SAMAE DE GASPAR FAZ CAIXA DE MILHÕES; NÃO FAZ O MÍNIMO DO QUE DEVIA FAZER PARA OS GASPARENSES E QUER COLOCAR AS SUPOSTAS ECONOMIAS NAQUILO QUE É OBRIGAÇÃO DA PREFEITURA FAZER PARA O POVO - Jornal Cruzeiro do Vale

SAMAE DE GASPAR FAZ CAIXA DE MILHÕES; NÃO FAZ O MÍNIMO DO QUE DEVIA FAZER PARA OS GASPARENSES E QUER COLOCAR AS SUPOSTAS ECONOMIAS NAQUILO QUE É OBRIGAÇÃO DA PREFEITURA FAZER PARA O POVO

30/08/2018

SAMAE INUNDADO I

Há duas sextas-feiras, aqui neste espaço da edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo e líder em circulação e credibilidade em Gaspar e Ilhota, contrariei – mais uma vez - o silêncio da imprensa daqui sobre o assunto, bem como, à disposição do próprio presidente do Samae, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP. Mostrei como o governo Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, quer usar o que ele diz ser “sobras” de receitas das caras taxas daquela autarquia municipal, as quais vêm basicamente da água tratada que fornece aos gasparenses. Tudo para gastá-las na abertura e limpeza de valas na drenagem urbana e rural. De lá para cá, diante da clareza dos fatos e que estão no Projeto de Lei Complementar 03/2018 enviado à Câmara -, bem como ao inconformismo da maioria oposicionista na Câmara, Melato está se queixando e achando que esta coluna foi longe demais no esclarecimento à população deste fato. Transparência, diálogo e debates? Zero! Normal como se viu esta semana com o próprio prefeito orientando e obrigando seus comissionados pagos com os impostos dos gasparenses, desmoralizarem nas redes sociais que eles falsificam, ou contra os que possuem opiniões que não sejam as deles.

SAMAE INUNDADO II

A revolta – não do circo do prefeito, mas de empurrar a conta-  foi grande não só entre os que entendem da matéria. O prefeito e os seus çabios (é com ç mesmo) sabem que se está transferindo para o Samae obrigações para fazer e pagá-las, mas que já estavam rubricadas no Orçamento da secretaria de Obras e até mesmo da Agricultura, sem a devida transferência de recursos. A indignação desta jogada foi acusada pelos próprios funcionários da autarquia. “Esta experiência já tivemos e quase faliram o Samae”, registrou em tom de revolta o vereador Rui Carlos Deschamps, PT, aposentado como diretor do órgão e ex-superintendente do Distrito do Belchior. Ele se referia ao tempo da experiência semelhante, quando o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, MDB, trocou o nome do Samae por Samusa com a mesma intenção e ação. O Samae devia cuidar da água e esta é a sua principal atividade econômica; a do lixo, outra atividade vital e sempre embrulhada com os órgãos de fiscalização com sucessivos aditamentos e montagem de empresas de recolha de lixo; o esgoto – que se enrola e nada vai adiante não havendo receita alguma mas possui estrutura operacional cara, e até mesmo da drenagem, que agora se tenta incluí-la nas obrigações do Samae. Entretanto, esta atividade da drenagem não possui sustentabilidade econômica. Toma dinheiro e prejudica as outras. Ou se vai cobrar a mais dos gasparenses na água e no lixo para tapar o buraco que está se criando na drenagem? Esta é a questão que se esconde e ninguém quer debater.

SAMAE INUNDADO III

Enquanto isso, a verba para a drenagem que está separada para a execução desse tipo de serviço no Orçamento da secretaria de Obras e da Agricultura, no caixa da prefeitura será usada para outras ações, todas legalizadas, já que essas “transferências” passam nos tais remanejamentos de dotações orçamentárias. Elas ganham aprovação quase que automática na Câmara. Basta ouvir os relatórios simplistas e as aprovações vapt-vupt dos vereadores inclusive os da oposição. Todas sem questionamentos técnicos. Nada sobre a razão desses remanejamentos nos tais superavits. “Se ele [Melato] acha que tem dinheiro sobrando, eu sei onde deve aplicá-los”, advertiu enfaticamente o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, autor do requerimento 137. Deste assunto ele deve conhecer um pouco. Seu irmão, Lovídio Carlos Bertoldi foi por seis anos presidente do Samae – que era Samusa, nome que ele mudou. Depois Lovidio terminou os seus dias na secretaria de Obras na alavancagem para ser o candidato perdedor do PT nas últimas eleições municipais.

SAMAE INUNDADO IV

O requerimento do Dionísio quer saber do prefeito Kleber e tem 45 dias para  ser respondido – isso quando ele não se enrola, qual o “planejamento e cronograma da extensão da rede de água na duplicação da BR 470? Quais trabalhos já foram realizados para evitar a falta de água nas futuras instalações ao longo da BR 470? Quais são as medidas que estão sendo tomadas para combater a falta de água no Bairro Lagoa? E nos outros bairros do município? Cronograma e documento que comprove a manutenção das bombas de bombeamento de água dos bairros e de captação? Qual o valor que a instituição SAMAE disponibiliza em caixa, atualmente? Há projeto pronto ou execução de projeto para ampliação/instalação da rede de água para os Bairros Alto Gasparinho, Arraial e Gaspar Alto? Se a resposta for positiva, qual a previsão para o início das obras?” Como fica claro pelas perguntas óbvias, não há sobra de R$9 milhões como o político Melato alardeia por aí. Ele simplesmente deixou de fazer o que era obrigação dele fazer. Economia ou obras essenciais contra a população para montar um falso caixa na autarquia. Agora, de forma experta, Melato quer usar essa “sobra” desviando-a da finalidade do próprio Samae. Nem mais, nem menos.

SAMAE INUNDADO V

Exemplos abundam. E os funcionários do Samae até elaboraram uma carta para explicitar todas essas preocupações técnicas, que usadas politicamente, por gente descomprometida, está ameaçando o futuro da cidade. Um caso grave, entre muitos, é o que se vê na duplicação da BR 470. Nada se planejou e se implantou ligações para o lado esquerdo da rodovia. Isso compromete o futuro abastecimento daquela área que de desenvolve naturalmente e se ampara no próprio Plano Diretor. A falta de água na cidade é crônica. É pior aos que margeiam a BR 470. Não há execução de substituições de redes, muito mais: as manutenções estão comprometidas. Falta planejamento. Sobram politicalha e improvisos. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Como antecipei e prometi não vou escrever hoje sobre a trapalhada inominável do prefeito Kleber Edson Wan Dall,MDB, ensacando à transparência, à competência, à eficiência e ordenando à sua tropa de choque enganar os gasparenses e desmoralizar quem possui cidadania e opinião e não reza no catecismo do poder de plantão. Incrível!

Fui o primeiro a dar a informação e fiz sucessivos comentários a partir do evento de terça-feira à noite. Confira na coluna que está na internet e é líder de audiência.

Aqui, o espaço do jornal impresso, ele é pouco para explicitar as incoerências. A bobagem foi tão grande que ganhou não só Santa Catarina, mas o Brasil. Apareceu no pior. E sob orientação de curiosos, próximos sem noção e gente com vieses autoritários. Acorda, Gaspar!

Voltarei ao tema na segunda-feira na internet e com uma visão diferente. Tudo isso aconteceu na semana em que se tirou quatro vezes o portal Cruzeiro do Vale do ar, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acreditado e o mais acessado de Gaspar e Ilhota. Sintomático. Ninguém chuta cachorro morto. Coisas da cidade-grotão, que possui donos, os quais se dizem novos na política. Ao que parece, só na fachada. No procedimento...

Outro tema que rendeu, foram os meus comentários sobre as audiências públicas dos PLC 10 e 11, bem como os PL 33 e 39 que alteram coisas do Plano Diretor, o qual não foi revisado até agora como manda a lei. Estão, espertamente, remendando-o num jogo de compadres (e até de necessidades), inclusive afirmando por aí de boca cheia, que possuem o aval do Ministério Público. Mas, ele não deveria fiscalizar tudo isso? Ai, ai, ai.

O que está claro também? O improviso. O que ficou evidente? Aquilo que um interlocutor no gabinete me disse quando lhe perguntei recentemente à causa de não se ter implantado à mudança no trânsito prometida com estardalhaço para dezembro do ano passado. “Elas não estavam devidamente prontas”, justificou-me. Quem sabe, agora, serão possíveis neste dezembro se tudo passar na Câmara. A irresponsabilidade abunda e entre técnicos subordinados como servis aos políticos sem noção ou autoritários.

Essa da inelegibilidade do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, é coisa velha e manjada. Não vai dar em nada, na minha opinião. Se der, o Ministério Público Eleitoral e a Justiça deram de forma irregular um mandato (a reeleição) de prefeito para ele em Gaspar. Simples assim! Zuchi precisa dessa polêmica para estar na imprensa de onde sumiu. E está todo contente. A imprensa amiga, também. Há um pretexto para promove-lo. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1866

Comentários

Herculano
03/09/2018 07:27
VERBORRAGIA PERIGOSA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Campanhas de Bolsonaro e do PT lançam dúvidas sobre a legitimidade das regras do jogo

Uma candidatura presidencial propaga que as urnas eletrônicas terão sido fraudadas caso não seja a vencedora do pleito. Outra, que decisões reiteradas da Justiça convertem a disputa em fraude.

Jair Bolsonaro (PSL), seus porta-vozes e militantes lançam dúvidas sobre a probidade do registro de votos, o que compõe uma arenga autoritária que inclui o elogio de ditaduras e da violência física.

Petistas dizem que a condenação em duas instâncias de seu líder, Luiz Inácio Lula da Silva, constitui violação institucional - ou parte de um golpe, termo que aplicam a qualquer procedimento que os contrarie, não importando a regularidade do processo.

Na diatribe mais recente, a mais que esperada decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de considerar Lula inelegível foi descrita, na propaganda de TV, como um ataque à "vontade do povo".

Ainda que possam parecer mera verborragia demagógica, tais arroubos envenenam o ambiente democrático. As contestações à legalidade da disputa eleitoral não são propriamente críticas, com argumentos baseados em lógica e evidências, nem queixas encaminhadas aos canais adequados.

Trata-se de ataques infundados às regras do jogo - que, mais adiante, poderão ser usadas para negar também a legitimidade do eleito, de seu governo, de leis e políticas que vierem a ser implantadas.

A estratégia se vale da disseminação de crenças conspiratórias, que apelam em particular às parcelas mais sectárias do eleitorado.

Os setores mais extremados acabam por não ver os adversários como pessoas de opiniões e interesses diferentes em seu direito de disputar o poder; oponentes se tornam inimigos a serem eliminados da vida pública e hostilizados nas ruas.

Tais campanhas de difamação de concorrentes e instituições fazem mais do que conturbar o processo eleitoral. No limite, embutem ameaça velada de violência. Afinal, se a eleição é fraudada, como afirmam de uma maneira ou outra, por que aceitar seus resultados?

Deixa-se no ar, de modo insidioso, que haveria outros meios de alcançar o poder ou de tomá-lo.

A polarização exacerbada não raro descamba para manifestações de truculência, intolerância e irracionalidade - e o panorama nacional persiste conflagrado, como se nota com clareza desde a onda de protestos de rua de 2013.

A contenda divisiva, cada vez mais rancorosa, é empecilho à discussão produtiva de acordos com o objetivo de superar uma crise econômica e social de raridade secular, que nos ronda há cinco anos.

Não se pode dar como corriqueira e aceitável a retórica que ameaça as normas fundamentais do convívio político ?"para não dizer mesmo da civilidade básica e do respeito às liberdades civis.
Herculano
02/09/2018 20:04
OS PRESIDENCIÁVEIS QUE QUEREM CENSURAR A IMPRENSA

Conteúdo de O Antagonista. A Folha publicou um levantamento da Abraji sobre as propostas dos presidenciáveis em relação à liberdade de imprensa ou expressão.

Entre os candidatos que fazem menção ao tema em seus programas estão Lula/Haddad, Guilherme Boulos, Jair Bolsonaro, Marina Silva e Alvaro Dias.

O plano de governo do PT, por exemplo, defende "regulação da mídia" para "impedir todo e qualquer tipo de censura" e a "dominação de alguns poucos grupos econômicos".

"Regulação da mídia" é o eufemismo petista para a censura.

O plano de Boulos também defende mecanismos de controle da imprensa e propõe "impedir o controle de outorgas por deputados e senadores" e diz que atuará contra o "monopólio e o oligopólio da radiodifusão".

O plano de Bolsonaro se diz contra "qualquer regulação ou controle social da mídia" e a favor da "liberdade de opinião, informação, imprensa, internet, política e religiosa".

Os outros candidatos que tratam da liberdade de imprensa não falam em regulação.
Herculano
02/09/2018 20:01
da série: os infiltrados de sempre que querem o caos para alcançar o poder, nem que para isso crie insegurança, aumente do desemprego, aumente a inflação, derrube o PIB...

ÁUDIOS SOBRE INÍCIO DE PROTESTOS DE CAMINHONEIROS NESTA SEGUNDA SÃO FALSOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Heloísa Negrão e Taís Hirata. Os áudios e imagens que circulam no WhatsApp alertando sobre suposta paralisação dos caminhoneiros na madrugada desta segunda-feira (2) são falsos.

Os responsáveis pelas mensagens não se identificam. Apenas dizem que haveria uma reunião na noite deste domingo (1º) para decidir sobre uma nova manifestação, que se iniciaria à meia-noite.

A mensagem ainda ataca o governo Temer e alerta para que as pessoas encham o tanque e corram aos supermercados.

A Folha ouviu lideranças dos grupos de caminhoneiros que fizeram parte dos atos de maio, como Wallace Landim (Chorão) e Salvador Edimilson Carneiro (Dodô), e eles afirmaram que não existe nenhuma mobilização programada para essa madrugada.

Carneiro e Landim disseram que os caminhoneiros estão se organizando para um ato no dia 12 de setembro, na sede da ANTT, em Brasília.

"Acho que [parar agora] é um tiro no pé. Tem gente infiltrada tentando usar a categoria como massa de manobra", afirma Landim.

A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) disse que materiais antigos, dos protestos de maio, voltaram a circular nesse fim de semana como se fossem atuais.

Nas redes sociais, postos de gasolina de Belo Horizonte avisaram sobre a possibilidade de novas manifestações.

Neste domingo, segundo reportagem do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, filas se formaram em postos de gasolinas.

Os consumidores temem que os postos fiquem sem combustível como aconteceu em maio, quando os caminhões-tanque foram impedidos de circular pelos manifestantes.

O representante da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) de Minas Gerais afirmou que não existe nenhum protesto marcado para essa madrugada.

Um falso comunicado da Polícia Rodovia Federal também circulou pelos grupos de WhatsApp. A nota de três páginas tem o timbre da PRF no início, mas não traz assinatura nem indicação de que área da PRF a teria produzido.

Ao UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, a PRF disse não reconhecer o documento. A assessoria de imprensa disse que a instituição vem acompanhando o assunto, cooperando com outros setores, como Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e PF (Polícia Federal), além do próprio governo federal, mas que não há nenhuma posição oficial a respeito de uma possível nova paralisação.
Herculano
02/09/2018 19:53
da série: a campanha eleitoral do caos dos bolsonaristas e intervencionistas em compasso de espera e chantagem

CAMINHONEIROS DESCARTAM NOVA PARALISAÇÃO

A convocação feita pela União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC) para uma nova paralisação não foi reconhecida por outras entidades representativas dos caminhoneiros, registra o Estadão.

Um dos líderes da paralisação de maio, Wallace Landim, descartou a possibilidade de nova greve depois do feriado de 7 de setembro, rebatendo os rumores que circularam nos últimos dias.

Segundo Landim, no dia 12 de setembro os caminhoneiros devem fazer um protesto em frente à ANTT em Brasília, para cobrar fiscalização para o cumprimento do tabelamento de frete.
Herculano
02/09/2018 13:19
PT INSISTE EM LULA E HADDAD COMO "VICE AVULSO", por Vera Magalhães, no BR18

A estratégia do PT será apostar no STF e na ambiguidade de manter Haddad como "vice avulso" na propaganda eleitoral para tentar prorrogar ao máximo a farsa da candidatura de Lula, já indeferida pela Justiça Eleitoral. O advogado Luiz Fernando Figueiredo conta com o voto de Luiz Fachin e o sorteio de relator (do qual devem ser excluídos os três ministros do STF que são também do TSE) para aumentar as chances de um recurso no Supremo.

"Pediríamos uma liminar para Lula ficar candidato até, pelo menos, o julgamento dos embargos de declaração", diz o advogado em mensagem de WhatsApp que circula entre petistas à qual o BR18 teve acesso. Ele admite que decidiu apostar na "ambiguidade" do TSE ao pedir ?"e obter?" acesso à TV para Haddad. "Assim, temos o horário e Lula pode aparecer 25% como apoiador do vice. Será um 'vice avulso'", diz o advogado, explicitando a estratégia de esticar a corda.
Herculano
02/09/2018 09:10
ASSESSORES NA GLOBONEWS, por Samuel Pessoa, economista e pesquisador, para o jornal Folha de S. Paulo

Conversa demonstra conhecimento de nossos problemas bem superior a 2014

Há duas semanas, de segunda-feira, 20 de agosto, à sexta, 24, a Globonews recebeu, sempre às 23 horas, assessores econômicos dos cinco candidatos mais bem colocados nas pesquisas, para serem sabatinados por vários jornalistas.

Foi consensual, entre os assessores, o apoio a uma proposta de criação de um imposto nacional sobre o valor adicionado, IVA, bem como uma recomposição da carga tributária em uns 2 a 3 pontos percentuais do PIB.

Essa recomposição faria com que a carga, hoje rodando em 31-32% do PIB, voltasse aos máximos de 34% observados no segundo mandato de Lula.

A recomposição viria do fim de algumas isenções -redução dos limites e da abrangência do Simples e reoneração da folha de salários-, bem como de alguma tributação sobre dividendos na pessoa física (prioritariamente das empresas que operam no lucro presumido), aumento do imposto sobre herança e, possivelmente, de uma nova CPMF. Este último item não é consensual.

Outra unanimidade foi a necessidade de atacar as injustiças e os privilégios das aposentadorias do setor público.

O tema previdenciário é prioritário para quatro dos entrevistados. Somente Guilherme Mello, assessor de Lula, não considera tema relevante. Adere à tese do moto perpétuo: problema fiscal se resolve aumentando o déficit público para elevar o gasto. A renda cresce com mais intensidade e, com ela, a arrecadação. Desaparece o problema fiscal.

Mauro Benevides Filho, assessor de Ciro, afirma que cortará gasto, defende o programa de Ciro de renegociação de créditos de cidadãos negativados no SPC e aposta na mudança do regime previdenciário de repartição para capitalização. Este último ponto é tratado também por Paulo Guedes, assessor do candidato Jair Bolsonaro.

Como tratei em minha coluna no domingo passado, nossa baixa poupança se deve à elevada taxa de reposição (valor do benefício previdenciário como proporção do salário quando na ativa) e à reduzida idade de concessão do benefício no atual sistema. A reforma defendida por Mauro não trata desses pontos.

Paulo Guedes insistiu nas privatizações. Alega que é possível arrecadar R$ 1 trilhão com venda de ativos, incluindo ativos imobiliários. O valor de mercado da Petrobras, da qual o governo detém não mais do que 50%, é da ordem de R$ 300 bilhões.

Para arrecadar R$1 trilhão, será necessário vender o equivalente a quase sete Petrobras e rezar para que o preço não caia com tanta oferta de ativos para o setor privado. "Não, mas os gringos compram"! Então torcer para que o câmbio não vá a R$ 1 com tanto dólar entrando...

Mauro Benevides também considera, pelas suas propostas, que o desastre das políticas intervencionistas da Nova Matriz Econômica não representou erro de diagnóstico, mas sim de implementação. Com Ciro, as mesmas políticas funcionarão.

Persio Arida, assessor de Geraldo, insiste que manterá a carga tributária, mas, na entrevista, nota-se que haverá, sim, a recomposição de que tratei no primeiro parágrafo.

Eduardo Giannetti, assessor de Marina, além de corajosamente defender o congelamento do salário mínimo real durante uns anos, discute o federalismo, tema já tratado por Paulo Guedes: "Menos Brasília e mais Brasil".

Aparentemente, para Eduardo, o tema refere-se a reduzir o gasto com os Poderes Legislativos locais que são, de fato, muito elevados no Brasil.

Apesar de um excesso de balas de prata --moto perpétuo, capitalização, privatização, mais Brasil e menos Brasília--, a conversa demonstra um conhecimento de nossos problemas bem superior a tudo que falamos em 2014.
Herculano
02/09/2018 09:06
PT PREFERE DESCONSTRUIR TSE A CONSTRUIR HADDAD, por Josias de Souza

"O PT se rende à decisão do TSE. (...) Nós perdemos hoje aqui", disse, na madrugada de sábado, o advogado de Lula, Luiz Fernando Casagrande. Com sua rendição, o doutor convenceu os ministros da Corte máxima da Justiça Eleitoral a manter a propaganda do PT no ar. O advogado deu o braço a torcer: "Lula está fora. Ele não pode mais aparecer como candidato a presidente. O partido vai cumprir a decisão." Os ministros deram-lhe crédito. E fizeram papel de bobos.

Nos seus programas inaugurais no horário político do rádio e da TV, o PT manteve Lula como cabeça de sua chapa. E ainda aproveitou o tempo de propaganda que o TSE autorizou a usar para espinafrar o próprio tribunal. "...A vontade do povo sofreu mais um duro golpe com a cassação da candidatura de Lula pelo TSE", afirma um locutor na abertura do programa petista.

Relator do voto que prevaleceu no caso Lula, o ministro Luis Roberto Barroso, além de barrar a candidatura do presidiário, retirara o PT do ar. Enquanto não fosse providenciada a troca do candidato, o tempo do partido na TV seria preenchido apenas por uma tela azul. Graças ao advogado Casagrande, esse pedaço da decisão foi revertido numa reunião dos ministros do TSE a portas fechadas.

A acidez da campanha petista tem efeitos negativos no campo jurídico e também na seara política.

Juridicamente, as críticas do partido ao Judiciário transformaram Lula num colecionador de derrotas. Já amargou infortúnios na primeira instância (Sérgio Moro), na segunda (TRF-4), na terceira (STJ) e também na quarta (STF).

Politicamente, o PT retarda a eletrificação do seu novo poste. O verbo preferido do partido na campanha é desconstruir. Conjugando-o, o petismo desperdiça um tempo que poderia utilizar na construção da imagem de Fernando Haddad, cuja foto substituirá a de Lula na urna. Hoje, Haddad frequenta as pesquisas com um percentual de intenção de votos nanico: 4%).

É grande a capacidade de Lula de transferir votos, indicam as pesquisas. Mas a campanha é curta (apenas 45 dias) e o cabo eleitoral está preso. O slogan "Lula livre" serve para acender os devotos já convertidos. Isso pode levar Fernando Haddad para o segundo turno. Mas é insuficiente para devolver o PT ao Planalto.

A retórica azeda talvez não traga de volta os votos da classe média. Uma gente conservadora que acreditou na Carta aos Brasileiros, o documento em que Lula renegou o receituário radical que o impedia de chegar à Presidência da República. Sem esse pedaço do eleitorado, será mais difícil vencer. Nesta segunda-feira, Haddad visitará Lula na cadeia, em Curitiba. Vão discutir a estratégia da campanha.
Herculano
02/09/2018 09:02
GILMAR MENDES EXPôS O TAMANHO DO DESASTRE, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

Sem o pode-não-pode da Justiça, dificilmente Lula lideraria as pesquisas

Poucas vezes um magistrado foi tão autocrítico e preciso como o ministro Gilmar Mendes quando disse o seguinte:

"Nós já produzimos esse desastre que aí está. Ou as pessoas não percebem que nós contribuímos com a vitimização do Lula? Estamos produzindo esse resultado que está aí".

Sem o prende-solta de julho e pode-não-pode da Justiça Eleitoral, dificilmente Lula estaria com pelo menos 39% das preferências nas pesquisas do Datafolha. Mais que isso: pode-se garantir que aumentou a sua capacidade de transferir eleitores para Fernando Haddad, tornando-o um provável candidato no segundo turno da eleição.

Quem acha que um confronto Haddad x Bolsonaro ajuda a eleger um ou outro não quer um processo eleitoral, mas um daqueles espetáculos sanguinários que aconteciam no Coliseu de Roma.

O desastre está aí, mas Lula pode ser acusado de tudo, menos de ter sido o causador da barafunda criada pelo Judiciário. Sua vitimização entra agora na última fase, fabricando-se uma eleição presidencial influenciada por um ectoplasma político.

Em outro tempo, Juscelino Kubitschek também foi transformado em fantasma. Era um ex-presidente cujo semicandidato foi derrotado pelo doidivanas Jânio Quadros, que tinha como símbolo eleitoral uma vassoura.

Vale lembrar que o apartamento de JK ficava na avenida Vieira Souto e nele cabiam vários tríplexes do Guarujá. Algo do mito de Juscelino deriva da cena do seu embarque para o exílio com um coronel de arma na mão e de sua figura sorridente entrando num quartel para depor num inquérito policial-militar.

Isso e mais a mobilização financeira do governo para impedir sua eleição para a Academia Brasileira de Letras, onde sentava-se o general Aurélio de Lyra Tavares, o poeta Adelita e um dos três patetas da Junta Militar de 1969.

(Numa carta ele escreveu "acessoramento" e "encorage".)

A discussão em torno da presença de Lula na propaganda gratuita é despicienda. Ele estará lá, em áudios e vídeos. Não como o chefe do PT dos escândalos, mas como vítima.

Sem comparar as sentenças que condenaram Lula com a campanha que se fez contra Getúlio Vargas, imagine-se o que seria de sua memória em duas situações:

1. Matou-se sem deixar a carta-testamento.
2. Não se matou, deixou o Catete e foi para São Borja.

EM 1973 TIRARAM ULYSSES GUIMARÃES DO AR
A situação em que Lula está hoje nada tem a ver com aquela em que foi colocado Ulysses Guimarães em 1973, quando lançou-se como anticandidato à Presidência da República. Hoje vive-se num Estado de Direito e em 1973 vivia-se numa ditadura. Àquela época a eleição era indireta e estava perdida para o MDB. Hoje, os eleitores decidem.

Se tudo isso fosse pouco, Ulysses estava no pleno uso de sua liberdade e Lula está preso, condenado por corrupção. As duas situações, contudo, têm uma ponto em comum: deseja-se calar alguém ou, pelo menos, limitar sua fala.

Em 1973, a Justiça negou ao MDB o acesso ao Fundo Partidário e ao horário gratuito de propaganda. Argumentou-se que eleição indireta não comportava propaganda gratuita.

A anticandidatura de Ulysses serviu à oposição como um fator de mobilização, pois a aritmética garantia a vitória do general Ernesto Geisel. Garantia, mas, como seguro morreu de velho, no dia da eleição o general Orlando Geisel, ministro do Exército e irmão do candidato do governo, colocou duas companhias de prontidão para fechar o Congresso caso alguém tentasse fazer alguma surpresa.

Geisel foi eleito e tomou posse em março. Cortar o acesso de Ulysses ao horário gratuito até que foi fácil. A conta chegou na eleição parlamentar de novembro, quando o MDB elegeu 16 senadores em 22 estados e mudou o curso da política brasileira.

ELEIÇÃO É BUFÊ
De uma pessoa que viu 11 eleições presidenciais e está incomodada com o desencanto da disputa de outubro:

"Eleição presidencial é bufê. Você tem escolher entre os pratos que estão na mesa. Não pedir uma omelete."

MADAME NATASHA
Madame Natasha quer votar em Geraldo Alckmin, mas sempre que decide ouvi-lo, pega no sono.
Depois de muito pensar, resolveu mandar algumas sugestões aos assessores do doutor.

1. Impeçam-no de falar por mais de 40 segundos.
2. Proíbam-no de citar mais de uma estatística em cada fala.
3. Proíbam-no de dizer que "vamos chegar lá" quando alguém lhe faz uma pergunta e ele começa a falar de Pindamonhangaba. Essa proibição é necessária porque ele não chega a lugar algum.

TRUMPISTÃO
Diante das novas trapalhadas de Donald Trump, vale a pena recordar o que disse a seu respeito Michael Bloomberg, o bilionário que governou por 11 anos a maior cidade dos Estados Unidos:

"Como nova-iorquino, eu reconheço um vigarista quando o vejo."

Ao contrário de Trump, Bloomberg nasceu pobre e nunca quebrou. Sua fortuna está estimada em US$ 50 bilhões e ele se comprometeu a doar a metade desse ervanário.

EXEMPLO
A Vinci, concessionária do aeroporto de Salvador, oferece serviço ilimitado e gratuito de conexão com a internet.

Faz tempo, a Infraero anunciou que a internet seria gratuita em 12 aeroportos. Ouviu outras vozes e voltou atrás.

VIGANó X FRANCISCO
Cada denúncia de pedofilia de sacerdotes que vier a aparecer será mais uma ferida no pontificado do papa Francisco.

Não faz sentido que num só estado americano 300 padres tenham abusado de mil fiéis enquanto num país do tamanho do Brasil os casos conhecidos podem ser contados nos dedos das mãos.

(De 1839 a 1840, o Brasil foi governado pelo padre Diogo Feijó. Ele combatia o celibato dos sacerdotes.)

ANARQUIA
Dia 15 completam-se dois meses do dia em que o ministro Raul Jungmann anunciou que foram abertos 35 inquéritos em 25 estados para apurar a participação de empresários de transportes na greve dos caminhoneiros. Infelizmente, nada se sabe deles.

No dia 18 completa-se um mês da violência de Pacaraima, quando brasileiros queimaram as coisas de famílias venezuelanas, obrigando mais de mil refugiados a fugir de volta.

Existem alguns vídeos que permitem a identificação dos delinquentes e de um carro com alto-falantes, incitando-os. Investigação, nem pensar.

FUGA
Já funcionam no Brasil, com sucesso, empresas que oferecem a Bolsa Vou-me Embora para abonados do andar de cima. Portugal virou arroz de festa e os Estados Unidos estão na concorrência.

A legislação americana exige um investimento de US$ 500 mil, com diversas condicionantes. Numa conta de padaria, o pulo pode acabar custando algo como US$ 100 mil.

EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e convenceu-se de que o doutor Armínio Fraga teve razão quando disse que o Brasil "adora um atalho".

O cretino chegou a essa conclusão ao perceber que muitos çábios do mercado torcem por Jair Bolsonaro acreditando que o economista Paulo Guedes é o dono do urso. Seguem esse atalho mesmo sabendo que o Partido Novo tem como candidato João Amoêdo, um ex-vice-presidente do Unibanco.
Herculano
02/09/2018 08:52
TEMER AMEAÇOU AUMENTOS PARA ATENDER O STF, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

Na reunião do Palácio Alvorada com os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, o presidente Michel Temer disse que havia provocado o encontro para informar que apoiava o aumento de 16,3% do Supremo Tribunal Federal (STF), e até cancelaria reajustes de diversas categorias, como Polícia Federal. Só precisava que os ministros "segurassem" as ações para obrigar o governo a pagar os aumentos cancelados. Os ministros "piscaram". E perceberam que estavam numa mesa de negociação.

NEGOCIADOR NATO
Toffoli e Fux, que assumirão a presidência e vice do STF, lembraram então que Temer é descendente de libaneses, mestres da negociação.

IMPOSSÍVEL GARANTIR
Os ministros não poderiam assumir o compromisso de barrar liminares contra o adiamento dos reajustes, por isso tiveram de negociar.

'BEM-BOLADO'
Questão incômoda, o auxílio-moradia era outra prioridade para Toffoli e Fux. Resolver isso e garantir o reajuste acabou num "bem bolado".

ACORDO INóCUO
Mas, feitas as contas, exatamente uma semana após o acordo, Temer recuou. Vai dar os 16,3% do STF e adiar os demais aumentos.

ACORDO PELO FIM DO AUXÍLIO-MORADIA INCLUI MPU
O acordo fechado entre o presidente Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal para concretizar o aumento salarial de 16,3%, com o consequente cancelamento do auxílio-moradia, inclui outras áreas do setor público. Além dos vencimentos na Justiça, todos os ramos do Ministério Público da União (MPU) e servidores dos três poderes. O desafio será convencer o Legislativo a abrir mão desse privilégio.

FIM DA REGALIA
O pacto com o STF aumenta juízes estaduais em 16,3%, seis vezes mais que a inflação anual, mas acaba a regalia do auxílio-moradia.
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OBRIGATóRIO, NÃO É
O acordo dá instrumento aos Estados para condicionar os 16,3% ao fim do auxílio-moradia, mas não os obriga a isso, esse é o problema.

DECISÃO POLÍTICA
A conversa com Temer foi produtiva porque Toffoli e Fux estavam decididos resolver a necessidade de recomposição salarial na Justiça.

JURISPRUDÊNCIA FALOU ALTO
O ministro Luís Roberto Barroso mostrou que a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo são claras sobre as candidaturas "sub judice": se uma dessas Cortes decidiu, está decidido.

ELA SE DEU BEM
A maior beneficiada pelo julgamento da pretensa candidatura de Lula foi Manuela D'Ávila, que finalmente vai viver o sonho de ser candidata a vice-presidente. E o seu PCdoB segue o destino de puxadinho do PT.

PAÍS ARROMBADO
Bem menor que os R$20,2 bilhões de julho de 2017, o rombo das contas públicas em julho deste ano foi de R$7,5 bilhões. Corresponde a menos de 15% do rombo bilionário do aumento de 16,3% no Supremo.

CRÍTICA À JUSTIÇA
Para José Dirceu, ex-ministro de Lula, o "verdadeiro papel da Lava Jato" foi demonstrado no caso de Aécio Neves (PSDB): "STF e Senado fizeram justiça, não permitindo o afastamento dele", diz em seu livro.

UMA FAIXA COM TUCANOS
O tucano Geraldo Alckmin, em 3º no levantamento da Paraná Pesquisa em São Paulo (registro BR-08470/2018), lidera entre os eleitores com mais de 60 anos, com 24,2%. Ele perde nas demais faixas etárias.

IMPORTANTE É COMPETIR
O Paraná Pesquisa informa que cinco candidatos a presidente não chegam a 1% dos votos, em São Paulo: Boulos (Psol), Daciolo (PPL), Goulart Filho (PPL), Vera (PSTU) e Eymael (DC). Só Meirelles tem 1%.

CUSTO BRASIL
A Justiça do Trabalho custou mais de R$18,28 bilhões, dos quais mais de R$15,52 bilhões (90,3% do total) em pessoal. Noves fora, cada servidor da Justiça do Trabalho custa em média R$446 mil por ano.

A ECONOMIA PERDE
A indefinição provocada pelas eleições congelou US$33 bilhões em fusões e investimentos como a parceria entra a Embraer e a Boeing, de acordo com a Bloomberg.

PENSANDO BEM...
... a ONU não manda no Brasil.
Herculano
02/09/2018 08:20
EMPREGO, BOLSONARO E "CIRINA", por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Perda de empregos na recessão e violência ajudam a pensar o potencial de votos

Lula da Silva (PT) tem mais votos quanto mais pobre o eleitorado; Jair Bolsonaro (PSL) é o avesso. É o que todo mundo sabe muito bem, até este início da propaganda na TV e no rádio.

Mas é plausível dizer que a perda de empregos na recessão ou o nível de violência de um estado também sejam indícios importantes de voto nessas personagens.

Pesquisas nacionais e regionais indicam ainda que uma entidade chamada "Cirina" teria perfil de votação parecido com o de Lula. "Cirina" é a soma dos votos de Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) quando o petista sai das pesquisas (26%, contra 22% de Bolsonaro, no mais recente Datafolha).

Trata-se apenas de especulação aritmética, é claro. No caso remoto de haver união de candidaturas, não saberíamos quantos votos "Cirina" perderia (haveria desafetos de Marina ou Ciro em cada eleitorado).

Onde há pesquisas consideráveis, observa-se que Lula tem mais voto quanto menor a renda média de uma região ou estado. Não é o caso de Bolsonaro, que tem votação mais bem distribuída nesse quesito.

Lula tem mais voto quanto mais um estado ou região perdeu empregos nesta crise (entre 2014 e 2017).

O caso de Bolsonaro é exatamente o contrário.

Quanto mais violentos a região ou os estados (pela taxa de homicídios), mais Lula tem voto, ao contrário de Bolsonaro.

Bolsonaro vai melhor, pois, nos estados do Centro-Oeste, região que menos perdeu emprego. Vai bem nos estados sulistas, que em termos proporcionais perderam quase tantos empregos (população ocupada) quanto o Sudeste, embora o Sul tenha tradicionalmente taxa de desemprego mais baixa.

Quanto aos demais candidatos, a estatística não permite dizer grande coisa.

Quando Lula não está na parada, há migração relevante de votos de Lula para Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), como se sabe. Quando se combinam os votos de Marina e Ciro nessa entidade que chamamos de "Cirina", surge um eleitorado de perfil mais parecido com o da votação de Lula, embora com uma diferença menos marcada de votação entre classes de renda. "Cirina" fica mais parecido com Lula nas votações por estados e regiões.

O que importa "Cirina"?

Indica um tanto do gosto dos eleitores órfãos de Lula. Quem quer encorpar sua candidatura tem de pensar em "Cirina". Isso vale tanto para o sucessor eventual de Lula quanto para os "liberais" Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Pode), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) (somados, têm 17%).

Regiões mais amenas do país em termos de renda, emprego, violência, desigualdade e sofrimento na recessão são algo mais bolsonaristas.

As terras onde as dificuldades são ou ficaram maiores tendem ao lulismo ou, na ausência deste, a "Cirina".

E daí?

A perda de emprego explica a baixa da renda e o aumento da desigualdade nos últimos três ou quatro anos; os programas sociais continuaram lá, a atenuar o desastre.

É sempre óbvio um candidato tratar de emprego na campanha, ainda mais nesta recessão excepcional. Mas uma conversa genérica, a mesma para qualquer parte do país e suas diferentes crises, deve chover no molhado ou soar como demagogia ignorante das condições locais. Vale o mesmo na falação sobre violência.

Há também mais indecisos nas terras da violência e do massacre do emprego. Falar de modo específico com essas pessoas pode render votos que faltam para um segundo turno.

?"bvio? Mas o que temos ouvido a respeito?
Herculano
02/09/2018 08:14
FINGEM TÃO COMPLETAMENTE, por Carlos Brickmann

Lula finge que é candidato; finge que, já que a ordem dos fatores não altera o produto, é preso político, embora seja na verdade um político preso. Gleisi finge que é advogada de Lula, Haddad finge que é candidato a vice, embora louco para sair à Presidência como se Lula fosse. A Globo finge que não teve nada a ver com o regime militar e que não recebe quase nada de anúncios públicos. Marina finge que tem opiniões sobre os temas mais importantes, e finge que revela essas opiniões. Ciro, que foi ministro de Lula e colega de Governo de Meirelles, finge que é contra os dois. Finge também que é de esquerda desde criancinha, justo ele que implantou o Plano Real de Fernando Henrique e, antes, tinha sido da Arena Jovem.

Bolsonaro finge que é direita pura e dura, embora tenha declarado o voto em Lula em eleições anteriores. Manuela d'Ávila finge que apoia a chapa Lula-Haddad, embora torça para que Lula caia fora de uma vez e ela possa ser a vice de Haddad. Meirelles, que de 2003 para cá dirigiu por oito anos o Banco Central e foi o todo-poderoso ministro da Fazenda por dois anos e meio, finge que não tem culpa nenhuma pela situação atual do país.

Para todos, a mentira é uma verdade que não aconteceu.

No fundo, Geraldo Alckmin é o mais sincero dos candidatos. É político há muitos anos, mas se formou em Medicina com especialização em Anestesia. E, quando discursa ou é entrevistado, põe todos para dormir.

PESQUISA FRESQUINHA

Esta foi a última pesquisa antes do início do horário eleitoral gratuito - que, como ensinava o professor e jornalista Oliveiros S. Ferreira, é o início da campanha real, e pode (ou não) modificar todo o quadro. Foi feita pelo IPESPE para a XP, que, empresa de investimentos, segue com cuidado o quadro eleitoral. Bolsonaro (no quadro sem Lula) é líder isolado, com 21% das intenções de voto, seguido por Haddad Apoiado por Lula (especificado assim na pesquisa) com 13%; Marina tem 10%, Ciro 10% e Alckmin 8%. Pela margem de erro (3,2%), Alckmin está tecnicamente empatado com Ciro e Marina, e Ciro e Marina com Haddad Apoiado por Lula.

OUTROS QUADROS

Quando o nome de Haddad não é associado a Lula, Bolsonaro sobe para 23%. Com Lula na pesquisa, ele é líder com 33%. Bolsonaro é o segundo.

OPINIÃO DO DINHEIRO

Há poucos dias, houve palestra promovida por um grande banco, para clientes empresários, proferida por especialistas em mercado financeiro. Sua opinião sobre as eleições: acreditam que, mesmo com pouco tempo de TV, Bolsonaro irá para o segundo turno. Terá como adversário Alckmin, que deve crescer por dispor de quase tanto tempo de TV quanto os demais candidatos somados, ou o candidato indicado por Lula. Em ambos os casos, acreditam, Bolsonaro será derrotado, por ter o maior índice de rejeição, 57%, e que vem crescendo ao longo do tempo.

Isso vale, claro, se tudo correr normalmente e nada ocorrer que derrube um candidato ou transforme outro em herói.

TODOS CONTRA

Preste atenção: na TV, todos os candidatos procurarão ampliar a rejeição a Bolsonaro. Segundo se comenta, Alckmin tem o vídeo de Bolsonaro em que declara apoio a Lula numa eleição presidencial.

PAGUE, MAS SAIBA

O levantamento é da Fundação Índigo de Políticas Públicas, com dados do Fundo Monetário Internacional, FMI: "Quanto os parlamentares ganham a mais que o povo?" A base da pesquisa é o salário básico do parlamentar, sem penduricalhos, em relação à renda média da população. São 21 países, em diferentes estágios de crescimento de renda, muito ou pouco populosos, nos mais variados tamanhos.

O Brasil, como o caro leitor já terá imaginado, lidera o ranking de parlamentares mais bem pagos do grupo: cada um recebe em média o equivalente a pouco mais de 16 vezes a renda média da população. O segundo colocado é a África do Sul, com pouco menos de 14 vezes. Chile e México, ambos latino-americanos como o Brasil, pagam aos parlamentares o equivalente a nove vezes a renda média da população.

OS RICOS

O Japão, a Alemanha, a Grã-Bretanha, a França e os Estados Unidos estão no ranking. O Japão paga aos parlamentares o equivalente a cinco vezes a renda média da população - pouco menos de um terço do Brasil, em termos proporcionais. A Alemanha, pouco mais que o dobro. A Grã-Bretanha e a França pagam pouco mais que o dobro, mas menos que a Alemanha. Os Estados Unidos pagam aproximadamente três vezes a renda média da população, proporcionalmente 20% do Brasil. E eles são ricos.

CAUSA E EFEITO

Talvez sejam ricos por não desperdiçar o dinheiro dos contribuintes.
Herculano
02/09/2018 08:05
PT LANÇA HADDAD EM MARCHA LENTA PARA RETER LULISTAS DESCONFIADOS, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Sob nostalgia, sigla despersonifica campanha para segurar eleitor por 5 semanas

Quando Lula entrou no carro preto da Polícia Federal em 7 de abril, seu eleitorado balançou. As pesquisas mostravam uma disparada do percentual de brasileiros que diziam acreditar que o ex-presidente não seria candidato. O petista ainda liderava a disputa, mas seu índice de intenção de votos caiu pela primeira vez desde 2016.

Desde então, o PT não vive mais a ilusão da candidatura Lula, apesar da insistência pública. O discurso de que o ex-presidente poderia concorrer foi, inicialmente, uma ferramenta útil para aglutinar aqueles eleitores duvidosos. Em última instância, o partido superalimentou o personalismo para conseguir despersonificar sua campanha.

Ainda que a promoção de Fernando Haddad à cabeça de chapa seja iminente, sua condição de porta-voz deve perdurar ao menos um pouco. Um vídeo divulgado pela sigla horas antes de a Justiça Eleitoral barrar oficialmente o ex-presidente dava o tom da mensagem.

"Tenho andado por todo o país e cruzado com muitas histórias. É grande a saudade que as pessoas sentem do tempo de Lula", afirma Haddad na abertura do filme.

Como era de se esperar, o PT pede votos para o lulismo, não para um candidato. Ao apelar para a nostalgia da bonança dos mandatos do ex-presidente, a sigla surfa na recessão legada por Dilma Rousseff e na estagnação dos anos Michel Temer.

Preso, Lula será símbolo de oportunidades perdidas desde que ele deixou o poder. A esperança dos petistas é que esse sentimento seja suficiente para convencer o eleitor a apertar seu número na urna.

A estratégia obriga Haddad a largar em marcha lenta. O ex-ministro de Lula deve absorver uma fatia considerável de votos do padrinho, mas precisará demonstrar fôlego para retê-los por cinco semanas.

Apesar dos riscos, recorrer ao lulismo parece ser a única saída para o PT. Se a exclusão do ex-presidente produzir novas desconfianças, como em abril, não se sabe o caminho que seus eleitores seguirão.
Miguel José Teixeira
01/09/2018 21:46
Senhores,

O verme de Garanhuns está inaPTo, pois é corruPTo adePTo. . .

Não vote em seu PosTe!
A menos que você seja juiz de execução criminal para mandar seu voto pra cadeia. . .
José Antonio
01/09/2018 21:18
Herculano

O PT está com vergonha da estrela vermelha, não aparece na propaganda eleitoral gratuita, nem a estrela nem a cor vermelha. Estão se dizendo o novo (Décio Lima), usando a cor laranja do PARTIDO NOVO, diga-se JOÃO AMOEDO. É muita cara de pau, é muita falta de vergonha na cara mesmo, coitados, pensam que vão enganar a quem. O PARTIDO NOVO agradece.
Herculano
01/09/2018 19:20
CEGUEIRA DELIBERADA, por Oscar Vilhena Vieira, Diretor e professor da FGV Direito SP, mestre em direito pela Universidade Columbia (EUA) e doutor em ciência política pela USP, pra o jornal Folha de S. Paulo.

Da perspectiva ideológica, o apoio liberal a Bolsonaro é uma contradição

O apoio e o entusiasmo de diversos setores do eleitorado brasileiro com a candidatura Bolsonaro (PSL) é cada vez mais preocupante. É compreensível que eleitores que compartilhem valores autoritários, machistas ou racistas estejam animados em finalmente poder votar em uma liderança abertamente antidemocrática.

Muitos dos seus apoiadores, no entanto, se declaram liberais. Outro dia me encontrei com alguns economistas e agentes do sistema financeiro, que embora não estivessem abertamente declarando apoio à chapa do PSL, argumentavam que o temor em relação a um eventual governo Bolsonaro era exagerado.

Afinal, o candidato contava com um excelente assessor econômico, radicalmente liberal, que iria colocar em prática todas as medidas e reformas necessárias para que o Brasil voltasse a crescer, sem embaraços colocados pelo Estado.

Não tenho por que questionar a qualidade técnica da equipe econômica ou seu compromisso ideológico. Parece-me, no entanto, que os liberais que se deixarem seduzir por Bolsonaro estarão incorrendo num típico ato de cegueira deliberada, que ocorre quando conscientemente nos abstemos de tomar conhecimento de determinadas informações, com o objetivo de não podermos ser responsabilizados pelas consequências de nossos atos.

Da perspectiva ideológica, o apoio liberal a Bolsonaro é uma contradição. Muito embora o liberalismo abrigue um enorme arco ideológico, que vai da direita à esquerda, de Hayek a Rawls, não seria incorreto afirmar que, se há algo de comum em todas as vertentes do liberalismo, é sua incompatibilidade com as mais variadas formas de pensamento autoritário. E não há como negar, pela sua postura e trajetória, que Bolsonaro pertença à mesma categoria de autocratas que Putin, Chaves ou Erdogan, como demonstrou Steven Levisnky, nesta Folha nesta sexta (31).

O problema, porém, não é apenas de inconsistência ideológica. Afinal, o Brasil tem uma longa tradição de pessoas que se declaram liberais, mas nunca tiveram nenhum pudor em receber um pequeno subsídio ou explorar uma atividade monopolista. Isso sem falar, evidentemente, naqueles liberais que toleraram a tortura ou a censura praticadas pelo regime militar apoiado por Bolsonaro e Mourão.

A questão é, sobretudo, política e econômica. A experiência recente deveria ter nos ensinado que sem estabilidade política a economia corre sérios riscos de naufragar. Não há nenhum indício de que Bolsonaro e seu partido sejam capazes de operar nosso mais do que complexo presidencialismo de coalizão. Sua hostilidade ao Congresso é patente. Como vimos com Collor e Dilma, a incapacidade de formar uma base sólida de sustentação no Parlamento e de angariar a confiança dos diversos setores da sociedade não apenas reduz a possibilidade de o governo realizar reformas como aumenta substancialmente a probabilidade de que não chegue ao fim.

Liberais, é hora de tirar a venda.
Herculano
01/09/2018 19:15
PARA O PT E A ESQUERDA DO ATRASO, A JUSTIÇA E AS LEIS SÃO APENAS DETALHES, OU IMPORTANTES QUANDO ELAS LHE SERVEM PARA O PODER OU A PUNIÇÃO DOS ADVERSÁRIOS...

NO RÁDIO, NA TV E NAS RUAS, PT DESAFIA TSE E MANTÉM LULA CANDIDATO

Segundo defesa, não deu tempo de mudar programas; Haddad diz que ex-presidente segue na disputa

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Géssica Brandino , João Valadares , Marina Dias , Joelmir Tavares e Reynaldo Turollo Jr, de Brasília, São Paulo e Guaranhus. No primeiro dia de campanha já com a candidatura de Lula indeferida, o ex-presidente ainda apareceu como o nome do PT à Presidência nos programas eleitorais e na campanha de rua de seu vice, Fernando Haddad (PT), ao longo deste sábado (1º).

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em sessão encerrada já na madrugada deste sábado, barrou o registro do ex-presidente e decidiu que ele só pode aparecer no horário eleitoral na condição de apoiador, não na de candidato.

O que se viu, no entanto, foi a menção a Lula como o cabeça da chapa nos programas levados ao ar no rádio pela manhã e à tarde. No vídeo exibido no horário eleitoral da TV, no início da tarde, o partido disse que "entrará com todos os recursos para garantir o direito de Lula ser candidato".

O programa televisivo não identificou explicitamente nem Lula nem Haddad como o candidato a presidente. O ex-prefeito de São Paulo, que no momento está impedido de ser apresentado na propaganda como vice de Lula, apareceu reiterando "um juramento de lealdade a Lula" e prometendo "não descansar".

Na sequência, a letra do jingle dizia: "É o Lula, é Haddad, é o povo, é o Brasil feliz de novo". O ex-presidente apareceu tanto em imagens quanto em narrações.

As aparições, porém, não significam que houve desrespeito à decisão do TSE, já que há questões técnicas relacionadas à veiculação das propagandas. As emissoras responsáveis por gerar os programas recebem o material a partir das 7h. Para que o conteúdo seja exibido, é necessário que chegue no mínimo seis horas antes.

Advogado de Lula na área eleitoral, Luiz Fernando Casagrande afirmou à Folha que não houve tempo de trocar o material das propagandas no rádio e na TV para atender à decisão da corte.

A coligação insiste na candidatura usando como argumento a manifestação do Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) recomendando ao Brasil que não impeça o petista de concorrer à eleição.

Na votação do TSE, encerrada perto das 2h, só o ministro Edson Fachin reconheceu a validade da recomendação e votou por liberar a candidatura. Os outros seis magistrados decidiram negar o registro com base na Lei da Ficha Limpa.

No vídeo para a TV, o PT exibiu um letreiro dizendo que "a ONU já decidiu que Lula poderia ser candidato e ser eleito presidente do Brasil. Mesmo assim, a vontade do povo sofreu mais um duro golpe com a cassação da candidatura de Lula pelo TSE".

Na sequência, Lula apareceu repetindo o discurso de que está sendo perseguido, sofre uma injustiça e é inocente. O petista afirmou que passará para a história "como o presidente que mais fez inclusão social neste país" e emendou a autopromoção com uma crítica ao Judiciário.

"Eu sei como eu vou passar para a história, sabe? Eu não sei como é que eles vão passar. Não sei se eles vão passar para a história como juízes ou como algozes", disse.

Em campanha de rua em Pernambuco, Haddad afirmou que Lula continua na disputa e falou que a coligação usará todos os recursos jurídicos possíveis "para que a soberania popular seja respeitada".

O ex-prefeito disse ainda que se reunirá com Lula na segunda-feira (3) para discutir a situação e que o PT decidirá sobre a substituição de Lula em até dez dias, prazo estipulado pelo TSE para ocorrer a troca.

O cenário mais provável é que Haddad assuma a liderança da candidatura, com Manuela D'Ávila (PC do B) de vice. Os aliados do ex-prefeito na sigla defendem que a mudança ocorra o quanto antes, para que ele consiga se apresentar aos eleitores e vença dificuldades como o baixo grau de conhecimento no Nordeste.

Pela lei, apoiadores de determinado candidato podem ocupar até 25% do tempo do horário eleitoral, entendimento que deverá ser empregado para as aparições de Lula em apoio a Haddad.

O tribunal optou por não comentar se o PT infringiu algum ponto da decisão por causa da campanha no horário eleitoral. A justificativa foi a de que a corte não se pronuncia antecipadamente sobre casos que possam vir a ser analisados.

Na página do TSE na internet, a candidatura de Lula já aparece como indeferida. Haddad segue registrado como o vice.

A candidatura do ex-presidente foi alvo de 16 contestações de adversários e da Procuradoria-Geral Eleitoral. Lula está preso em Curitiba desde 7 de abril, depois de ter sido condenado em segunda instância na Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).
Herculano
01/09/2018 09:37
da série: os políticos deviam pedir ajudar e conselhos como falsificar auto-elogios à administração e para os políticos ao governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e Carlos Roberto Pereira, MDB

DEPUTADOS DO MDB RECRUTA "CYBERMORTADELAS" POR ATÉ 9 MIL REAIS

Conteúdo de O Antagonista. Leonardo Quintão, deputado federal pelo MDB, lançou um aplicativo para recrutar até 500 pessoas para fazer campanha remunerada nas redes sociais, registra a Folha.

Em seu site, o deputado anunciou salários de até R$ 9.000 por apoio na internet.

O sistema lembra os cybermortadelas do PT, em que as pessoas eram incentivadas a baixar um aplicativo e recebiam tarefas diárias de divulgação.

O aplicativo do deputado, no entanto, foi deletado nesta sexta-feira da loja do Google.

Pagar outras pessoas para postar conteúdo positivo é crime eleitoral e passível de punição e multa de R$ 5.000 a R$ 30 mil.
Herculano
01/09/2018 07:58
da série: a lei é só para os outros

LULA APARECE COMO CANDIDATO NA PROPAGANDA ELEITORAL

Conteúdo de O Antagonista. Neste sábado, o PT apresentou Lula como candidato do partido na propaganda eleitoral no rádio.

"Começa agora o programa Lula presidente, Haddad vice", disse o locutor da propaganda, que também afirmou que "Lula é candidato a presidente, sim".

Além de barrar a candidatura do presidiário na noite de sexta-feira, o TSE proibiu Lula de fazer campanha como candidato no rádio e na TV.
Herculano
01/09/2018 07:54
TSE DECLARA LULA INELEGÍVEL POR 6 VOTOS A 1, POR 5 A 2, ELE NÃO PODE APARECER NA PROPAGANDA DO PT COMO CANDIDATO. SERÁ QUE ISSO É BOM? por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Por seis votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que Lula não pode ser candidato. O voto vencido, nesse particular, é de Edson Fachin. Por cinco votos a dois, o tribunal houve por bem proibir Lula de praticar "atos de campanha" - vale dizer: ele não pode aparecer no horário eleitoral gratuito como candidato. E como apoiador? Pode? Não há legislação que o proíba. Mas esse papo de "lei" tem cada vez menos importância no país. Nesse caso, Rosa Weber, presidente do tribunal, também foi voto vencido. O PT que pensa e pondera deu um suspiro de esperança. Por quê?

Quanto antes Fernando Haddad aparecer como o candidato do partido à Presidência, com o apoio de Lula, melhor! Afirmei isso no rádio, aqui, na TV, em toda parte. Se a decisão se arrastasse até a data-limite, 17 de setembro, sobrariam três semanas para a transferência de milhões de votos. Já a partir de agora, creiam, o tempo é exíguo. Mas, por óbvio, melhor mais tempo do que menos. Acontece que não estou aqui para aplaudir aquela que é a melhor decisão para o PT. Não aplaudiria nem que fosse a pior. Estou aqui para analisar se a decisão faz ou não sentido. E, creiam, perpetraram-se entre esta sexta e este sábado, múltiplos estupros da ordem legal. Essas coisas sempre têm consequências,

O único membro da corte a dar um voto decente foi Rosa Weber. E olhem que não costumo ver na ministra um exemplo de talento para as lentes jurídicas. Mas acertou desta vez, Vamos ver. De saída, cumpre lembrar, e já escrevi a respeito, que a votação de mérito jamais poderia ter acontecido nesta sexta. Barroso desrespeitou prazos, E isso já é grave o bastante.

Mas o que é, com efeito, escandalosamente absurdo é o fato de ele ter decidido ignorar de maneira flagrante o conteúdo da Lei Eleitoral. Acompanhem. Cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão do TSE. Enquanto cabe, a candidatura está "sub judice". Tal expressão não tem caráter subjetivo. "Sub judice" é tudo aquilo que está pendente, dependendo mesmo, de decisão judicial de atos em curso.

O Artigo 16-A da Lei Eleitoral, a 9.504, é de uma clareza solar:

"O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior".

QUE FIQUE CLARO:
- Lula foi condenado sem provas;
- o TRF-4 também deu andamento de exceção ao julgamento...;
- a Lei da Ficha limpa traz uma porção de aberrações.

MAS NADA DISSO ESTAVA EM QUESTÃO.

E EU TAMBÉM ACHO QUE A LEI DA FICHA LIMPA IMPEDE QUE LULA SEJA CANDIDATO.

Ora, se é a letra da lei a dizê-lo, e a ela devemos todos nos subordinar, seja boa ou ruim, é igualmente a letra da lei que estabelece que o candidato tem o direito a todos os atos de campanha enquanto sua postulação estiver sub judice. E, como já notei aqui ontem e observou mais tarde Rosa Weber, a candidatura está sub judice porque pendente ainda de recurso ao Supremo. Assim, temos que:

- obedecendo a lei, a candidatura de Lula tem de ser rejeitada pelo TSE;
- obedecendo a lei, Lula não pode ser proibido de praticar atos de campanha enquanto o TSE não der a última palavra.

Esse também foi o voto da ministra Rosa Weber. E, como sabem, foi o meu "voto" bem mais cedo aqui.

Roberto Barroso inventou que o trânsito em julgado da questão se dá com o voto do TSE. Ora, se assim fosse, não caberia mais recurso. Mas cabe. Enquanto couber, é uma candidatura "sub judice". Em sendo, há prescrição legal sobre o que pode e o que não pode.

Mas Barroso mandou a lei às favas e foi seguido pelos ministros Jorge Mussi (STJ), Og Fernandes (STJ), Admar Gonzaga (advocacia) e Tarcísio Vieira (advocacia).

Rosa disse a coisa certa: segundo a lei, se quiser, o PT mantém o nome de Lula nas urnas. Se a candidatura, depois, for rejeitada definitivamente, como deve ser, os votos a ela dirigidos serão considerados inválidos. Se a lei é ruim, que seja mudada. Enquanto existir, tem de ser cumprida. Se não me engano, o candidato que a maioria dos eleitores mandaria para a Palácio do Planalto está preso e não vai disputar porque acusado de... descumprir a lei.

Exotismos
A decisão foi de tal sorte exótica que, dada uma questão de ordem levantada pelo advogado de Lula, Luiz Fernando Pereira, os senhores ministros se mostraram apatetados.

Pereira observou o óbvio: o PT iria cumprir a decisão, mas reivindicava, com base na lei, o direito de usar o horário eleitoral enquanto não formaliza a troca de candidato. Afinal, segundo a lei (de novo, ela..), tal espaço pertence ao partido, que tem um vice. A advogada que defende o Novo, um dos peticionários contra Lula, queria cassar o horário eleitoral do partido. Sabem como são os nossos "liberais". São capazes de coisas de que até Adam Smith duvidaria.

Barroso propôs, então, uma reunião fechada - um "conselho", como chamou. Esse rapaz está sempre inovando. Na volta, decidiu-se que o PT poderá dispor do horário eleitoral desde que Lula não seja apresentado como candidato. Sobre a sua presença no programa, há indefinição. Os candidatos podem reservar 25% do tempo de que dispõem para apoiadores. Será que lula pode ser considerado ao menos "um apoiador" do PT?

Não! A lei nada dispõe a respeito de apoiadores que estejam na cadeia. Até porque o legislador não imaginou que alguém pudesse usar tal condição como ativo. Se o PT vai fazê-lo, talvez haja algo de estranho nos dias em curso.

Sintetizo
No caso de alguém ainda não ter entendido
1: Lula está inelegível pela Lei da Ficha Limpa;
2: isso não traduz juízo de valor sobre a condenação;
3: o TSE declarar a sua inelegibilidade está de acordo com a Lei da Ficha Limpa;
4: ignorar prazos não está de acordo com lei nenhuma;
5: segundo a lei, a decisão de declarar a inelegibilidade de Lula está correta;
6: segundo a lei, impedi-lo de participar do horário eleitoral é uma aberração;
7: parte do PT comemorou a decisão, embora finja o contrário.

Acreditem! Essa não é a melhor forma de enfrentar o PT. Trata-se apenas da pior.
Herculano
01/09/2018 07:49
da série: um artigo para entender o que é ser patriota, ter ideais, inteligência e humanidade, mesmo sendo de direita, conservador, militar de origem e democrático, diferente de um Jair Bolsonaro, de direita, que usa os piores rótulos contra a liberdade de expressão, a democracia como prática de humanidade e da dialética, e garantias aos inocentes.

JOHN, QUE PAROU GEORGE, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

Na hora em que quase todos silenciaram, McCain ergueu sua voz contra a tortura

O senador republicano John McCain preparou seus funerais meses atrás. Convidou o democrata Barack Obama e o republicano George W. Bush para falarem na cerimônia principal, na Catedral Nacional de Washington - e fez chegar à Casa Branca o recado de que Trump não seria bem-vindo. McCain não era um santo, longe disso, e cometeu erros trágicos, entre eles o apoio entusiasmado à invasão do Iraque, em 2003. Seu cisma com Trump, porém, divide os EUA em dois - não dois partidos, mas duas nações.

A nação de Trump é ultranacionalista; a de McCain, internacionalista. A de Trump é xenófoba; a de McCain celebra a integração dos imigrantes. Trump é um arauto do nativismo: sua nação repousa no mito do sangue. McCain foi um mensageiro do patriotismo cívico: sua nação repousa sobre ideais compartilhados. A herança moral de McCain transborda as fronteiras dos EUA: na hora em que quase todos silenciaram, ele ergueu sua voz contra a tortura. E fez a diferença.

"Meus captores, de modo geral, trataram os prisioneiros com mais humanidade do que os soldados americanos os trataram em Abu Ghraib", escreveu o senador em The Restless Wave, seu livro de adeus. Os captores de McCain não foram suaves: prisioneiro de guerra no célebre "Hanoi Hilton", no Vietnã, entre 1967 e 1973, foi torturado múltiplas vezes. Da experiência, extraiu dois argumentos de naturezas diferentes contra a tortura. No plano pragmático, ensinou que a tortura é ineficaz para objetivos de inteligência. No plano dos princípios, qualificou-a como mancha indelével no tecido das nações civilizadas.

McCain nocauteou os defensores da utilidade da tortura ao provar que a pista que permitiu a descoberta do esconderijo de Osama Bin Laden não foi obtida a partir das confissões do jihadista Khalid Sheikh Mohammed, mas de outro prisioneiro, não submetido a maus tratos. Sheikh Mohammed, sujeito a 183 vezes a afogamentos simulados, não tinha a peça crucial de informação. Sob tortura, explicou McCain, com conhecimento de causa, o cativo fala tudo, misturando informações verídicas com invenções destinadas a interromper o suplício. No fim, torna-se impossível separar uma coisa da outra.

Mas McCain tinha escassa paciência para o debate "pragmático". Quando, em 2004, tomou a palavra no Senado pela primeira vez para protestar contra Abu Ghraib, formulou as sentenças que repetiria, com mínimas variações, até o fim de sua vida. "Esta questão não é sobre nossos inimigos, mas sobre nós. É sobre o que fomos, somos e aspiramos a ser." A prática da tortura nivela os EUA às piores tiranias, oferecendo às organizações da jihad um discurso persuasivo na cooptação de "mártires". As técnicas de interrogatório conduzidas em Guantánamo e outras prisões off-shore, insistiu, não apenas são indignas de uma nação democrática como, também, servem aos fins dos inimigos.

O confronto era, diretamente, com a Casa Branca. George W. Bush conferira um simulacro de legalidade às técnicas de tortura, por meio de um infame memorando firmado por Alberto Gonzalez, então Advogado-Geral da União. No início, McCain enfrentou, praticamente isolado, a muralha do "consenso patriótico" produzido pelos atentados do 11 de setembro de 2001. No fim, sua voz foi o elemento singular mais decisivo na interrupção da marcha rumo à barbárie.

McCain parou Bush - e nunca abandonou a batalha que, sabia, jamais terminaria. Em maio, falou contra a nomeação de Gina Haspel para a chefia da CIA, recordando a omissão dela face à tortura num centro clandestino de interrogatório na Tailândia, em 2002. "Isso não importa; afinal, ele está morrendo", comentou na ocasião Kelly Sadler, assessora de Trump, numa declaração típica do atual governo americano. Sadler tinha razão sobre a iminência da morte do senador. Mas errava, estupidamente, sobre as coisas que, de fato, importam.
Herculano
01/09/2018 07:24
FACHIN ESTÁ VIVO

Conteúdo de O Antagonista. O [único] voto de Edson Fachin pelo registro de Lula na disputa eleitoral surpreendeu os ministros do Supremo, registra a Folha.

Os colegas da Corte não entenderam como o ministro votou pela prisão do petista e, depois, pela sua candidatura.

Pessoas próximas de Fachin, no entanto, comemoraram o voto no TSE:

"O jurista está vivo", disse um amigo.
Herculano
01/09/2018 07:20
da série: a expressão da intervenção, da ditadura e da família no núcleo de poder começou no primeiro dia de campanha.

"VAMOS MUDAR O BRASIL NEM QUE SEJA NA BALA"

Conteúdo do BR 18, Texto de José Fucs. Num sinal preocupante do que pode vir por aí na campanha eleitoral, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidenciável Jair Bolsonaro, respondeu com truculência ao videoclipe que abriu a propaganda do tucano Geraldo Alckmin na TV, nesta sexta-feira, 31. No vídeo, uma bala perfura vários objetos e estanca perto da cabeça de uma criança, com os dizeres "não é na bala que se resolve", numa referência à proposta de JB de liberar o porte e o uso de armas no País.

"Sr. Geraldo Alckmin, vulgo 'merenda', essa é a mensagem que o Brasil precisa. Necessitamos de homens e mulheres para botar ordem nesta baderna que pessoas como o senhor insistem em perpetuar", disse Eduardo, num tuíte acompanhado de um vídeo que ironizava o filme de Alckmin. A publicação foi apagada logo depois, mas internautas já haviam salvado o comentário e o vídeo. "Vamos mudar o sistema corrupto, nem que seja na bala", acrescentava Eduardo, sugerindo que seu pai, se ganhar a eleição, poderá recorrer a soluções de força, colocando em xeque a democracia, para implementar suas propostas.
Herculano
01/09/2018 07:14
UMA JANELA PARA A RAZÃO, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para o jornal Folha de S. Paulo

Cidadão que neste momento deseja sufragar Bolsonaro será sensível ao apelo do cálculo?

Com o início do horário eleitoral gratuito, começará uma das operações mais interessantes desde a redemocratização. Trata-se daquela a ser realizada por Geraldo Alckmin (PSDB) para esvaziar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), atraindo para si apoiadores do capitão reformado.

Paradoxalmente, o que mais ajudará o ex-governador paulista na tarefa será a ascensão do seu tradicional adversário, Lula.

Com quase 40% das intenções de voto, o ex-presidente, mesmo impugnado pela Justiça, tem chance de colocar o vice Fernando Haddad no segundo turno.

Nesse caso, o eleitor antipetista ficará obrigado a pensar em quem teria mais chances de derrotar o PT na rodada final. E cedo ou tarde perceberá que, sendo o tucano mais moderado que o candidato do PSL, embora, também, nitidamente conservador (diferente de Marina Silva), reúne melhores predicados para o embate decisivo.

Ficaríamos, assim, livres de que uma proposta ditatorial se tornasse a liderança do Brasil.

Mas será que o cidadão que neste momento deseja sufragar Bolsonaro será sensível ao apelo do cálculo?

Diga-se, de passagem, o caso configura um problema fascinante para o campo que se dedica a estudar o assunto. Nele, sabe-se que a falta de informação, a paixão ideológica, ou até mesmo fatores fortuitos, podem desviar o comportamento individual da racionalidade que a teoria democrática lhe atribui.

Se para o entrevistado que declara preferência pelo militar reformado o mais importante for infligir uma derrota ao petismo, mudará de opção.

No entanto, se a escolha refletir um sentimento confuso, ainda que intenso, de rejeição a tudo, é possível que o eleitor permaneça apegado àquele cuja falta de propostas razoáveis expressa a hostilidade para com o conjunto do que se organizou no país desde a Constituição de 1988.

Observado de outro ângulo, do ponto de vista do PT, poderia parecer preferível apostar na irracionalidade da direita e ter um extremista como adversário. Tratar-se-ia de uma visão curta.

Se Bolsonaro chegar a 28 de outubro, mesmo que depois perca, a onda autoritária sairia fortalecida, dificultando a vida de um governo de reconstrução nacional.

Além do mais, derrotar o PSDB obrigará o campo popular a se unir, o que abriria a chance de construir um programa comum e uma frente ampla institucionalizada, até agora inexistentes. Seria, aliás, outra prova de racionalidade, que a esquerda ainda está devendo ao país.

No fim, o irracionalismo pode vencer. Porém, a onda do momento abriu uma janela para a razão.
Herculano
01/09/2018 07:10
TOFFOLI QUER CONVERSAR ATÉ COM AGÊNCIAS DE RISCO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ministro Dias Toffoli, futuro presidente do Supremo Tribunal Federal, decidiu liderar uma inédita aproximação do STF com diversos setores da sociedade. Para começar, logo após a posse, dia 13, ele vai chamar para "conversar sobre o Brasil" empresas de consultoria em investimentos e agências de avaliação de risco, a fim de explicar o papel e o funcionamento da Justiça em um país democrático.

COMUNICAÇÃO DIRETA
"Eles não vão precisar de analistas que às vezes não compreendem o processo e avaliam se o Brasil é bom destino de investimentos", diz.

DÚVIDA? FALE COMIGO
"Vai ser assim: está com dúvida sobre o funcionamento da Justiça? Fale comigo", explicou Dias Toffoli à coluna, com entusiasmo.

STF CONECTADO
O ministro mais jovem a assumir a presidência do STF é também o mais conectado. Transparência e conectividade serão seus motes.

DECISõES SEGURAS
A ideia do próximo presidente do STF é oferecer a chance de as decisões serem tomadas livres de

DEFESA DE LULA RECORREU A UMA MENTIRA, NO TSE
Os petistas recorreram a uma mentira grotesca para tentar emplacar o registro da pretensa candidatura do ex-presidente Lula: a suposta "medida cautelar da ONU", baseada em "tratado internacional". Como esta coluna informou em 22 de agosto, era só uma recomendação e o tratado, sem ter sido homologado, não pode ser incorporado ao nosso ordenamento jurídico, como destacou o ministro Luís Roberto Barroso.

IRONIA DO DESTINO
Quis o destino, ironicamente, que o tratado "salvador" citado pela defesa do PT, tenha sido engavetado no governo do presidiário.

TIPO BOTECO DA ESQUINA
Os países não são representados no tal comitê da ONU em Genebra, por isso suas deliberações não têm força política ou jurídica.

ARTICULADOR DO NADA
A nota do comitê da ONU foi articulada pelo gratíssimo Paulo Sérgio Pinheiro, um paulista indicado para o cargo pela ex-presidente Dilma.

ASSÉDIO DE FÃS
No aniversário do ministro João Otávio de Noronha, novo presidente do Superior Tribunal de Justiça, além do dono da festa, os campões de selfies foram os ministros Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso, do STF.

VOZ DA EXPERIÊNCIA
O jurista Henrique Neves era ainda ministro do TSE quando sugeriu, na reforma política em discussão, que o prazo do pedido de registro de candidaturas fosse antecipado, para dar tempo de serem avaliados. A reforma virou piada e ficou mantida a data-limite de 15 de agosto.

CONFUSÃO À VISTA
Até agora, só o candidato Jair Bolsonaro tangenciou o tema política externa, ao afirmar, aliás sem ser perguntado, que seguirá Donald Trump e reconhecerá Jerusalém como capital indivisível de Israel

BUROCRACIA ASSASSINA
Primeira companhia aérea estrangeira a anunciar a intenção de operar no Brasil, a Norwegian Air esbarrou na nossa inútil e gigantesca burocracia, que sabota qualquer iniciativa privada.

DISPUTA DESIGUAL
O primeiro dia de horário eleitoral gratuito não mostrou solução criativa para quem tem só 5 ou 8 segundos de propaganda. Os candidatos precisam correr para dizer o nome, partido, número e candidato.

MELHOR PARA (QUASE) TODOS
Sem Lula, informa o Paraná Pesquisa, Bolsonaro lidera com 23,1% e Geraldo Alckmin (PSDB) tem 17%, no Estado de São Paulo. Só Cabo Daciolo (Patriotas) e Vera (PSTU) não herdariam votos de Lula.

DOIS GRUPOS DE CANDIDATOS
Sexto colocado no levantamento Paraná Pesquisa, Álvaro Dias (Pode) tem 3,3%. É mais que a soma dos últimos seis colocados na pesquisa registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o nº BR-08470/BR.

SEU DINHEIRO
O relatório "Justiça em Números 2018", do Conselho Nacional de Justiça, tem mais de 210 páginas, mas só menciona seis vezes a palavra "salários" ?" que custaram R$82,2 bilhões em 2017.

PENSANDO BEM...
...já tinha time da zona de rebaixamento querendo pedir uma "cautelar" ao "comitê" da ONU inventado pela turma do PT.
Herculano
01/09/2018 07:04
TOMA QUE O ORÇAMENTO É TEU, por Julianna Sofia, secretária de redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Temer deixa proposta com pouco espaço para investimento e gasto social descoberto

O fardo fiscal que o governo-tampão de Michel Temer entregará para o próximo presidente tem como primeira amostra uma peça orçamentária com a pior destinação para investimentos em 16 anos. A proposta de Orçamento para 2019 enviada pelo Palácio do Planalto ao Legislativo limita a R$ 27,4 bilhões os recursos federais para investir em obras e programas.

Desde o primeiro ano da gestão Lula (2003), quando o Tesouro Nacional iniciou um forte ciclo de arrocho fiscal - o que foi mantido pelos dez anos seguintes?", não se via tão pouco dinheiro para investir. Os valores são equivalentes a 0,3% do PIB.

O sucessor do emedebista herdará o Orçamento mais engessado da história. Excluindo os encargos da dívida pública, 93% das despesas da União terão desembolso obrigatório e não há conversa. Previdência e folha de pessoal representarão quase 70% do que o Estado brasileiro gastará em 2019.

O dispêndio seria algo maior se Temer não tivesse sido convencido pela equipe econômica, no último minuto, a desistir de reajustar os salários dos servidores federais no ano que vem - o que adiará para 2020 um gasto de R$ 6,9 bilhões. Depois de 24 horas de hesitação, o emedebista escapou de repetir o erro do início de seu mandato, quando cedeu ao corporativismo estatal e manteve os aumentos salariais acordados por Dilma Rousseff com o funcionalismo nos estertores da administração petista.

Outro fim, porém, terá o reajuste nos vencimentos do Judiciário. Em uma negociação ora pouco clara, o presidente acertou com a cúpula da magistratura um adicional de 16,38% em troca da extinção de penduricalhos, como o auxílio-moradia.
Independentemente do custo, a decisão ampliará o fosso da desigualdade de renda num país que sofre com distúrbio crônico de crescimento.

Em meio à ruína fiscal, o presidente eleito encontrará um Orçamento com um terço das despesas sociais a descoberto, pendentes do aval fisiológico do novo Congresso.
Herculano
01/09/2018 06:57
O NEGóCIO DO PT É SEMPRE TUMULTUAR. É UM PALANQUE PERMANENTE DE CONFUSÃO E DESMORALIZAÇÃO AS INSTITUIÇõES. A MESMA LEI QUE INVOCA CONTRA OS ADVERSÁRIOS É A QUE NEGA PARA OS SEUS CASOS. VERGONHOSOS. É A BUSCA DO PODER A QUALQUER PREÇO, MEIOS, CHANTAGENS E ARGUMENTOS

Nota oficial da Comissão Nacional Executiva do PT

CONTRA A CASSAÇÃO POLÍTICA, COM LULA ATÉ O FIM

Diante da violência cometida hoje (31) pelo Tribunal Superior Eleitoral contra os direitos de Lula e do povo que quer elegê-lo presidente da República, o PARTIDO DOS TRABALHADORES afirma que continuará lutando por todos os meios para garantir sua candidatura nas eleições de 7 de outubro.

Vamos apresentar todos os recursos aos tribunais para que sejam reconhecidos os direitos políticos de Lula, previstos na lei e nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil. Vamos defender Lula nas ruas, junto com o povo, porque ele é o candidato da esperança.

É mentira que a Lei da Ficha Limpa impediria a candidatura de quem foi condenado em segunda instância, como é a situação injusta de Lula. O artigo 26-C desta Lei diz que a inelegibilidade pode ser suspensa quando houver recurso plausível a ser julgado. E Lula tem recursos tramitando no STJ e no STF contra a sentença arbitrária.

É mentira que Lula não poderia participar da eleição porque está preso. O artigo 16-A da Lei Eleitoral prevê que um candidato sub judice (em fase de julgamento) pode "efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica".

A Justiça Eleitoral reconheceu os direitos previstos nestas duas leis a dezenas de candidatos em eleições recentes. Em 2016, 145 candidatos a prefeito disputaram a eleição sub judice, com registro indeferido, e 98 foram eleitos e governam suas cidades. É só para Lula que a lei não vale?

O Comitê de Direitos Humanos da ONU determinou ao Brasil garantir os direitos políticos de Lula, inclusive o de ser candidato. E o Brasil tem obrigação de cumprir, porque assinou o Protocolo Facultativo do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. E o Congresso Nacional aprovou o Decreto Legislativo 311 que reconhece a autoridade do Comitê. O TSE não tem autoridade para negar o que diz um tratado internacional que o Brasil assinou soberanamente.

É falso o argumento de que o TSE teria de decidir sobre o registro de Lula antes do horário eleitoral, como alegou o ministro Barroso. Os prazos foram atropelados com o objetivo de excluir Lula. São arbitrariedades assim que geram insegurança jurídica. Há um sistema legal para os poderosos e um sistema de exceção para o cidadão Lula.

Em uma semana que envergonhará o Judiciário para sempre, a cúpula desse Poder negociou aumento de 16,4% nos salários já indecentes de ministros e juízes, sancionou a criminosa terceirização dos contratos de trabalho e, agora, atacou frontalmente a democracia, os direitos dos eleitores e os direitos do maior líder político do país. É uma cassação política, baseada na mentira e no arbítrio, como se fazia no tempo da ditadura.

A violência praticada hoje expõe o Brasil diante do mundo como um país que não respeita suas próprias leis, que não cumpre seus compromissos internacionais, que manipula o sistema judicial, em cumplicidade com a mídia, para fazer perseguição política. Este sistema de poder, fortemente sustentado pela Rede Globo, levou o país ao atraso e o povo ao sofrimento e trouxe a fome de volta.

A candidatura do companheiro Lula é a resposta do povo brasileiro aos poderosos que usurparam o poder. Lula, e tudo o que ele representa, está acima dos casuísmos, das manobras judiciais, da perseguição dos poderosos.

É com o povo e com Lula que vamos lutar até o fim.

Lula Livre!

Lula Candidato!

Lula Presidente!

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES
Herculano
01/09/2018 06:50
DOIS MINISTROS CATARINENSES DO TSE IMPUGNARAM A CANDIDATURA DE LULA: JORGE MUSSI E ADMAR GONZAGA
Herculano
01/09/2018 06:47
TSE SUAVIZA SECRETAMENTE EFEITOS DO VETO A LULA, por Josias de Souza r

Uma decisão tomada pelos ministros do TSE em reunião secreta na madrugada deste sábado abrandou os efeitos do veto à candidatura presidencial de Lula. Em sessão pública, a Corte havia decidido que a propaganda eleitoral do PT ficaria fora do ar até que o partido providenciasse, em dez dias, a troca do candidato. A defesa de Lula esperneou. A sessão foi suspensa. Os ministros se retiraram do plenário. Reuniram-se sigilosamente por meia hora. Na volta, anunciaram o abrandamento do veredicto: Fernando Haddad, provável substituto de Lula, poderá participar normalmente do horário político no rádio e na TV. O PT não perderá um mísero segundo de sua propaganda eleitoral.

Na prática, a suavização da sentença do TSE representou um prêmio à estratégia política do PT, baseada na negação da Lei da Ficha Limpa e na afronta ao Judiciário. A legenda qualifica como "perseguição política" a condenação imposta a Lula pelo TRF-4 por corrupção e lavagem de dinheiro. Foi graças a essa decisão que o ex-presidente petista tornou-se um ficha-suja inelegível.

Os caciques petistas jamais ignoraram que seu candidato-presidiário não chegaria à urna. Sabiam que Haddad assumiria a cabeça da chapa a qualquer momento. Por isso, combinaram com o PCdoB que Manuela D'Ávila seria guindada à posição de vice. A exclusão momentânea do PT do horário eleitoral representaria uma punição ao jogo de cena. A meia-volta do TSE consagrou o teatro petista.

Coube ao ministro Luís Roberto Barroso relatar o processo sobre Lula. Ele votou a favor da impugnação do registro da candidatura de Lula. Enquadrou o condenado petista na Lei da Ficha Limpa. Num colegiado de sete ministros, o voto de Barroso prevaleceu pelo placar de 6 a 1. Apenas Edson Fachin divergiu. A presidente do TSE, Rosa Weber, também votou a favor do expurgo de Lula. Mas discordou de um ponto: para ela, Lula poderia participar da campanha enquanto recorresse ao STF contra a decisão do TSE.

Barroso resumiu os efeitos do veto à candidatura de Lula da campanha em três tópicos. No primeiro, fixou em dez dias o prazo para que a coligação liderada pelo PT substitua, se quiser, o cabeça de chapa. No segundo, tirou o PT do ar nos seguintes termos: "Vedo a prática de atos de campanha, em especial a veiculação de propaganda eleitoral, relativa à campanha eleitoral presidencial no rádio e na TV, até que se proceda a substituição" do candidato. No terceiro item, determinou a retirada do nome de Lula da urna eletrônica.

Depois da reunião secreta, o item de número dois ganhou nova redação: "Fica vedada a prática de atos de campanha presidencial pelo candidato cujo registro vem de ser indeferido." Sumiram as menções à propaganda eleitoral no rádio e na TV. De resto, ao especificar que o veto alcança apenas "o candidato cujo registro vem de ser indeferido", os ministros liberaram o PT para levar ao ar, já a partir deste sábado, o vice Fernando Haddad, futuro poste de Lula.

No limite, o partido poderá exibir vídeos gravados pelo próprio Lula antes de ser preso. O que o TSE proibiu foi a participação do pajé do PT na propaganda como candidato ao Planalto. Ficou subentendido que Lula pode dar as caras como cabo eleitoral de Haddad. Como o refresco do TSE foi servido longe das câmeras, ninguém sabe qual foi o placar da reunião secreta dos ministros. Esse tipo de encontro, à sombra, é inusual.

Deve-se o vaivém do TSE a uma intervenção de Luiz Fernando Casagrande Pereira, advogado de Lula. Ao constatar que o julgamento, além de excluir Lula da disputa, desligara o PT da tomada até a indicação do substiututo, o doutor pediu a palavra. Despejou sobre o microfone um episódio ocorrido na sucessão de 2014:

"Na eleição passada, morreu o candidato Eduardo Campos às vésperas do início do horário eleitoral gratuito. E a Marina Silva, que era candidata a vice, demorou um tempo para fazer a substituição. Durante três ou quatro dias, o tempo da propaganda ficou com o partido político. Nós temos um candidato a vice (Fernando Haddad). Então, o PT, que é o dono do tempo, poderia usá-lo só com o vice."

O relator Barroso mostrou-se sensibilizado com os argumentos do advogado de Lula. Ao farejar o cheiro de queimado, a advogada Marilda Silveira, que representava na sessão o Partido Novo, titular de um dos pedidos de impugnação ajuizados contra Lula, também pediu autorização para se manifestar. Ela ponderou que o caso de Eduardo Campos não tinha nada a ver com o de Lula.

"O Eduardo Campos havia falecido", disse a advogada. "Não havia possibilidade de que ele recorresse de eventual decisão contra sua candidatura." A doutora argumentou, de resto, que o horário eleitoral não se confunde com a propaganda partidária.

"A propaganda eleitoral é direcionada para o pedido de votos. Por isso, a legislação estabelece requisitos específicos, inclusive com relação ao percentual de participação dos candidatos e dos seus apoiadores." Para a advogada, a liberação dos comerciais do PT representaria "um salvo-conduto para que o partido tivesse uma propaganda mais benéfica do que a dos outros candidatos, porque somente os petistas não estariam sujeitos a regras como a limitação de 75% no tempo de participação do candidato no horário eleitoral."

A advogada do Partido Novo arrematou: "O que pode acontecer é o seguinte: eles vão recorrer para o Supremo (contra a decisão do TSE de vetar Lula). Vão pedir efeito suspensivo. Enquanto isso, a propaganda mais benéfica para o PT estará acontecendo. Caso não ganhem o recurso, a propaganda vai passar três dias ou mais, sem lógica nenhuma. Depois, a substituição acontece, com um novo candidato."

Depois de ouvir as ponderações dos advogados, o relator Luis Barroso sugeriu à presidente Rosa Weber: "A gente pode fazer um cosnelho brevemente. Recolhemo-nos um instantinho, conversamos sobre isso e voltamos. Rosa aquiesceu: "Vamos nos retirar uns minutos e voltramos logo após deliberarmos. Espero que não seja como na eleição dos papas, que precisa sair a fumaça branca. Já voltamos."

O "instantinho" durou algo como meia hora. De volta ao plenário, os sete ministros do TSE tomaram seus assentos. E Rosa Weber proclamou o novo resultado, com a suavização do trecho que servia ao PT e a Haddad o pão o Tinhoso amassou. A ministra não ofereceu oportunidade para novas manifestações. Deu por encerrada a sessão, sem esclarecer como votaram os ministros na reunião a portas fechadas.
Herculano
31/08/2018 17:57
JUÍZA CAROLINA LEBBOS DETERMINA DETERMINA MULTA DE R$ 31 MILHõES A LULA NO CASO DO TRIPLEX

Conteúdo do site Fórum e do portal G1. Conforme a decisão, o não pagamento impedirá a progressão de regime de pena do ex-presidente após o trânsito em julgado

A juíza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, a mesma que proibiu a visita de Leonardo Boff e do Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, a Lula, determinou nesta quinta-feira (30) que o ex-presidente pague R$ 31.195.712,78 referentes a multa, custas processuais e reparação de danos no caso do triplex do Guarujá (SP) ou formule proposta de parcelamento em 15 dias.

A juíza pediu a abertura de conta judicial para que seja feito o depósito da quantia. A solicitação à Caixa Econômica Federal foi realizada na noite desta quinta.

Valores cobrados de Lula:

Custas processuais: R$ 99,32

Multa: R$ 1.299.613,46

Reparação de dano: R$ 29.896.000

Conforme a decisão, o não pagamento impedirá a progressão de regime de pena do ex-presidente ?" após o trânsito em julgado.

A juíza também determinou que a senadora Gleisi Hoffmann (PT) não pode atuar como advogada do ex-presidente. Conforme a decisão, a lei proíbe que parlamentares exerçam função de advogado em casos que envolvam sociedades de economia mista, como a Petrobras.
Miguel José Teixeira
31/08/2018 16:43
Senhores,

Na mídia:

"Governo desenvolve projeto para ampliar acesso de presos à educação"

Huuummm. . .efeito lula-lá!!!

"Nóis temo preso mais nóis manda". . .

Em outubro, não mande seu voto para a cadeia!!!
Alaíde Andrada
31/08/2018 12:57
O MP já sabe que no Remendão do Plano Diretor só igrejas acima de 2000m terão que apresentar Eiv? Em qualquer lugar do município!
Alaíde Andrada
31/08/2018 12:52
O MP tá acompanhando os remendos do Plano Diretor? Sério? E está de acordo com a mudança de zoneamento de uma rua Hrua no Alto Gasparinho, que hoje é uma AIA (área de interesse ambiental) e será transformada em corredor de centralidade simplesmente para permitir uma empresa de um aliado do governo que produzirá lajotas para calçamento e tubos? Detalhe até 2017 a rua não tinha 4 metros de largura, no começo desse ano a Pmg alargou pra 12m. Na audiência pública da câmara uma instituição religiosa lotou a câmara para manisfestar apoio a alteração de zoneamento de uma rua que só da acesso as terras de uma família.
Herculano
31/08/2018 10:14
ESTÁ EM CURSO UMA CAÇADA À POLÍTICA E AOS POLÍTICOS, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Governos flagrados costumam aprovar leis para moralizar a vida pública

Está em curso uma verdadeira caçada àquilo que os tontos e os oportunistas chamam "a política tradicional". As ações de improbidade administrativa, por exemplo, se transformaram em meros instrumentos de perseguição política, aplicável quando o Ministério Público se dá conta de que inexistem evidências para uma ação penal.

Uma ação de improbidade, diga-se, motivada por supostas irregularidades numa ciclovia, transformou em réu Fernando Haddad, que vai substituir Lula na chapa petista que disputa a Presidência. João Doria, do PSDB, candidato ao governo de São Paulo, já foi condenado em primeira instância em ação da mesma natureza - no caso, com perda dos direitos políticos. Teria associado sua imagem a um programa da prefeitura. A Justiça Eleitoral investiga se Geraldo Alckmin, presidenciável tucano, recorreu a dinheiro de caixa dois em campanhas passadas.

Até a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), que é um Deltan Dallagnol que fala bolsonarês, chegou a ser alvo de especulações. Afinal, em 2016, o STF inventou que réus não podem assumir a Presidência nem como interinos. Se é assim, pergunte-se: como um réu poderia se eleger presidente? A indagação faz sentido, sim! Ocorre que ela é a derivação lógica de um delírio do direito criativo.

Governos flagrados com a boca na botija costumam promover a aprovação de leis para "moralizar" a vida pública e acabam por colocar uma canga no pescoço da própria democracia.

A Lei da Improbidade Administrativa, por exemplo, foi sancionada por Fernando Collor no dia 2 de junho de 1992. Ele caiu no dia 2 de outubro. A Lei da Ficha Limpa, outra aberração, foi sancionada por Lula em 2010 ?" aquele mesmo Lula que ficou por um fio em 2005 por causa do mensalão. A Lei das Organizações Criminosas, que traz as diretrizes da delação premiada, com todas as suas escandalosas licenciosidades para quem decide ser o larápio dedo-duro com ambições redentoras, foi sancionada por Dilma Rousseff no dia 2 de agosto de 2013, depois das jornadas de junho daquele ano, que começaram a abrir a trilha do impeachment no segundo mandato. É ela que fez de Joesley Batista quase um herói. Edson Fachin ainda tenta salvar a honra do cavaleiro da picanha sem mácula.

Eis aí o Trio Ternura legal não da moralidade pública, mas da instabilidade, uma vez que permite toda sorte de abusos. Com essa trinca na mão, o Ministério Público e setores do Judiciário decidiram governar o país. E fizeram isso que está aí. Vou, sim, leitores, dizer em quem vocês têm de votar nas eleições de outubro para fortalecer a democracia, reforçar os fundamentos do sistema e arejar as virtudes da escolha direta dos governantes. Votem em pessoas elegíveis, investigadas ou não. Só em regimes fascistas a presunção de culpa solapa a presunção de inocência. Combater a corrupção é um dever de todas as pessoas de bem, não uma meta de governo. Quem toma uma coisa por outra é vigarista.

Pessoas como este escriba, que não foram aquinhoadas com imaginação arbitrariamente legiferante, veem dias um tanto sombrios. Um conservador é necessariamente pouco criativo em matéria legal e não confunde o combate às iniquidades com a agressão à institucionalidade democrática. Fascistoides de esquerda e de direita é que costumam agredir de forma sistemática o molde institucional em nome das urgências "do povo", "da cidadania", "da moralidade"... As expressões variam de acordo com o alinhamento ideológico do celerado.

Infelizmente, também a imprensa acabou tragada por esse surto de moralismo burro e irracionalidade que primeiro corta a cabeça do acusado para oferecer depois o direito de defesa. É o espírito desse tempo que permite que um fascistoide periférico assombre o processo político, agrida os fundamentos da sociedade livre que lhe franqueia a candidatura e faça tábula rasa dos princípios mais comezinhos da civilização.

Afinal, diz ele, "não sou corrupto; sou ficha limpa".

?No terreno da racionalidade, há respostas certas e erradas. No da irracionalidade, que está em curso, só existem as certas. E estão sempre erradas.
Alexandre Campos
31/08/2018 09:58
Herculano

SAMAE INUNDADO

Mais um serviço de "porco" aqui na 25 de julho, Bairro Sete, rua do Delgio Roncaglio e do vice Lu.
O Samae substituiu a rede de água, a empreiteira de calçamento, está fazendo o conserto, deixando areia aos montes, vai chover e entupir a tubulação, além d Serviço de péssima qualidade o pó tomando conta.
Falta fiscalização e competência nessa gente.
Melato, volta pra Câmara, lá tu és menos ruim.
E avisa pros teus comissionados para compartilhar e elogiar o vídeo até a meia.
Herculano
31/08/2018 07:40
DEBATES ELEITORAIS E BALAS DE PRATA, por Cláudia Costin, Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial, no jornal Folha de S. Paulo.

Soluções aparentemente promissoras já revelaram-se um equívoco

Muitos têm acompanhado com interesse os debates eleitorais para governador ou presidente. Dependendo da visão de mundo do espectador, há temores pela frente e não é irrelevante o que os candidatos falam, afinal muito do que ocorrerá nos próximos anos dependerá da escolha que fizermos.

O Brasil não é um país com instituições suficientemente sólidas para sobreviver bem a um mau governante. É importante, neste sentido, saber o que eles propõem para cada política pública e qual a sua visão para o futuro do país.

O problema surge quando há uma forte insatisfação com problemas como corrupção ou falta de segurança pública e se busca algo totalmente novo - que possa sinalizar uma nova ordem de coisas- ou o retorno a um passado percebido como dourado.

Neste último caso, tende-se a esquecer que soluções aparentemente promissoras, como a campanha de Jânio Quadros (a vassoura que vai limpar a corrupção do Brasil) ou a de Collor (o caçador de marajás), revelaram-se um equívoco ao tentar reduzir os problemas a seus sintomas e ao colocar na Presidência pessoas despreparadas ou não desejosas de entregar a solução prometida.

Há uma visão mágica subjacente nesse tipo de análise: basta querer e vir com uma solução prática e simples que problemas complexos se resolvem. As redes sociais estão repletas de propostas desse tipo, exemplo: "Melhorar a qualidade da educação? Basta voltar a ensinar educação moral e cívica, é tão difícil assim voltar a oferecer a disciplina?".

Independentemente da ideia, não é a introdução de mais uma disciplina, por mais meritória que pareça ao internauta, que vai resolver sozinha os complexos problemas da educação no Brasil.

Mas há outras propostas aparentemente mais charmosas que também parecem balas de prata, como o uso da tecnologia e da educação a distância para substituir o professor nas escolas.

Sou adepta de maior uso de computadores e de personalização do ensino, mas ainda não inventaram nada melhor que o professor, desde que bem formado e apoiado (inclusive por computadores) para assegurar que alunos desenvolvam, da educação infantil ao final do ensino médio, tanto competências cognitivas como socioemocionais.

Outra bala de prata é a ideia de acabar com as escolas públicas e substitui-las por vouchers para escolas privadas. Num país em que 81,7% dos alunos estão na rede pública, isso seria irreal e indesejável.

O verdadeiro desafio é o difícil mas importante trabalho que fizeram países que contam com bons sistemas educacionais: investir na melhora da educação oferecida em todas as unidades escolares, especialmente as públicas. E tudo começa com a Base.
Herculano
31/08/2018 07:29
LAVA JATO PRENDE 21

A PF está prendendo 21 pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Diz o G1:

"A operação envolve as Organizações Sociais (OSs), que são organizações sem fins lucrativos contratadas para administrar unidades de saúde do estado. A OSs alvo da operação é a Pró-Saúde, que administrava vários hospitais na gestão de Sérgio Cabral. Atualmente, a Pró-Saúde é responsável pela administração do Hospital Getúlio Vargas e do Instituto Estadual do Cérebro."
Herculano
31/08/2018 07:17
ALGUNS CANDIDATOS E PARTIDOS, PELO JEITO, NÃO TÊM O QUE DIZER.

HOJE DIA DO PRIMEIRO PROGRAMA ELEITORAL NO RÁDIO E TV, TUDO PAGO PELOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E QUE ESTÃO FALTANDO À SAÚDE, EDUCAÇÃO,SEGURANÇA, OBRAS COMO A DUPLICAÇÃO DA BR-470,ALGUNS NÃO COMPARECERAM E FORAM PREENCHIDOS POR AVISOS E MÚSICAS IRRITANTES. WAKE UP, BRAZIL!
Raquel Palhano Silveira
31/08/2018 07:04
Sr. Herculano

Parabéns mais uma vez mostrar as falcatruas por de trás das cortinas de fumaça:Prefeito do Zap Zap e Melato sem projetos.
Não fosse sua imparcialidade calo de tendao de Aquiles dos despreparados administradores.
Com essa vontade de Melato do Samae inundado, ve-se quê que ti há projeto algum para a Autarquia, não fosse seus maus antessores carimbar o dinheiro para nova sede e reservatório do nem isso teria feito.

Vereadores, fiquem ligados no exagerado consumo de macadame, horas de máquinas e de caminhões e empréstimos destes equipamentos a Secretaria de Obras.
Melato, como político, só ego, teve que ser vereador por 30 anos para dirigir o Samae.
Depois diz, que é perseguido por colega de longa data.
Herculano - Parabenizo-o novamente por não se curvar nem para a atual administração, nem para a passada.
Herculano
31/08/2018 04:39
SURTO DO DóLAR NÃO VEM DA ELEIÇÃO, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Crise na Argentina e na Turquia causa o grosso da desvalorização do real

O dólar tem tido picos de pressão porque os surtos financeiros de países emergentes estão cada vez piores neste ano. O trem fantasma da eleição e a economia estropiada do Brasil não ajudam, mas não explicam os coices na taxa de câmbio.

Vários dos surtos de alta do dólar por aqui, como no resto do mundo meio pobre, se deveram à degradação das economias turca e argentina.

O fato de o Brasil estar em pandarecos político-econômicos, de ter juros básicos em nível baixo e um mercado financeiro grande ajuda a amplificar o choque. Mas o pontapé vem do tumulto financeiro internacional. Atribuir o sururu à pesquisa eleitoral da manhã é bobice, no melhor dos casos, ou picaretagem politizada.

Que crise é essa, então?

Além da poluição do ambiente provocada pelo Nero Laranja, Donald Trump, a valorização do dólar contamina os ditos emergentes. O dólar se valoriza porque a atividade econômica e, pois, as taxas de juros estão em alta nos EUA. Faz uns cinco anos que se esperava essa reviravolta na finança mundial.

Decisões do presidente Donald Trump criaram tensões no ambiente econômico mundial - Kevin Lamarque/Reuters
Tardou, mas chegou. O dinheiro grosso migra em parte por causa desse movimento de juros; outra debanda porque teme calotes ou desvalorizações grandes nos países em que governos e empresas têm dívida externa problemática.

Dois países com crises externas feias e, em parte, semelhantes, mas com governos bem diferentes estão indo à breca, Argentina e Turquia. No momento, quem surta é a Argentina.

O governo turco é autoritário, populista e despreparado; administra sua crise externa (excesso de gasto e dívida) de modo doidivanas.

A Argentina se afoga em parte por causa do naufrágio turco, embora tenha um governo dito ortodoxo em economia, o de Maurício Macri, que segue o manual.

Seguir o manual implica cortar gasto público, reduzir subsídios etc, ainda mais tendo pedido dinheiro ao FMI. O arrocho de gastos e a disparada dos juros à estratosfera (a fim de defender o valor do peso), vão provocar recessão. Logo, Macri e sua turma tendem a perder a eleição do ano que vem para uma oposição que combate o arrocho, o ajuste e FMI. O de sempre.

Os donos do dinheiro grosso já perceberam a enrascada. Alguns, por via das dúvidas, já desistem da Argentina, o que intensifica a crise. O país, como se nota, está entre a cruz e a caldeirinha.

Como se dizia nestas colunas quando a Argentina foi ao FMI, em maio: "No essencial, o problema argentino é ter de pedir dinheiro emprestado no exterior a fim de cobrir o buraco nas contas públicas. Isto é, o governo da Argentina faz um monte de dívida externa para cobrir seu excesso de gastos".

Sim, a Argentina faz dívida externa para cobrir o grosso déficit do governo, não tem como pedir emprestado no mercado doméstico. Com a alta dos juros americanos e outras mumunhas da economia mundial, o dinheiro ficou caro e escasso.

Macri foi ao FMI, onde conseguiu um cheque especial de US$ 50 bilhões. Tinha sacado uns US$ 15 bilhões. Nesta semana, avisou de modo desastrado que sacaria mais. Pegou muito mal, causou até algum pânico.

Este é o motivo mais imediato do dólar ter dado um pulo a R$ 4,21, nesta quinta-feira.

O surto pode passar, como já aconteceu umas três vezes neste ano, mas a situação de Turquia e Argentina apenas se agrava.

Aqui, podemos embarcar nesses naufrágios, dada a fragmentação de candidaturas vaidosas, dadas a mirabolâncias programáticas e alheadas do tamanho da crise brasileira e do tumulto internacional.
Herculano
31/08/2018 04:23
PENSANDO BEM, SOBRE O CASO KLEBER EDSON WAN DALL, MDB, QUE ORDENOU AOS SEUS COMISSIONADOS PRODUZIREM ELOGIOS FALSOS A ELE E AO SEU GOVERNO, PARA ENGANAR OS CIDADÃOS E COM ISSO DESMORALIZAR ADVERSÁRIOS E SETORES DA IMPRENSA LOCAL

Frase do pensador de língua alemã Georg Lichtenberg (1742-1799), lembrada pelo jornalista Linoel Dias, e que por algum motivo nos fez lembrar do Brasil de hoje: "Quando os que comandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito"
Herculano
31/08/2018 04:19
DEBATES E ENTREVISTAS IGNORAM POLÍTICA EXTERNA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta sexta-feira nos jornais brasileiros

Mais interessados em constranger candidatos a presidente do que conhecer suas propostas, entrevistas e debates têm negligenciado um tema fundamental: a Política Externa. Afinal, o Brasil é a 9ª economia do planeta e tem representações em 196 países. Candidatos não são confrontados com temas como acordos internacionais de comércio, que podem gerar os empregos de que o Brasil necessita, tampouco as relações com vizinhos, marcadas por calotes, invasões e desrespeito.

ACORDO COM QUEM?
Certamente há candidatos que não sabem o que dizer sobre o Acordo União Europeia/Mercosul, nem como pode ser positivo para o País.

MEIO AMBIENTE
Os candidatos não falam sobre temas sensíveis como o Oriente Médio ou o Acordo de Paris, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

IDEIA DE JERICO
Não se sabe o que pensam os candidatos sobre a Unasul, proposta bolivariana para criar uma espécie de OEA sem os EUA e o Canadá.

ERRO GROTESCO
Presidentes ignorantes podem repetir o erro de Lula, que submeteu a política externa do País e o Itamaraty ao aspone Marco Aurélio Garcia.

DIRCEU CULPA JUSTIÇA, MP, MÍDIA, PSOL. JÁ O PT?
Condenado e preso por comandar ou se beneficiar da roubalheira do mensalão e do petrolão, o ex-ministro José Dirceu, que foi braço direito de Lula, diz que culpa não é dos ladrões e sim de quem os denunciou, investigou e condenou. No epílogo do seu livro autobiográfico de (Geração, SP, 495 páginas), a ser lançado nesta sexta (31), ele responsabiliza tudo o que não é petista pela crise brasileira: Polícia Federal e Ministério Público, Justiça, mídia. E vê o PT como "vítima".

PALAVRA DE ESPECIALISTA
Em seu livro, Dirceu acusa o atual governo de comprar parlamentares, "seus votos e presença, tudo à luz do dia, com o beneplácito da mídia".

OVERDOSE DE PEROBA
Dirceu besuntou o rosto de ?"leo de Peroba e atribuiu o impeachment de Dilma a "aparelho policial-judicial, instrumento e cúmplice do golpe".

PSB 'SUBLEGENDA TUCANA'
No livro, Dirceu chama o aliado PSB de "sublegenda tucana" e ataca Psol e PSTU. Mas trata o PT quase como um amontoado de santos.

QUE VEXAME, SENHORES
É mesmo desmoralizante ocupar a Justiça Eleitoral com o tema "Lula candidato". A pretensão de um presidiário, sentenciado por corrupção, não deveria tomar o tempo dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral.

MAIORIA QUER BARRAR
Enquete do UOL Notícias põe saia justa em institutos como Datafolha, que apontam a "liderança" de Lula. Dos 602 mil participantes, 69,2% acham que a Justiça Eleitoral deve barrar a candidatura do presidiário.

SUSPENSO O REGISTRO DE CONTRATOS
Liminar do juiz Roger Oliveira, da 3ª Vara da Fazenda de Curitiba, suspendeu o sistema atual de registro de contratos de financiamento de veículos, consolidando conceitos adotados em São Paulo, que cobra R$116,09 do consumidor. No Paraná, chegava a R$350.

MEU PIRÃO PRIMEIRO
Vários ramos do Ministério Público se rebelaram contra a procuradora geral da República, Raquel Dodge. A briga é por dinheiro, turbinada pelo reajuste de 16,3%. Acusam-na de privilegiar o MPF no orçamento.

CRIVELLA: BENS DESBLOQUEADOS
O desembargador federal Ney Bello, do TRF-1, desbloqueou os bens do prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Ele não viu "indício plausível e comprovado" de seu envolvimento na contratação supostamente irregular de empresa quando era ministro da Pesca do governo Dilma.

TIME QUE ESTÁ GANHANDO
Enquanto a Caixa avalia gastar R$800 milhões para mudar sua identidade visual, a mais valiosa marca brasileira, do Bradesco, continua inalterada há anos. Sem desperdiçar dinheiro dos acionistas.

DEMóSTENES DE VOLTA
Tentando retomar a vida pública, o ex-senador Demóstenes Torres estava radiante, ontem, em Brasília, após tomar conhecimento das pesquisas em Goiás: deve ser mais votado para deputado federal.

O FILHO DE JAIR
Especialistas de segurança de voo estão alarmados com o projeto do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair, autorizando pessoas com porte de armas a viajar armadas em aviões.

PENSANDO BEM...
...alguns candidatos elegem como adversários os repórteres que lhes fazem perguntas, para gerar fatos que façam a festa nas redes sociais.
Herculano
31/08/2018 04:10
BOLSONARO AMEAÇA A DEMOCRACIA BRASILEIRA, por Steven Levitsky, cientista político, para o jornal Folha de S. Paulo

Candidato à Presidência da República é inequivocamente um autoritário?

Na semana passada, escrevi que as democracias já não são destruídas pelas Forças Armadas, mas sim por presidentes e primeiros-ministros eleitos. Da Rússia de Putin à Turquia de Erdogan e à Venezuela de Chávez, líderes eleitos se tornaram os maiores assassinos da democracia.

Por isso, a fim de manter a democracia em segurança, é preciso impedir que candidatos autoritários vençam eleições. Os cidadãos precisam rejeitá-los nas urnas. Como podemos dizer se um candidato é autoritário? Quatro décadas atrás, o cientista político espanhol Juan Linz propôs um teste decisivo para a identificação de comportamento antidemocrático. Em nosso livro, "Como as Democracias Morrem", Daniel Ziblatt e eu apresentamos uma versão revisada do teste de Linz. Ela contém quatro perguntas:

1. O político questiona as regras democráticas do jogo? Ele sugere que há necessidade de medidas antidemocráticas, endossa esforços extraconstitucionais para mudar o governo, ou se recusa a seguir as regras democráticas?

2. O político encoraja a violência? Ele mantém conexões com pessoas ou grupos envolvidos em violência ilícita? Elogiou atos de violência política ou encorajou seus partidários a recorrerem à violência?

3. O político nega a legitimidade de seus oponentes? Ele descreve os oponentes como inimigos, traidores, subversivos ou criminosos que deveriam ser privados de seus direitos democráticos básicos?

4. O político mostra disposição de restringir as liberdades civis dos rivais? Endossou políticas que ameaçam os direitos civis ou os direitos humanos, elogiou atos repressivos de outros governos ou ameaçou ações judiciais punitivas contra aqueles que o criticam?

Quando um político exibe um ou mais desses traços de comportamento, os cidadãos deveriam se preocupar, e, o mais importante, não deveriam elegê-lo.

O teste identifica corretamente a maioria dos autocratas contemporâneos. Putin, Chávez, Erdogan, Duterte, Correa e Evo Morales teriam todos sido identificados pelo teste, quando candidatos.

Com a ajuda de um assistente de pesquisa, apliquei o teste aos candidatos à presidência no Brasil. Um deles emergiu como distintamente autoritário: Jair Bolsonaro.

1. Ele questiona as regras democráticas do jogo. Bolsonaro frequentemente elogia a última ditadura brasileira e questiona a legitimidade da democracia do país. Em 1993, ele declarou que "sou a favor de uma ditadura", pediu o fechamento do Congresso e apoiou o golpe de Fujimori no Peru. Mais recentemente, ele declarou que nomearia novos juízes para o Supremo (ao modo de Chávez), definiu o sistema eleitoral brasileiro como "viciado", prometeu "governar com as Forças Armadas" e selecionou como companheiro de chapa o general Hamilton Mourão, que ameaçou um golpe de Estado.

2. Ele encorajou a violência. Em 1998, Bolsonaro declarou que os militares deveriam ter matado 30 mil pessoas, entre as quais Fernando Henrique Cardoso. Encorajou execuções extrajudiciais pela polícia, apoiou os esquadrões da morte do Rio de Janeiro e justificou o massacre de 19 trabalhadores rurais do Pará em 1996.

3. Ele nega a legitimidade de seus oponentes. Bolsonaro chamou FHC de "corrupto" e disse que ele deveria ter sido morto durante a ditadura, chamou Lula de criminoso, exigiu que fosse aprisionado (o que é função dos juízes, não dos políticos) e disse que seu governo trataria o MST como "terrorista".

4. Ele se mostra disposto a restringir as liberdades civis de seus oponentes. Bolsonaro aprova a tortura e execuções extrajudiciais, especialmente contra políticos e ativistas de esquerda.

Assim, Bolsonaro é inequivocamente autoritário. De fato, ele é mais abertamente autoritário do que Chávez, Fujimori, Erdogan ou Viktor Orban. Nenhum desses políticos abraçou a ditadura da maneira como Bolsonaro faz.

Nenhum dos adversários de Bolsonaro - Alckmin, Ciro, Marina ou Haddad - foi identificado como autoritário em nosso teste. (Ciro é falastrão, mas não identificamos comportamento que sugerisse autoritarismo).

Assim, Jair Bolsonaro é uma ameaça única à democracia brasileira. Ele é tão abertamente autoritário que poderia invocar uma possível vitória na eleição como mandato conferido pelos eleitores para atacar as instituições democráticas. Ele é o Chávez do Brasil.
Herculano
31/08/2018 04:03
DINHEIRO PRECEDE A VIRTUDE NA CAMPANHA DE LULA, por Josias de Souza

Nesta sexta-feira, em sessão extraordinária, o Tribunal Superior Eleitoral deve julgar um pedido de liminar para que Lula seja impedido de participar do horário eleitoral. Também estão pendentes de julgamento na Justiça Eleitoral as impugnações da candidatura de Lula. A despeito de todas as dúvidas que assediam o seu projeto presidencial, o PT já destinou à campanha do candidato-presidiário R$ 20 milhões.

Repetindo: condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, considerado inelegível pela Lei da Ficha Limpa, preso em Curitiba há quase cinco meses, Lula recebeu do seu partido R$ 20 milhões - verba destinada ao financiamento de uma candidatura que está na bica de ser barrada pela Justiça Eleitoral.

O dinheiro repassado pelo PT às arcas eleitorais de Lula é público. No final de julho, a procuradora-geral da República Raquel Dodge disse que candidatos inelegíveis que gastassem verba pública teriam de devolver. O alerta não funcionou. Lula segue a ordem alfabética do dicionário, na qual o dinheiro vem sempre antes da virtude. A experiência mostra que reaver dinheiro do contribuinte que sai pelo ladrão é coisa tão difícil quando desfritar um ovo.
Herculano
31/08/2018 04:00
NA PAUTA DO TSE DESTA 6ª, A PRESENÇA OU NÃO DE LULA NO HORÁRIO ELEITORAL. HÁ LEI. O QUE ELA DIZ?. E O RISCO DE SE OPTAR POR AINDA MAIS HETERODOXIA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O Tribunal Superior Eleitoral se reúne nesta sexta-feira e vai decidir se alimenta ou não a narrativa de que há uma perseguição organizada contra o PT.

Como já afirmei aqui, o partido emplacou essa versão junto a organismos e imprensa internacionais. E ela conta também com ampla adesão no país. Segundo o Datafolha, se a eleição fosse hoje, Lula obteria 39% dos votos no primeiro turno, se candidato fosse, e venceria todos os seus potenciais adversários no segundo com mais de 50% dos votos. Qual é o busílis?

Na pauta do TSE, a partir das 14h30, estão a votação dos pedidos de registro das candidaturas à Presidência de José Maria Eymael (PDC) e Geraldo Alckmin (PSDB). Mas não só. Também está prevista a apreciação de duas petições para impedir a participação de Lula no horário eleitoral do PT. Uma foi encaminhada por Raquel Dodge, procuradora-geral da República, e outra, pelo Novo. A questão é, em si, das mais espinhosas porque há, por óbvio, um clamor dos adversários do PT em favor da proibição. Mas será que o veto seria legal? Não! Seria outro ato de exceção. De transgressão em transgressão, Lula vai enchendo seu papo eleitoral. Ok. Ele não será candidato, sabemos. Mas, por enquanto, a lei lhe permite dizer que "sim". E é isso o que importa ao Estado de Direito.

E pode ser ainda pior: há quem defenda que o ministro Roberto Barroso, também membro do Supremo e relator da ação de inelegibilidade, já antecipe o seu juízo, afirmando a ilegalidade da candidatura. A decisão, em todo caso, será do plenário. Se o fizer, estará atropelando prazos, o que o PT saberá explorar.

Mas não é só isso. O Artigo 16-A da Lei 9.504, que é a Lei Eleitoral, introduzido pela lei 12.034, de 2009, é explícito:

"O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior".

A lei permite que Lula seja apresentado como candidato enquanto não se esgotarem as instâncias recursais. Ainda que o TSE declarasse a sua inelegibilidade no prazo final, 17 de setembro, caberia recurso ao próprio tribunal e depois ao STF. Se o PT quiser, o nome do ex-presidente vai para as urnas. Se sua inelegibilidade for declarada depois disso, sem mais apelo, os votos que lhe forem dispensados serão declarados nulos. Como se vai aplicar, e isto já está claro, a Lei da Ficha Limpa, o PT estaria fazendo uma aposta perigosa. Afinal, os contendores de um segundo turno ou o vencedor da eleição já no primeiro serão definidos pelos votos válidos.

É claro que o TSE deveria cumprir os prazos. E ainda acho que pode fazer isso.

É claro que O TSE não deveria impedir a presença de Lula no horário eleitoral com base na presunção, ainda que certa, de que o registro de sua candidatura será negado. Ora, transponham isso para qualquer outra área da Justiça. O procedimento não seria aceitável. Qual é o fundamento? Uma vez que se vai proibir no futuro, que se proíba já? De toda sorte, a legenda já criou alternativas para os programas eleitorais do rádio e da televisão. Há versões com Lula e sem Lula.

Encerro
Quando Lula foi preso, ele estava na casa dos 30% das intenções de voto no Datafolha. Agora, roça nos 40% (39%). Recorrer a procedimentos e instrumentos de exceção, contra a ordem legal, tem servido apenas para fortalecer o PT.
Herculano
31/08/2018 03:54
SUFOCO ARGENTINO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Situação financeira do país se revelou mais frágil do que o imaginado

Difícil imaginar um país onde o pêndulo entre populismo e austeridade na gestão da economia oscile de maneira tão intensa como na Argentina. Com o esgotamento do kirchnerismo e a chegada de Mauricio Macri ao poder em dezembro de 2015, a alternância se deu na direção da ortodoxia.

Entretanto as expectativas de um desempenho virtuoso se frustraram. Nos últimos meses a situação financeira do país se revelou mais frágil do que o imaginado por investidores e autoridades.

Após acentuada perda de valor do peso e um salto da inflação, o governo optou em maio por recorrer ao Fundo Monetário Internacional, decisão que implica grande custo político para Macri.

A administração teve de se comprometer a antecipar em um ano, para 2020, o objetivo de eliminar o déficit primário ?"quando as receitas se mostram insuficientes para cobrir as despesas públicas, mesmo sem considerar os encargos com juros da dívida.

O rombo argentino deve equivaler neste ano a 2,7% do Produto Interno Bruto. A cifra brasileira é menor (embora nossas contas estejam em situação pior quando se considera a despesa com os juros, conforme texto acima), e não se projeta um reequilíbrio tão rápido.

Em troca da aceleração do ajuste, o FMI ofereceu crédito de US$ 50 bilhões ao país vizinho ?"cujo governo se empenha em evitar uma recaída recessiva que comprometa as chances de reeleição de Macri no final do próximo ano.

Ao que parece, no entanto, também o organismo internacional subestimou o problema. Nos últimos dias o peso voltou a despencar. Com a inflação próxima de 30% anuais, o banco central elevou os juros para estratosféricos 60%.

Fica claro, hoje, que o programa liberal argentino foi por demais otimista em sua estratégia de ajuste gradual do Orçamento - contava-se que haveria ampla oferta de empréstimos em moeda forte, dos quais o país depende para cobrir o déficit, e confiança dos mercados na equipe econômica.

Entretanto o cenário internacional se afigura hoje mais hostil aos emergentes, dado que as taxas de juros americanas estão em alta.

Para Macri, também o quadro político se deteriora. Pesquisas mostram queda aguda de sua aprovação, de mais de 50% para algo mais próximo de 30%. A hipótese de derrota eleitoral ficou mais próxima, o que por sua vez assusta credores.

Se o Brasil vive situação distinta, por não depender de capital estrangeiro, a crise ao lado alerta que o prazo para o conserto das contas públicas se tornou mais exíguo.
Herculano
31/08/2018 03:49
QUEM ESSE PAÍS ABRIGA?

De Ricardo Noblat, no twitter:

Quanto tempo, quanta energia perdida com a fraude encenada pelo PT sobre a candidatura de um encarcerado proibido de disputar eleições... Que país é este, Senhor? Que tipo de pessoas ele abriga?
Herculano
31/08/2018 03:45
IRONIA OU REALIDADE?

Do Instituto Liberal de São Paulo no twitter

A CLT é tão boa que mais de 1,5 milhão de brasileiros moram nos EUA, onde não há CLT e a terceirização é livre, enquanto NINGUÉM foge para o Brasil em busca da CLT.
Herculano
31/08/2018 03:41
TUDO PODE ACONTECER HOJE CONTRA E A FAVOR DE LULA. A LEI ASSIM PERMITE. A JUSTIÇA ASSIM AGE. A LERDEZA E INSEGURANÇA JURÍDICA SÃO PREDOMINANTES NO BRASIL

Segundo o site Jota, especializado em temas jurídicos, os advogados de Lula entregaram ao TSE defesa do petista contra contestações a sua candidatura. Com isso, o ministro Luís Roberto Barroso, relator, deve avaliar o material e, se entender que o caso já está pronto para ser julgado, pode incluir o registro na sessão desta sexta.
Herculano
31/08/2018 03:39
ESTÁ NA CARA A FRAUDE ÉTICA E FUNCIONAL. MAS, ESTA PARECE SER A PRINCIPAL FUNÇÃO DOS PARTIDOS E DOS POLÍTICOS DEPOIS QUE SE ELEGEM.

E AOS PODEROSOS, A JUSTIÇA - BEM PAGA E DE ALTO CUSTO - LEVA O TEMPO NECESSÁRIO PARA TORNAR TUDO INJUSTO AOS QUE A SUSTENTAM E ACREDITAM NELA COMO INSTRUMENTO REPARADOR DAS INJUSTIÇAS

"GLEISI NÃO PODE MAIS ATUAR COMO ADVOGADA DE LULA"

Conteúdo do site Gazeta do POvo, Curitiba, PR. Texto de Giorgio Dal Molin. Por decisão da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffman, e o tesoureiro do partido, Emídio de Souza, não podem mais atuar como advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em documento divulgado na noite desta quinta-feira (30), a juíza responsável sobre a custódia de Lula questionou a atuação da defesa de Lula e acatou um pedido do Ministério Público Federal (MPF). Ela argumenta que parlamentares não podem atuar como advogados em casos que envolvam empresas de economia mista, como a Petrobras, envolvida na Lava Jato.

Com a decisão, Gleisi - que no início do mês de agosto foi nomeada advogada de Lula para ter trânsito livre na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba?- fica impedida de ter abertura para fazer visitas diárias ao ex-presidente. A magistrada destaca, contudo, que não há vedação às visitas:?"Desde que observado o regime próprio das visitas sociais".


Despacho
Carolina Lebbos explicou no documento que a decisão tem como base a Lei Lei n. 8.906/94. Segundo a magistrada:?

"Evidencia-se o impedimento de membro do Poder Legislativo Federal para o exercício da advocacia em favor do executado, condenado por crime contra a Administração Pública Federal e lavagem de dinheiro, inclusive com o dever de ressarcimento de danos causados em detrimento de sociedade de economia mista (Petrobrás), a qual também participou da ação penal na qualidade de assistente de acusação".

No mesmo despacho, a juíza destaca novos pedidos de jornalistas para Lula, mantendo as negativas anteriores. Também pede apuração policial sobre como pode ter acontecido uma entrevista de Lula publicada ao jornal italiano La Repubblica."
Herculano
31/08/2018 03:30
AO CEDER A LOBBY SALARIAL, TEMER ABRE MÃO DE GOVERNAR ATÉ O FIM, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Com engorda da máquina pública, próximo presidente encontrará gabinete trancado

A Irlanda do Norte bateu um recorde esta semana: 589 dias sem governo. A burocracia estatal e os servidores continuam operando, mas um impasse entre os dois maiores partidos locais bloqueia a tomada de decisões complexas e a elaboração de políticas públicas.

No Brasil, o presidente decidiu entregar as chaves do Palácio do Planalto na portaria. Ao liberar aumento de salário para os juízes e o funcionalismo, Michel Temer praticamente abriu mão de governar até a chegada do próximo inquilino.

O presidente parece ter se cansado de brigar com seus índices de impopularidade. Abandonou o marketing reformista que tentou emplacar em seu mandato. A quatro meses de deixar o poder, jogou a proverbial pá de cal no ajuste da máquina pública que pretendia deixar como legado.

Preso entre a crise econômica e as pressões do corporativismo, Temer abdicou da responsabilidade de um presidente. Cedeu ao Judiciário e aos servidores públicos, liberando um agrado que deve ter um impacto de pelo menos R$ 8 bilhões no ano que vem. Fosse um mandatário forte, teria encarado juízes e funcionários pelo bem dos cofres nacionais.

A conta ficará pendurada. A engorda da máquina governamental deixará para o Orçamento de 2019 investimentos no menor patamar dos últimos dez anos. Temer e o Congresso atual não alimentaram essa fera sozinhos, mas permitiram que o monstro furasse a dieta forçada.

O país gasta muito dinheiro com despesas obrigatórias, salários, aposentadorias e outros custos dessa natureza. Sobra cada vez menos para aplicar em infraestrutura, inovação, serviços públicos mais eficientes e medidas que gerem empregos.

Com as contas apertadas, o próximo presidente teria quase tanto poder quanto a burocracia da Irlanda do Norte. O serviço estatal continuaria funcionando, mas não sobraria muita liberdade para governar.

Quem for eleito em outubro encontrará o gabinete presidencial trancado. Será obrigado a enfrentar as corporações e arrombar a porta.
LEO
30/08/2018 23:53
PARECE QUE O PREFEITO DO whatsapp ,ESTÁ VIVENDO UM INFERNO ASTRAL.ENROLADO COM O SINTRASPUG E COM A IMPRENSA REGIONAL.PARA FECHAR A CONTA DO NOSSO CHEFE.A CÂMARA DE VEREADORES DE GASPAR,IMPETROU MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA O PREFEITO.
Herculano
30/08/2018 20:28
APóS PITO DO EXÉRCITO, TEMER RIDÍCULO NO RIO, por Josias de Souza

Em visita ao Rio de Janeiro, Michel Temer disse estar "satisfeitíssimo" com os resultados "extraordinários" obtidos após a intervenção federal na segurança pública do Estado. As declarações do presidente não encontram amparo na realidade.

Temer voou para o Rio uma semana depois da carraspana que o comandante do Exército passou nos políticos que gravitam na órbita da intervenção. Seis meses depois do decreto assinado por Temer, disse o general Eduardo Villas Bôas, "o componente militar é, aparentemente, o único a engajar-se na missão''. Dias antes, três soldados haviam morrido em tiroteio no Complexo do Alemão.

Sob os efeitos do pito do general, Temer reconheceu indiretamente que a ação no Rio foi projetada em cima do joelho. O reconhecimento veio embutido na declaração em que o presidente enfatizou que, em um semestre de intervenção, houve apenas "três ou quatro meses" de ações concretas nas ruas. "Os índices de combate à criminalidade são extraordinários", disse.

Em fevereiro, quando decidiu colocar em prática a "jogada de mestre" da intervenção, Temer invadiu os lares dos brasileiros para assegurar, num pronunciamento em rede nacional: "...Derrotaremos aqueles que sequestram a tranquilidade do povo em nossas cidades. Nossos presídios não serão mais escritórios de bandidos, nem nossas praças continuarão a ser salões de festa do crime organizado."

Ainda que sejam levados em conta avanços pontuais em estatísticas de roubo e de latrocínios, não há no Rio ou em qualquer outro pedaço do mapa brasileiro nada que possa levar à conclusão de que a bandidagem foi derrotada ou de que o Estado prevaleceu sobre as facções criminosas no interior dos presídios. Não há tampouco vestígio de sensação de segurança nas praças.

Um presidente que promete corrigir em seis meses distorções seculares é um tolo. E um presidente tolo que se dispõe a ofender a realidade sem se dar conta de que flerta com o ridículo está no mundo da Lua ou numa roda de cínicos. Em nenhuma das duas hipóteses, será uma autoridade que mereça atenção.

A essa altura, a única informação relevante relacionada a Temer é a seguinte: faltam 123 dias para o atual inquilino do Palácio do Planalto voltar para casa - ou para outro local menos acolhedor.
Herculano
30/08/2018 20:21
Abaixo, reposto, três comentários que fiz em momentos diferentes, sobre o mesmo tema, nesta área de comentários da coluna que publiquei inicialmente na quarta-feira desta semana. Elas retratam a pior face de um governo que teima em destruir à sua própria imagem, mesmo que ele tenha razão nas suas intenções administrativas. Inacreditável! Quem mesmo orienta essas gente que se diz nova na política e ainda está praticando algo do século 19?

CRIANDO OPINIÕeS FALSAS NAS REDES I

30/08/2018 08:50

TODOS NA PREFEITURA DE GASPAR CHORAM E PRAGUEJAM. E CONTINUAM ENGANANDO A ELES PRóPRIOS OU ENTÃO RATIFICANDO O CRIME COMETIDO

O pessoal do MDB, PP, PSC e pastores de Igrejas Evangélicas, familiares do prefeito, que orienta e palpita de forma errática ou equivocada à atual gestão de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho,PP, além de Carlos Roberto Pereira, MDB, o prefeito de fato, acordou esta quinta-feira, dia do meu aniversário, de ressaca e inconformada.

Esse pessoal, por ingenuidade e por continuidade na prática escusa, não esperava a repercussão estadual do assédio ordenado em whatts pelo prefeito.

E a repercussão começou na própria rede whatts dos gasparenses. Ela se espalhou como rastilho de pólvora por todos s cantos ainda na noite de terça-feira. Não tardou, ela foi parar nas redes sociais e por primeiro apareceu aqui.

Quando soube e leu, praguejou-se contra esta coluna, espaço e autor. Normal. É rotina. Um prêmio verdadeiro, não aqueles inventados para a propaganda de quem se esconde da notícia, dos fatos e do que acontece de verdade nos bastidores da cidade. E faz mais de uma década que esta coluna é referência. E o jornal há mais de 28 anos.

A NSC ontem a noite, e o Jornal de Santa Catarina de hoje acabaram com a pressão que se fazia nos veículos na cidade de Gaspar para esconder o fato que era público há quase 24 horas.

Perderam, mais uma vez, os poderosos de plantão. Eles e seus assessores de meia-tigela, afeitos as boquinhas e à falta de conhecimento, não perceberam que o mundo mudou. A comunicação é digital, virtual e instantânea, como acesso ilimitado.

O portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acreditado, e o mais acessado, também disponibilizou os tais áudios. Vergonhosos. Liderança em audiência só se confirmou mais uma vez.

Então, mais pragas e inconformismo do paço e seus cegos. Quem mesmo orienta esse pessoal do governo de Kleber, Luiz Carlos e Pereira? O governo precisa ser refundado. Eficiência, em tudo, zero!

Aprendizes. Não possuem estratégia e nem comunicação mínima. Contrataram uns fazedores de press releases por serem apenas partidários, amigos e familiares. Deu no que está dando.

Hilário mesmo foi o posicionamento da diretoria de comunicação da prefeitura de Gaspar sobre este lamentável episódio, que beira, se bem estudado, a um crime de assédio.

E adianta consultar essa gente da área de comunicação sem noção inclusive da obrigação profissional? Desperdício de tempo, dinheiro público e profissionalismo.

Mas consultada, ela se acha e até, informalmente, também pelo whatss, emitiu comentário maroto que destrincho ( é a palavra mais adequada), a seguir

NÃO VAMOS SOLTAR NENHUMA NOTA OFICIAL NESSE CASO. MAS, O POSICIONAMENTO OFICIAL DA PREFEITURA SOBRE ESSE CASO É QUE O OCORRIDO FOI DIRECIONADO A UM GRUPO FECHADO DE COMISSIONADOS E SECRETÁRIOS E TINHA COMO CONTEXTO A NOVA PROPOSTA AOS SERVIDORES RELATIVO RELATIVO AO AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. INFELIZMENTE ALGUÉM ACABOU REPASSANDO. NÃO TEVE QUALQUER TIPO DE DIRECIONAMENTO AOS EFETIVOS

1. Não vão soltar nenhuma nota oficial, porque o fato é de prisão moral.

2. Uma assessoria profissional, conversaria com o seu assessorado, e emitira uma nota simples, e nela diria que o prefeito errou porque está desprotegido, foi autoritário e desprezou a sua assessoria para estruturar uma mentira para os gasparenses com os que são pagos com o dinheiro dos gasparenses, os comissionados.

3. Que não considera ninguém do seu entorno como traíra, como afirmou a assessoria em outras palavras, mas gente da sua confiança, esclarecida, que inconformada com o autoritarismo, apenas deu transparência àquilo que tinha característica de mafioso, armado e mentiroso. Acorda, Gaspar!
Herculano
30/08/2018 20:17
CRIANDO OPINIÕeS FALSAS NAS REDES II

29/08/2018 22:21
GASPAR AMORDAÇADA, SURDA E CEGA? ACORDA, GASPAR!

Não é a toa que esta coluna é líder de acesso.

As estratégias de assédio, e produção de elogios falsos para si e seus atos - muito comum na atual administração e aos políticos em geral -, feitos ontem a noite pelo prefeito de Gaspar Kleber Edson Wan Dall, MDB, aos comissionados, estão providencialmente censuradas na maior parte da imprensa de Gaspar.

Mesmo assim, elas abundam nas redes sociais e nos milhares de whatsapp. O rei está nú. Ele não entendeu ainda, que a imprensa tradicional que se cala é vencida pela realidade e a tecnologia da comunicação.

A sua assessoria de comunicação, feita de amigos e aprendizes, não tem nada a dizer. Acha que este assunto éé de ordem pessoal (prefeito) e não institucional.

Ou sejam ainda são corajosos. Tratam-nos de burros e idiotas.

O prefeito, como prefeito, dá ordens para os seus subordinados, escolhidos por ele, para mentir, combater quem tiver opinião diferente, e se estabelecem como uma atitude privada.

Todos na imprensa com medo de retaliações, inclusive as de ordem financeira que sempre acompanham os casos de "desobediências". Incrível!

Vergonha sem tamanho e qualificação. Quem mesmo orienta o prefeito de Gaspar? Triste diretoria de comunicação. Os culpados não são os que produzem fatos exóticos e que beiram crime, mas os mensageiros deles.

Aqui, neste espaço, desde cedo, produzi um texto anunciando tal fato. Na prefeitura ensaiou-se nichos de pressão, ameaças e como sempre, descrédito.

Para um veículo que nestes últimos dias foi invadido e retirado do ar por quatro vezes, tudo é sintomático e faz sentido.

Como em Gaspar parte da imprensa ainda está na era do grotão, a oposição tratou de se proteger, colocar a boca no trombone e assim espalhar os áudios do episódios incríveis de Kleber, como chefe de máfia, e não do Executivo, nas redações veículos estaduais e nacionais.

Gaspar virou manchete. Oba! Até que enfim. Colocou a assessoria de comunicação no bolso. E o clipping de amanhã estará recheado para o cafezinho do prefeito Kleber e sua turma que está no mundo da lua, faz tempo. é ela que orienta as marés. E eu estou "olhando a maré", faz anos.

A barbeiragem do prefeito de plantão e que beira ao crime, foi notícia estadual no jornal da NSC e capa no site e edição impressa do Jornal de Santa Catarina, de Blumenau.

Foi motivo de pilhéria, por onde a notícia passou, foi lida, ouvida, vista e comentada. Vergonhoso, ainda mais para quem se diz um gestor "eficiente". Nem isso, foi capaz na enganação amadora que armou para enganar analfabetos, ignorantes e desinformados.

A coluna Olhando a Maré, líder de acessos, no portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, a mais atualizada, a mais acessada de Gaspar e Ilhota, desta quarta-feira já estava pronta desde ontem, terça-feira.
Apesar de ser eletrônica, preferi não reediá-la, para não cair na vala comum e fazer comentários vitais para a atual crise da Saúde informações, e que ações de comunicação organizada da prefeitura e os seus, tenta, há meses, escondela.

Também não abordei, com profundidade, que o caso merece, principalmente para ver o comportamento da imprensa gasparense diante desse fato, que não é novo nessa e em outras administrações, vejam só, todos paridos pelo MDB.

Este assunto, só vou tratar na coluna de segunda-feira que vem. A de sexta-feira, já tem tema, dos muitos que estão engavetados pela imprensa local. Acorda, Gaspar!
Herculano
30/08/2018 20:12
CRIANDO OPINIÕES FALSAS NAS REDES III

29/08/2018 11:17
ÁUDIOS QUE CIRCULAM COMO PRAGA EM GASPAR E ARREDORES, COLOCAM O PREFEITO KLEBER EDSON WAN DALL, MDB, DE GASPAR, NUMA SITUAÇÃO EXPLÍCITA DE ASSÉDIO CONTRA SEUS SERVIDORES COMISSIONADOS.

O REI FICOU NÚ NA SUA ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO, FEITA PELO ATRASO, CURIOSOS E FATOS FABRICADOS

O MDB DE GASPAR NÃO APRENDEU NADA COM O MANDATO DE BERNARDO LEONARDO SPENGLER - QUE NÃO TERMINOU - E COM ADILSON LUIZ SCHMITT, QUE NÃO SE REELEGEU.

VOLTAREI AO TEMA COM MAIS VAGAR ATÉ PORQUE ESSE TIPO DE ASSUNTO, QUANTO MAIS SE DEMORA NO COZIMENTO, MELHOR FICA.

ENTÃO HÁ TEMPO PARA ELE ORAR, PEDIR MILAGRES E ATÉ TIRAR DO AR OS MEIOS LÍDERES QUE LHE INCOMODA COM AS VERDADES QUE ELE PRóPRIO CRIA

ONTEM A NOITE (TERÇA-FEIRA), O MEU WHATSAPP FOI "INVADIDO" POR 89 MENSAGENS TRANSMITINDO OS MESMOS DOIS ÁUDIOS. NELES ORDENS EXPRESSAS PARA MENTIR E DOURAR SOBRE COISAS QUE ESTAVAM SEM BRILHO.

PASSEI A MANHÃ INTEIRA ATENDENDO GENTE DE GASPAR NO TELEFONE PARA CONTAR DETALHES, SE ESBALDANDO EM INDIGNAÇÃO E OUTRO TANTO, LENDO E.MAILS, WHATS OU RESPONDENDO-OS. E GRANDE PARTE DELES NÃO ERA DE SERVIDORES. INCRÍVEL!

DESSES, SEGURAMENTE, A METADE ERA DE COMISSIONADOS, SEUS FIÉIS, DA COLIGAÇÃO E PARTIDÁRIOS. OU SEJA, A TRAIÇÃO É ALTA. O ERRO, ENORME. Só O GOVERNO NÃO PERCEBE. QUEM MESMO ORIENTA ESSA GENTE? ACORDA, GASPAR!

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