de O Antagonista. Em comunicado distribuído nas redes sociais, lideranças do movimento grevista da União Nacional dos Transportadores Rodoviários e Autônomos de Carga detalham suas exigências:

Pautas políticas:

1) Cumprimento integral da lei do voto impresso em urnas eletrônicas ou adoção do voto impresso em urnas de lona, com apuração a cargo das Forças Armadas. Em caso de descumprimento, nos somaremos ao clamor popular por intervenção militar.

2) Assento nas mesas de negociações e em todos os órgãos envolvidos na criação das políticas que afetam o setor sem o intermédio de sindicatos (pois a paralisação não teve a adesão nem o apoio deles) ou da CNT- Confederação Nacional do Transporte, que não nos representam.

Pautas setoriais:

1) Abolição/substituição do texto atual do Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas atualmente em tramitação conclusiva no Congresso;

2) Redução do preço final dos combustíveis nos mesmos níveis dos praticados na Bolívia;

3) Redução dos custos das taxas de registro, do adesivo obrigatório e da renovação na ANTT;

4) Fim ou substituição do tipo de exame toxicológico obrigatório;

5) Maior fiscalização da ANTT/Receita Estadual e Federal e ações enérgicas da ANTT ou da autoridade fazendária/fiscal em transportadoras inadimplentes com o Fisco;

6) Valores de pedágios a preço razoável e proporcionais à distancia, além do fim da absurda cobrança do eixo suspenso em veículos vazios (sem carga);

7) Maior segurança na atividade e direito a porte de arma para legítima defesa;

8) Implantação obrigatória da tarifa mínima de frete do transportador autônomo de cargas;

9) Aumento do limite de pontuação de motoristas portadores de CNH "EAR" (Exerce Atividade Remunerada) por conta do maior número de horas dirigindo em relação aos demais motoristas que não exercem a profissão;

10) Revogação de resoluções, decretos e penalidades criadas por ocasião da Paralisação Nacional do Transporte de Novembro de 2015;

11) Voto em trânsito para motoristas que possuem CNH "EAR" (Exerce Atividade Remunerada).
Herculano
24/05/2018 19:07
COMO CONTRIBUIR PARA DIMINUIR OS PESADOS IMPOSTOS CONTRA OS BRASILEIROS. AGORA PERGUNTE SE O SEU DEPUTADO OU SENADOR SE ELE TEM CAPACIDADE PARA VOTAR TAIS TEMAS A FAVOR DOS BRASILEIROS E CONTRA UMA CASTA DE PRIVILEGIADOS? PERGUNTE AS RAZõES PELAS QUAIS NÇÃO FEZ ISSO ATÉ HOJE E CRIOU MAIS DESPESAS E USUFRUIU DE MORDOMIAS SEM FIM.

QUEM SABE SE ELE TIVESSE O QUE DEVERIA TER FEITO, HOJE OS IMPOSTOS SOBRE OS COMBUSTÍVEIS SERIAM MENORES NÃO Só PARA OS CAMINHONEIROS, OS BRASILEIROS

ESTA É A LISTA GENÉRICA DO MBL DE COISAS DESNECESSÁRIAS E MUITO CARAS QUE VOCÊ PAGA, QUE CARO IMPOSTO DOS COMBUSTÍVEIS AJUDA A COBRIR, MAS TEM MAIS

Super-aposentadorias: R$50 bilhões de economia por ano

Empresas estatais: R$20 bilhões de economia por ano. O menino maluquinho que é presidente da Câmara, Rodrigo Maia, DEM, nesta semana engavetou a privatização da Petrobrás e que daria em torno de R$12 bilhões, só porque ela é um poleiro de cabos eleitorais, políticos ladrões e outros sem votos, bem pagos pelos brasileiros, mesmo pelos desempregados.

Auxilio a moradia de juízes, desembargadores e ministros com casa no local onde trabalham R$817 milhões de economia por ano.

Super-salários de servidores públicos, R$10 bilhões de economia por ano.

Extinção da Justiça do Trabalho, R$14 bilhões de economia por ano

E a lista é maior, bem maior, e a economia de desperdício dos nossos pesados impostos que estão encarecendo os produtos, a nossa vida, e faltando à Saúde, Educação, Segurança e Obras, também poderia ser bem maior. Dependemos dos políticos. Estes que estão ai, não fizeram, e se reeleitos não vão fazer nada diferente, mesmo que estejam prometendo, falsamente, para vocês. Eles tratam todos os eleitores como tolos, imbecis, analfabetos, ignorantes, desinformados e sua massa de manobra para as chantagens continuadas. Outubro é logo ali. Não perca a peleja. Não reeleja. Wake up, Brazil. Acorda, Gaspar!
Herculano
24/05/2018 18:38
da série: finalmente ele falou e mostrou que não entende nada de Petrobrás.

BOLSONARO DIZ QUE APOIA CAMINHONEIROS, MAS CRITICA BLOQUEIOS DE ESTRADAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de João Pedro Pitombo, de Slavador, BA.O deputado federal e pré-candidato a Presidência Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (24) em Salvador que apoia o protesto dos caminhoneiros por combustíveis mais baratos, mas criticou o bloqueio de rodovias.

"O bloqueio de estradas não é salutar. Parar os caminhões, 100% apoio meu. Mas para bloquear estradas não tem meu apoio", disse o presidenciável, citando um projeto de lei de sua autoria que prevê punições mais pesadas para protestos que impeçam o direito de ir e vir das pessoas.

Para Bolsonaro, a paralisação dos caminhoneiros foi uma reação da categoria a um cenário que inclui preços dos pedágios, multas, condições das estradas, roubos de carga e preços dos combustíveis.

Ele também criticou a política praticada nos governos dos ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) de subsídio ao crédito para compra de caminhões. Segundo ele, o aumento do crédito ampliou a frota de caminhões e fez cair o preço dos fretes.

Por fim, Bolsonaro criticou o monopólio da Petrobras na definição do preço dos combustíveis. E afirmou que os reajustes são para "tapar buraco de corrupção" e agradar os governadores dos estados, que arrecadariam mais com ICMS.
Herculano
24/05/2018 18:34
CHAME O LADRÃO!

Conteúdo de O Antagonista. O jornalista piauiense Arimatéia Azevedo informa em seu blog que a Prefeitura de São Raimundo Nonato, comandada pelo PP, está licitando material de informática.

O leitor de O Antagonista deve estar se perguntando: E daí?

E daí que um pendrive de 8GB está sendo cotado a 505 reais, um pente de memória RAM de 800 mhz sairá por 2,7 mil reais e uma mochila para notebook em poliéster será adquirida por 1,3 mil reais.
Herculano
24/05/2018 18:28
QUEM CAGA O BRASIL SÃO OS POLÍTICOS. O DINHEIRO PARA A FARRA DELES É NOSSO E VEM DOS PESADOS IMPOSTOS QUE ELES SURRUPIAM OU DÃO DESTINO RUINOSO

Do jornalista Vinicius Torres Freire, do jornal Folha de S. Paulo, no Twitter

Um sujeito decide comprar um troço sem perguntar o preço. Acha que vai sair por 3 mil. Então, descobre que vai pagar uns 13 mil. Esse é o Rodrigo Maia, que liderou a zeragem do PIS/Cofins do diesel ACHANDO que a perda seria de uns 3 bilhões. Na conta da Receita, dá uns 14 bi
Herculano
24/05/2018 18:24
QUEM VAI PAGAR A CONTA DE COMBUSTÍVEL BARATOS? TODOS, INCLUSIVE OS DESEMPREGADOS QUE NEM DINHEIRO PARA O ôNIBUS POSSUEM

PARENTE DIZ A INVESTIDORES QUE GOVERNO TERÁ DE REEMBOLSAR PETROBRÁS SE QUISER DAR SUBSÍDIO PARA O DIESEL, por Gerson Camarotti, no portal G1

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, deixou claro durante um "call" (conferência por internet) com investidores que, se o governo quiser dar qualquer tipo de subsídio no preço do óleo diesel, terá que reembolsar a Petrobras e formalizar o procedimento por contrato.

Segundo relatos obtidos pelo blog, Parente lembrou que há uma possibilidade jurídica para essa operação, via Lei das Estatais.

Ele tranquilizou investidores, afirmando que a redução no preço do diesel anunciada nesta quarta-feira (23) foi uma exceção e não deve ser repetida.

Diante da paralisação de caminhoneiros, que pedem uma diminuição no preço do combustível, a estatal anunciou uma redução de 10% nos valores do diesel nas refinarias por 15 dias.

Parente voltou a usar o argumento de que agiu no melhor interesse da empresa, até porque a greve já começava a impactar as operações da Petrobras.

Tanto que, segundo Parente, foi uma decisão unânime da diretoria. Isso porque a estatal queria sair de uma posição defensiva junto à sociedade. Ele também voltou a dizer que não houve interferência política.

Parente ressaltou que não vai deixar o cargo por causa da situação envolvendo a pressão dos caminhoneiros pela diminuição no preço dos combustíveis.
Herculano
24/05/2018 18:16
O QUE HOUVE COM A "ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA"?

Conteúdo de O Antagonista. Há dez anos a cúpula das Forças Armadas apresentou a "Estratégia Nacional de Defesa", que previa uma série de medidas de garantia das chamadas infraestruturas críticas - energia, água e transportes.

Se os governos do PT e do MDB não tivessem perdido tanto tempo roubando, talvez houvesse um plano de ação para impedir o desabastecimento geral.
Herculano
24/05/2018 18:07
da série: no meu não. Político assim: discursa contra os impostos, mas que tirem os dos outros, pois ele sabe muito bem que a estrutura governamental é uma máquina de comer dinheiro como poucos.

SENADORES PRÉ-CANDIDATOS A GOVERNOS ESTADUAIS RESISTEM À PROPOSTA QUE REDUZ ICMS SOBRE COMBUSTÍVEIS, por Nonato Veigas, da revista Época

Medo de administrar os estados com ainda menos dinheiro que os atuais governadores

A resistência no Senado à proposta que prevê a possibilidade de reduzir o ICMS sobre os combustíveis é maior entre aqueles parlamentares que são pré-candidatos a governadores. No Senado são 11. O medo é ter de administrar os estados com ainda menos dinheiro que os atuais gestores
Herculano
24/05/2018 18:01
DEPOIMENTO: NUNCA FOI POSSÍVEL SER IMPARCIAL DIANTE DE ALBERTO DINES, por Carlos Brickmann, trabalhou com Dines no Jornal do Brasil, Folha e Observatório da Imprensa, para o jornal Folha de S. Paulo

Uma pessoa não morre enquanto vive a sua memória

Este não é um artigo imparcial. Nunca foi possível ser imparcial diante de Alberto Dines, o grande jornalista que acaba de nos deixar. Para quem o conheceu, era gostar ou detestar. Em ambos os casos, aprendia-se muito.

Tive a sorte de, sem cursar faculdade, ter excelentes professores a meu lado, tempo integral, exigindo-me apenas que aprendesse e retribuísse levando ao leitor o melhor trabalho possível. Sorte - só isso explica que eu pudesse ser instruído por Nahum Sirotski, Fernando Vieira de Melo, Ewaldo Dantas Ferreira, Rolf Kuntz, Murilo Felisberto. E Alberto Dines.

Dines dirigia o Jornal do Brasil, que na época disputava com O Estado de S. Paulo a posição de jornal mais influente do país (Folha e O Globo só cresceriam mais tarde). E garimpou na Folha um grupo de jornalistas muito jovens - eu ainda não tinha 20 anos - para sua sucursal paulista.

Éramos inexperientes; mas, disse Dines, importantes eram o talento e o tesão. Todos puderam aprender com os jornalistas daquela equipe excepcional - por exemplo, Fernando Gabeira, Carlos Lemos, Carlos Castello Branco.

Dines era o grande maestro e fazia com que todos formassem um time. Mandava mais na equipe e no noticiário do que o dono do jornal, Nascimento Brito. Discretamente, inovava: colocou uma TV no centro da redação. Era um lembrete de que o jornal não podia mais divulgar apenas a notícia, já que a notícia já chegara aos leitores pela TV (e com imagens em movimento!).

Era preciso buscar bastidores, analisar consequências, avaliar o fato, dar o que a TV não dava; para isso criou o Departamento de Pesquisa, chefiado por Murilo Felisberto (que mais tarde seria o criativo do Jornal da Tarde).

Mandar mais que o dono do jornal custou caro a Dines; desafiar ordens da ditadura militar, driblando censores e, se possível, expondo-os ao ridículo, custou mais caro ainda. O Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo bateram mais, mas com o apoio dos donos. Dines, sozinho na luta, incômodo para a cúpula do jornal, caiu.

E, mais uma vez, antecipou o futuro. Escreveu bons livros ("Vínculos de Fogo", sobre a Inquisição no Brasil e em Portugal, com ampla pesquisa que o levou à Torre do Tombo, que guarda os arquivos do período; "Morte no Paraíso", sobre vida e suicídio de Stefan Zweig, que julgava ser o Brasil o país do futuro; bem antes, já escrevera um capítulo de "Os Idos de Março e a Queda em Abril", livro que saiu logo após a ascensão dos militares ao poder); deu aulas em Princeton; publicou uma notável coluna na Folha, o Jornal dos Jornais, uma impiedosa (e acuradíssima) análise do que se publicava nos jornais.

Foi nesta Folha que Dines liquidou o debate travado sobre a morte de Vladimir Herzog (havia grupos que defendiam a tese de que ele se matara inesperadamente). Dines afirmou, com toda a razão, que não havia o que discutir: ou ele tinha sido assassinado ou sofrido torturas tão bárbaras depois de ser preso que preferira se matar.

Nos dois casos - e não havia possibilidade de terceira hipótese?" o Estado, que por lei é obrigado a garantir a segurança de seus presos e dar-lhes tratamento adequado, não cumpriu seus deveres. E, claro, não tomou nenhuma providência para encontrar os culpados.

Depois do Jornal dos Jornais, criou ainda o Observatório da Imprensa, na TV e pela internet. E, incansável, manteve a rotina de palestras e de aulas.

No início deste artigo, eu disse que Dines nos deixou. Errei: embora vá descansar no Cemitério Israelita do Embu, ele continua conosco. Pois uma pessoa não morre enquanto vive a sua memória.
Herculano
24/05/2018 17:32
A SOLUÇÃO SERIA PRIVATIZAR A PETROBRAS?, por Ney Lopes, no Diário do Poder

A Petrobras anuncia redução dos preços da gasolina, pressionada pelo protesto popular contra os aumentos abusivos.

Surge a indagação: se é possível baixar, por que aumentou tanto o preço?

Seria a prova de que não existe planejamento estratégico orientado para o interesse público, mas sim apenas para o lucro?

Na prática, a Petrobras já deixou de atuar como uma empresa integrada e comporta-se de fato, como empresa privada, com a única preocupação de lucratividade, em curto prazo, mesmo onerando o "bolso popular".

A desculpa tem sido o imposto excessivo, a Lava Jato, oscilações do dólar, preço internacional do barril...

Para aceitar essa justificativa é necessário que a Petrobras explique, por que quando o petróleo estava acima de US$ 100 o barril, a nossa gasolina era pouco mais de R$ 3,00 por litro, e hoje, com o barril em torno dos US$ 70, o litro da gasolina atinge quase 50% acima deste valor?

De agora por diante recomenda-se o "olho aberto" para verificar se a anunciada redução do preço chegará mesmo ao "bolso do consumidor", considerando que, não havendo congelamento, cabe aos distribuidores de capital privado, que compram o produto às distribuidoras, estabelecerem o preço por litro a ser cobrado ao consumidor.

Há inúmeros precedentes, em que a "matemática financeira do mercado" (???) justificou de mil maneiras, não repassar 100% do percentual reduzido.

Espera-se que dessa vez seja diferente.

Ao reduzir preços, a Petrobras anunciou que manterá a atual política petrolífera nacional.

Há "verdades escondidas", desconhecidas da população.

Não precisa ser estatizante, ou de esquerda radical, para enxergar certos equívocos.

Ao contrário, somente posição isenta, equilibrada e longe de extremos ideológicos poderá mudar a situação atual. Senão vejamos.

Em nome do "mercado" e "liberdade econômica", em dez meses a Petrobras já tornou a gasolina 55% mais cara. Essa história da alta internacional é "meia verdade".

O preço do barril negociado na bolsa de Nova York subiu 40% nos últimos 12 meses.

Uma das causas está no fato do Brasil, a exemplo da Nigéria e Angola, exportar 44,4% do seu petróleo cru, sem nenhum valor agregado para, em seguida, comprar derivados refinados no exterior, o que torna as nossas refinarias ociosas em quase um quarto de sua capacidade de produção. Por meio de "operação casada", esse mesmo petróleo retorna, sob a forma de derivados.

A China e os Estados Unidos seguem sendo os maiores importadores, de tudo que exportamos e exportadores do que compramos.

Sabe-se que o parque de refino nacional não atende a demanda e boa parte do nosso óleo cru é considerado médio e pesado, dificultando o refino.

Porém, nada justifica esse "jogo" típico de "mercado", que favorece a luz do meio dia os produtores estrangeiros, importadores do nosso óleo cru para refino e as "tradings" como intermediárias.

Lamentável tudo isso ocorrer, justamente no momento da descoberta do pré-sal, a maior fronteira de exploração de petróleo conhecida na última década no mundo.

A propósito, cabe lembrar recente comentário de John Abbott, presidente das Shell, ao declarar que a sua empresa retira do refino a maior parte dos seus lucros e que por isto, não abria mão de ser uma empresa integrada, do "poço ao posto", exatamente o contrário da atual política colocada em prática pela Petrobrás.

O prejuízo final recai nas costas dos consumidores, além do enfraquecimento progressivo da Petrobras e os ônus causados à União, estados e municípios, pelos impactos recessivos na arrecadação.

A solução seria privatizar a Petrobras?

As privatizações são bem vindas, porém com limites.

Sabe-se que das vinte maiores empresas de petróleo do mundo, 13 são estatais e elas detêm 91,4% das reservas mundiais.

Em princípio, a renda petroleira terá que ser destinada ao incremento do desenvolvimento nacional.

O meio será a aplicação da máxima "nem tanto ao mar, nem tanto ao peixe".

O melhor caminho seria a retomada da política de "integração" , de acordo com o conselho do Presidente da Shell, que recomenda para as empresas do setor adotarem o princípio do "poço ao posto", o que infelizmente não está seguido pela Petrobras atualmente.

O fundamental é que seja evitada a exacerbação de posições extremadas - "privatistas ou estatizantes" ?" que fatalmente terminarão por "sucatear" ou "fatiar" um patrimônio público que tem história.
Herculano
24/05/2018 17:23
E SE FOR Só UMA AMOSTRA? por Lilian Witte Fibe, na revista Veja

Sei não, mas o movimento dos caminhoneiros, que pôs o governo de joelhos em menos de 48 horas, pode ser só uma amostra do que nos espera nestes meses que precedem as eleições mais difíceis da nossa história recente.

A paciência da população silenciosa pode estar se aproximando do limite.

Como estava em 2013, sem que a mídia, e muito menos os governos, se dessem conta.

Até serem surpreendidos pelas manifestações populares que, numa inflamada defesa da luta contra a corrupção e do Ministério Público, desembocaram no impeachment da presidente.

Pois é.

Tudo pode piorar.

E o governo Temer conseguiu bater o recorde de Dilma em reprovação popular.

Não mexeu uma palha para reduzir, nem que fosse só um pouco, o acesso das organizações criminosas aos cofres públicos.

Ao contrário.

Cercou-se de investigados e indiciados.

Seguiu distribuindo benesses, privilégios, subsídios bilionários e emendas parlamentares a escolhidos. Nada fez pela infraestrutura nacional.

Sem políticas de estado para saúde, segurança, educação ou transporte, foi marqueteando movimentos pontuais aqui e ali, num vai e volta danado de medidas anunciadas e em seguida revogadas - como a de agora, da privatização que não foi das distribuidoras da Eletrobras.

Deu no que estamos vendo esta semana: com o ralo da corrupção escancarado e a generosa distribuição de presentes, o dinheiro acabou.

Inutilmente, tiraram um trocado de um dos impostos sobre o diesel.

O cobertor é curto.

Escolhe-se condicionar a perda do trocado à reoneração da folha de pagamentos, ônus de pronto enviado ao Congresso. Os caminhoneiros nem piscaram.

O movimento só cresceu.

Sobrou para Pedro Parente, uma das duas ilhas de excelência que, de dentro de um sofrível governo, teimosamente lutam para melhorar o Brasil.

Parente na Petrobras e Ilan Goldfajn no Banco Central fazem o impossível pras contas públicas chegarem a primeiro de janeiro com o nariz acima d'água.

Ontem à noite, o presidente da Petrobras deu um show de civilidade e articulação ao anunciar, em entrevista coletiva, o congelamento por 15 dias do diesel.

Os caminhoneiros nem piscaram. O desabastecimento se agrava. Pois é.

Faltou combinar tamanha leviandade fiscal com o eleitor. O mesmo que enche os cofres públicos para realimentar os saques de gedéis, henriques e eduardos que não estão encarcerados.

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