04/04/2018
Este título você já leu aqui? Sim! Na segunda-feira. E o assunto bombou, como sempre aqui no portal e mesmo no endereço do Facebook do portal Cruzeiro do Vale. Irritou o poder instalado em Gaspar. É perseguição? Nada! É constatação. Ou é falta de novo tema? Também não! Ao contrário está sobrando. Os artigos estão prontos de balaiadas. Basta ver que estou trabalhando em coisas bem passadas, à vista de todos, e que foram, não se sabe bem o porquê, “esquecidas” pela imprensa local.
Voltando e resumindo: este artigo é a continuação de algo que eu nem estava muito disposto levá-lo adiante. Porque nele, quando mais se mexe, mais ele fede, mais exposta e se fragiliza a administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, naquilo que se condena como antiga feita por jovens, na propaganda que se vende da eficiente, e daquilo deveria ser, o da impessoalidade.
É um novo artigo como bem demonstra o documento que abre e o ilustra hoje. Na segunda-feira eu publiquei o oficial do fiscal do Samae que impedia uma ligação de água, numa casa, recém reconstruída na Rua Pedro Simon, Margem Esquerda, na beira do Rio Itajaí Açú, e cujo parecer, sem qualquer contraditório técnico ou até mesmo oficial, foi afrontada dentro da própria autarquia com apoio da direção e que é política, presidida pelo mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP. Mandou-se fazer a ligação, a princípio, interditada e em local interditado para construções, e pronto. Desautorizou-se um técnico efetivo, com conhecimento e concursado. Simples assim!
É o jeitinho. É “o mecanismo”. É o poder. É o benefício.
O documento que abre é o da prefeitura. E o que a condena. Ele “autoriza” a ligação de luz, água e esgotos. Como se vê nele, não menciona que esta construção tenha ganho alvará para tal, muito menos o Habite-se, imprescindíveis à sua regularização.
Pior: como ela foi reconstruída em área de solo comprometido, que inviabilizou a construção original e a fez desmanchar, deveria antes do próprio alvará de construção, ter o aval técnico, geológico da Defesa Civil e da secretaria de Planejamento Territorial. Não teve.
“Estou sendo prejudicado num jogo político, do qual não tenho nada a ver. Sou vítima. O documento mostra que a prefeitura reconhece que está tudo legal. E só fiz porque permitiram. É uma área de ocupação consolidada. Havia uma construção eu apenas a reconstruí com autorização”, justificou-se Douglas Carlos Threiss, dono do imóvel e ligado a Associação de Moradores da Marquem Esquerda, cujo nome até então eu havia preservado.
QUEM TEM PADRINHO POLÍTICO PODE MAIS? PERIGOSO!
Que jogo político é esse? A situação não é toda técnica? E ela foi tomada por técnicos em nome da segurança de pessoas ou por mera revanche política? Ai, ai, ai. Os gasparenses agora estão expostos à vingança ou dependentes dos políticos de plantão para ter e perder direitos? Pode ser. Eu mesmo sou vítima de um desses casos. Mas, está mais do que na hora de se esclarecer e acabar com essa insegurança ou privilégios.
O certo é que na prefeitura de Gaspar, agora mandada pelo MDB e PP, a quem Douglas apoia, depois da postagem de segunda-feira, determinou a urgente regularização da situação em favor de Douglas. Como ela fará isso? Não se sabe bem. Agora, todavia, revelado o caso, está sob vigilância. Fará um laudo na secretaria de Planejamento Territorial ou na Defesa Civil retroativo, dizendo que aquela interdição, na área já reconstruída, estava superado? Vai dar chance para se auto-incriminar naquilo que já está sendo apurado? Hum!
Por que O Samae quer descobrir e punir quem repassou à esta coluna o documento que publiquei na segunda-feira? Ele não é público, apesar de ser interno? A entidade não é pública e não deve transparência ao público? Qual o segredo que se estabelece nesse jogo, ainda mais a quem diz ser eficiente? Quem nada deve, nada teme, ainda mais no ambiente público, sustentado pelos contribuintes – mesmo que supostamente pagadores de serviços.
Então o PT de Gaspar, mesmo fora do atual governo está mandando ou encurralando do governo do MDB e PP? Será? Que o PT não gosta de ser questionado quando governo, isso eu e o jornal sabemos muito bem e não é de hoje. Entretanto, o MDB não fica atrás neste quesito, não! E se há um jogo polítiqueiro nessa história para prejudicar pessoas e não proteger a sociedade como um todo, como já antecipei na coluna de segunda-feira, é sinal claro de que o ritual normal das coisas não seguiu o seu curso como deveria dentro da prefeitura e do Samae.
A reconstrução naquele local de uma casa, depois do deslizamento, é um problema de ordem geológica que a Defesa Civil avocou para si. Só ela, com gente habilitada, pode desfazer o seu próprio parecer. Não é isso, que o povo do Sertão Verde espera quase dez anos para reocupar os seus terrenos por lá?
Esse dilema técnico não pode ter partido, política partidária, nem votos em jogo ou bate-boca na imprensa. Antes está a proteção de vidas. Ou elas não valem nada? Não pode um jogo de quem tem mais padrinhos no poder de plantão. E concordo com o Douglas quando ele diz que “só fez o que permitiram”. E permitiram precariamente, por esperteza, pois sabiam o que faziam. E como dizia Tancredo Neves, “quando a esperteza é demais, ela vira bicho e como o dono”. O dono neste caso, são os políticos da prefeitura e Samae. Acorda, Gaspar!
Um exemplo de como o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, ambos ex-vereadores, são atropelados pelos fatos e teimosamente, deixam de criar e liderar os processos inovadores da sociedade para Gaspar. Algumas coisas até aparecem no discurso. Entretanto, na prática, o desastre é concreto.
Quem pediu na terça-feira da semana passada na sessão da Câmara para que Gaspar saia do conforto e discipline a atividade do serviço de motoristas particulares por aplicativos? Cícero Giovani Amaro, PSD, da oposição. A regulamentação nacional que permite disciplinar essa atividade nos municípios, já existe e foi sancionada recentemente pelo presidente Michel Temer, MDB.
Duas coisas se estabelecem no atraso nessa matéria em Gaspar. A cidade vizinha a Blumenau onde já há uma atividade consolidada desses aplicativos, como o Uber, se não houver um disciplinamento por aqui, haverá clandestinamente, uma invasão dos que atuam por aplicativos lá em Blumenau, pois será difícil de controlar isso. Segundo, quanto mais demorar, mais se estabelece no atraso e nos vícios para serem corrigidos posteriormente.
É um ano eleitoral e as licenças dos taxistas em cidades pequenas, e especialmente em Gaspar onde ela não é tão mais pequena assim, sempre foram tratadas como uma reserva de domínio pelos políticos, que veem nos taxistas, seus cabos eleitorais e influenciadores da comunidade.
Esse tempo já passou! Só os políticos no poder de plantão não perceberam isso. Hoje depois da evolução rápida do telefone, mobile e do celular, estamos na era dos smartphones. Neles, há internet, então há redes sociais, há whattsapp e outras ferramentas de comunicação em massa para debater, informar, formar opinião, convencer e se estabelecer no contraditório.
Além disso, uma licença para se ter um taxi, não é mais uma exclusividade do mundo do século 21, simplesmente porque o modelo de serviço do taxi, protegido numa boba reserva de mercado, não evoluiu, por culpa dos próprios taxistas, seus sindicatos e dos políticos que tentaram preservar um modelo de reserva de mercado em decadência.
UM MERCADO ABERTO, ÁGIL, COMPETITIVO E SEM “CONDOMÍNIOS”
Faltou alguém, fora desse condomínio associativo e sindical, pensar no futuro e se antecipar na inovação ao tempo do atraso. Mas... Tudo que é protegido, que se evita a concorrência, a modernização e a competitividade, um dia fica velho e trabalha contra quem se estabelece no protecionismo. Isso é história. Isso é economia. Isso é preservação. Isso é sobrevivência. Isso é concorrência. Isso é o novo que nos desperta para o experimento. E vivemos experimentando coisas novas. E com o experimento, aperfeiçoando-as, descartando-as e avançando para o novo mais próximo. Simples assim. É marketing. É comunicação.
Já tivemos até licença para carros-de-mola de aluguel. Quem não se lembra disso e até dos pontos que tínhamos em Gaspar? Tempo bom, aquele! Eu experimentei. Contudo, é passado. É lembrança! Hoje eu estou de Uber.
Havia até a bem pouco tempo atrás - quando o PT de Pedro Celso Zuchi, sob o relho do Ministério Público, teve que regulamentar o serviço de taxi em Gaspar que era um jogo de poucos e hereditário -, gente com licença de taxi oficial, mas o carro, raramente saia da garagem do proprietário para ir à praça e atender à demanda da comunidade. Era “um investimento” na reserva de mercado de poucos e protegidos. Esperava, o dono da licença, à valorização da licença para futuro comércio.
Agora, na era do Uber, deve estar com o mico na mão, amargando desvalorização e reclamando contra os avanços que não percebeu, não queria e ainda luta para voltar ao que não voltará mais.
QUEM PRECISA DE CURSO DE DATILOGRAFIA?
Tudo muda e numa velocidade impressionante.
Eu mesmo fiz curso de datilografia, com diploma e tudo, para trabalhar com os dez dedos, ter precisão e velocidade, sem olhar para o teclado, e assim melhor disputar o mercado de trabalho da época. Quantas escolas de datilografia existem hoje? Alguém exige diploma de datilografia para empregar alguém hoje em dia? Mesmo assim, continuamos a digitar – deve mudar só para voz – num teclado QWERTY, de origem no século 17 surgido com os telégrafos, mas que ganhou o formato de hoje da velha máquina de escrever em 1893, com fusão da Remington, Caligraph, Yost, Densmore e Smith-Premier e que criou a Union Typewriter Company.
O que eu quero dizer com isso aos que me honram com a leitura e principalmente aos políticos velhos, mas vestidos de jovens e mentindo sobre a tal eficiência? É que é a lei darwiniana será prevalecente sobre todos nós: os mais adaptados é que sobreviverão neste ambiente de mudanças e mutações permanentes. Este é o nosso universo fantástico que nos obriga a rever cotidianamente conceitos, atitudes, atualizações, reciclagem, ações...
Os políticos no poder de plantão em Gaspar, não querem constranger, em época de campanha eleitoral, os antigos, possíveis e futuros cabos eleitorais taxistas. Não constrangem, mas não os ajudam. Protegem e os deixam fora do mundo novo e competitivo. Os políticos usando smartphones, mas defendem que seus eleitores, saudosistas, ainda, tenham reserva de escolas de datilografia. Antes de ser hilário, é um crime.
Devemos respeitar os taxista, sim. Entretanto, o tempo deles nesse modelo antigo já passou, inclusive como arma de influência na praça (como expressão lata e antiga). Hoje, poucos vão aos pontos de taxi. Hoje vale a prestação de serviço, a presteza, o diferencial, o relacionamento, a satisfação ao cliente e até a personalização.
Os próprios taxista evoluíram com o telefone, mas não perceberam o poder dos smartphones e seus aplicativos que estão tornando a sua atividade cara e até obsoleta no modelo de negócios e condomínio protegido que insistem em preservá-lo, como derivado dos antigos carros-de-mola, ou da velha máquina de escrever, que de casa já foi há décadas.
Não demorará muito, nem motorista os carros terão. Não demorará muito, os ditos carros virão, por aplicativos, sozinhos à nossa porta. Então que reserva de mercado os nossos políticos estão criando, ao invés de se preparem na legislação e sobrevivência para esses novos tempos? Acordem!
É preciso enfrentar o dilema. O mundo é outro. E os seus eleitores estão se informando de outra forma onde até o jornal é uma referência de credibilidade, mas não de leitura que flui pelo mundo digital dos portais. Os eleitores estão usando aplicativos para se locomover, a preços mais competitivos ou melhores serviços dos que os disponíveis nos taxis de hoje. E um dos responsáveis por essa decadência são os atuais políticos que não enxergam – se enxergam estão enganando seu público ao qual prometeram criar soluções - às mudanças e presente, quanto mais, o futuro deles próprios. Acorda, Gaspar!
Sucesso. Um dos eventos sociais tradicionalmente ligado ao Cruzeiro do Vale, jornal e portal, é o Baile do Havaii. Ele será neste sábado no Espaço Bunge Natureza, na Rodovia Jorge Lacerda. As mesas já se esgotaram. Agora, só pistas. É preciso comentar mais?
Tudo começou com o proprietário e editor geral Gilberto Schmitt. Agora, renovou-se com Indianara Schmitt, editora. É nova geração mostrando a que veio no jornal e na cidade que cada vez mais se estabelece numa identidade própria.
Esta renovação é o cerne da perpetuação desse elo permanente do jornal e portal Cruzeiro do Vale com Gaspar e os gasparenses. Ela une o tradicional, o que já foi sucesso, com os jovens gasparenses num novo modelo de sucesso.
O jornal Cruzeiro do Vale existe há 28 anos. Não é fácil numa cidade pequena, altamente concorrida na área de comunicação, conciliar o empreendimento com o jornalismo independente! Ainda mais num ambiente no qual se experimenta um novo modelo de sustentação do negócio jornal e o conhecimento do jornalismo digital com ares empresariais.
Tanto o jornal impresso, quanto o portal são referências de credibilidade na comunidade e de opinião forte, respeitada. Mais do que isso, é comunitário, é a alma da cidade. O jornal é líder de circulação às sextas-feiras e o de melhor resposta aos anunciantes em Gaspar e Ilhota. Já o portal, o primeiro daqui, é o mais atualizado e acessado na região.
Pode-se lembrar das notícias, coberturas especiais, cadernos, listas telefônicas, livros e das suas ações inovativas na área de comunicação.
Mas, não é só isso. É integração comunitária como o Baile do Havaii, o Stammtisch – onde os amigos e a cidade se encontram - e até liderar a reconstrução de casas a desassistidos ou desafortunados pelas tragédias da vida.
Resumindo e concluindo. Vocês acham que isso poderia ser feito sem a credibilidade e a alma gasparense do jornal e do portal? Então ao Baile do Havaii, o sucesso de uma Gaspar nova, ligada e acordada.
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