Quem planta, colhe. Em entrevista ao vivo, nervoso e na defesa, estranhamente e pela primeira vez o prefeito Kleber disse que ?não sabe se será candidato à reeleição? - Jornal Cruzeiro do Vale

Quem planta, colhe. Em entrevista ao vivo, nervoso e na defesa, estranhamente e pela primeira vez o prefeito Kleber disse que 'não sabe se será candidato à reeleição'

25/09/2019

Debitou parte das suas dificuldades para cumprir as promessas que fez à minoritária e desorganizada oposição


O prefeito eleito Kleber (à esquerda), orientado pelo prefeito de fato Carlos Roberto Pereira (ao centro) e que se coloca como nome alternativo do MDB que preside para a corrida eleitoral do ano que vem, culpa uma “oposição” fictícia por suas dificuldades na entrega daquilo que prometeu nos discursos e campanha. A “oposição” é praticamente um vereador, o Cícero (à direita) do PSD, cujo partido Kleber e o MDB “namoram” para não tê-lo como adversário.

 

A entrevista aconteceu na quinta-feira da semana passada à Rádio 89 FM. Era o programa comandado pelo proprietário da emissora, Joel Reinert, e pelo repórter Paulo Flores. O desabafo aconteceu quando se debatia à razão pela qual o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, prometeu em 2017 asfaltar parte da Rua Vidal Flávio Dias, no Belchior Baixo, Distrito do Belchior, em parceria com empreendedores e investidores de lá, Mas, está enrolando o pessoal até agora.

Vamos por partes.

Segundo Kleber, a administração dele está fazendo obras com um selo de qualidade “bastante alto”.

Para tudo, que quero desembarcar. Selo de qualidade superior nas obras de Kleber? Só se for para padrões africanos do século passado. Primeiro, falta transparência em quase tudo, seja por jogo, implicância ou teimosia. Segundo, é só pegar um exemplo entre tantos: a drenagem e a re-pavimentação da Rua Frei Solano, no Gasparinho, e que no fundo é o pivô exposto – até porque há muitos outros de bastidores - dos desgastes de Kleber e seus planos de reeleição.

Não há projeto da obra conhecido até hoje. O vereador da oposição, Dionísio Luiz Bertoldi, PT, está esperando-o. Apareceu lá na Câmara e numa exposição armada com claque plantada um desenho e sem assinatura técnica responsável.

E foi na Frei Solano que se viu o prefeito fazendo vídeo e fotos para a propaganda política – onde ele era o repórter de si próprio. Estava sem EPI – Equipamentos de Proteção Individual – avalizando outras barbaridades medievais, como operários da empreiteira que contratou sem capacete, sem camisa, sem sapatos, sem cintos, assentando tubos.

Gente decente, responsável e cumpridora da lei, mandaria parar tudo até se regularizar.

Foi na Frei Solano que se testemunhou as caixas de passagens fakes. Ao invés de serem de concreto como manda a norma e a contratação, eram de tijolos impróprios para isso. Tudo documentado. Foi na Frei Solano que se constatou que os tubos não eram assentados em berços e sim numa gambiarra sobre a terra.

É isso que Kleber disse que é o padrão de qualidade “bastante alto” da administração dele? Nem Joel, nem Paulo se lembraram de questioná-lo sobre isso e tantas outras. E o discurso para analfabetos, ignorantes e desinformados então continuou.

NA TEORIA KLEBER ESTÁ CERTO. NA PRÁTICA, OS QUE ASSESSORAM CONSPIRAM CONTRA ELE

Kleber está certo, todavia, quando diz que uma obra de infraestrutura em Gaspar como a pavimentação de uma rua – e como devia ser em qualquer lugar decente – começa pela drenagem pluvial. Se ele possui essa consciência e discurso – até porque irmãos engenheiros -, então para tudo, que eu quero desembarcar de novo.

A realidade mostra que ele não sabe o que está dizendo e fazendo, ou a sua equipe, pela qual é o único responsável pois foi ele quem a escolheu e dá aval até o momento para ela, está esculhambando com a imagem política dele como um gestor exemplar e que Kleber tenta vender à cidade e seus eleitores. Não é à toa que gente técnica possui vida curta no governo de Kleber; é desmoralizado e sai daqui antes de ser enterrado vivo. E a lista é longa para quem não completou três anos. Nem mais, nem menos.

Voltemos ao caso da Rua Frei Solano. Ali o objetivo era a drenagem, não a pavimentação da rua e que virou uma consequência. Então, sabia-se que com aquela buraqueira, no mínimo, seria preciso recompor o pavimento da rua.

Kleber decidiu, e mais uma vez pelo certo: retirar os paralelepípedos.

Entretanto, erradamente jogou o patrimônio público fora. Enrolou-se no reaproveitamento do material. Só anunciou isso, depois que houve o questionamento da dita “oposição” na Câmara sobre este procedimento bárbaro e exposição este assunto aqui. Os paralelepípedos se amontoavam, enterravam-se e se jogavam fora depois de arrancados da Frei Solano. Afinal, eles custaram muito dinheiro dos pesados impostos dos gasparenses em outras administrações.

Numa administração feita de jovens, que diziam na campanha eleitoral ser os ventos da mudança, precisava dar chances para a “oposição” crescer e este tipo de fato virar um escândalo por aqui? Quem é o culpado? A “oposição”, a coluna ou a administração que não enxergou e fez o óbvio?

SE HÁ, O PLANEJAMENTO DO GOVERNO KLEBER É ALGO PRIMÁRIO, TEMERÁRIO E FALHO

Noves fora, volto à incoerência do governo Kleber entre o discurso, a entrevista e à prática.

O que aconteceu? O padrão de qualidade “bastante alto” de Kleber até esta semana não conseguiu repavimentar a Rua Frei Solano. São oito meses de sacrifícios ao povo e comerciantes do Gasparinho. Na semana passada estavam todos atolados em lama. Esta semana, enquanto Kleber fazia festa para anunciar um quilômetro do tal Anel de Contorno Viário, particulares já entregaram ao uso ou estão fazendo muito mais do mesmo Anel.

E por que não se repavimentou a Frei Solano? Simples: não houve planejamento. Só depois de meses de terminada a implantação da polêmica drenagem e feita de dúvidas, é que a prefeitura foi licitar às obras de asfaltamento e reurbanização da Rua.

Pior: no discurso, nas entrevistas e na alimentação dos doentes – ou gente dependente de boquinhas - da internet, culpava à dita “oposição” pelo atraso. Mais uma vez o governo de Kleber foi desmascarado pela realidade e documentos, inclusive aqui. É o não coisa de doido? Afinal, quem é o pai desta “oposição” terrível, senão o próprio atual governo de Gaspar?

Quão doida é a incoerência do discurso do prefeito Kleber e os que não fazem perguntas necessárias. Nada é confrontado para que Kleber possa dar explicações e se enrolar ainda mais nelas. Se ele acerta quando diz que nenhuma obra infraestrutura em Gaspar começa sem ser pela drenagem, o que falar das obras de reurbanização da Rua Itajaí que tiveram que parar, esperar a licitação da drenagem, que deveria, pela normalidade das coisas, da consciência e do discurso do prefeito? Perceberam?

Então é fácil concluir: a verdadeira “oposição” está dentro do governo Kleber que demonstra não ser um gestor, mas um político com popularidade no passado para derrotar o que não se queria mais ver por aqui. Até nisso, o aprendizado é zero.

Novamente, neste caso da Rua Itajaí, como em outros, faltou planejamento e sobraram incapacidade para a articulação administrativa e espertezas.

Pelo jeito, falta também liderança no processo. Além do que está evidente que não se falam entre si as secretarias de Planejamento Territorial, a de Obras e Serviços Urbanos e a da Fazenda e Gestão Administrativa de onde saem as licitações, sob a supervisão do Procuradoria Geral do município com uma dezena de advogados e que viu o Tribunal de Contas barrar a criatividade, ou a malandragem, ou a desatenção contra a lei expressa.

O QUE KLEBER TENTA É DAR UM DESFECHO DIFERENTE QUE TEVE OS GOVERNOS ANTERIORES DO MDB GASPARENSE

Resumindo: o governo Kleber não funciona naquilo que prometeu, no discurso que faz, na auto-reportagem que ele patrocina nas redes sociais. Perdido, agora ele culpa uma tal “oposição” por prejudicá-lo. Bobagem.

Se Kleber não cuidar, vai passar a impressão que está reconhecendo à competência e à vantagem a quem está em clara desvantagem na Câmara: a tal “oposição”. A dita minoritária – mas que se tornou algo temível de uma hora para outra no discurso - “oposição” o prefeito eleito não a específica direito quem é. E por que? Porque ele, verdadeiramente não quer alimentá-la e confrontá-la. Kleber, em meio as queixas, está atrás de composições e assim sonha eliminá-la como oposição

É, mais uma vez, um discurso político de quem está em desespero ou está fazendo está desgastando o adversário para compra-lo por bagatela mais adiante.

Como pode um esquema de poder político que se montou para governar Gaspar por, no mínimo 16 anos, em menos de três anos já estar acuado por uma tal “oposição” que “aparentemente” não possui votos para barrar nada na Câmara?

A única vez que dita “oposição” ficou em maioria, foi quando a arrogância e à falta de diálogo para compor, pedir e garantir votos fez da sua cria política e “irmão de fé”, o médico e funcionário público municipal, Silvio Cleffi, PSC, seu adversário e presidente da Câmara, num tombo sem precedentes aos arquitetos políticos de Kleber.

De verdade? O MDB está repetindo erros de quando esteve no poder depois de fazer concessões e suar muito a camisa para chegar ao poder com Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, e Adilson Luiz Schmitt. O pesadelo de Kleber neste momento é para contrariar o mesmo desfecho.

NA ENTREVISTA, PELO MENOS QUATRO PONTOS ESTÃO INCONSISTENTES

Quando Kleber culpa a “oposição” pelo atraso e possível não realização do asfaltamento da Rua Flávio Dias que prometeu em 2017 à população de lá e aos empreendedores que se instalaram na região, ele mente ou dissimula pelo menos quatro vezes.

Primeiro, não devia ter prometido o que não tinha condições para cumprir. Um gestor qualificado e comprometido com objetivos seria transparente com às dificuldades e ao mesmo tempo, focaria na superação do problema para ganhar ainda mais admiração na capacidade resolutiva. Este é o verdadeiro valor de um gestor sob pressão, crise e erro.

Segundo, deveria urgentemente esclarecer quem é esta tal “oposição” que tanto atrapalha seu governo e a cidade sob pena de ficar desacreditado e ainda mais mal avaliado? O PT, o PSD ou o PSC na Câmara? Porque o PDT nas armações políticas ilimitadas e permitidas no jogo de poder, Kleber já o colocou no seu saco e faz parte do seu governo, como aconteceu com menos trauma para o PSDB.

O PSC está na base do governo. Quem não está no PSC do governo e de bico fechado é Sílvio Cleffi. Sobre ele, já expliquei à razão em parágrafo anterior e em várias outras oportunidades desde que ele se tornou presidente da Câmara naquela sessão de meados de dezembro de 2017. Nela, o governo e a família de Kleber foram assisti-la com o objetivo de comemorar a vitória de Franciele Daiane Back, PSDB; um vexame, que agora querem eliminar com o voto aberto para a eleição da mesa da Câmara.

Ou a “oposição” é o PSD, de Cícero Giovane Amaro, o vereador, funcionário público municipal do Samae? Ele é o autor da denúncia ao Tribunal de Contas que motivou a entrevista de Kleber na 89 FM. Cícero pediu apenas que a lei fosse cumprida. E o TCE a acatou. Ou Kleber acha que o TCE é também parte do complô oposicionista contra o seu governo? Pode até ser, para quem se diz de corpo fechado, não deixa de ser algo fora do combinado...

Volto e preste bem à atenção no jogo que Kleber e o MDB escondem em suas lamúrias para encontrar culpados para a falta de entrega nas promessas que fez.

E por que Kleber esconde que é o PSD que supostamente o está atrapalhando na criatividade do seu governo contra a legislação? Simples: para confundir os eleitores e os gasparenses. É que o PT, todo manchado nacionalmente, diante de tantas bobagens e ladroeiras que cometeu com os presidentes Luiz Inácio da Silva e Dilma Vanna Rousseff, incrivelmente está crescendo aqui com Pedro Celso Zuchi, prefeito três vezes.

É Zuchi e não o PT, se for novamente às urnas, que pode – por enquanto - tirar Kleber da cadeira de prefeito. Mas, é o PT que pode enfraquecer Zuchi e dar chance a uma terceira via. O jogo de Kleber é evitar a terceira via, por isso vem anulando os demais partidos que possam fazer esse papel.

A primeira jogada do MDB de KLeber para enfraquecer Zuchi foi quando fechou com o ex-parceiro de Zuchi e que articulava a oposição na Câmara, Roberto Procópio de Souza, PDT. E por que? Porque Zuchi tinha intenções de pousar no PDT. Procópio traiu o velho aliado, os sustentaram o discurso dele de oposição na Câmara e se bandeou com o nanico ao governo de Kleber.

Então é jogo. Jogo que o próprio Kleber pelos seus erros permitiu. E agora, dá dribles nos analfabetos, ignorantes e desinformados para esconder as jogadas do treino secreto. E por que?

É que para barrar o Zuchi, Kleber também quer o PSD de Marcelo de Souza Brick. Faz tempo que Brick colocou o passe de vice à venda. Brick – que andou com um pé no DEM e no Podemos, apenas para se valorizar dentro do PSD. Agora negocia o passe do seu PSD com Kleber, com PSL e até com o PT, afinal, na eleição que concorreu com Zuchi, teve como câmara o pessoal do PCdoB que Zuchi plantou na sua coligação.

Então Kleber fica nesse nhemnhemnhém. Culpa a dita “oposição”, mas não especifica quem. E por que? Porque para salvar a sua reeleição e nela o PSD de Cícero pode ser a tábua da salvação. Ao mesmo tempo que teria os supostos votos de Brick ganharia o silêncio de Cícero. Entenderam?

Terceiro. Kleber mente – até porque é formado em Direito, foi vereador e presidente da Câmara - quando diz que é uma denúncia vazia e imprópria. Se fosse assim, até poderia ser acatada liminarmente como foi no Tribunal de Contas. Mas, ela já passou dessa fase e faz tempo. O relator Herneus de Nadal, que já foi deputado pelo mesmo MDB de Kleber, finalizou o seu relatório e concluiu que Cícero está com a razão. Então trancou a jogada de Kleber, do prefeito de fato e outros iluminados.

Agora, este assunto vai a julgamento do plenário.

Então e só por isso, no mínimo, a denúncia de Cícero não é tão absurda ou infundada como insiste Kleber, o único que está se desgastando neste assunto e nessa desculpa esfarrapada. Tanto que o prefeito de fato, que é advogado também, e por onde passam esses negócios de licitações, a secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, está bem quietinho, assim como a Procuradoria Geral que validou tudo isso.

E para desmentir Kleber, ele próprio já está procedendo as licitações mais urgentes de drenagens tudo como manda a lei para esses casos. E por que? Para não atrasar as obras para as quais ainda dispõe de dinheiro.

Resumindo: o prefeito Kleber está verdadeiramente desconfiado que no julgamento em plenário, o Tribunal – que é conhecido pelas influências políticas - vai seguir o relator e dar razão ao Cícero. Dar uma vitória a Kleber seria criar uma jurisprudência que não existe ainda no TCE catarinense. É tudo que querem os outros prefeitos de cidades bem maiores que Gaspar. Uma pressão que pode dar certo a favor de Gaspar.

Quarto. Na mesma entrevista Kleber diz que aceita às críticas, mas diz que essas ações têm como único objetivo atrasar o desenvolvimento de Gaspar. Também não é verdade. Kleber e os seus têm sido intolerantes às críticas e armam vinganças – de todos os tipos - para quem aponta os seus erros, quem os que fiscaliza ou contraria seus interesses políticos ou de resultados.

E o que Cícero fez? Foi, no fundo, até um favor a Kleber. Ora se a liminar e os argumentos do relator no TCE persistirem ao final do julgamento em plenário, Kleber teria sido salvo por Cícero de um questionamento de improbidade no futuro, em coisa criada ou permitida por seus próprios assessores.

NA VERDADE, KLEBER QUERIA DRIBLAR À FALTA DE DINHEIRO NO ORÇAMENTO PARA AS OBRAS

O que queria Kleber ao mudar o tipo de licitação e criar todo esse auê onde está encalacrado? Fazer uma licitação por pregão.

Contrataria, dessa forma, tubos e mão-de-obra para assentá-los na mesma prática operacional combinada que foi feita na Rua Frei Solano. Lá esse modelo operacional se mostrou desastroso, fora de controle na fiscalização. O que quer Cícero? Licitação por concorrência e por obra. É o que pede a Lei de Licitações.

Pela intenção de Kleber, faz-se um pregão e o vencedor neste modelo se enquadra na Ata de Registro de Preços. Quem a vence fornece a hora que for requisitado pela prefeitura, o material e a mão-de-obra à medida que for precisando em cada obra podendo-se naquele edital barrado, abrir-se até cinco frentes de trabalho para isso, estando ou não em projetos ou no elenco de prioridades. Os preços – a priori - são os que estão na Ata.

Já na modalidade de concorrência, além de especificar a obra, a prefeitura precisa ter dinheiro rubricado no Orçamento para permitir à contratação, empenho e o pagamento com o vencedor da licitação. E este é o verdadeiro problema que Kleber esconde. Então – para a claque, os puxa-sacos, os que dependem do cabide público de empregos para si e os seus, os analfabetos, ignorantes e desinformados, Kleber prefere culpar uma fictícia “oposição”, sem distinguir que a “oposição”, neste caso o vereador e funcionário público municipal, Cícero, quer as coisas claras e dentro do que diz a lei.

Veja o que aconteceu há duas semanas. Prevendo que o vereador Wilson Luiz Lenfers, PSD, que está na “oposição”, mas não é um oposicionista de carteirinha, entraria com um requerimento na terça-feira passada para pedir explicações sobre a não pavimentação até agora da Rua Leonardo Pedro Schmitt prometida com recursos do BRDE e em financiamento aprovado pelos vereadores, Kleber se antecipou em unusual resposta via a imprensa.

Para o prefeito existe um limite 16% de endividamento anual sobre a receita do município na tomada de determinados financiamentos. E neste ano, o limite já foi para o espaço. Por isso, voltou a reprometer a obra da Leonardo Pedro Schmitt para o ano que vem, ano de eleições.

Ou seja, desta vez, Kleber não culpou a tal “oposição” por não poder fazer a obra prometida no Poço Grande. Mostrou que a prefeitura é que se embananou. Como a drenagem para o asfaltamento da Vidal Flávio Dias também será feita com financiamento da Caixa Econômica, é o tal limite do endividamento que verdadeiramente impede à tomada de recursos para a execução daquela obra.

Tudo desculpas convenientes e a culpa sempre sendo transferida para outros. Mais, uma vez faltou planejamento. A falta dele, permitiu o estouro do endividamento para a contratação de empréstimos com cláusulas específicas.

“EU NEM SEI SE VOU SER CANDIDATO!” [À REELEIÇÃO]

“Quero deixar bem claro aqui que [ser] oposição é legítimo, natural, importante e democrático. A crítica, inclusive, quando construtiva, é super-bem-vinda”, disse Kleber ao justificar que precisa, no entender dele, um limite da atuação do que ele chama de “oposição” na Câmara de Vereadores. “Politicamente quer falar mal de mim, pode falar. Não tem problema nenhum”.

E foi mais além: “quer falar mal do vice-prefeito, dos secretários, do meu partido, não tem problema nenhum”, acentuou para dizer que o que os vereadores da dita “oposição” estão fazendo é o de colocar em risco a comunidade gasparense. Kleber acha que é um jogo político e que que este suposto “jogo” está causando transtornos ao seu governo e à população.

O que demonstra isto tudo?

Primeiro que Kleber muito tardiamente reconhece que há uma “oposição”. O que ela está fazendo na verdade, não é bem atrapalhando a cidade, mas seus planos de reeleição, como bem demonstram as pesquisas de trabalho do partido dele e as da dita “oposição”.

Segundo: a crítica nunca foi bem-vinda como ele diz. Ao contrário, gerou vinganças e abundam exemplos que plantadas por ele e o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira. Essas escolhas estão gerando frutos amargos e podem ter consequência desastrosas em outubro do ano que vem.

Terceiro, está claro que Kleber é refém de uma equipe tecnicamente fraca e que retira a qualidade do que entrega, quando entrega. Então não há o tal selo de qualidade “bastante alto”. É outro sinal de auto-engano.

Kleber, numa das raras oportunidades públicas e contrariando às orientações de seus fiadores políticos, reconheceu que vem recebendo críticas da comunidade, ou seja, não só da suposta “oposição”. E qual a causa delas? Por conta do que prometeu e não está conseguindo entregar, por que não se tratou até aqui da verdadeira mudança na gestão e porque colocou em primeiro lugar apenas obras, e não as pessoas.

“Fui eleito para trabalhar e não fazer política. Meu compromisso é com a população de Gaspar”, disse Kleber ao reclamar que este processo de licitação questionado no Tribunal de Contas é feito desde 2009 em Gaspar e só agora, na versão dele, foi barrado.

Mas não é bem assim. Este processo continua valendo e o próprio Kleber o usa, mas não para este tipo de fornecimento de material com serviço casado para obras técnicas e sem especificá-las.

Apesar da reclamação, o que mais faz Kleber hoje em dia é política, basta ir às suas redes sociais, olhar às suas entrevistas, ver os “press releases”. Basta ver como mudou a área de a emprego, exatamente para que eles não criassem asas, pois na eleição de Kleber em 2016 foram oposição a ele.

A sua comunicação é toda voltada visando à sua reeleição. Entretanto, ela é baseada num erro visível: as obras e elas estão capengas. Preferiu os amigos, os correligionários, a parentalha. Daí a razão da choradeira e que pode ser tarde.

“A oposição ficou 12 anos no poder. Eu estou há dois anos e pouco. Deixa eu terminar o meu mandato. Deixa eu trabalhar. A eleição é só no ano que vem”, inflamou no discurso meramente político para então desabafar: “eu não sei se eu vou ser candidato” para então apelar à separação da política partidária eleitoral, da administração do município que ele toca. Mas, como separar se um é a alavanca do outro? Se no fundo, a reeleição é uma avaliação do gestor público de plantão?

KLEBER ATIRA EM UM PARA ACERTAR OUTRO

Vamos por partes, outra vez. Quem governou Gaspar por 12 anos foi o PT ou Pedro Celso Zuchi, mas quem interpelou o Tribunal de Contas contra Kleber foi um vereador do PSD. Está claro que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ou seja, mais uma vez, Kleber está fazendo política, pois na verdade ele ao tentar misturar todos numa tal “oposição” que governou por 12 anos, está atirando em Zuchi, o adversário dele das pesquisas.

O único questionamento do PT como bancada contra Kleber e levado ao Ministério Público Estadual foi o não cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta para a implantação do projeto de coleta e tratamento de esgotos em Gaspar. E isso, o deixa incomodado. Kleber fez opções e elegeu prioridades que as deixam exposto a questionamentos. Dão palanques fáceis aos adversários. Ainda mais num ambiente de conscientização cada vez maior da sociedade sobre este assunto.

Tanto que na sexta-feira passada, foi correndo a José Boiteaux com o projeto do esgoto de Gaspar e lá encontrar o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto para pedir ajuda. É que ele sabe que a coisa começou a feder...

Mas, voltemos ao exercício de quem está fazendo política: Kleber ou a oposição? Ambos. E quem está provocando é Kleber. E como essa tal “oposição” não tem nada a perder, está atirando nas feridas expostas da administração de Kleber. E faz isso para se posicionar perante os eleitores ou para tirar alguma vantagem na aproximação para ficar na chapa à reeleição. E Kleber está acusando a dor. Nada mais.

E cutucar a ferida do adversário, o candidato Kleber e por duas vezes seguida, fez o mesmo do que reclama agora que estão fazendo contra ele. E que diz que esse processo é contra os gasparenses. Kleber foi oposição e candidato por ela com os mesmos métodos e não pensava assim.

Ao chegar no extremo de dizer que não sabe se será candidato no ano que vem é porque a coisa está feia para o lado dele: as pesquisas que ele lê o incomodam mais que qualquer crítica. Pesquisa são percepções e a população não está percebendo o que Kleber está fazendo segundo os seus discursos.

Isso sem contar que dentro do próprio MDB, há uma sombra: a do populista Ciro André Quintino, presidente da Câmara. Isso, o perturba, aliado ao jogo do prefeito de fato que espera uma brecha para ter chances antecipadas. Isto também não deixa Kleber dormir direito.

Resumindo e encerrando: Kleber e Carlos Roberto Pereira, presidente do MDB de Gaspar, bem como José Hilário Melato, PP, a outra parte ativa da coligação no poder de plantão, estão colhendo o que plantaram.

Ao dizer que não sabe se ele será candidato, Kleber quer ser a vítima, tirar o foco das cobranças contra o governo e impedir que se explique a razão do não cumprimento das promessas. Quer colocar a culpa daquilo que não está funcionando na dita “oposição”. E ela cresce por culpa exclusiva Kleber e dos seus luas-pretas. Acorda, Gaspar!

Comentários

Herculano
26/09/2019 09:43
ACORDÃO E LAVA JATO MEDEM FORÇAS NO PLENÁRIO DO STF, por Andrei Meirelles, em Os Divergentes.

Mesmo sem repercussão geral, decisão do STF pode sinalizar para aonde sopram os ventos do tribunal

Há meses, o ministro Dias Toffoli mantém em suas gavetas uma penca de questões que podem definir o passado, o presente e o futuro das grandes investigações sobre corrupção. Vem adiando, por exemplo, uma nova decisão sobre a prisão após condenação em segunda instância, a anulação de investigações baseadas em relatórios de órgãos de controle, o heterodoxo inquérito no Supremo sofre fake news, entre outras pendências. Ele optou por pautar a toque de caixa um caso que permite aferir tendências dos colegas sem arriscar posições assumidas no acordão com os presidentes Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia. É um teste também para os ministros que defendem a Lava Jato avaliarem suas próprias forças. Essa é a intenção, por exemplo, do ministro Edson Fachin.

O STF julga hoje a nulidade de processos e condenações em que os réus não se manifestaram nos autos após as alegações finais dos acusadores - caso que levou a Segunda Turma a anular a condenação de Adelmir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras. Mesmo sem, a princípio, ter repercussão geral, a expectativa é de que sejam explicitadas três posições reveladoras de tendências em outros embates previstos para o plenário do STF ainda este semestre.

Para a turma do acordão, a melhor solução seria simplesmente mandar refazer inquéritos e a anular sentenças em que a defesa não tenha dado a última palavra após a última manifestação do réu delator, tendo ela recorrido ou não ao juiz antes do veredicto. Como a praxe nos julgamentos da Lava Jato sempre foi dar o mesmo prazo para as alegações finais, essa decisão poderia abrir a porteira para recursos em massa e uma anistia ampla para corruptos, sonho acalentado há tempos pelos principais caciques políticos. A segunda alternativa, a dos ministros mais alinhados com a Lava Jato, é simplesmente referendar os prazos concedidos por Sérgio Moro e outros juízes. Há uma terceira hipótese posta na mesa: beneficiar apenas os que recorreram por mais prazo para a defesa antes do julgamento. Segundo a Força Tarefa da Lava Jato, essa decisão beneficiaria cerca de 30 condenados, entre eles o ex-presidente Lula no caso do Sítio de Atibaia, considerado o mais complicado para os defensores do próprio Lula.

Pelo fato de não ser um caso de repercussão geral, o mais relevante no julgamento de hoje talvez seja revelar a tendência dos ministros do STF para futuros julgamentos.

A conferir.
Herculano
26/09/2019 09:37
da série: o novo fingido praticando a velha política onde militou por 28 anos? Quem cala consente. Por enquanto, Jair está calado.

JOGO DE CENA

Conteúdo de O Antagonista. Davi Alcolumbre está espalhando que Jair Bolsonaro autorizou os vetos à Lei de Abuso de Autoridade.

Mas existe outra versão:

"Na avaliação da cúpula da Câmara e do Senado", diz o Estadão, "Bolsonaro vetou os itens da proposta para atender sua base eleitoral e seguidores nas redes sociais, já prevendo uma reversão da decisão no Congresso.

Com isso, o presidente deixou para os congressistas o ônus de aprovar medidas impopulares e de impingir uma derrota ao ministro Sergio Moro."
Miguel José Teixeira
26/09/2019 09:25
Senhores,

Na mídia:

"Lentidão de obra do STF facilitou pedrada no rosto de PM na Praça dos Três Poderes"

Apesar de já identificados resquícios de mortadelas na pedra, vermelhoídes esquerdopatas afirmam que ela foi atirada por outro Policial. . .
Herculano
26/09/2019 08:01
da série: cão que muito ladra... tinha controle sobre quem contratava e por medo se estabelecia na rachadinha...

O RECUO DE FLÁVIO BOLSONARO

Conteúdo de O Antagonista. Flávio Bolsonaro prometeu expulsar os membros do PSL que continuassem no governo de Wilson Witzel.

Como ninguém obedeceu à sua ordem, ele recuou.

Em entrevista para O Globo, ele disse:

"Quem quiser permanecer vai arcar com o bônus e o ônus de ajudar um governo que será concorrente com o do Bolsonaro em 2022".

Ele disse também:

"Após refletir, avaliei que eles é que têm que medir as consequências. Claro que os deputados têm méritos pela última eleição, mas ter o apoio do Bolsonaro foi importante. É hora de mostrarem fidelidade. Os parlamentares, porém, têm livre vontade dentro do partido, até porque não foram indicados para os cargos pelo PSL".
Herculano
26/09/2019 07:58
LAVA JATO NA RUA. PF PRENDE O EX-GOVERNADOR DO TOCANTINS, MARCELO MIRANDA

Conteúdo de Congresso em Foco, Brasília. A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (26) o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda. Ele foi preso no apartamento funcional de sua mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB-TO), que não é investigada no caso.

O ex-governador é investigado por corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

Na operação batizada como "12º Trabalho", a PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva. Também são alvos dos mandados de prisão o pai e um irmão de Miranda.
Herculano
26/09/2019 07:55
da série: um alerta. O Sul é tradicionalmente conservador, mas ao mesmo tempo o eleitor é mais criterioso, antenado e sinalizador. Então...

BOLSONARO EM QUEDA NO SUL E SUDESTE


Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro, segundo o Ibope, está perdendo o Sul e o Sudeste.

Em junho, 52% dos moradores do Sul o consideravam ótimo ou bom. Agora o percentual despencou para 36%.

No Sudeste, só 27% o consideravam ruim ou péssimo. Agora são 34%.

Ele compensou parcialmente essas quedas com um aumento de popularidade no Norte e no Centro-Oeste. Mas sua base diminuiu.
Herculano
26/09/2019 07:51
EMPREGO COM CARTEIRA MAL CRESCE, MAS CRÉDITO VOLTOU: FALTA É PIB, por Vinicius Torres Freire

Emprego formal cresce no mesmo ritmo lerdo desde setembro do ano passado

O emprego com carteira assinada teve o melhor agosto desde 2014, a gente lia por aí na quarta-feira (25), quando saiu o balanço do emprego formal, do Ministério da Economia. É uma conversa fiada, embora se possa ver ali ou aqui algum sinal de pequena melhora, como no crédito e na construção de casas.

Quanto ao emprego, a coisa vai de pior a mal. O número de empregos formais havia voltado a crescer em janeiro de 2018, saindo das profundas dos infernos da Grande Recessão. Desde setembro do ano passado, cresce ao mesmo ritmo lerdo, em torno de 1,4% ao ano, compatível com um crescimento do PIB mais ou menos de 1% ao ano, o que temos visto desde 2017.

Nada disso presta. Presta ainda menos se lembrarmos que parte desses novos empregos formais são precários (intermitentes e temporários). Não entravam na conta de 2014.

Nessa toada de criação de vagas de trabalho com CLT, o país voltaria a ter o número recorde de empregos com carteira de 2014 apenas em 2023, o que ainda seria insuficiente, pois a população querendo trabalhar terá crescido muito. Além do mais, sabe-se lá o que chamaremos de "emprego formal" ou "com carteira" em 2023 - ou mesmo o que chamaremos de "emprego".

O ritmo de criação de emprego formal não acelera porque a indústria voltou a emperrar em outubro do ano passado. As fábricas de calçados, papel, material de transporte, têxtil, vestuário, madeira, móveis etc. estão empregando menos que em 2018. O avanço da economia em geral depende principalmente de melhoras na indústria de transformação.

Em resumo, é o caso de esquecer essa festinha com os números de emprego formal. É conversa mole, por ora.

Nem tudo é estagnação, porém. O total de dinheiro emprestado (estoque de crédito) para pessoas físicas cresce ao ritmo de mais de 7% ao ano, em termos reais (já descontada a inflação). O estoque de "crédito livre" (que os bancos emprestam sem regras determinadas pelo governo), cresce mais de 8% ao ano. Nem de longe são números deprimidos ?"ao contrário.

É verdade que o crédito total aumenta apenas a 1,7% ao ano, pois os bancos públicos, o BNDES em particular, estão sendo enxugados.

O bancão estatal de desenvolvimento já chegou a ter emprestado o equivalente a 11% do PIB e 21% do total do crédito bancário. Agora, empresta 6,5% do PIB, pouco menos de 14% do estoque de crédito dos bancos. No entanto, em grande parte esse desmonte dos bancos públicos vem sendo compensado pelo financiamento via mercado de capitais (de emissão de dívida privada e créditos de outras fontes).

No caso das pessoas físicas, o total de empréstimos em relação ao PIB já é maior do que o registrado nos recordes de 2014. Sim, é verdade que o PIB diminuiu, mas mesmo assim há mais dinheiro emprestado, em termos absolutos. Seja como for, falta mais PIB do que crédito. Mesmo que os bancos ainda enfiem a faca, com spreads escandalosamente em alta, há gente pedindo e recebendo empréstimos.

Convém dizer também que a composição do aumento do crédito para pessoas físicas não é lá muito boa ?"o dinheiro emprestado para financiamento imobiliário poderia estar crescendo muito mais; para a compra de veículos, algo mais. Olhando o conjunto dos números, parece que estamos vendo alguém que voltou a andar depois de passar muito tempo se curando das fraturas múltiplas de um atropelamento horrível. Mas algo se move, anda, no crédito.

Falta mesmo é emprego, é salário, na média estagnado faz meses.
Herculano
26/09/2019 07:47
DODGE PODE TER NOMEADO 870 ANTES DE SAIR DA PGR, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta quinta-feira, nos jornais brasileiros

Novo procurador Geral da República, Augusto Aras terá muito trabalho para tocar suas atribuições, a começar pela revisão dos últimos atos de nomeação da antecessora Raquel Dodge. O sindicato dos funcionários (SindiMPU) estimou em 870 nomeações, mas a assessoria da PGR garante que entre janeiro e setembro, e não apenas nos últimos dias, Dodge assinou cerca de setecentas portarias, algumas de remoções.

DUPLA FINALIDADE

As nomeações de Raquel Dodge teriam o objetivo de premiar aliados e engessar a gestão de Augusto Aras, aprovado ontem por 68x10 votos.

DESABAFO EXPLICADO

Tantas nomeações explicariam o desabafo de Aras, em sua sabatina: "A ex-PGR queria simplesmente que o futuro PGR não gerisse nada".

MÃO AMIGA

Uma semana antes de deixar o cargo, Dodge nomeou sua então chefe de gabinete para uma comissão no CNMP, com efeito a partir do dia 30.

NOMEAÇÃO PARA O FUTURO

Quatro procuradores foram nomeados para atuar na Procuradoria Regional Eleitoral do DF, com posse prevista para o próximo dia 1º.

LENTIDÃO DO STF FACILITOU PEDRADA NO ROSTO DE PM

Admira que não tenha ocorrido antes: um manifestante covarde atingiu com violenta pedrada o rosto de um policial militar, nesta quarta (25), em Brasília, na porta do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele recebeu pontos no rosto. O bandido usou uma das muitas pedras portuguesas soltas na Praça dos Três Poderes, que, abandonada há muitos anos, aguarda a reforma prometida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

PROMESSA CADUCOU

O governador Ibaneis Rocha recebeu há meses, do presidente do STF, Dias Toffoli, a promessa de recuperar a praça mais simbólica do País.

VIDAS EM PERIGO

O STF ainda não concluiu os projetos. Começou a limpeza das pedras portuguesas na Praça dos Três Poderes, mas muitas continuam soltas.

APREENSÃO NA PRAÇA

Soltas, as pontiagudas pedras portuguesas são um risco permanente à segurança dos envidraçados palácios do Planalto e da Justiça.

ESTE PAÍS É UMA PIADA

Quando a gente acha que se esgotaram todas os motivos para o Brasil virar motivo de galhofa mundo afora, os ministros do Supremo estão prestes a oficializar a bigamia, instituindo pensão para amante.

DEMAGOGIA RASTAQUERA

Lei estadual no Rio obriga o Maracanã a retirar cadeiras para refazer a antiga Geral, onde o povão pagava menos para assistir jogos em pé e debaixo de sol, de chuva e de sacos plásticos de urina arremessados da arquibancada. Isso é demagogia de quem nunca ficou na Geral.

SEM PODER DE MANDO

Ongueiros usam aliados na mídia para dizer que supostas "lideranças" estão "contestando" a índia que acompanhou Bolsonaro na ONU. Isso tem uma explicação simples: eles não controlam Ysani Kalapalo.

NADA ASSINADO

A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) ainda não resolveu a situação dos 37 funcionários demitidos, incluindo gestantes. Após uma audiência, o processo seguiu para conciliação, mas o imóvel disponibilizado para quitar o passivo trabalhista pode não ser suficiente.

OUTRA BOA NOTÍCIA

As mais de 121 mil novas vagas de trabalho criadas em agosto foi o melhor resultado para o mês nos últimos seis anos. Entre janeiro e agosto deste ano, 593.467 pessoas voltaram ao mercado de trabalho.

GASTANDO SALIVA

Além do encontro do Grupo de Lima com Donald Trump, o ministro Ernesto Araújo manteve agenda intensa em Nova York, nesta quarta, com quatro chanceleres de peso: Alemanha, Espanha, Irlanda e República Tcheca e a Comissária de Comércio da União Europeia.

MUNDO REAL

Longe das redes sociais, pesquisa CNI/Ibope confirma que quem acha o governo Bolsonaro ótimo ou bom (31%) e os que avaliam o governo como ruim ou péssimo (34%) estão empatados na margem de erro.

SIMPLIFICAÇÃO

A Carteira de Trabalho Digital, apresentada pelo governo federal deve simplificar as contratações, que passam a ser feitas em sistema só com o CPF do empregado, e dar mais fidelidade aos dados sobre emprego.

PENSANDO BEM...

...se Macron quer tanto atuar na Amazônia, que vá para a Guiana Francesa.
Herculano
26/09/2019 07:40
TRAVADA, CRISE NA VENEZUELA VIRA OUTDOOR PARA POLÍTICOS DE DIREITA

Governos mostram descrença sobre Guaidó, mas usam Maduro para criticar socialismo, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Os países do consórcio diplomático que tenta pôr fim ao regime de Nicolás Maduro estão paralisados. Enquanto a crise política permanece sem solução à vista, alguns governantes só parecem preocupados em usar a Venezuela como outdoor em suas campanhas sobre os perigos do socialismo.

Presidentes que querem fustigar adversários de esquerda continuam dando atenção a Maduro. O pronunciamento de Donald Trump na ONU citou o caso venezuelano para dizer que o socialismo é um "destruidor de nações". Jair Bolsonaro prometeu lutar para que outros países "não experimentem esse nefasto regime".

Ficou por aí. Em 48 horas, três reuniões sobre o assunto em Nova York produziram somente um par de notas amenas e uma resolução com poucos avanços objetivos.

A boa notícia é que as discussões sobre uma ação militar estrangeira sumiram do mapa. Não se falou sobre isso nem quando Trump, que já disse que "todas as opções estão sobre a mesa", apareceu como convidado numa reunião do Grupo de Lima.

O lado ruim é que muitos países reconhecem, com franqueza crescente, que os canais de negociação com Maduro continuam obstruídos. Começaram a demonstrar também, nos bastidores, uma descrença cada vez maior com a capacidade de liderança do opositor Juan Guaidó.

Um integrante do primeiro escalão do governo Bolsonaro que estava na comitiva brasileira em Nova York tratava o presidente autoproclamado da Venezuela como um caso quase perdido. Afirmou, sob reserva, que agora torcia para que as tensões internas não voltassem a subir, provocando uma guerra civil.

O Brasil ainda tenta encontrar uma saída, mas o comportamento de Bolsonaro mostra que, por ora, seu governo está bem contente em tirar proveito político da crise. O presidente falou da Venezuela na ONU e evocou o fantasma do socialismo, mas seu chanceler faltou a uma reunião do Grupo de Lima. Ernesto Araújo preferiu assistir a um discurso de Trump sobre religião.
Herculano
26/09/2019 07:35
PALAVRAS AO VENTO, por Carlos Brickmann

Não é verdade que as palavras de Bolsonaro na ONU tenham formado um discurso com o qual ou sem o qual o mundo seria tal e qual. O mundo o entendeu: quem desconfiava da sua capacidade retórica hoje tem certeza.

O presidente tinha bons argumentos. Aquela queimada que, temia-se, iria incendiar o mundo, em pouco tempo foi contida; nosso Governo, apesar de oficialmente não dar muita importância ao tema, agiu com eficiência. O fogo não era parte da política do Governo: era uma combinação de seca, crimes ambientais, ação ilegal de madeireiros e garimpeiros. O presidente francês ultrapassou a linha dos bons modos (não tão grosseiro quanto Bolsonaro, mas antes dele), tentando ditar normas sobre a Amazônia brasileira sem ouvir o Brasil. Se o alvo não fosse Bolsonaro, a esquerda falaria em colonialismo.

A economia do Brasil não se recuperou, mas há bons projetos de atração de investimentos, a inflação se mantém baixa, os juros oficiais estão na menor taxa da história, o acordo com a União Europeia foi firmado após 20 anos de negociação, reduziu-se o número de mortos pela violência urbana.

OK? Não. O discurso de Bolsonaro foi raso, misturando assuntos, criticando Lula, Venezuela, Cuba - e o Brasil é maior do que isso. No fundo, a mesma confusão que oferece aos adversários das exportações brasileiras e aos interessados nas riquezas da Amazônia os argumentos que usam contra nós.

O discurso foi elaborado por quatro pessoas. Faltou quem o escrevesse.

OS AUTORES

Quem preparou o discurso de Bolsonaro, segundo a revista Época, foram o general Augusto Heleno, ex-comandante militar da Amazônia, o chanceler Ernesto Araújo, o candidato a embaixador Eduardo Bolsonaro e o assessor internacional Filipe Martins - três deles ligados a Olavo de Carvalho e um, o general Augusto Heleno, que abertamente o ignora. Ao presidente caberia a empolgação do discurso, para que na ONU o vissem como Mito.

E viram: o mito, afinal de contas, é algo que não existe, em geral fruto da imaginação.

COISAS ANTIGAS

Nada contra os mitos e os frutos da imaginação. Em Júlio César, fruto da imaginação de William Shakespeare, há um discurso (o de Marco Antônio à beira do túmulo de César), excepcionalmente brilhante, que poderia ser dito hoje mudando apenas o nome dos mitos. Não há qualquer certeza histórica de que D. Pedro I tenha gritado "Independência ou Morte" no 7 de setembro, mas a frase, embora provavelmente um mito, sobrevive. E, trazendo os fatos para dias recentes - quase os dias de hoje - De Gaulle nunca disse que o Brasil não era um país sério. Mas a frase ficou. Um mito de longa duração.

... CADA VEZ AUMENTA MAIS

Comentaristas estrangeiros fizeram pesadas restrições ao discurso. Mas houve quem gostasse: o ministro da Justiça, Sergio Moro, por exemplo. E o vice-presidente Hamilton Mourão. E o chanceler Ernesto Araújo, no Twitter: compartilhou o discurso e fez um comentário que comprova ter participado de sua redação. "A verdade da soberania é a soberania da verdade".

A BOA SOLUÇÃO

E pensar que o Brasil já teve ótimos autores de discursos presidenciais! Os discursos de Getúlio eram escritos por Lourival Fontes. E é de Maciel Filho, provavelmente, o "saio da vida para entrar na História". Juscelino tinha Augusto Frederico Schmidt. Não basta a um discurso trazer bons argumentos: é preciso que estes argumentos convençam a plateia. E não foi o efeito obtido pelo discurso de Bolsonaro. Só converteu os já convertidos.

A ONU DE SEMPRE

A ONU é gigantesca, caríssima, tem orçamento lhe permite contratar quem quiser, autossuficiente a ponto de entregar Direitos Humanos a ditaduras e a ignorar críticas. E não sabe quem é o presidente do Brasil, um dos países que a fundaram e que abre a Assembleia Geral. Clique https://www.un.org/en/ga/info/meetings/73schedule.shtml, 25 de setembro: "Tuesday, 25 September, 9:00 a.m. to 2:45 p.m. General Assembly Hall."

Lá está o nome do presidente do Brasil, para eles: "Michel Temer".

CAI FORA!

O Governo do Rio de Janeiro decidiu tomar providências para evitar que se repitam fatos como o assassínio da menina Agatha Felix, de 8 anos, vítima de tiroteio. E quais são as providências?

É verdade, verdade verdadeira: estão preparando uma cartilha para que os moradores de favelas saibam como agir durante operações policiais. A cartilha deve ser lançada ainda neste ano. E, logo após o lançamento, o governador Wilson Witzel promete "intensificar o confronto com criminosos". A cartilha, no fundo, poderia se resumir a um só conselho: "Cai fora!" Evitará aquela inevitável batalha sobre concorrência e preços. E provavelmente será a mais eficiente providência do Governo. Pois só neste ano, outras quatro crianças, além de Agatha, foram mortas por tiros em áreas de confronto. E em nenhum caso o atirador foi identificado.
Herculano
26/09/2019 07:26
O FORO PRIVILEGIADO DO FACEBOOK, por Roberto Dias, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

Políticos ficarão isentos de boa parte das regras sobre postagens

O código penal facebookiano ganhou nesta semana outro capítulo duro de engolir. Políticos, esses espécimes tão puros, ficarão isentos de boa parte das regras sobre postagens.

Essas normas regulam temas como violência, nudez e conteúdo cruel. Entra aqui o discurso de ódio, definido como "incentivo à exclusão ou segregação". Não está claro se um político que disser que alguém deveria voltar ao país de origem, como fez Donald Trump, ganhará tal status. Tampouco está claro quem será rotulado como político. Mas está claríssimo que a ideia é não tirar do ar o que um deles postar.

"Não é nosso papel interferir quando políticos falam", diz o Facebook. Parece que as campanhas de desinformação foram obra de marcianos.

Para piorar, a empresa formula seu próprio conceito de democracia. Diz que ajustará esses critérios de acordo com sua avaliação sobre cada país e da liberdade de imprensa que enxergar nele.

A política de foro privilegiado foi anunciada por Nick Clegg, ele próprio um ex-político.

No Reino Unido, ajudou a cultivar o caldo dessa beleza chamada brexit.

"Para usar o tênis como analogia, nosso trabalho é assegurar que a quadra esteja pronta ?"a superfície lisa, as linhas pintadas, a rede na altura correta. Mas nós não pegamos a raquete e jogamos. Como os jogadores atuam é problema deles, não nosso." O executivo do Facebook só não disse que os políticos começam cada game ganhando por 40 a 0.

A analogia é péssima. Não dá conta da gravidade da situação e desvia o foco do absurdo maior: tal como estruturado, o sistema das redes sociais provoca a criação de regras próprias, inclusive de censura, porque ele é, em si, um obstáculo à aplicação da lei vigente no mundo fora delas.

Cada erro do Facebook puxa o seguinte - a ladeira argumentativa da empresa só poderia mesmo criar uma bola de neve. Clegg, na sua cadeirinha, só quer ver mais um set antes da avalanche
Herculano
26/09/2019 07:22
Ao Santos Henrique

Todos esses movimentos foram criados pelo prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, secretário da Fazenda e Gestão Administrativa, presidente do MDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira.
Santos henrique
25/09/2019 22:30
O PSL COM O CANDIDATO SERGIO ALMEIDA A PREFEITURA DE GASPAR ESTÁ BUSCANDO UM CABEÇA DE CHAPA.. ESTÃO DIALOGANDO COM MARCELO BRICK DO PSD. Almeida de vice e Brick na cabeça. Esta eleição de 2020 KLEBER VAI SENTIR NA PELE A PERSEGUIÇÃO QUE REALIZOU E REALIZA DURANTE SEU MANDATO CONTRA OS SERVIDORES PÚBLICOS, PRIMEIRO FOI A OBRIGATORIEDADE DE TER CONTA NO BANCO BRADESCO, SEGUNDO FOI A MUDANÇA DA TOLERÂNCIA DE 15 MINUTOS PARA 05 MINUTOS, EM 10 MINUTOS O SERVIDOR VAI PRODUZIR MUITO MAIS...nhemnhemnhém É PURA PERSEGUIÇÃO! E O CARTÃO ALIMENTAÇÃO... BOM OS SERVIDORES COM CARGOS DE MOTORISTAS, SERVENTES DE MERENDEIRAS, SERVIÇOS GERAIS ENTRE OUTROS SENTIU NA PELE ESSA ALTERAÇÃO!! PENSA UM SERVIDOR QUE TEM O SALÁRIO DE 1.440 REAIS LIQUIDO 1.200 REAIS PODERIA TER UM ACRÉSCIMO EM DINHEIRO PARA 1630 REAIS.. FICA COM 430 REAIS EM UMA OPERADORA EXCLUSIVA PARA A CIDADE DE GASPAR É MUITO AMADORISMO!.. PENSA O CIDADÃO PEGANDO DOIS ?"NIBUS PARA FAZER COMPRAS NOS MERCADOS DE GASPAR..MAIS SERÁ QUE O PREFEITO KLEBER ESTAVA PREOCUPADO COM OS SERVIDORES OU ESTAVA PREOCUPADO EM ECONOMIZAR NA CONTRAPARTIDA DE INSS E PODER CHAMAR MAIS COMISSIONADOS!..? ALIAS OS COMISSIONADOS NA PREFEITURA EM GRANDE PARTE SÃO INDICAÇÕES MERAMENTE POLITICAS, NÃO TEM CAPACIDADE TÉCNICA PARA ATUAR NO CARGO, EXISTEM MUITAS FUNÇÕES QUE NÃO EXECUTAM COMO ESTÁ PREVISTO NA LEI 80-2017 DESVIO DE FUNÇÃO!.. EM 2020 OS 1050 SERVIDORES EFETIVOS E SEUS FAMILIARES AMIGOS CONHECIDOS COM CERTEZA NÃO APOIARAM O ATUAL GOVERNO!.. ESTÃO CADA VEZ MAIS CORTANDO OS DIREITOS CONQUISTADOS. ENROLANDO NA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS..QUERENDO CORTAR TRIÊNIO. PROGRESSÃO HORIZONTAL.. A EDUCAÇÃO EM 4 ANOS S?" PROCESSO SELETIVO EMERGENCIAL!! NADA DE CONCURSO PÚBLICO!! ENCHENDO A MAQUINA PÚBLICA DE ACT E DE COMISSIONADOS! UM VERDADEIRO DESCASO COM CONTINUIDADE DO TRABALHO!.
Herculano
25/09/2019 16:28
LEITURA E DIAGNóSTICO

Ao que se diz Agenor:

Interessante leitura.

Mas, o MDB de Gaspar recusa-se ao diagnóstico. Rejeita até a radiografia. E quer correr uma maratona com os pés luxados. Vai virar fratura. E se não cuida, ficará exposta. E ai para consertar será um tempão e talvez seja tarde demais para outubro de 2020.
Agenor..
25/09/2019 15:38
Sobre a fala de Kleber que talvez nao seja candidato tem varios motivos,e nada a ver com oposiçao. e sim pela atual situaçao.1 sobre o vice do PMDB ser o Melato...ninguem vai engolir isso. 2 no atual governo tem 3 turmas com diferenças..a do kleber, roberto e chico.outra do tonho,junior e Ivete e a outra do Ciro e seus aliados. tambem existe os filiados,simpatizantes e militantes que estao aborrecidos com atual governo...quero ver se o MARCELO BRICK recrutar esse pessoale tambem talvez mais um vereador do PMDB onde eles vao buscar votos ? em comissionados de Blumenau de Brusque ou talvez da ILHOTA...vao pagar pra ver.
Herculano
25/09/2019 11:51
da série: muito tardiamente os políticos e os gestores públicos estão descobrindo que preciso renunciar a romaria a Brasília com o pires na mão se quiserem fazer algo diferente. Este artigo prova como a gestão de Gaspar está na idade das trevas, trabalha com o passado, não sabe lidar com o presente e ignora o futuro. Este artigo complementa o comentário principal da coluna desta quarta-feira. Inovação é antes de tudo, atitude

GESTÃO PÚBLICA: INOVAR É PRECISO, por Andrea Apponi, engenheira com especialização em gestão pública pela Harvard Kennedy School (EUA) e presidente do Instituto Arapyaú; e Marcelo Cabral, mestre em políticas públicas pela Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA) e gestor do programa Cidades e Territórios do Instituto Arapyaú, no jornal Folha de S. Paulo

Tecnologia não é a única resposta para as cidades

A importância da inovação na gestão das cidades é uma ideia vitoriosa. Com maior ou menor empenho, parte significativa dos nossos gestores públicos está buscando ajuda especializada, selecionando servidores com competências específicas ou fazendo parcerias com instituições focadas no tema. Uma pesquisa sobre a inovação nas cidades, realizada pelo Instituto Arapyaú em parceria com a Plano CDE, trouxe informações importantes sobre o que anda impedindo um avanço mais rápido e significativo nessa área.

Questionados sobre quais seriam os gargalos para a implementação de modelos de inovação nas cidades, 47,5% dos administradores indicaram a falta de recurso como maior entrave, seguido da burocracia (24,2%), carência de recursos humanos (14,2%) e falta de cultura inovadora (11,7%). De uma forma ou de outra, são fatores institucionais que colocam obstáculos ao avanço da agenda.

O foco na questão dos custos acaba escondendo uma das maiores qualidades dos sistemas de inovação: eles não dependem (inicialmente) de muito dinheiro nem de novas tecnologias. Sabemos que essa ideia pode chocar quem vê inovação como sinônimo de aplicativos inteligentes, com respostas para todos os problemas. A pesquisa indicou que, para 47% dos administradores, inovação é sinônimo de tecnologia, revelando que a agenda ainda passa por amadurecimento.

Nesse processo de inovação, a capacitação dos gestores públicos é fundamental. Não é possível pensarmos em cidades inteligentes sem gestores inteligentes. Falamos aqui de qualificação constante, projetos com processos transparentes e participativos desde o desenho até a implementação e, em seguida, monitoramento, com ciclos rápidos de feedback baseados em dados. Trata-se de uma série de agendas que indicam caminhos efetivos e possíveis para melhorar as cidades brasileiras.

Nesse ciclo virtuoso de inovação para nossas cidades, o apoio externo, de organizações sociais ou da iniciativa privada, mostra-se fundamental. Essas entidades estão trazendo insumos valorosos e criando oportunidades de experimentação que raramente são possíveis na ação pública. A academia também tem dado contribuições importantes, buscar o apoio das universidades é fundamental e, muitas vezes, são opções de menor custo.

E, por meio dessa rede colaborativa, é possível chegar a um norte comum quando falamos de inovação na gestão pública: contornar a escassez dos recursos públicos e conseguir promover em escala melhor qualidade de vida à sociedade.

A capacitação das próprias entidades que atuam no setor público é um grande desafio. Entender os processos é fundamental, pois a implementação de novas políticas públicas pode travar em diversos caminhos da gestão. Ter afinidade com um projeto de lei, com as filigranas de um orçamento público ou entender como as decisões são tomadas dentro de uma Câmara de Vereadores são competências fundamentais para atuar junto à área pública.

Diante de tudo isso, fica evidente que uma mudança cultural em torno desse tema é essencial. É preciso inovar nos papéis e nas formas de parceria. Sobretudo, não desviar a atenção daquilo que realmente importa e é central em toda essa discussão: melhorar a vida das pessoas.
Herculano
25/09/2019 11:37
MAIS SOBRE O FLA X FLU QUE SOBROU PARA NOS DIVERTIR E MOSTRAR COMO ESTAMOS DIVIDIDOS QUANDO O FOCO DEVERIA RESGATAR OS 13 MILHõES DE EMPREGOS QUE O PT, A ESQUERDA DO ATRASO E OS S?"CIOS DA ROUBALHEIRA NOS DEIXARAM COMO LEGADO

Fábio, o colecionador escreve no twitter sobre #BolsonaronaOnu:

1. se vc vir alguém dizendo "Ainn, q horror, nos envergonhou perante o mundo", esqueça, é mentira;

2. se vc vir alguém dizendo "Histórico, mitou! Estou cheio de orgulho", esqueça, também é mentira.

Veja, pense com sua própria cabeça e tire sua conclusão.
Herculano
25/09/2019 11:32
MAIA AJUDAR A FINANCIAR O PCdoB. GENTE COM PODER QUE MANIPULA CONTRA A VONTADE DE MUDAR OS CARTóRIOS DOS POLÍTICOS E ENTIDADES

ARTICULAÇÃO COM MAIA PARA CADUCAR MP DA CARTEIRA DE ESTUDANTE, por Guilherme Amado, da revista Época

Medida provisória criou a carteira de estudante digital

O PCdoB e a UNE estão contando com a ação, ou melhor, a inação de Rodrigo Maia para deixar caducar a medida provisória da carteira de estudante digital, criada por Jair Bolsonaro.

Em conversas, Maia tem dito que a proposta foi uma retaliação para atingir a UNE, crítica do governo.
Herculano
25/09/2019 11:27
REALMENTE FOI AGRESSIVO

Por Caio Coppolla, na Jovem Pan, no twiter

Não adianta negar: o discurso de @jairbolsonaro na ONU foi AGRESSIVO, sim.

Agrediu o lulopetismo, o socialismo, o bolivarianismo, o sensacionalismo, o colonialismo, o globalismo, o terrorismo, o banditismo e o mau-caratismo em geral. Muito agressivo, muito agressivo...
Miguel José Teixeira
25/09/2019 11:05
Senhores,

Na categoria "gabola" eu fui indicado, mas a vencedora foi a equipe da Globo!

Quem assistiu ao Bom Dia Brasil, hoje na Globo e Globo News, percebeu a forma vitoriosa, que a derrotada Globo, noticiou "os vencedores do Emmy Internacional de Jornalismo 2019".

"Na categoria atualidade, a Globo foi indicada pela reportagem "11 dias na Coreia do Norte". . .
. . .A produção vitoriosa foi "Missão investigar: diplomacia enganosa", da sueca Sveriges Television (SVT). . ."

"A Globo também estava indicada na categoria notícia, pela cobertura da morte da vereadora Marielle Franco". . .
"Nessa categoria, a vencedora foi a britânica ITN/Channel 4 News, pela produção "Dados, democracia e truques sujos: o escândalo da Cambridge Analytica". . .

(fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv/vencedores-do-emmy-internacional-de-jornalismo-2019-sao-anunciados-em-nova-york-23971511)
Herculano
25/09/2019 11:05
BOLSONARO CONSOLIDA MARCAS E ABRAÇA FUNDAMENTALISMO POLÍTICO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Na ONU, aprofunda movimento de ruptura e aposta em tratamento de críticos como vilões

NOVA YORK - Em nove meses de mandato, Jair Bolsonaro já havia mostrado que não faria concessões e ignoraria qualquer apelo por moderação. Agora, o presidente levou à ONU as credenciais de um governo que abraça de vez uma espécie de fundamentalismo político.

O discurso do brasileiro na Assembleia Geral foi uma vitória da ala ideológica do Palácio do Planalto e da Esplanada ?"uma prova praticamente definitiva de que esse grupo determina não apenas a essência, mas todo o corpo do bolsonarismo.

O presidente fez questão de deixar sua marca completa, mas deu peso especial a sua conhecida contraposição às ideias da esquerda. Com isso, mostrou mais uma vez que não aceita nada além de alinhamento absoluto e que seus críticos se tornam imediatamente adversários e vilões.

O pronunciamento foi, segundo os próprios auxiliares de Bolsonaro, uma tentativa de apresentar ao mundo e reforçar dentro de casa a linha mestra de um movimento de ruptura. Sob esse argumento, o presidente busca um salvo-conduto até para as medidas mais controversas tomadas por seu governo.

?Num pot-pourri do repertório de campanha, o fantasma socialista apareceu com destaque, o governo foi apresentado como vítima da imprensa e as queimadas da Amazônia pareceram uma ilusão.

Apostando no enfrentamento, o presidente foi capaz de dizer, sem corar, que a floresta não está sendo devastada. Bolsonaro sabe que negar a realidade não encerrará as cobranças pela preservação da Amazônia, mas explora essa fantasia para reforçar sua disposição em afrouxar a política ambiental brasileira.

O presidente usa problemas verdadeiros, como a corrupção e a criminalidade, para tentar convencer o mundo de que seus adversários políticos podem ser ignorados e de que só ele tem as soluções. Deixa de dizer, entretanto, que sua gestão mal arranhou a superfície da segurança pública e que ele passou a ser criticado por sua base política ao interferir em órgãos de controle.
Herculano
25/09/2019 11:04
ELOGIO NA ONU CALA LOROTA SOBRE 'CRISE' COM MORO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A referência generosa do presidente Jair Bolsonaro, chamando Sérgio Moro de "símbolo do meu País", em seu discurso perante o plenário das Nações Unidas, reitera a estabilidade no emprego do ministro da Justiça. Apesar das demonstrações de prestígio, como quando desfilou lado a lado na parada de Sete Setembro, ainda há quem divulgue, por torcida ou desinformação, "divergências" entre o presidente e o auxiliar.

CRAVO E FERRADURA

Ao citar Sergio Moro, Bolsonaro quis prestigiar o ministro e lembrar na ONU que foi ele quem meteu na cadeia políticos corruptos como Lula.

VAI QUE DÁ...

Opositores apostam na saída de Moro porque imaginam que a queda do ministro mais popular precipitaria o declínio do próprio presidente.

NÃO ADIANTA NEGAR

Sérgio Moro declarou em entrevista que entrou no governo "para ficar e não para sair", quando o indagaram sobre a fofoca. Não adiantou.

QUEIMOU A LÍNGUA

Bolsonaro elogia e avaliza iniciativas de Moro, mas até o sóbrio jornal Valor, na véspera do discurso na ONU embarcou na lorota da "fritura".

RECADO DE BOLSONARO: RAONI NÃO FALA PELO BRASIL

A decisão de mencionar Raoni, durante seu discurso na ONU, foi uma resposta do presidente Jair Bolsonaro a chefes de Estado que têm usado o velho cacique para alfinetar o Brasil e seu governo. Tudo começou numa conversa, em Tóquio, entre Bolsonaro e Emmanuel Macron, na reunião do G-20, quando o francês contou haver recebido Raoni, com honras, na condição de "representante da Amazônia". A história foi revelada pelo general e ministro Augusto Heleno (GSI).

PAPO RETO

"Se quiser tratar de algum assunto sobre o meu país e a Amazônia", disse Bolsonaro a Macron, "ligue pra mim, sou eu o presidente".

MACRON, AQUI, ó

Bolsonaro percebeu a intenção de Macron de "internacionalizar" a Amazônia, aproveitando-se inclusive da ingenuidade de indígenas.

É LIVRE REZAR

Ao defender a "liberdade religiosa", Bolsonaro reagiu ao papa, que reprova sua ligação a evangélicos e imitou Macron, recebendo Raoni.

OPOSITOR ELEITO

Bolsonaro teve lá suas razões para tornar Raoni alvo de suas críticas, mas transformou o velho cacique, quase um ex-índio que vive mais no exterior que no Brasil, líder da oposição à sua política ambiental.

CHUPA, MACRON

Enquanto Bolsonaro falou para um auditório lotado, poucas vezes visto para o presidente do Brasil, o presidente francês Emmanuel Macron teve uma boa oportunidade para analisar encostos de poltronas vazias. A estimativa é que apenas um terço das pessoas ouviram Macron.

ELES QUERIAM APITO

Outro equívoco do discurso na ONU foi valorizar a suposta intenção socializante dos antecessores. Afinal, como a Lava Jato demonstrou, a turma chefiada por Lula não queria implantar socialismo, queria enricar.

DIPLOMACIA DE MÃO DUPLA

Além ressaltar a aproximação e dispensa de vistos para cidadãos dos EUA, Japão e Austrália, o presidente Bolsonaro deveria ter cobrado reciprocidade para os brasileiros, preceito básico da diplomacia.

LADRõES EM MAUS LENÇóIS

O Supremo deve manter a própria jurisprudência e rejeitar a manobra para anular a condenação do ex-presidente do BB e Petrobras Aldemir Bendine, na Lava Jato. Para o mestre em Direito Processual Penal Ricardo Prado, a lei sequer prevê o "procedimento pedido pela defesa".

DAQUI PARA FRENTE

Mestre em Direito Processual Penal, Ricardo Prado acredita que o STF pode criar novo rito para as considerações finais de réus delatores e delatados, mas a nova regra valeria apenas para julgamentos futuros.

BURACO MAIS EMBAIXO

Foi do Ministério Público Federal do DF a notificação ao presidente do Conselho Federal de Farmácia. O detalhamento de gasto com eventos, subvenções e aporte de recursos estado por estado é demandado pelo procurador da República Paulo Roberto Galvão de Carvalho.

RECUPERAÇÃO REAL

A notícia do aumento da arrecadação em agosto em relação ao mesmo mês de 2018 animou a equipe econômica. A análise é que o aumento de 5,67%, já descontada a inflação, confirma a recuperação econômica.

PENSANDO BEM...

...faltou apenas um "talkey?" no discurso de Bolsonaro.
Herculano
25/09/2019 11:03
BOLSONARO, AMEAÇA À SEGURANÇA NACIONAL, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Antidiplomacia faz com que Brasil seja transformado em espantalho do mal

O discurso de Jair Bolsonaro causou as reações de ultraje e a aclamação de costume. Na mídia maior do mundo, foi objeto do ridículo e da indignação habituais, sem maior destaque, até porque as falações da Assembleia Geral da ONU não valem mais grande coisa, a não ser em caso de países capazes de causar estrago grande, real e imediato (como guerras).

No entanto, o discurso foi importante, mais um episódio de radicalização no radicalismo, que vem desde junho.

Bolsonaro demonstrou que é uma ameaça aos interesses econômicos e um risco para a segurança nacional do Brasil. Seu programa diplomático, um desvario nacionalista e paranoico, está mesmo entranhado nas profundas das almas dos habitantes do bunker ideológico do Planalto. Assessores entusiasmados contavam que o presidente conseguiu dar seu recado: o Brasil passa por uma revolução.

O estrago estava feito antes de Bolsonaro abrir a boca. Talvez o presidente pudesse merecer o benefício da dúvida se fizesse discurso politicamente pragmático. Era uma hipótese otimista de observadores desavisados.

Bolsonaro fez o papelão de sempre, apenas lavrando em cartório internacional sua certidão de identidade política: louvação da ditadura com misticismo, ódio à ciência, ao ambiente e ao multilateralismo etc. Sem novidade, foi chamado pelo mundo de "extrema direita", "conspiratório", "briguento", "fanfarrão" ou "mini-Trump", em textos de derrisão mais ou menos explícita.

Mas as pessoas relevantes em governos que contam já sabem muito bem quem é o presidente do Brasil.

O problema é nosso. Parte do país terá de se ocupar da questão prática de como reduzir os danos da antidiplomacia, pois quase toda a política externa é prerrogativa do Executivo. Difícil haver "parlamentarismo branco" ou "ativismo judicial" nas relações exteriores

O nacionalismo agressivo é especialmente desinteligente no caso de países de escasso poder real, como o Brasil. Pautar a política externa pelo irrealismo do angu ideológico do bunker planaltino é ainda mais arriscado.

Na prática, de resto, o núcleo bolsonarista fundamenta essa política em: 1) no que acredita serem boas relações pessoais com governantes; 2) na militância em uma internacional ultradireitista tida como repulsiva até por governos muito conservadores.

Vá lá que relações pessoais tenham sua importância, mas dentro de acordos duradouros entre países. A política bolsonarista é, por um lado, de atrito com países amigos e de amiguismo pueril, ignaro e servil com meia dúzia de governantes. Para piorar, vários deles têm sua liderança ameaçada mesmo em seus países: nos EUA, em Israel, na Itália, por exemplo.

O Brasil é obrigado a se aliar não a países com interesses práticos comuns, mas a uma trupe de líderes com quem Bolsonaro compartilha a mesma religião autoritária (desde que sejam brancos e ditos cristãos). Junta-se à comunhão de inimigos do multilateralismo, arranjo mundial que nos beneficia.

Além dos amigos imaginários do presidente, o Brasil se isola, porém. O discurso desvairado oferece argumentos para críticos e adversários. Favorece coalizões improváveis de ambientalistas, protecionistas, grande finança e nacionalistas contra o agronegócio e outros interesses econômicos.

Permite a governos mais espertos usar o Brasil como um espantalho do mal, um desses países que acabam sendo vítimas de marginalização, sanções ou até ataques piores.

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