24/05/2018
SOMOS TODOS CULPADOS I
Quando a produção mundial do petróleo estava “barata”, permitimos que os políticos que elegemos e os governos de plantão, inclusive e principalmente os do PT, aumentassem até 50% dos já pesados impostos sobre o diesel e a gasolina. Tudo sem retorno ao cidadão. Tudo para fazer frente à gula bilionária da corrupção, dos gastos sem controle, das tetas sem fim dos cabos eleitorais, das estruturas pesadas do funcionalismo, das mordomias, das diárias, das viagens sem fim, dos privilégios e altos salários e aposentadorias precoces de políticos e de uma casta de servidores nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). E você acha que isso é só em Brasília? Olha o que acontece no governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, no de Érico Oliveira, MDB, e o que quer o presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC.
SOMOS TODOS CULPADOS II
E a conta – e a realidade, principalmente - veio por um movimento do republicano Donald Trump ao supostamente proteger os interesses econômicos do seu país, os Estados Unidos, aliada à sua política de relacionamento mundial: o dólar disparou e o petróleo, mundialmente. E aqui a coisa pegou, pois temos 50% de tributos de todos os tipos nos combustíveis para fechar a cara conta do país, estados e municípios. Num país sem trem por culpa de nós, políticos e governo, os caminhoneiros foram às ruas. Num tempo de crise econômica, não é fácil repassar custos. Todos espremem. E sobra para os mais fracos nessa cadeia. Ganham com a desgraça da maioria, vejam só, expertos, políticos...
SOMOS TODOS CULPADOS III
Em Gaspar, depois de dois dias em que a gasolina baixou nas refinarias (é só consultar o site da Petrobrás) um posto, sem bandeira, na Duque de Caxias, no Centro, aumentou em segundos, na quarta-feira à tarde, a gasolina comum: de R$4,11 para R$4,999. O dono desafiava: “ninguém precisa comprar aqui, mas todos virão porque vai faltar”. Ou seja, abuso, extorsão e uma ação que revela a motivação da alta: bem distante do custo do produto, impostos e operação. Críticas e denúncias nas redes sociais. E o Procon defensor dos consumidores de Gaspar? Calado! Uma representação no MP vai tentar reparar esse tipo de crime. O “empresário” desdenha. Acha que está certo. Pior mesmo, foi ver o vereador gasparense Evandro Carlos Andrietti, do MDB de Michel Temer, o enrolado nessa história, ir de madrugada dar apoio ao movimento dos caminhoneiros. Proposta, nenhuma. Demagogia, total. E tem gente que compra em postos com esse viés de descompromisso com o seu cliente e vota em político não dá valor ao dinheiro do eleitor disponível apenas para bancar eternamente as suas farras. Outubro está aí. Não perca a peleja; não reeleja. Somos todos culpados por esses impostos escorchantes, em tudo. Tiram da gasolina e colocam em outros. Acorda, Gaspar!
Da série quando o rabo abana o cachorro. O presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, está comendo o pão que o diabo amassou desde que traiu o governo e o “irmão” que o criou politicamente, Kleber Edson Wan Dall, MDB. Silvio como presidente do Legislativo se achou por bem se instalar em um poder paralelo contra o Executivo.
Contudo, Silvio logo percebeu que o mundo de pesos e contrapesos na política é bem mais complexo, do que simplesmente à vontade unilateral de um novato nela. Ainda mais em Gaspar. Tentou enfrentar o MDB e PP para manter a interferência que vinha tendo como aliado de Kleber na Saúde Pública e em defesas dos seus médicos. Não deu certo.
A serviço do PT – que fez a intervenção marota no Hospital de Gaspar -, PDT e PSD que o elegeram presidente da Câmara e fora do script, inventou inicialmente um cargo de “procurador geral” comissionado de alto vencimento (mais de R$9 mil por mês) para atuar paralelamente (ou contra) ao efetivo “procurador jurídico” e que já existe na Câmara e ganha menos do que o “novo”.
Diante da ampla repercussão negativa, Silvio teve que adiar a votação do projeto e a “contratação”, de um profissional interior do Paraná e que agora virou o seu “assessor”, Itauby Bueno Moraes.
Primeiro como médico, Silvio diz que o seu foco é melhorar a caótica Saúde Pública de Gaspar e até fez um “pacto” com os vereadores para isso, apesar de não ter mais interferência direta nesse assunto no Executivo. São R$110 mil por ano que poderiam “sair” da Câmara, num gesto solidário no tal “pacto de todos” para a Saúde.
Segundo: o relator da matéria, Wilson Luiz Lemfers, PSD, colocou água nesse chope invocando a tal desproporcionalidade; houve uma “revolta” entre os funcionários da Casa e provou-se que atende na quantidade e qualidade a demanda da mesa diretora; percebeu-se que este não seria o único do caro inchamento da Câmara – virá mais conforme discurso que Silvio fez; e o governo Kleber está tentando se imunizar à uma manobra que Silvio, PT, PDT e PSD fazem para deixa-lo ainda mais vulnerável no parlamento do que já está com a tal minoria.
Agora, diante de várias representações que chegaram ao Ministério Público de Gaspar e que cuida da Improbidade e que questionam à conduta administrativa de Silvio na Câmara, ele está dizendo que mais do que nunca, foi mal assessorado pelos assessores da Câmara, induzido ao erro e que esses fatos por si só, justificariam à mudança da Legislação e à contratação de gente cara só para protege-lo no mandato com questionamentos.
Era só o que faltava. Com essa revelação, Silvio confirma publicamente o que no ambiente interno é conhecido: de que ele possui problemas de gestão, comunicação e relacionamento com a equipe que está à sua disposição para assessorá-lo na Câmara e é paga pelo povo. Não confia nela. E como resultado quer aumentar a conta para o povo pagar duplamente.
O verdadeiro assessor de Silvio até então, nem estava contratado sob qualquer abrigo legal, nem possuía qualificação para tal. Luiz Carlos Fernandes está na mira de todos, inclusive do MP. “Era um amigo, que me visitava no gabinete”, minimizou, orientado, Silvio na tribuna.
Há provas de que Luiz é quem coordenava e repassava ordens administrativas do presidente aos efetivos e comissionados, inclusive, controlava, interferia até – como censor - nos textos de press releases dos vereadores da minoritária bancada da situação.
Como se meteu numa enrascada, não conseguiu trazer a equipe de assessores para si, evitou a transparência e o diálogo, Silvio quer provar agora que está sendo traído pelos funcionários da Casa para contratar os seus, com salários bem acima dos efetivos. Foi assim na Saúde onde mexeu os pauzinhos e colocou os seus de confiança sob o argumento de mudança e controle. O resultado continuou ruim. É mais um caso em que o rabo abana o cachorro. Acorda, Gaspar!
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