Samae inundado. Péssimos comportamentos sinalizam o exemplo de um ente público na eficiência e resultados no relacionamento público - Jornal Cruzeiro do Vale

Samae inundado. Péssimos comportamentos sinalizam o exemplo de um ente público na eficiência e resultados no relacionamento público

21/01/2019

O que esperar se os próprios servidores ocupam as vagas que a autarquia finge – para ser vista como politicamente correta pela comunidade – reservar para os seus clientes?

Esta foto é do estacionamento do Samae de Gaspar na parte reservada especialmente para consumidores, fornecedores e visitantes. Quatro veículos que estão nela são de seus funcionários: um Polo da comissionada Janete da Silva, diretora administrativa, ou seja, a que devia exigir que isso não acontecesse; a Tucson do celetista pastor Carlos Antônio Schmitz, chefe da frota, que sabe perfeitamente que ali servidor não estaciona; o Meriva, do diretor de Contabilidade, Tesouraria e Patrimônio, Marcelo Heizen, bem esclarecido sobre isso; e um quarto, o Clio, é do engenheiro temporário admitido em meados de dezembro e que já aprendeu com os exemplos dos outros a desrespeitar o óbvio. Uma rotina. Sintomático a tudo que é feito pela autarquia à cidade.

Esta foto retrata, mais precisamente em imagem, aquilo que eu poderia observar em qualquer textão. Ela é real. Não há trucagem, ou erros, como se alega para os meus escritos quem dele discorda e não é capaz de sustentar um contraponto no mesmo tom.

A foto desmente frontalmente quem diz e escreve por aí que as minhas observações sobre o poder de plantão são exageradas, continuadas ou até, mentirosas, sem, no entanto, apontar os que as contestam, à essência, um milímetro da mentira.

Tenho casco grosso e faz décadas para o enfrentamento, à humilhação, à perseguição e o constrangimento como forma de intimidação. O que se faz, de verdade, é tentar calar uma voz fiscal ou crítica de Gaspar e Ilhota, não apenas dos atuais governos, mas de todos os que se assentaram no passado e juraram melhorar a vida da cidade e dos cidadãos, e quando no poder, esqueceram ou se desviaram dessa prioridade mínima.

Quando essa gente que está aí ditando regra e feitos estava na dita oposição, o meu olhar crítico lhe servia. Aplaudiam-me. Agora, que esse pessoal foi à moenda se lambuzar com o melado, eu sou um perigo. Ai, ai, ai. E os que me condenavam, estão me aplaudindo. Hum! Nada como um dia após o outro. Ou seja, o tempo é o senhor da razão. E existe maior prova para lavar a minha alma e dizer que estou sendo reconhecido como o certo dessa história toda?

Este enredo eu já vivi em vários ciclos. Estou acostumado.

Aliás, o jornal e o portal Cruzeiro do Vale desde o governo de Francisco Hostins, PDC, como costuma relembrar o fundador, proprietário e editor Gilberto Schmitt aos questionadores passageiros do poder, enfrentam e superam às tempestades. O Cruzeiro do Vale, na verdade, é testemunha histórica dos políticos e seus puxa-sacos passagem pelo poder com seus defeitos, virtudes e principalmente, artimanhas. É o ciclo natural da evolução de uma comunidade. Resumindo: os políticos passam, o jornal e o portal continuam no seu papel social.

ERROS, MUDANÇAS, REPETIÇÕES E ILUSÕES

Se eu erro? Erro! Sou humano! E reconheço publicamente quando isso acontece. E fiz isso várias vezes. Se eu mudo de opinião? Mudo! Não sou uma alma fechada ao óbvio mutante. Somos seres em franca evolução. E quem não evolui nas suas opiniões diante do conhecimento e do mundo em franca quebra de paradigmas tecnológicos e conceituais, torna-se um moribundo, um escravo, um submisso, um alienado.

E quando me olho do espelho e me comparo com as minhas fotos, noto que mudei muito. E quando leio os meus escritos de 45 anos atrás, espanto-me sobre aquilo que já pensei que continua tão atual ou tão desatualizado e que não teria condições mínimas de repetir.

Dito isso, está nas redes sociais de alguns com traços de cegueira, visivelmente embriagados pelos interesses do poder de plantão, quando desnudo as mazelas, os erros ou os equívocos de gente que se diz acima de qualquer suspeita e que para tudo invoca a Bíblia, como se ela fosse a essência de vida, de que estou repetitivo. Se estou, é porque os erros, mazelas e desajustes também são repetitivos.

Então qual a razão para eu ser o único não repetitivo diante da repetição do que se entranha no poder de plantão? Há até os que juram, há meses, de que não vão mais me ler por conta disso. Repetitivo e sem palavra na promessa até. Ora, se não me leem, não teriam como saber do conteúdo para distratá-lo. Se não me leem, não poderia a coluna ser cada vez mais, a mais lida do portal, pelo mecanismo de controle de acessos na internet.

O que se combate de verdade – com argumentos falsos e na tentativa de se calar ou medrar o conteúdo verdade da coluna - é sobre o óbvio: a independência do jornal e do portal diante do poder de plantão, bem como a coragem de colocar o dedo na ferida a favor da transparência e dos cidadãos pagadores de impostos. Só isso! Foi assim em outros governos. Exatamente, igual.

O QUE DIZ A FOTO

A foto que ilustra este artigo, como outras, certamente, chateia os puxa-sacos do atual governo que as vê como um desvio menor de conduta, apesar de ser sinalizadora de um mal maior, que inclui a falta de respeito. Essa gente enxerga nas obras, a tábua de salvação de um governo que levou dois anos para iniciar o que prometia há sete anos na eleição que perdeu na eleição de 2012.

Esta foto, como outras, chateia quem vai ao Samae e não encontra vagas para estacionar o seu veículo, mesmo dizendo que elas são para os clientes e estando ocupadas por funcionários que em tese, possuem estacionamento próprio e mesmo que não tivessem, deveriam dar prioridade aos consumidores, a razão de ser da autarquia.

Esta foto, como outras, chateia os que não recebem água, mas pagam-na, na tarifa mínima. Ora quem não cuida do estacionamento reservado para os clientes, certamente não possui seus clientes como prioridade, mas como dependentes da boa vontade e da sorte na falta de planejamento, ação preventiva e reparadora dos problemas de abastecimento.

Esta foto mostra que os clientes do Samae não estão em primeiro lugar. Simples assim! E isso é um sinal torto da sua direção política, liderada pelo mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP, e com a complacência solidária do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Acorda, Gaspar!

Ministério Público do Trabalho ainda não viu os filmes e fotos do repórter Kleber mostrando as obras públicas que fazem em Gaspar?

Outra foto que fala mais que meus textões contestados por gente cega à realidade e embriagada pelos interesses do novo poder de plantão.

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, virou repórter de si mesmo. Excelente, já registrei. Mas, as suas reportagens são arsenais de problemas. Elas mostram as obras sendo executadas por pessoas sem o uso de Equipamentos de Proteção Individual (IPIs), incluindo em alguns casos, o próprio prefeito que invade à área de trabalho dessas obras para obter o melhor ângulo da propaganda. Elas são consideradas de risco e que por isso, exigem o uso desse tipo de equipamento.

Vai se esperar um acidente de trabalho sério para parar a obra na marra, lamentar feridos ou coisa pior para a prefeitura, com o dinheiro dos pesados impostos de todos e dos caros empréstimos, solidariamente com a empreiteira concorrer com as indenizações?

Este frame que está na rede social do próprio prefeito Kleber mostra trabalhadores sem capacetes, sem camisas, sem luvas, sem calçados adequados e se equilibrando sobre os tubos. Tudo errado. Nos contratos isto não foi exigido e embutido nos caros custos pagos pelso gasparenses? A própria prefeitura não possui um fiscal para ver isso e impedir o perigoso desleixo com a vida alheia? E o prefeito, o principal fiscal, devia no mínimo ter o capacete para estar onde está reportando seus feitos.

Quem é empresário da iniciativa privada – e quem executa as obras, os são - sabe a tormenta que é isso. Fiscalização rotineira. Multas. Indenizações. E no caso das obras de Gaspar, o Ministério Público do Trabalho está de férias? Nem precisava ir às obras, bastava olhar as redes sociais. Acorda, Gaspar!

A obra irregular nas margens do ribeirão Gasparinho, no bairro Sete, ainda está pendente na Justiça 

A suposta construção irregular, embargada pela própria prefeitura de Gaspar e suspensa pela Justiça em meados de dezembro (14), por ação própria do Ministério Público, cuja titular dos assunto do Meio Ambiente é Lara Zappelini de Souza, instada por denúncias recebidas pela Ouvidoria do MP em Florianópolis, teve mais um passo: diante do mandado de segurança impetrado pela dona do imóvel, a Oneda Participações contra o secretário de Planejamento Territorial, Alexandre Gevaerd, o processo foi suspenso no dia nove deste janeiro e assim está.

O complicador para se julgar o mérito desta questão foram as férias forenses, e que terminaram só ontem. O juiz do caso, Lenoar Bendini Madalena, titular da segunda vara da Comarca, suspendeu o processo e avocou para si o caso, ou seja, independente do autor da Ação, o Ministério Público.

No mandado, a Oneda pede que seja aplicada a Lei de Parcelamento de Solo Urbano, e que foi modificada no apagar das luzes de 2018 pela Câmara de Gaspar, e não pelo Código Florestal, como balizou o licenciamento da própria prefeitura, que o investidor aceitou e prometeu cumprir, bem como o questionamento fundamentado pelo MP para questionar na Justiça o avanço da obra sobre a Área de Preservação Permanente.

O que complica é que a prefeitura atestou anteriormente – no primeiro questionamento feito pela MP = de que tudo estava dentro do regular e dentro do que ela havia licenciou para uso do solo e para a construção. Apertada menos de dois meses depois pelo MP que recebeu questionamento da Ouvidoria, a prefeitura foi lá e fiscalizou a obra em fase final de execução.

Ela própria – a prefeitura - constatou a invasão da APP. Para se proteger, e não podendo confirmar a informação anterior de que tudo estava de acordo com o projeto aprovado, a prefeitura embargou a obra, antes da decisão judicial, para minimamente se proteger e livrar das consequências civis e criminal.

A prefeitura falhou porque não fiscalizou o que diz ter liberado, mesmo diante de tantos questionamentos que se tinha na cidade e estar a obra à vista de todos.

A mudança de parâmetros pedidos pelos empreendedores diante dos questionamentos do MP e da liminar concedida pela Justiça, segundo especialistas consultados pela coluna, é um indicador que se estrutura um acordo, para descaracterizar depois da obra pronta, a infração cometida pelo investidor diante dos licenciamentos ambientais e construtivos concedidos.


Pergunta que não quer calar.

Os que vêm de fora são capazes ou apenas estão de passagem, buscando emprego, vitrine política e sustentação econômica?

Antes, um esclarecimento pela transparência. Este texto originalmente – e agora com algumas atualizações - foi publicado na sexta-feira na área de comentários da coluna no portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, atualizado, independente e acessado de Gaspar e Ilhota. Também o espalhei para uma lista restrita do meu aplicativo de mensagens.

Gente do MDB daqui e que gravita como mosca no poder de plantão incomodado com o poder dos evangélicos e do PP; que acha meus comentários chatos e estimula outros na rede social o para me desacreditar; que está preocupado com a concorrência nos seus cargos e conforto; que pensa que eu não tenho uma rede antiga fontes para detectá-los nas suas manobras de bastidores; como camaleão, não quer aparecer, mas quer me usar para atingir o que e quem não lhe agrada; quer causar desde já, novas polêmicas.

- Aí doutor: o que o senhor acha desse negócio de trazer gente de fora para o governo Kleber? Mete o pau! Eles têm medo do senhor!"

Hum! Tem medo? Isso é ruim! Deviam possuir respeito, como o meu interlocutor também deveria possuir não só comigo - a quem acha chato quando contrario os seus interesses; quando sem atrelamento, ajudo-o numa gestão onde está metido até o pescoço e usufruindo quase como um parasita do poder.

O que meu interlocutor de ocasião não quer de verdade, é concorrência para si, seus planos. E pior. Pode ser que quem venha para cá não só ocupe o lugar que ele pensa ser cativo dele, mas traga competência, eficiência e resultados, tão prometidos e tão relegados na atual gestão, exatamente porque a prefeitura foi transformada num cabide de empregos para gente sem qualificação.

Essa gente empregada nos cabides de Gaspar, além de tudo, demonstrou ser péssima cabo eleitoral - a única razão do emprego nas tetas. Foi isso que ficou claro nos resultados das eleições de outubro.

MDB ESTADUAL PROCURA EMPREGOS PARA OS SEUS

A minha opinião é simples: o que importa não é se o ocupante de cargo público seja de Gaspar – do esquema de Gaspar - ou de fora daqui, mas do esquema do poder de plantão. O que importa é o que ele entrega para a gestão e principalmente para o município e à população. É assim em qualquer lugar sério e comprometido com resultados. Simples assim!

É claro que esse simples, não é tão simples assim! Entenderam?

O MDB catarinense perdeu em janeiro, com a posse de Carlos Moisés da Silva, PSL, as boquinhas. Agora, precisa distribuir os sobreviventes de sempre pelos municípios onde possui o mando. E Gaspar é um deles. Ilhota, também. Foi assim com o PT. Será sempre assim, com os outros. É um balaio. Uma praga!

Então, corre-se o risco sério de trocar seis por menos de meia dúzia. Gente que administrará em meio-período, que mora longe daqui, que precisa trabalhar politicamente suas bases, que dê plantão pela internet, como já acontece por exemplo, com o superintendente da Defesa Civil, que fará daqui trampolim para suas necessidades financeiras, políticas, profissionais e sociais. Vai estar em uma vitrine. Precisa estar numa vitrine.

É assim que funciona no meio político, onde as escolhas não são necessariamente técnicas, ou quando estão travestidas de técnicas para amansar os incomodados como o meu interlocutor que acha que sou um tonto e vou salvar o pelo dele. As escolhas e nomeações são essencialmente para atender os interesses políticos de um grupo que se auto-ajuda, mas com o dinheiro dos pesados impostos de todos. Daqui, cabe apenas olhar a maré e não interferir. Acorda, Gaspar!

 

TRAPICHE

“A vida real educa o moralista”, do livreiro Carlos Andreazza.

De Marcelo Lins, no twitter, num dos melhores resumos claros sobre o escandaloso imbróglio Flávio Bolsonaro, PSL: "Reafirmando o seu gigantesco potencial criativo, o Brasil acaba de inventar o foro privilegiado preventivo".

O que está por detrás da criação destes parques em Gaspar e que revelei aqui em primeira mão no ano passado quando tramitava na Câmara o Projeto de Lei autorizava a prefeitura de Gaspar contrair R$60 milhões de empréstimo na Caixa? Aguardem!

Tem gente bem paga trabalhando contra os cidadãos de bem. Eles claramente registraram isso nas urnas em outubro do ano passado: querem segurança, Justiça igual para todos e a aplicação da lei. Pois é. Neste final-de-semana houve uma amostra de como tentaram desmoralizar a Polícia catarinense e passar a mão na cabeça do bandido contra a vontade da sociedade e da lei expressa.

Depois da impressionante má repercussão nacional – na imprensa, nas redes sociais, nos aplicativos de mensagens - e pouca divulgação da imprensa de Florianópolis que reagiu tardiamente, a Justiça, por meio da desembargadora substituta, Bettina Maria Maresch de Souza, e a pedido da inconformada promotora Ângela Valença Bordini, corrigiu a tempo, uma decisão processual criminal.

Ela mandou recapturar o bandido Elian Lucas Ferreira Dias pego em flagrante com o fuzil plataforma AR-15 (Colt 556) e munições numa comunidade (leia-se favela) de Florianópolis. Ele foi solto horas antes por numa audiência de custódia, pela juíza substituta e plantonista na vara criminal da Capital, Ana Luísa Schmidt Ramos. E mais impressionante, no Judiciário, como um todo, no espírito de corpo, a questionável decisão da juíza não foi uma voz isolada.

Pareceu até ser caso articulado, pensado e a favor da bandidagem. E por que? Porque horas antes a manchete era esta: “juíza solta criminoso preso com fuzil e exige explicações dos policiais em Florianópolis”

Ou seja, a polícia desmoralizada. Teve que refazer o seu trabalho fruto de ação de inteligência e diligência para procurar o bandido que já estava preso, identificado, arma apreendida, todas as provas coletadas e que a Justiça mandou soltá-lo. E o achou novamente, mesmo tendo ganho o passaporte oficial para fugir e agir contra a lei, os cidadãos e a cidade.

Quem ganhou com a decisão da juíza plantonista na custódia? Os donos dos fuzis, com amparo da Justiça. Quem perdeu? A sociedade, os cidadãos indefesos mesmo com leis que dizem ter a sociedade e o cidadão para a proteção em casos graves como este.

“Isto é uma vergonha! (bordão do jornalista Bóris Casoy).

A decisão da juíza plantonista Ana Luísa foi uma desmoralização para a sociedade que paga os pesados impostos para sustentar o Judiciário, o Ministério Público e as Polícias, instrumentos para cumprir da Lei numa sociedade livre e democrática.

A decisão da magistrada Ana Luísa foi uma cacetada daquelas que não se entende na ação de alto risco do aparelho policial feito de pessoas que estiveram expostas em nome da sociedade; foi um incentivo à bandidagem e um passe livre para as ações das facções criminosas que atuam com mais organização, desenvoltura e leis próprias, pois a Lei Geral dos cidadãos é cada vez mais desprezível até por quem opera o Direito na defesa da cidade e cidadania.

Os bandidos, hábeis, instruídos e até protegidos, usam menores ou até gente sem antecedentes – como era o caso de Iliam - para suas ações criminosas e o Judiciário finge não saber dessas e outras artimanhas? Em que mundo vive a juíza Ana Luísa e outros, que não julgam essa possibilidade ou probabilidade?

Outra, a juíza Ana Luísa foi mais além no zeloso despacho favorável ao portador de arma de alto potencial destrutivo e proibido o seu porte que não seja em forças regulares de segurança:

“pediu explicações” à Polícia Militar sobre a razão pela qual o bandido estava sem camisa, insinuando ser aquele estado, o de humilhação ou de maus tratos dos policiais ao tadinho e indefeso criminoso (possuir ou portar arma sem a devida regularização, ainda mais a de uso restrito, é crime tipificado no artigo 16 da lei 10.826/03).

O portador da arma proibido, um membro ativo de fação bem conhecida em Santa Catarina, foi detido assim, sem camisa, e como tal foi apresentado à juíza na audiência de custódia.

Agora, os policiais se obrigam possuir entre seus equipamentos de captura de bandidos, necessaire, ou então, comprar roupas adequadas para os bandidos se mostrarem nessas audiências como gente diferente do que são, sob pena de serem acusados os policiais em suas incursões, de estarem, propositadamente, constrangendo os delinquentes? Meu Deus!

A juíza Ana Luísa quis aparecer e reafirmar sua autonomia como magistrada. É uma prerrogativa inalienável da função dela e disso não há nenhum questionamento. E apareceu e se reafirmou, mas, da pior maneira possível. Expôs o Judiciário, alinhou-se contra a sociedade que lhe paga majoritariamente e sinalizou como protetora de gente enrolada.

O delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, o gasparense Paulo Norberto Koerich, conhecido pela dureza com os bandidos de todos os tipos (inclusive os do colarinho branco e abusadores) e o comandante geral da Polícia Militar, o coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes, outro linha dura e que está na liderança da área, que se cuidem.

Ainda bem que a desembargadora substituta, em grau de recurso e emergencialmente, com rapidez, enxergou que “o fato imputado é de extrema gravidade, pela inescondível ofensa à tranquilidade pública, uma vez que a hipótese diz respeito a posse ilegal de arma de uso restrito e há suspeita de organização criminosa”.

Que Santo Miguel Arcanjo, protetor dos policiais civis e Santo Expedito, protetor dos policiais militares nos livre de anas luísas. Porque se depender delas, nós estaremos sob a mira de fuzis de desajustados, sem camisas e sem antecedentes, prontos para inaugurarem uma ficha criminal. Que Deus nos proteja. Amém!

Comentários

Ded
23/01/2019 10:04
Bom dia seu Herculano

Mais uma do Samae inundado, busque em sua fontes confiáveis aqui do Samae.

Estão fazendo o recapeamento da Anfiloquio Nunes Pires, porém esqueceram de fazer a substituição da rede antiga da Serralheria Beirinha ate a Havan mais o menos, que é velha e obsoleta. Está rede é a que a interligação entre a ETA I e a ETA 2. Quando uma falha a outra fornece a água. Será que fazer mais tarde e estragar o que fizeram por falta de planejamento?
Ou o macaco veio é um grande executivo de sucesso, apoiador da administração passada que também não observou isso? É dinheiro indo pelo ralo.
Herculano
22/01/2019 19:36
Ao que se identificou como Márcio

Primeiro: um erro de identificação de um (de quatro) veículo e que reparo na coluna desta quarta-feira (antes não houve outra coluna no portal), não invalida a informação e o comportamento coletivo.

A foto é incontestável e o espaço é para consumidores, fornecedores e visitantes a qualquer tempo da autarquia. Simples assim. O resto é arrumar desculpas para um comportamento que se dá quando se estaciona em local proibido ou reservado para cadeirante, idosos, clientes, emergências, garagens....

Nota-se que o estacionamento, apesar de ser um ente público, é particular. Então, na verdade, é falta de consciência.

Quanto a calúnia é algo que quem se sentir caluniado deve tomar as devidas providências, se nunca ocupou o espaço indevida e anteriormente, e achar que disso não há provas.
Marcio de Souza
22/01/2019 16:35
AH HERCULANO, VOCÊ DEVIA CHECAR MELHOR AS INFORMAÇÕES DE SUAS FONTES ANTES DE PUBLICAR ALGUMAS DELAS.
POR EXEMPLO, ESSA DOS VEÍCULOS ESTACIONADOS EM FRENTE AO SAMAE,TEM INFORMAÇÃO ERRADA NESSA PUBLICAÇÃO SOBRE OS DONOS CITADOS.
ALÉM DO QUE A FOTO FOI TIRADA NO HORÁRIO DO ALMOÇO,(JÁ QUE SE PERCEBE NÃO TEM NENHUM OUTRO VEICULO ALÉM DOS 4 NO ESTACIONAMENTO) E VOCÊ NÃO PODE AFIRMAR O CONTRÁRIO, POIS NÃO FOI O SENHOR QUE FEZ A FOTO.
SE EU FOSSE UMAS DAS PESSOAS QUE TEVE O NOME CITADO DE FORMA INDEVIDA FARIA VOCÊ SE RETRATAR POR DIVULGAR UMA INFORMAÇÃO FALSA E CALUNIOSA.
O SENHOR JÁ FOI MAIS ATENTO.
Herculano
22/01/2019 12:39
da série: que gabinete é esse, Meu Deus!

FLÁVIO BOLSONARO EMPREGOU EM SEU GABINETE A MÃE DO CHEFE DO ESCRIT?"RIO DO CRIME, O CAPITÃO ADRIANO. ELE TAMBÉM EMPREGOU SUA MULHER

Diz O Globo:

"Adriano é amigo de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e investigado sob suspeita de recolher parte dos salários de funcionários do político. Teria sido Queiroz - amigo também do presidente Jair Bolsonaro desde os anos 1980 - o responsável pelas indicações dos familiares de Adriano.

A mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, ocuparam cargos no gabinete de Flávio Bolsonaro. Elas tinham o cargo CCDAL-5, com salários de R$ 6.490,35. Segundo o Diário Oficial do Estado, ambas foram exoneradas a pedido no dia 13 de novembro de 2018."

Flávio Bolsonaro divulgou nas redes sociais uma "nota à imprensa":

"Continuo a ser vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro.

A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão.

Tenho sido enfático para que tudo seja apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei.

Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar.

Quanto a homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens.

Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos."
Herculano
22/01/2019 12:34
da série: essa gente se arruinando. Pega no erro, avança com palavrões intimidatórios para se estabelecer na verdade

"O BRASILEIRO PARECE QUE Só FUNCIONA NA PORRADA", DIZ DEPUTADO ELEITO DO PSL AO REBATER CRÍTICAS À COMITIVA NA CHINA

Conteúdo de O Antagonista. Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado federal eleito Daniel Silveira (PSL-RJ) rebateu com palavrões as críticas feitas por Olavo de Carvalho e apoiadores de Jair Bolsonaro à viagem dele e de outros parlamentares eleitos pelo partido do presidente à China.

"Em primeiro lugar, vai pra puta que te pariu. Para quem servir a carapuça, foda-se. Sabe por quê? Eufemismo não funciona com brasileiro. O brasileiro parece que só funciona na porrada e bandido na bala, parece mais ou menos isso. A gente tem de ser desse jeito, tem de ser puto, falar com raiva, tem de odiar o brasileiro. Todos nós parlamentares aqui na China botamos nossa cara a tapa para enfrentar o sistema comunista que estava sendo implantado no Brasil."
Herculano
22/01/2019 11:05
REGISTRO

Hoje é dia de aniversário e comemoração na redação. A editora Indianara Schmitt vai pagar o bolo da tarde.
Herculano
22/01/2019 07:20
RACHADINHA, por Álvaro Costa e Silva, no jornal Folha de S. Paulo

A operação política dos velhos e dos novos tempos

Mesmo em recesso, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro recusa-se a perder o protagonismo que desfrutou nos últimos anos, quando pela presidência da casa passaram Sérgio Cabral e Jorge Picciani, ambos presos. As atenções no momento estão voltadas para a farra de saques e depósitos na agência bancária que serve ao Palácio Tiradentes.

Haja digitação no caixa eletrônico. Os "rolos" de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, começaram com R$ 1,2 milhão, movimentado entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, mas podem chegar a R$ 7 milhões em três anos. No período de um mês, em 2017, 48 depósitos, todos de R$ 2.000, em dinheiro, foram parar na conta de Flávio, na época deputado estadual. Segundo o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, não foi possível identificar o autor dos depósitos, mas estes foram realizados no autoatendimento da agência da Alerj. Bingo!

Outros 22 deputados chamaram a atenção do Coaf devido a atípicas movimentações de dinheiro envolvendo 74 servidores. A suspeita é que funcionários dos gabinetes devolviam parte dos salários de forma fracionada, velho truque para ocultar a origem do dinheiro. Entre os investigados está o presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano. Quatro assessores dele movimentaram R$ 49 milhões. Ceciliano, que é do PT (lembra do partido?), é o preferido do governador Wilson Witzel para ocupar a presidência na próxima legislatura.

A "rachadinha" é prática institucionalizada entre os políticos. Sejam eles da antiga ordem ou da nova era.

O marketing exibicionista de fazer flexão diante de tropas militares - adotado por Wilson "Abatedor" Witzel- atualiza a máxima de Ivan Lessa nos tempos do Pasquim: "O brasileiro é um povo com os pés no chão. E as mãos também".
Herculano
22/01/2019 07:17
TROCANDO DE APLICATIVO

O deputado Federal, Eduardo Bolsonaro, PSL-RJ, ao saber das restrições para se espalhar notícias pelo whatsapp já avisou que vai trocá-lo pelo Telegram. Ou seja, o método, continuará o mesmo.
Herculano
22/01/2019 07:15
GENTE LARANJA

Quando as reportagens mostram as pessoas envolvidas nas dúvidas das verbas milionárias dos parlamentares, elas comprovadamente aparentam serem "pobres", moram em lugares modestíssimos, nos subúrbios e em alguns casos, até de favor ou em ambientes alugados.

Esse políticos, de todos os matizes ideológicos, que nos discursos dizes arautos da ética, são na verdade, verdadeiros 171, a começar pelos votos que nos tomam, depois pelas armações que armam e por fim, pelas desculpas esfarrapadas que arrumam para nos enganar.
Herculano
22/01/2019 07:11
GOVERNO PODE PEDIR RESSARCIMENTO POR PREÇOS DE REMÉDIOS IMPORTADOS, por Maria Cristina Frias, na coluna Mercado Aberto, no jornal Folha de S. Paulo

Parte do setor farmacêutico esperava que a intenção fosse abandonada no governo Bolsonaro

O Ministério da Saúde iniciou um levantamento dos preços de medicamentos importados para avaliar se cobrará ressarcimento de farmacêuticas e distribuidoras.

Em novembro do ano passado, a pasta solicitou à CMED (câmara que regula preço dos remédios) esclarecimentos sobre o valor máximo cobrado nos pedidos em que importações são feitas diretamente pelo governo.

Havia dúvida se o montante deveria incluir PIS e Cofins, o que encarece o produto. O órgão respondeu que o preço máximo a ser considerado exclui os tributos.

"O Ministério já iniciou o levantamento das compras realizadas anteriormente e, caso haja diferença nos valores dos medicamentos adquiridos, realizará os devidos pedidos para ressarcimento", diz a pasta em nota.

Parte do setor farmacêutico esperava que a decisão fosse abandonada com as mudanças na equipe do novo governo, mas, por ora, a posição se mantém.

Algumas empresas estrangeiras das quais a União compra medicamentos têm um braço no Brasil, mas são pessoas jurídicas diferentes, segundo Pedro Bernardo, diretor da Interfarma (que representa farmacêuticas).

"Não se pode exigir que uma companhia que opera fora do Brasil seja submetida a regras brasileiras. Se [o ministério] quer as normas locais, tem que comprar aqui dentro", afirma.

"Ainda não conversamos com o governo. Vamos procurá-los para entender o porquê dessa interpretação que, no nosso entendimento, está equivocada."
Herculano
22/01/2019 07:06
POLÍTICOS DA ASSEMBLEIA DO RIO MOVIMENTARAM R$740 MILHÕES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

A movimentação financeira "suspeita" de políticos e ex-deputados estaduais do Rio de Janeiro soma mais de R$ 740 milhões. É o que aponta relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, que andou monitorando a Assembleia Legislativa do Estado. O número 1 entre os suspeitos, Jorge Picciani movimentou R$478 milhões, sendo R$26 milhões nas próprias contas.

MDB POR CIMA
Políticos do MDB, partido de Picciani e do filho Rafael (que movimentou R$9,3 milhões), são responsáveis por R$553 milhões suspeitos.

NÃO CONSTA
Flávio Bolsonaro não é citado pelo Coaf na lista dos 27 deputados e ex-deputados que realizaram movimentações financeiras suspeitas.

COMPARAÇÃO
Fabrício Queiroz, ex-funcionário do senador eleito Flávio Bolsonaro, teria movimentado R$7 milhões em três anos, de 2014 a 2017.

Só O PRIMEIRO PASSO
O Coaf é órgão de inteligência, não investiga. Ele repassa informações que apura para órgãos como o Ministério Público Federal ou Estadual.

AFONSO ARINOS AVISOU: BRASIL PODE VIRAR 'GRANDE PARAGUAI'
A política externa do chanceler Ernesto Araújo, de alinhamento aos Estados Unidos, pode fazer do Brasil "uma espécie de grande Paraguai", segundo alertou Afonso Arinos em seu livro de memórias A Alma do Tempo, de 1.779 páginas, da Topbooks. No livro, concluído 40 anos antes da vitória de Jair Bolsonaro, Arinos analisa a política externa do governo Castelo Branco destaca que foi erro foi o de aceitar, "com invariável docilidade", a linha do Departamento de Estado (americano).

O ERRO
Para Arinos, é um erro considerar que somente se alinhando aos EUA o Brasil "poderia cumprir com os seus deveres" como país ocidental.

FUNDAMENTAL
Chanceler brasileiro de 1961 a 1962, Arinos advertiu: o interesse nacional é a primeira motivação da política externa, mas não é a única.

MALEABILIDADE
Para Arinos "é elementar" que a defesa dos interesses do Brasil seja diferente no país e no exterior, pois não há lei que obrigue dois países.

ENTERRO DISCRETO
Pouca gente no enterro de Jorge Serpa no Rio, ontem. Nenhum político. Ele foi uma das figuras mais influentes no poder desde Getúlio Vargas. Teve seu tempo de glória como auxiliar e amigo de Roberto Marinho. Ninguém da Globo. Só um coroa de flores, de um primo do Cesgranrio.

BATEU, LEVOU
O Estadão afirmou que o apoio ao presidente Jair Bolsonaro está diminuindo nas redes sociais. Para que! A hashtag #EstadaoFakeNews foi para o primeiro lugar nos Trending Topics do Twitter.

JÁ VAI TARDE
O secretário de Aviação Civil do governo Bolsonaro, Ronei Glanzmann, deu ontem uma grande notícia: a estatal Infraero será extinta. O Brasil não vai precisar mais sustentar esse monumento à ineficiência.

EU SOU NORRMALL...
Não se nega senso de humor do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), conhecido pelos rompantes e atitudes por vezes amalucadas. Ele disse à revista IstoÉ que o País "precisa voltar à racionalidade". Hahahaha

ME INCLUA FORA DISSO
O ex-ministro Aloizio Mercadante que a empresa Petra Energia jamais foi do seu filho, também nega que ambos tenham tratado de qualquer demanda do grupo de Eike Batista ou da Petra Energia no BNDES.

NÃO É FRETE, É O PREÇO
Pesquisa da CNT revela que o tabelamento do frete não é a principal preocupação dos caminhoneiros. Nove meses após a greve que quebrou o País, 51,3% deles querem a redução do preço do diesel.

UM DIA DE BOLSA
A compra e venda de ações movimentou mais de R$ 10,2 bilhões na Bolsa de Valores de São Paulo nesta segunda (21). Foram mais de R$ 9,34 bilhões em opções de compra e R$ 877 milhões em vendas.

PETROBRAS NA FRENTE
As ações que mais geraram movimentações financeiras na Bolsa de Valores esta semana foram da Petrobras: mais de R$ 1 bilhão em ações da estatal foram compradas e R$ 996,5 milhões foram vendidos.
Herculano
22/01/2019 06:51
O BICHO-PAPÃO MARXISTA, por Joel Pinheiro da Fonseca, economista, no jornal Folha de S. Paulo

O marxismo cultural vai além da mera constatação da predominância da esquerda

"Marxismo cultural" é uma teoria da conspiração que visa a explicar e dar um sentido a um fato que, esse sim, existe e é problemático: o predomínio intolerante da esquerda em diversos âmbitos da cultura nacional.

Um ponto de partida de que poucos discordariam: em certos âmbitos da cultural - como universidades, órgãos de imprensa, artistas - há mais gente com visões que podem ser classificadas no amplo balaio de gatos da "esquerda". Em muitas redações ou faculdades, os votos foram muito mais para políticos de esquerda.

O marxismo cultural vai além da mera constatação da predominância da esquerda: ele dá a ela o sentido de um projeto.

Ele postula que essa realidade é produto da ação concertada de alguns indivíduos que planejam, infiltrando-se nessas instituições, dominar o país e instaurar o comunismo ou algum outro regime que conjure imagens de pesadelo. Recupera o medo dos "bolcheviques" que estariam prestes a dominar a sociedade (tão bem manuseado pelo nazismo alemão).

Assim, um professor universitário que defenda o Acordo de Paris ou um jornalista que votou no PSOL não são pessoas - assim como você - navegando um oceano de opiniões e atitudes, mas agentes de uma agenda em comum que visa a destruição da família, da religião e da propriedade.

E mais: de uma agenda dotada do poder de moldar a cultura. Esse projeto é tramado nas mais altas esferas do poder e controla os rumos da sociedade, e portanto é maléfico por definição.

Quando vai para o terreno da história, a teoria é risível. Os autores da Escola de Frankfurt, que passaram suas vidas tentando ler um mundo que parecia esmagar suas crenças e seus ideais, sendo hostilizados inclusive por grande parte da esquerda de sua época, foram transformados em grandes engenheiros por trás da transformação da cultura.

Nem parece que Benjamin cometeu suicídio perseguido pelo nazismo e que Adorno, no fim da vida, lamentava amargamente as rebeliões estudantis de 68.

O elemento conspiratório exime o sujeito de argumentar contra as pautas específicas. Será que, dentre as bandeiras de esquerdas, não há acertos e coisas boas além de erros?

A pergunta nem surge, porque não se está diante de interlocutores sinceros, e sim de uma unidade maligna que busca nos destruir. A consequência lógica é que nós queiramos destruí-los também.

Quando a realidade mais simples é confrontada, o sentido moral do combate desaparece. Há pessoas que defendem diversas bandeiras e lutam por elas.

Professores, jornalistas, artistas e outros são seres humanos, com seus preconceitos e vieses. Gostam de se cercar de pessoas que pensam parecido, formam panelinhas, podem ser intransigentes quando alguma opinião de fora desafia suas crenças.

Há um problema real de falta de diversidade ideológica e respeito à divergência intelectual e política nos âmbitos com predominância do pensamento de esquerda. Contudo, isso é totalmente diferente de afirmar que eles são canais de engenharia social visando - e ainda com sucesso!- transformar a cultura por via dessas instâncias

A história não tem um sentido claro nem um titereiro secreto ditando os rumos dos acontecimentos. Nem os maiores grupos de mídia conseguem moldar a opinião pública. Mais do que produzir as ondas da cultura de massas, os líderes mais habilidosos são aqueles capazes de surfá-las no momento certo.

Vê-la assim nos tira da confortável ilusão de combater um grande inimigo que concentra todo o mal e nos impede de emular justamente os males que julgamos combater.
Herculano
22/01/2019 06:46
POR QUE O GOVERNO DEVE SER FINANCIADO VOLUNTARIAMENTE? por Roberto Rachewsky, no Instituto Liberal

A ideia de que o governo deve existir para proteger os indivíduos que produzem daqueles que parasitam é boa.

Por lógica e coerência, se o governo tem esse objetivo, obviamente ele não pode contrariar o seu propósito.

Logo, o governo deve ser financiado voluntariamente por aqueles que querem que o governo os proteja dos parasitas e bandidos.

Como o governo vai saber quando agir?

Quando alguém que teve um direito seu violado assim pedir. Pode ser uma disputa a respeito de um contrato ou uma seguradora que quer que o governo investigue um assassinato.

Julgar quem está certo ou errado, quem é inocente ou culpado, requer, antes, que os fatos sejam investigados.

Cerceia-se a ação do governo nestes casos, porque acredita-se na presunção de inocência, na privacidade e no bom funcionamento do devido processo legal que visa proteger direitos para que esses não sejam violados pelo próprio governo.

Se o cuidado com os direitos de quem supostamente praticou um crime é essencial, o que podemos dizer quanto aos direitos daqueles que são inocentes, que nunca se envolveram com nada que não fosse lícito?

Desde o dia em alguém concebeu a ideia de que o governo não deveria se limitar apenas a essa função fundamental, para a qual tem legitimidade moral, mas poderia também aproveitar o uso do poder coercitivo que lhe foi outorgado para promover o estado de bem estar social extorquindo, espoliando e expropriando a população de suas rendas e bens, nossa vida tem se tornado moralmente um inferno, um escândalo.

Sim, os índices de desenvolvimento humano tem melhorado a cada ano. Isso é o que se vê. O que não se vê, é quanto melhor a vida de todos poderia ser se não usássemos a violência como política social e econômica.

Para sustentar esse estado de bem estar social e, principalmente, para sustentar a máquina estatal encarregada de colocar em prática essa ideia, vai se corroendo, corrompendo e degradando aquilo que era o objeto da existência do governo, a preservação dos direitos individuais.

Todas as sociedades que colocaram o estado de bem estar social acima dos direitos individuais, acabaram sem os direitos individuais e sem o bem estar social.
Herculano
22/01/2019 06:42
O ENIGMA VENEZUELANO, por Hélio Schwartsman. no jornal Folha de S. Paulo

Teoria do seletorado é um bom modelo para entender a persistência do ditador Nicolás Maduro

Por que Nicolás Maduro ainda não caiu? Motivos para defenestrá-lo é o que não falta. Nos últimos cinco anos, o PIB da Venezuela caiu 50%. Milhões de cidadãos já fugiram do país, que experimenta retrocesso em praticamente todos os indicadores sociais.

Um bom modelo para entender a persistência do ditador é a teoria do seletorado, proposta pelos cientistas políticos americanos Bruce Bueno de Mesquita, Alastair Smith, Randolph Siverson e James Morrow no início dos anos 2000.

O quarteto, nos passos de Maquiavel, recomenda que esqueçamos todo o blá-blá-blá em torno de interesse público, vontade geral etc. Do pior tirano ao mais convicto democrata, o objetivo principal de quem chega ao poder é manter-se no poder.

Para fazê-lo, precisa lidar com três grupos distintos: o seletorado nominal (cidadãos aptos a participar da escolha do dirigente), o seletorado real (os que de fato participam) e a coalizão vencedora (os que asseguram a vitória). Uma vez entronizado, o líder precisa pagar a coalizão para não ser derrubado.

O que distingue uma democracia de uma autocracia é apenas o tamanho dessa coalizão vencedora. Nas democracias elas são grandes, tão grandes que já não dá para pagar cada membro do grupo com cargos e benesses, o que obriga o governante a desenvolver políticas públicas que agradem aos eleitores no atacado. Nas tiranias, especialmente aquelas com acesso a recursos naturais como petróleo, essas coalizões podem ser surpreendentemente pequenas, dependendo de uns poucos indivíduos em posições-chave no exército e na administração.

A Venezuela caminhou de uma democracia populista, no início da era Chávez, para uma ditadura que se apoia num grupo cada vez mais restrito de militares. Eles sabem que o regime não tem futuro, mas só largarão o osso pacificamente se virem uma perspectiva de saída que lhes permita conservar a liberdade e parte das riquezas que acumularam.
Herculano
22/01/2019 06:38
O DESTINO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Debate objetivo sobre o tema deve levar em conta o gigantismo da Justiça do Trabalho e as mudanças no mercado causadas pelo desenvolvimento tecnológico

Em mais uma demonstração da politização do Poder Judiciário, juízes trabalhistas promoveram ontem, em dez Estados, atos de protesto contra a sugestão do presidente Jair Bolsonaro de extinguir a Justiça do Trabalho e transferir as ações trabalhistas para a Justiça Federal. Com apoio de advogados e procuradores trabalhistas, os manifestantes impediram o tráfego de veículos em frente a tribunais, durante algumas horas, e lançaram manifestos para "demonstrar a relevância da instituição".

A proposta de extinção da Justiça do Trabalho foi apresentada por Bolsonaro em entrevista que concedeu dois dias após sua posse. Ele a justificou em nome da supressão de "entraves que dificultam a vida de quem produz". Segundo o presidente, o Brasil tem um excesso de leis trabalhistas, o que encarece os custos dos empregadores sem que isso resulte em salários mais altos para os empregados. "É pouco para quem recebe e muito para quem paga. Alguém ganha R$ 1 mil e o patrão gasta na verdade R$ 2 mil. Algo está errado. Nos Estados Unidos quase não tem direito trabalhista. Até um ano e meio atrás no Brasil eram em torno de 4 milhões de ações trabalhistas por ano. Temos mais ações do que o mundo todo junto. Não adianta ter direito e não ter emprego. Qual país do mundo que tem Justiça do Trabalho?", disse Bolsonaro.

Para acentuar a distância entre o que é uma simples intenção e o que pode ser realizado, associações de magistrados trabalhistas reagiram, prometendo promover vários atos de protesto - como o de ontem - e anunciando que arguirão a inconstitucionalidade do projeto, quando for enviado para o Congresso Nacional. "A Justiça do Trabalho tem previsão no artigo 92 da Constituição. Sua supressão - ou unificação - por iniciativa do Executivo representará violação à cláusula da independência harmônica dos Poderes da República e do sistema republicano de freios e contrapesos", afirmou, em nota, a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público. Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil também criticaram Bolsonaro, que foi apoiado por entidades empresariais. A Confederação Nacional do Transporte acusou o Tribunal Superior do Trabalho de não cumprir determinações da reforma trabalhista que entrou em vigor em 2017.

Com a radicalização das posições, o debate em torno da continuidade ou da extinção da Justiça do Trabalho corre o risco de perder o foco. Ao contrário do que disse Bolsonaro, essa instituição existe em países como a Alemanha, Reino Unido, Suécia, Austrália e França. E, ao contrário do que alegam as associações de juízes, a ideia de extinção da Justiça do Trabalho - que foi criada há sete décadas pela ditadura varguista - não é nova. Por muito pouco ela deixou de ser fundida com a Justiça Federal, durante a votação da Emenda Constitucional n.° 45, que introduziu a reforma do Judiciário e foi aprovada em 2004, com apoio do presidente Lula, antigo líder trabalhista.

Na verdade, o debate gira em torno de dois pontos. Um deles diz respeito às mudanças no mercado de trabalho causadas pelo desenvolvimento tecnológico. Com a crescente complexidade da economia, os postos de trabalho se diversificaram a tal ponto que a imposição de uma legislação específica funciona como uma camisa de força nas relações de emprego. Foi por isso que a reforma trabalhista de 2017 procurou valorizar o princípio de que o negociado entre as partes prevalece sobre o que está estatuído.

O segundo ponto diz respeito ao gigantismo da Justiça do Trabalho. Ela conta com cerca de 1,5 mil varas, 24 tribunais regionais e um tribunal superior integrado por 27 ministros, tendo em 2017 consumido R$ 18,2 bilhões dos cofres públicos, dos quais 94% foram gastos com recursos humanos. Ora, se a tendência é de que a legislação trabalhista seja cada vez mais enxuta e as relações entre patrões e empregados sejam negociadas, qual a necessidade de manter esse oneroso e pesado aparato judicial?

Esses dois pontos é que devem prevalecer num debate objetivo sobre a extinção da Justiça do Trabalho.
Herculano
22/01/2019 06:32
PRESO NA PRóPRIA TEIA

De J.R.Guzzo, de Veja, no twitter:

O governo não tem absolutamente nada a fazer quanto a Flávio Bolsonaro - e não mexeu até agora uma única palha para interferir no caso. Quem tem de fazer, com urgência, é o Senado, o MP, a Justiça, a oposição. Mas não fazem. Querem o barulho, não a verdade - nem a punição.
Herculano
21/01/2019 10:15
VERSÃO DO FILHO FLÁVIO DESANUVIA A ESTREIA DE BOLSONARO EM DAVOS, por Andrei Meireles, em Os Divergentes

Nesse domingo, Flávio Bolsonaro finalmente saiu da toca. Desde dezembro, ele tergiversava sobre o relatório do Coaf que levantou suspeita sobre a estranha movimentação bancária de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Essa postura constrangia os principais ministros do governo chefiado por seu pai. Após a divulgação pelo Jornal Nacional de que sua própria movimentação bancária estava na berlinda, a situação ficou insustentável.

Chamado a Brasília, Flávio Bolsonaro disse que, em relação a sua conta bancária, tinha explicações consistentes. Ele as expôs, em entrevistas à TV Record e a Boris Casoy, da Rede TV!, em um claro troco à TV Globo. Apresentou justificativas aparentemente plausíveis sobre um suposto negócio imobiliário: 1) - Os 48 depósitos em sequência, cada um no valor de R$ 2 mil, teriam sido assim realizados pelo limite fixado para cada operação no caixa eletrônico da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro; 2) - O pagamento do título no valor de R$1.016,834 teria sido feito pela própria Caixa Econômica Federal ao financiar a aquisição de um imóvel comprado na planta.

Flávio Bolsonaro até avançou sobre uma possível explicação que Fabrício Queiroz - após várias versões pouco críveis, como a marretagem na venda e compra de carros - daria ao Ministério Público para sua alta e pingada movimentação bancária: todo o dinheiro recebido por sua família, com empregos no gabinete e bicos fora, seria depositado na conta bancária de Queiroz. Vai ser difícil incluir nessa explicação os depósitos de outros funcionários do gabinete sem qualquer parentesco com Queiroz.

O fato é que as entrevistas de Flávio Bolsonaro nesse domingo podem ter alcançado seu objetivo. Mais do que ele sair das cordas, momentaneamente ou não, desanuvia o clima para a viagem de Jair Bolsonaro e das principais estrelas de seu governo, os ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro, para se apresentarem às elites do planeta no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Herculano
21/01/2019 10:15
ACENO DE RENAN É SINAL DE PERIGO PARA GOVERNO BOLSONARO, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Elogio de senador a Flávio Bolsonaro é mensagem de proteção a um governo enfraquecido

O presidente Jair Bolsonaro desembarca em terras suíças nesta segunda-feira (21) para o Fórum Econômico Mundial, em Davos, deixando por aqui uma crise com potencial para causar sérios danos em um governo que ainda engatinha.

Uma consequência do caso Queiroz é a dificuldade que Bolsonaro terá para faturar politicamente as eleições às presidências da Câmara e do Senado, no dia 1º de fevereiro.

Salvo imprevistos, tudo caminha, respectivamente, para as vitórias de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Renan Calheiros (MDB-AL) em cada Casa.

O PSL de Bolsonaro abraçou a candidatura de Maia ao perceber que, mesmo com a maior bancada eleita, não teria condições de levar adiante um candidato competitivo.

O provável sucesso de Maia não será uma vitória de Bolsonaro. O atual presidente da Câmara não é um candidato do governo. Pode até, por circunstâncias da eleição na Câmara, ter se aproximado do Planalto, mas deve manter a relação política ambígua adotada no período de Temer.

O maior perigo para Bolsonaro está no Senado. Na última sexta-feira (18), em entrevista à Folha, Renan Calheiros fez um aceno ao defender o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente.
"Temos com relação a ele (Flávio) as melhores expectativas, de que é um moço que quer trabalhar, que quer fazer um bom mandato, que tem posições e defende-as", disse.

Horas depois da declaração, o Jornal Nacional revelou os 48 depósitos na conta de Flávio que somam R$ 96 mil, todos no valor de R$ 2.000 e feitos sucessivamente em curiosos intervalos de poucos minutos.

Flávio chega ao Senado nas cordas, sem força para ser porta-voz do pai. Perdeu a capacidade de articulação para influenciar na eleição à presidência da Casa. O gesto que recebeu de Renan é um recado de proteção antecipada contra eventuais tentativas de cassação de mandato.

Em troca, o emedebista quer ter o Planalto ajoelhado aos seus pés para garantir a reforma da Previdência. O pior cenário para qualquer governo.
Herculano
21/01/2019 10:14
BOLSONARO FALA AMANHÃ EM DAVOS; O PERSONAGEM QUE VAI DISCURSAR NO FóRUM É O MESMO DA PAUTA DE COSTUMES QUE SE VÊ POR AQUI? APOSTO QUE NÃO SERÁ, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O presidente Jair Bolsonaro participa nesta segunda do jantar que reúne os convidados do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Fala manhã, no primeiro dia do evento, que se estende até o dia 25. Está escoltado pelos ministros Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Vamos ver qual vai ser o tom. Araújo, o militante do antiglobalismo, deve achar que Davos é uma manifestação do capeta da cultura marxista associada ao capitalismo ?" ou maluquice congênere. Olavo de Carvalho, o prosélito de extrema-direita que é seu mestre e também dos filhos de Bolsonaro, encontrou-se com Steve Bannon, o guru da extrema-direita nacionalista e populista nos EUA ?" e com ambições de se espalhar mundo afora ?" e se referiu a Guedes de maneira jocosa, como se o ministro fosse uma pedra no caminho da turma. Se Bolsonaro, que também é reverente a Carvalho, resolver endossar a agenda contra a globalização, a fala será um desastre. Mas não creio que vá acontecer. Ao contrário até: acho que o presidente brasileiro vai se comportar e falar o que Guedes quer que ele fale. Se existe algum risco na passagem da turma por Davos, está em outro lugar.


Ninguém sabe, por aqui, qual será a reforma da Previdência que o governo vai encaminhar. Seria um erro Bolsonaro, na sua fala, ou Guedes, ao participar de um painel, expor em solo estrangeiro, a investidores e líderes globais, detalhes de uma proposta de reforma que é desconhecida por aqueles que vão sentir os seus efeitos, bons ou maus, pouco importa: os brasileiros. Assim, o prudente seria que a fala sobre reformas ficasse nas questões gerais, na expressão da convicção de sua necessidade, até mesmo apontando que sentido vai ter. Mas seria, insisto, um erro político entrar em detalhes que aqui são desconhecidos. É pouco provável, acrescente-se, que discurse em Davos o Bolsonaro que, internamente, assina um decreto que liberaliza a posse de armas e que acena com a possibilidade de generalizar o porte.
Herculano
21/01/2019 10:14
LAVA JATO: DINHEIRO DO BNDES NO BOLSO DE LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta segunda-feira nos jornais brasileiros

A lista dos financiamentos do BNDES no exterior, divulgada sexta-feira (18), dá sentido às relações promíscuas do ex-presidente Lula com a Odebrecht, que ele beneficiou com 80% das obras em ditaduras latino-americanas e africanas. Integrantes da Lava Jato acham que dinheiro do BNDES acabou no bolso de Lula. Emílio Odebrecht, controlador da empreiteira, confessou até mesmo que havia uma "conta corrente" de R$300 milhões para o ex-presidente presidiário gastar como quisesse.

PAGOU, LEVOU
A relação entre Lula e a empreiteira baiana foi baseada em corrupção, simples assim. A Odebrecht pagou e levou os melhores contratos.

PACOTÃO DE NEGóCIOS
A construção do Porto de Mariel (Cuba) foi financiada pelo banco público BNDES por R$ 2,7 bilhões. E construído pela Odebrecht.

PACTO DE SANGUE
E o ex-ministro Antonio Palocci revelou à Justiça espontaneamente, sem acordo de delação, o "pacto de sangue" entre Lula e a Odebrecht.

PROPINA EM CAIXAS
A propina era tão rotineira que Palocci contou fazer entregas de dinheiro vivo a Lula em caixas de celular e, claro, de uísque.

REGRA DE OURO PREOCUPA MAIS QUE DÉFICIT PRIMÁRIO
O rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas incluído no orçamento não é a maior das preocupações do governo federal para este ano. O que tem tirado o sono da equipe econômica é o cumprimento da "regra de ouro", que proíbe o governo de se endividar para fazer pagamento de pessoal. O cálculo no Orçamento prevê que gastos com servidores vão superar as receitas em R$ 248,9 bilhões, quase o dobro do déficit.

PODER DO CONGRESSO
Para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo Bolsonaro fica nas mãos do Congresso e precisa aprovar um crédito suplementar.

OBVIEDADE
Com déficits desde 2015, o governo não terá problemas em evidenciar a "necessidade urgente" exigida para abrir créditos suplementares.

DEU SORTE
Especialistas lembram que o governo Temer, enfraquecido, não sofreu em 2018 porque o BNDES devolveu R$130 bilhões ao Tesouro.

FALTOU INFORMAÇÃO
A estratégia de centrais sindicais para impedir a reforma da Previdência envolve "luta, greves e paralisações, para enfrentar propostas nefastas do governo," diz PT/CUT. Mas a nota oficial não menciona números.

BOLA NO CHÃO
A inexperiência de alguns militares que assessoram o Planalto não ajuda muito nos momentos de tensão. Supervalorizam o noticiário e até flertam com o pânico. Falta um deles botando a bola no chão.

SÃO UNS ARTISTAS...
Lançado pela editora Oficina, "Sem título, uma performance contra Sérgio Moro" sustenta que foi "artística" a tentativa malandra de um desembargador ligado ao PT de soltar Lula aproveitando-se do plantão. O autor certamente vê poesia na corrupção do ilustre presidiário.

UM BILHÃO PARA PARTIDOS
A expectativa de partidos políticos na Câmara é de que o Fundo Partidário, verba anual distribuída entre os partidos políticos que atingiram a cláusula de barreira, será de mais de R$ 1 bilhão em 2019.

MOURÃO USA CRACHÁ
Poucos reparam no detalhe, mas o vice-presidente Hamilton Mourão está dispensando de qualquer adorno que o identifica, para ter acesso ao Palácio do Planalto. Mas faz questão de usar o crachá funcional.

TEM PETISTA NA LINHA
O Planalto acha que um petista fez o relatório com a lista do BNDES, o "mapa da mina" da corrupção do PT. Malandramente, o relatório diz ser "raro" não pagar o financiamento. Faltou dizer que ainda não venceu o prazo de carência de quase todas as obras financiadas em ditaduras.

DESAFIO DOS 10 ANOS
Em 2009, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse que "toda onda acaba em espuma", ao criticar quem havia notado que a "marolinha" de Lula era, na verdade, um tsunami devastador. Lupi acabou demitido, o Brasil em crise com mais de 12 milhões de desempregados. E Lula, preso.

TEST-DRIVE VIP
O superministro da Justiça, Sérgio Moro, andou almoçando no self service administrado pelo Senac-DF, espaço-pedagógico de onde quase todos os alunos já saem empregados. Não deve gostar da ideia do colega Paulo Guedes (Economia) de cortar recursos do Sistema S.

PENSANDO BEM...
...para a maioria das pessoas o "desafio dos 10 anos" foi sobreviver aos governos do PT.
Herculano
21/01/2019 10:13
BREXIT FOI PRESENTE DO CAPETA PARA O REINO UNIDO, por Vinicius Mota, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

Custa crer que os britânicos tenham se metido em tamanha enrascada conscientemente

?Nunca foi fácil ser o demônio - embora a coisa talvez venha ficando ainda mais dificultosa com a proliferação contemporânea de especialistas em expulsá-lo do corpo.

Veja a dedicação de Mefistófeles no cultivo da alma danada de Fausto. Por décadas atendeu a todos os caprichos do homem com a paciente expectativa de obter seu justo prêmio após a morte do doutor. Tomou um drible celestial na hora agá, uma quebra de contrato de dar pena.

Mas o capeta é o capeta não porque seja ruim ou porque seja velho. Ele é como o coiote do papa-léguas: jamais desiste. Em junho de 2016, meteu os britânicos numa arapuca da qual não conseguem escapar.

Foi o diabo. Apenas ele seria capaz de um ardil tão... diabólico.

O embuste veio embalado em papel nobre, a vontade popular. Perguntou-se à população se queria o Reino Unido fora da União Europeia, e uma pequena maioria disse sim.

Coube ao Parlamento, cuja maioria se opunha ao desembarque, desembrulhar o pacote-surpresa. Caiu o premiê que, decerto sob influência satânica, tinha parido o referendo. Assumiu a ex-ministra do Interior.

Um ano depois tentou-se, com uma eleição geral, sintonizar a vontade de cidadãos e representantes.

O coisa-ruim deu um jeito de envenenar o resultado e deixou a premiê entre a cruz - uma horda de lunáticos no seu partido querendo divórcio a qualquer custo - e a caldeirinha - a oposição liderada por um velho populista de esquerda, querendo apenas o fígado da adversária.

Nesse pandemônio, não parece haver aritmética terrena capaz de chegar à maioria dos votos parlamentares, seja para uma saída organizada do bloco europeu, seja para derrubar a premiê, que apanha sem piedade de opositores e correligionários.

Sem que nenhuma entidade corpórea os pressionasse, os britânicos decidiram ficar mais pobres e agora trilham a via mais custosa da separação. Não é possível que ajam conscientemente. Alguma força maligna os possui. Que Deus os ajude.
Herculano
21/01/2019 10:12
A AMBIÇÃO É A MÃE DE TODAS AS VILANIAS, por Cacau Menezes, no jornal Diário Catarinense, da NSC Florianópolis

Jornalista Alfredo Bessow, que durante muitos anos trabalhou em Santa Catarina, tanto em Floripa como em várias cidades do interior, hoje em Brasília, confessa que aqui no nosso Estado aprendeu muitos valores que ajudaram e ajudam no seu cotidiano de profissional da comunicação. Aprendeu, por exemplo, que não há nada pior para o ser humano do que a chamada ambição. Vamos direto ao assunto:

"A ambição é a mãe de todas as vilanias que habitam, que movem a parte mais perversa do ser humano. E dentre essas perversidades, nada... nada supera a ingratidão. Ingratidão tem muitas formas de se manifestar. Ela pode ser dissimulada, ela pode ser feita pelas costas, ela pode ser feita usando terceiros para atingir seus objetivos. E no caso da política, a ingratidão se dá por "não reconhecer o trabalho do outro". É isto que está acontecendo hoje no PSL de SC.

Quem acreditava, quem conhecia o PSL há um ano? Quem daria, numa mesa de apostas, um Real contra cem na possibilidade de o PSL não só eleger o governador do Estado e sua vice, não só eleger uma bancada federal de quatro deputados e seis estaduais... e mais do que isto: quem teria coragem de acreditar que o partido construído a partir do idealismo de uma pessoa que foi buscando o idealismo de outras, que um partido com essa característica pudesse se transformar na força renovadora, na força que seria capaz de puxar os catarinenses para uma proposta diferenciada de fazer política? E tudo isso tem um preço.

Por que para fazer esta nova política, não há espaço mais para a velha política, não há espaço mais para a esperteza, para o "toma lá, dá cá", para a troca espúria, para a chantagem, para a negociata, para a barganha. É contra tudo isso que o PSL de Santa Catarina se mobilizou e conseguiu mobilizar a sociedade.

Agora, muitos que, aparentemente, estavam vestidos de cordeiro, mas que não conseguiam matar a alma do lobo, agora se revelam. Por isso eu digo: não existe nada mais perverso, não existe nada mais mesquinho, do que a pessoa ser possuído pela ambição e alimentar como principal característica de sua missão, a ingratidão de quem o trouxe até aqui".
Herculano
21/01/2019 10:11
"UM NOVO BRASIL ESTÁ NASCENDO"

Conteúdo de O Antagonista. Eduardo Bolsonaro antecipou os temas do discurso de seu pai em Davos, representados por Sergio Moro, Ernesto Araújo e Paulo Guedes:

"Vamos para Davos falar ao mundo que um novo Brasil está nascendo, com segurança jurídica ("rule of law"), que não enxerga o criminoso como vítima da sociedade, que não se associa a ditaduras e que sabe que um Estado gigante dá grandes margens a corrupção e ineficiência".
Herculano
21/01/2019 10:08
UMA CONSTATAÇÃO

O problema não é o imbecil que defende o PT. Nem o imbecil que defende o Bolsonaro. O problema é o imbecil.
Herculano
21/01/2019 10:08
ESTA É A RAZÃO PELA QUAL A ESMAGADORA MAIORIA DOS POLÍTICOS QUANDO NO PODER QUER O FIM DA IMPRENSA LIVRE, INDEPENDENTE E INVESTIGATIVA,ESCOLHE E COMPRA COM DINHEIRO DOS PESADOS IMPOSTOS DA POPULAÇÃO UMA PARTE DE OUTRA IMPRENSA SEM CREDIBILIDADE E FALIDA SOB TODOS OS ASPECTOS

FILHO DE BOLSONARO COMPROU R$ 4,2 MILHõES EM IMóVEIS EM 3 ANOS

Período das aquisições coincide com o da movimentação atípica identificada pelo Coaf

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon, Camila Mattoso, Italo Nogueira e Ana Luiza Albuquerque, das sucursais de Brasília e Rio de Janeiro.Documentos obtidos em cartórios mostram que o então deputado estadual e hoje senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) registrou de 2014 a 2017 a aquisição de dois apartamentos em bairros nobres do Rio de Janeiro, ao custo informado de R$ 4,2 milhões.

Em parte das transações, o valor declarado pelos compradores e vendedores é menor do que aquele usado pela prefeitura para cobrança de impostos.

O período da aquisição dos imóveis pelo filho de Jair Bolsonaro é o mesmo em que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) teria detectado movimentação de R$ 7 milhões nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, segundo reportagem do jornal O Globo publicada neste domingo (20).

O ex-motorista é investigado sob suspeita de ser o pivô de um esquema ilegal de arrecadação de parte dos salários de servidores do gabinete, prática conhecida como rachadinha.

Flávio começou na vida pública em 2002, tendo como único bem na época um Gol 1.0, segundo sua declaração de bens.

Em outro relatório, divulgado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, sobre movimentações atípicas na conta do filho do presidente, o Coaf identificou um pagamento de R$ 1.016.839 de um título bancário da Caixa ?"o órgão não teria conseguido identificar a data exata e o beneficiário.

De acordo com os documentos obtidos em cartórios, Flávio registrou em junho de 2017 a quitação de uma dívida com a Caixa no valor aproximado de R$ 1 milhão para aquisição de um dos apartamentos que comprou, no bairro das Laranjeiras. Segundo dados de uma das escrituras, o débito foi pago em 29 de junho daquele ano.

Segundo informações cartoriais, Flávio comprou o imóvel na planta, por valor declarado de R$ 1,753 milhão.

Ele se desfez do bem em 2017, quando fez uma permuta, recebendo em troca uma sala comercial na Barra da Tijuca e um apartamento em na Urca, além de R$ 600 mil em dinheiro ?"sendo R$ 50 mil em cheque e R$ 550 mil sem descrição da forma de pagamento?" para completar o negócio. Na escritura, o imóvel dado por ele tinha passado a valer R$ 2,4 milhões.

O novo bem, na Urca, teve valor registrado de R$ 1,5 milhão - vendido depois, em maio de 2018.

Em entrevista na noite de domingo ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, Flávio afirmou que o pagamento do título bancário se refere à negociação imobiliária. Ele levou papéis, mas não quis mostrá-los, afirmando que a imprensa não é o foro adequado para esse tipo de esclarecimento.

Segundo ele, a parte recebida em dinheiro vivo explica os depósitos fracionados em sua conta bancária.

Na sexta (18), o Jornal Nacional revelou que o senador eleito recebeu R$ 96 mil em um período de cinco dias, entre junho e julho de 2017. Foram 48 depósitos no valor de R$ 2.000, realizados em espécie no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

Segundo o senador eleito afirmou à Record, os depósitos foram fracionados em R$ 2.000 porque esse era o limite aceito no caixa eletrônico. No Itaú, único banco no qual o senador eleito tem conta declarada, o limite para depósito em espécie no caixa eletrônico é de fato R$ 2.000. Na Alerj, onde foram feitos os depósitos, há um autoatendimento do Itaú.

Outro apartamento adquirido pelo senador eleito entre 2014 e 2017 foi um na Barra da Tijuca, pelo valor de R$ 2,55 milhões. Para a compra, ele também pegou uma espécie de empréstimo, dessa vez com o Itaú, pelo valor de R$ 1,074 milhão.

O apartamento fica em uma das regiões mais nobres do bairro, na avenida Lúcio Costa, de frente para a praia, próximo do condomínio em que o pai tem casa.

No mesmo período, o senador eleito vendeu dois imóveis, um em Copacabana e outro também na Urca, pelo valor de, somados, R$ 2 milhões. Nos registros cartoriais também figura o nome da mulher de Flávio, Fernanda Antunes Figueira.

Atualmente, o salário de um deputado estadual do Rio é de R$ 25,3 mil brutos. Na entrevista à Record, Flávio afirmou que o salário de deputado é a menor parte de seus rendimentos. O maior volume viria da atividade empresarial - não especificou, porém, qual seria o negócio.

A Folha revelou em janeiro de 2018 que o presidente Jair Bolsonaro, à época deputado federal e pré-candidato, e seus três filhos que exercem mandato multiplicaram o patrimônio na política.

Com base em pesquisas cartoriais, a reportagem mostrou que até aquele mês eles eram donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio, como Copacabana, Barra da Tijuca e Urca.

A Folha também mostrou em janeiro do ano passado que Flávio havia negociado ao menos 19 imóveis nos últimos 13 anos.

A maior parte são 12 salas do Barra Prime, um prédio comercial. Todas foram vendidas para a MCA Participações, empresa que tem entre os sócios uma firma do Panamá. Ela adquiriu as salas de Flávio em novembro de 2010 - 45 dias depois de o deputado ter comprado 7 das 12 salas.

O senador eleito passou a ser protagonista da dor de cabeça do governo Jair Bolsonaro após a revelação das movimentações de Queiroz, em dezembro.

Quase um mês depois, agora ele é também foco do Ministério Público e demais autoridades. Com o agravamento da crise, o Palácio do Planalto iniciou estratégia para evitar que o episódio gere danos maiores.

A orientação recebida por integrantes da equipe ministerial é de que, a partir de agora, evitem comentar o tema em público, tratando-o como uma questão particular do filho do presidente.

O levantamento de dados pelo Coaf motivou reclamação do senador eleito ao STF (Supremo Tribunal Federal). Na semana passada, a corte suspendeu a investigação que envolvia Queiroz e Flávio.

A Folha enviou perguntas ao advogado e à sua assessoria no final da tarde e início da noite deste domingo, mas não obteve resposta.

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