Se a eleição fosse hoje, Kleber Wan-Dall teria dificuldades para se reeleger. - Jornal Cruzeiro do Vale

Se a eleição fosse hoje, Kleber Wan-Dall teria dificuldades para se reeleger.

19/03/2019

Mais de 84% não escolheram um nome para cravar nas urnas em 2020.

E a falha comunicação pode ser o maior erro da atual gestão, até aqui

Depois da surra dos políticos “amparados” em seus nomes famosos; dos partidos estruturados se diluírem na soberba; das verdades e das apostas dos “çabios” serem comidas nas urnas em outubro do ano passado, começou a temporada de “pesquisas”. É prevenção. É para o monitoramento dos grupos políticos e dos nomes de sempre, ou dos azarões de temporadas. Parecem que estão assustados com os resultados, as mudanças dos humores dos eleitores e estão apreensivos.

Eu tive acesso a duas pesquisas recentes feitas em Gaspar. Não as pedi. Vieram-me possivelmente pela credibilidade da coluna, ou para ser dar amplitude à audiência delas pela coluna tornando-as fato, notícia e comentário aqui, criando-se assim, o debate pela credibilidade a partir da minha análise.

Eu particularmente, afeito a esses trabalhos há décadas, no caso de Gaspar, após à olhada técnica, tenho algumas sérias restrições. E a primeira delas e mais forte, é que ambas as pesquisas não seguem bases demográficas do registro eleitoral da Comarca como gênero, extrato social, escolaridade e demografia por localidades gasparenses.

Isso pode significar desvio nos padrões e nos resultados. Entretanto, como as duas possuem pontos coincidentes nos resultados gerais, resolvi usar uma delas, para sustentar este artigo. E qual foi o critério para descartar uma? É que a que serviu de base foi vista pelo poder de plantão, por gente na Câmara e até em gabinetes da Assembleia Legislativa. Ou seja, teve trânsito e não podem me acusar de estar usando um trabalho ficcional.

AVISOS BEM CLAROS

Um número de cara chama atenção: 84,13% dos entrevistados dizem não possuírem candidato a prefeito de Gaspar para outubro de 2020. Ulala! Está longe? Está! Mas, não tão longe que haja tanta dúvidas.

Como assim 84,13%? O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, não está em árdua campanha para se reeleger? E supostamente não estando, não conseguiria sinalizar com o seu trabalho e fazer o seu sucessor? Dos poucos mais de 15% restantes e que dizem ter escolhido um nome numa lista de seis, Kleber tem algo em torno de um quinto da preferência. Ele perde, nesta ordem, para um ex-prefeito e um ex-candidato derrotado.

Só volta a entrar no páreo, quando confrontado em um círculo restrito de candidatos, todas cobras manjadas. Se é mudanças que se quer, nenhum nome foi testado pela pesquisa, como erraram as que montaram cenários para o outubro do ano passado e foram engolidas pela realidade “secreta” dos desejos dos eleitores.

Quer mais? Então vamos adiante, pois há um sinal perturbador nesta pesquisa à observação que sublinhei no parágrafo anterior.

A pergunta da pesquisa era esta: você está satisfeito com a administração do prefeito Kleber Wan Dall ou votará pela mudança? Sabe o que aconteceu? 46,64% cravaram que votarão pela mudança. Ai, ai, ai. O que não está claro na pesquisa é quantos desses que querem mudanças, votaram em Kleber e estão desistindo dele em outubro do ano que vem, se as eleições fossem hoje.

Só 34,45% se disseram satisfeito com Kleber e se habilitaram a pensar nele se ele for candidato.

Olhando bem as pesquisas, passa-se a desconfiar que o problema é o nome Kleber ou à assertiva que sempre escrevi aqui: a comunicação de Kleber, da prefeitura, do poder de plantão. Ela é errática; ela é feita por curiosos, ela é feita com o estômago; ela usa gente que não possui audiência e ou credibilidade para avalizar um governo, um trabalho, um resultado, mesmo nas críticas.

COMUNICAÇÃO TORTA E IMPRODUTIVA

Kleber se tornou repórter dele mesmo nas redes sociais, sem senso prático de resultados, sem direção, com conteúdo duvidoso e sem inspirar autoridade. É aplaudido pelos que emprega e seus parentes, os quais devem obrigação pela teta feita com o dinheiro dos pesados impostos de todos. O prefeito e a gestão estão isolados numa suposta bolha que a tem como sendo de sucesso e de contrapartida garantida no resultado. Coisa antiga.

Entretanto, como se vê, pela pesquisa e não pelos dos críticos ou supostos opositores, Kleber não está sendo reconhecido pelo que reporta, discursa e vende. Falta-lhe gente de credibilidade ou isenta, da comunidade – sem interesses de contrapartidas diretas - para defende-lo, projetá-lo, avalizá-lo.

A vingança é um prato que se come frio, diz um dito popular. Kleber e os seus estão servindo um prato quente e fora do ponto, tanto que decidiram nos últimos dias “comprar” os adversários e assim eliminá-los na como concorrentes de outubro do ano que vem. Corre um sério risco dessa manobra não dar certa, como apontam as pesquisas até aqui.

Ora, se tão poucos o escolhem Kleber entre seis supostos candidatos – e muitos deles não representam mudança alguma - e mais de 84% deixam aberto à corrida, é porque aí tem algum recado claro embutido. E está na hora do poder de plantão se coçar, mudar, criar saídas reais, porque outubro de 2020 está logo ali. E se não pensar nisso, poderá repetir o outubro do ano passado.

E por que insisto que há um recado embutido no resultado da pesquisa e a comunicação é pífia – cara, malfeita e por curiosos, mal distribuída e em alguns casos utilizada para a vingança? Porque os mesmos que sonegam o nome de Kleber como candidato, aprovam-no em 49,6% como prefeito, contra 33,93% que o desaprovam. A diferença, 16,47% não souberam opinar.

Querem outros dados que mostram que há uma rejeição primária ao nome de Kleber, ou má comunicação? A secretaria da Saúde era considerada um lixo nas avaliações que tive acesso anteriormente. Hoje, esse quadro está praticamente revertido: 1,74% acha-na ótima, 35,71% a têm como boa, 29,37% como regular e só 26,79%, apesar de expressivos – mas está na média brasileira -, acham-na péssima. Outros, 6,35% não a avaliaram.

Como algo que não está bom, mas avançou muito segundo à percepção dos entrevistados, não está associado a resultados do prefeito Kleber? O que adianta melhorar, se isso não consegue ser atribuído a alguém?

OBRAS AINDA NÃO O AJUDAM

E para encerrar e provar que há uma rejeição primária de Kleber ou erros de comunicação para quem já leu centenas de pesquisas – de produtos, mercados, lançamentos, comportamento de consumidor e eleitorais - por ofício, outra parte dela dá pistas.

A aposta de Kleber - onde botou quase todas as fichas para disputar um novo mandato - é para o setor de obras. Ele quer ser reconhecido como realizador e que transformou a cidade num canteiro.

Mas, vejam. Quando se perguntou à avaliação da secretaria de Obras [ e Serviços Urbanos e por injunção, a secretaria de Planejamento Territorial], as respostas não superaram à então problemática secretaria da Saúde e que está em recuperação depois da estadia na UTI: 1,59% acha-na ótima; 39,68% boa, 30,75% regular, 23,02 péssima; 4,56% não soube avaliar e 0,45% não respondeu.

Ora, se a cidade está num canteiro de obras, à vista de todos e por todos os lados; se a comunicação tenta ligar Kleber e a administração com obras e seus resultados, ou promessas de resultados, alguma coisa, revela a pesquisa, não está funcionando a favor da ideia, da estratégia e dos gestores, mesmo se reconhecendo que a maior parte das obras não está disponível ou pronta para a sociedade usufruir.

Mas, lembro, que a expectativa cria uma repercussão positiva e uma precificação. E isto não está acontecendo. E deve ter alguma causa que a pesquisa não revelou ou não pesquisou.

E uma das coisas que pode estar complicando esta percepção, é o fato de que tudo começa e não se termina. A outra podem ser as dúvidas que pairam sobre este fato que envolvem milhões, associada à pouca transparência da gestão de Kleber e das obras.

Pior do que isso, corre na cidade, por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens, exibição de status e posses de gente ligado ao poder em pouco tempo de governo e que não tinham tais status, comportamento e posses. À mulher de César, como diz, não basta ser honesta. Antes é preciso representar isso. E na representação, os que circundam Kleber, estão permitindo outras e diversas interpretações no imaginário popular. E depois que isso pega, não há praga – como se roga no antídoto - que livre essa percepção do povo usado pelos adversários.

E por que usei esta pesquisa para este comentário, entre duas que olhei? Além do que já argumentei anteriormente, porque se trata de material que é de gente próxima ao poder de plantão e não poderia me acusar de estar a serviço de uma suposta oposição. Acorda, Gaspar!


Da esquerda para a direita: presidente Ciro e o ex-presidente Sílvio contra a manobra do governo Kleber para enfraquecer a Câmara. Roberto Procópio pediu o primeiro adiamento

No ambiente parlamentar, vence quem é mais articulado e possui votos

Está na pauta da sessão de hoje da Câmara de Vereadores de Gaspar, a Emenda Aditiva nº 01/2019. Ela é de autoria dos vereadores Ciro André Quintino MDB e presidente da Câmara; Dionísio Luiz Bertoldi, representando a bancada do PT; Silvio Cleffi, PSC, ex-presidente e um dos autores do Projeto de Lei; bem como Wilson Luiz Lenfers, representando o PSD. A emenda “acrescenta dispositivos ao PL 117/2018”. Este PL cria um fundo, de médio prazo, para se fazer a sede própria do Legislativo.

Esta emenda, na verdade e nada mais do que isso, é a reafirmação da independência do Legislativo gasparense. Não para se ter uma sede própria, objetivo do fundo, do referido PL e da emenda, mas para não permitir à submissão quase que doentia dos que estão no poder de plantão no Executivo municipal.

A emenda 01 foi fruto de negociações havidas desde o ano passado, mas que depois de acertadas nos bastidores, foram manobradas seguidamente em plenário, no palanque, nos discursos demagógicos, nas entrevistas para se postergar. O objetivo? Criar um anti-climax na cidade contra a Câmara e os vereadores.

Se há interesses econômicos, imobiliários ou políticos em jogo, escolheu-se a pior maneira para se tratar deste assunto publicamente. A birra, na verdade, é uma retaliação dos da prefeitura contra o autor do PL, Silvio e o que levou o assunto adiante neste ano, Ciro. Explico mais adiante.

A decisão que poderá ser tomada hoje – pois não está descartada nenhuma outra manobra regimental -, foi adiada da terça-feira passada.

Naquela terça, finalmente, depois de tudo decidido, eis que surgiu o requerimento da vereadora Franciele Daiane Back, PSDB. Ela fazia o jogo da base do governo de plantão, para não levar o PL à votação. O Executivo vem se escondendo nessas manobras e no ano passado, aproveitou-se da aproximação do então oposicionista ferrenho Roberto Procópio de Souza, PDT, e viu a matéria ser adiada para este ano, sob o argumento da necessária composição e que não valeu, quando o assunto chegou à pauta de votação na terça da semana passada.

Jogo dissimulado. Procópio, na composição para ter a maioria no Legislativo no final do ano passado, era o candidato do governo à presidência da Câmara. E o adiamento da votação da matéria no ano passado, era uma manobra clara para enterrar o assunto. Deu errado! Procópio não foi eleito presidente da Câmara. Perdeu no voto. Então...

O JOGO DO CONTRAPONTO

Também está na pauta de votação de hoje, emenda modificativa e aditiva 02/2019, de autoria dos vereadores Evandro Carlos Andrietti, Francisco Hostins Junior, Francisco Solano Anhaia, todos do MDB, bem como José Ademir Moura, PSC, suplente do mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP e Roberto Procópio de Souza, PDT, que compõem à atual base do governo. Ela modifica e acrescenta dispositivos ao mesmo PL 117/2018.

Resumo: está clara, mais uma vez, a interferência do Executivo no Legislativo. Foi por isso, que Kleber e sua turma perderam, e por duas vezes, a presidência da Câmara, quando escolheu e enfiou goela abaixo seus candidatos: silenciosamente Silvio surpreendeu e derrotou Franciele, enquanto que Ciro, como o mesmo silêncio e muita articulação nos bastidores, ganhou de Procópio.

Kleber e sua gente, parece que não aprenderam, ou não estão tendo o cuidado suficiente para se distanciarem das cascas de bananas que estão do outro lado da rua e fazem questão de atravessá-la para escorregarem lá. Neste caso, ardilosamente e para não aparecerem, depois de ganharem quase cinco meses de negociação, movimentaram entidades para serem contra o projeto e fingirem que estão de mãos limpas.

Quem tem voto, articula, vota, ganha e segue adiante. Quem não tem voto, manobra, discursa, desgasta o oponente e perde. Parece que quem tem voto não entendeu que é hora só de votar, não confrontar, fazer escada e cair na armadilha de quem não possui votos.

O orçamento de Gaspar é de R$ 257 milhões. A Câmara tem direito a 7% dele: R$18 milhões. Está na lei em vigor, que trata do duodécimo. A Câmara gasta em média R$5 milhões (no ano passado foi R$4,8 milhões), ou seja, devolve R$12 milhões para a prefeitura. O fundo vai acrescentar R$600 mil aos R$5 milhões e que seriam facilmente absorvidos nos R$9 milhões que já estão orçados pela Câmara para este ano.

Ora, se a Cãmara não tem direito aos 7% que estão na lei, que mudem a lei. E não fiquem Executivo e vereadores neste nhemhemehm, que só desgasta o Legislativo.

Não se trata de criar cargos, tetas, espertezas e vantagens pessoais, assessoramento e outras inutilidades como já me posicionei contra aqui e a sociedade, acertadamente, barrou.

Trata-se de criar patrimônio, como fez recentemente o Executivo ao comprar o prédio do antigo Besc, aqui no Centro, e com a aprovação da Câmara, para abrigar a biblioteca municipal. Trata-se de ir para um local projetado para tal, sem improvisos. Não é dinheiro dos pesados impostos que vai para o ralo para pessoas, cabos eleitorais disfarçados de empregados públicos...

Como se vê, olhando os números, sabe-se claramente que o Executivo não briga por economia – que desperdiçará muitas vezes nas obras que está fazendo sem planejamento, controle e fiscalização e como demonstrei em artigo anterior, não está contribuindo para a reeleição. Briga para desgastar o presidente Ciro André Quintino, que Kleber, Carlos Roberto Pereira e outros não queriam vê-lo na presidência da Câmara e os incomoda no seu voo solo no MDB.

E ao desgastá-lo [Ciro], quer levar junto Silvio – o autor da ideia, que traiu à base do governo em 2017 e virou oposição. Kleber, os seus, incluindo aí os vereadores situacionistas, estão minando à necessária independência de um poder, para não ficar refém dos inquilinos temporários da prefeitura. Nem mais, nem menos.

Quem vencerá se não houver bom senso? Aquele que tiver articulação, liderança e votos. Os perdedores ficarão mais uma vez com os discursos, o teatro, o espetáculo, as manobras, o palanque, as entrevistas sem perguntas... Acorda, Gaspar!

A eleição de Jovino para voltar ao comando do Sintraspug é uma vitória do governo Kleber.

Ele está interferindo em tudo, menos naquilo que é da sua alçada na prefeitura

Qual a melhor imagem do então professor paz e amor Jovino Emir Masson? Ato 1: o dia em que ele como presidente do Sintraspug, acertou no fio do bigode – sob o amparo de advogados - uma negociação com a comissão da prefeitura liderada pelos petistas Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa para uma recomposição ínfima aos servidores. Ato 2: o dia em que o acordo foi para homologação na Câmara, e o então líder do governo, José Amarildo Rampelloti, PT, tentou passar a perna no Jovino, no Sindicado, nos servidores atestando que não havia acordo nos termos que se estabeleceu na negociação. Bafafá. Ato 3. E tudo voltou ao combinado, não porque Jovino pulou no pescoço dos representantes da prefeitura, mas porque com a ajuda da imprensa livre, o PT viu se estabelecer como um caco na palavra empenhada.

Mas esta não é a razão deste comentário e que parte dele, meus leitores e leitoras já degustaram na área de comentários da coluna de sexta-feira, expressa no portal Cruzeiro do Vale, o mais acessado e atualizado, de Gaspar e Ilhota. É como a prefeitura de hoje tentou interferir no processo. Nos bastidores, aliás, vem “cantando” vitórias. Se for verdade, Jovino está obrigado não ao desmentido formal, mas em fatos e resultados para os quais será testado desde logo com a pauta de reivindicações do contrato coletivo de trabalho.

Vamos aos fatos. Depois de perder duas vezes quando se meteu na Câmara - onde não deveria se meter - criando dois candidatos à presidência de um poder que não é seu e que por causa disso perderam quando tudo estava certo de que ganhariam; depois de levar uma surra sem tamanho nas urnas de outubro passado, o governo de Kleber Edson Wan Dall, o MDB e o PP diz que tem algo para comemorar: a eleição ontem Jovino Emir Masson.

Que história esquisita é esta?

Jovino nega que tenha sido candidato do governo, mas ao mesmo tempo, admite que não poderia renegar esse "apoio" espontâneo e de oportunidade. E os alinhamentos claros dos seus dois concorrentes não deixam nenhuma dúvida ao ex-presidente de que foi favorecido pelas circunstâncias.

Três chapas concorreram à presidência do Sintraspug. A chapa 1 tinha como candidato Serlau Antunes, servidor combativo e sempre envolvido no Sindicato. Recebeu 140 votos. Ele se intitulava contra o poder de plantão e contra possíveis concessões. E quando o seu discurso duro e intransigente em defesa do servidor foi associado a setores do PT, Serlau prontamente o rejeitou. "Fui eleitor de Bolsonaro e Moisés", retrucou-me, certa vez. Então...

A chapa 2, vencedora da votação, foi encabeçada por Jovino, e recebeu 252 votos. Usou o ativo de ex-presidente e a moderação que marcou a sua gestão no tempo em que teve que enfrentar o petismo das gestões de Zuchi e Mariluci. Entre as três chapas, o entorno de Kleber viu em Jovino, simplesmente, um dano menor a ser enfrentado. Fantasiou-se e apostou.

A última chapa, de número 3, tinha como representante o professor Lodemar Schmidt. Ele ficou em segundo lugar e recebeu 161 votos. Tinha apoio explícito do PT, da CUT e por conveniência, da atual diretoria do Sindicado, liderado por Lucimara Rozanski Silva. Mesmo se revelado uma surpresa e se doando à causa dos servidores em duras contendas com o Kleber, não quis ir à reeleição e por várias razões. Entre elas, a de que a grana anda curta para o Sindicato depois da Reforma Trabalhista, de Michel Temer, MDB.

Lodemar chegou a ser barrado na eleição. Ela estava marcada inicialmente para o dia primeiro de março. Voltou ao jogo por decisão da Justiça do Trabalho e a eleição remarcada para sexta-feira passada. A derrota dele é significativa para o PT, para o sindicalismo raiz e mostrou que o professorado não conseguiu fazer a diferença na eleição como projetou, principalmente em função da disputa com Jovino.

Quatro servidores que foram à Câmara e votaram nulo, num universo de 557 votantes. Agora, é esperar a posse. É uma vitória de Kleber? Talvez! Mas, por falta de opção. A prova dos nove virá logo, quando terá que sentar à mesa para negociar com o Sindicato. Acorda, Gaspar!

O que é feito das multas de trânsito em Gaspar?

É isso que quer descobrir o funcionário público (Samae) e vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, num requerimento que mandou ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB há uma semana. Este questionamento, evidencia outra vez, a continuada falta de transparência da gestão sobre as receitas e aplicações delas em obrigações determinadas pela legislação em vigor.

Cícero quer cópias de documentos e comprovantes da arrecadação municipal com a cobrança das multas de trânsito em 2018; quanto foi gasto com sinalização? Quanto foi gasto em engenharia de tráfego? Quanto foi gasto com engenharia de campo? Quanto foi gasto com policiamento? Quanto foi gasto com fiscalização? Quanto foi gasto com educação de trânsito?

E por que ele quer saber isso? Porque, segundo ele, o Código de Trânsito Brasileiro, determina no artigo 320, §2º, que os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) devem publicar os dados completos sobre a receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua destinação, e a presente proposição tem como objetivo melhorar o detalhamento e tornar mais transparente as informações relativas a este processo para a população.

“A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito”. Parágrafo 1º: o percentual de cinco por cento do valor das multas de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta de Fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de trânsito. Parágrafo 2º: o órgão responsável [ que em Gaspar é a Ditran – Diretoria de Trânsito - deverá publicar, anualmente, na rede mundial de computadores (internet), dados sobre a receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua destinação.”

Pois é. Bingo. Novidade se fosse diferente. Segundo o vereador Cícero, na justificativas que mandou ao prefeito, “as informações presentes atualmente no Portal da Transparência do município de Gaspar encontram-se incompletas, considerando as determinações legais previstas na Constituição Federal e na Portaria 85/2018, do Denatran. Portanto, em conformidade com a Lei Federal nº 12.527/2011, que regulamenta o direito constitucional das pessoas ao acesso às informações públicas, entendemos ser importante que as informações, os demonstrativos mensais de arrecadação e destinação de recursos decorrentes da aplicação de multas de trânsito, no solo municipal, sob a jurisdição da Secretaria de Segurança e Superintendência de Trânsito, estejam de forma completa e adequadamente divulgadas no site oficial do município de Gaspar”.

A Indefesa Civil retratada no desfile de 85 anos de Gaspar

A Defesa Civil de Gaspar no tempo do governo petista de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa sempre foi um lugar de emprego e decoração, apesar de essencial para a cidade e a proteção dos cidadãos. Kleber Edson Wan Dall, MDB, resolveu mudar essa história e mudou, minimamente e com muito atraso, com cabo bombeiro militar Rafael Araújo Freitas. Era um alento.

Como Rafael se negou a ser cabo eleitoral e segurar bandeiras de partidos e candidatos pelas esquinas de Gaspar na faisqueira de outubro do ano passado, o presidente do MDB, o prefeito de fato e secretário da Saúde, Carlos Roberto Pereira, que já foi bombeiro militar e hoje é advogado, resolveu mexer os pauzinhos e mandar o Rafael de volta para o quartel. E para o lugar dele, trouxe o sub-tenente reformado bombeiro militar, Evandro de Mello do Amaral. Ele nem aqui mora e nem está disponível para as agruras das intempéries, como já ficou demonstrado várias vezes em tão pouco tempo de dono do cargo.

Há quem reclame dos meus comentários sobre o desleixo que virou a Defesa Civil de Gaspar. São, casualmente e podem ser comprovados e comparados, os mesmos que tinham opinião igual à minha nos tempos de Zuchi, para algo tão essencial num ambiente exposto às tragédias naturais, principalmente as cheias do Rio Itajaí Açú. Então não fui eu quem mudou nas queixas e críticas.

E para mostrar a decadência da Defesa Civil de Gaspar dela ter recebido um sopro de avanço, posto duas fotos. Uma mostra o desfile dela ontem nestes 85 anos de Emancipação. Está raquítica na representatividade para quem já teve quase 100 voluntários. E outra, para comparar, o desfile do ano passado nos mesmos festejos. Ah, onde estava Evandro? No palanque, de colete chamativo para ser visto por seus pares, ao invés de estar gastando sola de sapato com os voluntários e se apresentar à população. Acorda, Gaspar!

Trapiche

Do autor de novelas e que antes de ser escritor e roteirista, foi repórter setorista de Polícia, Aguinaldo Silva, na sua conta do twitter:

“O eterno ‘dimenor’ Peter Pan se daria muito bem no Brasil. Poderia cometer o crime que quisesse e jamais seria punido. Que o diga o número 03 do massacre de Susano. Prestou depoimento, disse que estava triste por não ter participado diretamente do crime e foi liberado”.

Por favor, não culpem o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Apontem o dedo para os que fazem uso dele, com interpretações pessoais nas suas decisões, mal usando e debochando desse conjunto de regras.

Horário de barnabé. O site da Câmara de Gaspar, continua falhando aos finais de semana. A única coisa que funciona é a capa que o estampa. Os links são inacessíveis. O cidadão pagador de pesados impostos, não pode estar sujeito aos horários ou dias dos funcionários públicos para fiscalizá-los.

Samae inundado. No desfile de ontem, o Samae apareceu com dez viaturas. Nove eram dirigidas por comissionados e uma por um efetivo em cargo de confiança.

Começou cedo. O deputado Ivan Naatz, PV, de Blumenau, ex-vereador, ex-suplente pelo PDT e advogado, conhecido pelos temas polêmicos, está metido em mais uma outra. O Ministério Público Estadual está averiguando uma denúncia de nepotismo cruzado com o gabinete dele com o do vereador de Itajaí, Eduardo Ilto Gomes, PRB, o Eduardo Kimassa.

O vereador empregou o filho de Naatz, Uillian. Já o deputado, absorveu no gabinete para atuar em Itajaí, a mulher do vereador, Sabrina Steil.

Os pés em duas barcas. O mais ferrenho dos oposicionistas da gestão do MDB e PP na Câmara de Gaspar era o vereador, Roberto Procópio de Souza, PDT. Ele agora, é Kleber Edson Wan Dall, MDB, na composição de cargos que conseguiu. Mas, nas fotos, como as de segunda-feira durante do desfile, ele posou com antigos do PT, PSD e Silvio Cleffi, e no palanque oficial.

Comentários

Herculano
21/03/2019 19:33
UM BRASIL, EM REVISÃO

Dois ex-presidentes presos

Cinco ex-governadores do Rio de Janeiro, presos

Sintomático
Herculano
21/03/2019 19:31
ENTRE POUCOS. SEMPRE OS MESMOS. NADA MUDA.

MAIA SE ENCONTROU COM GILMAR MENDES DURANTE PRISÃO DE TEMER

Reunião não constava nas agendas oficiais do presidente da Câmara nem do ministro do STF

Conteúdo da Agência O Estado. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, estavam juntos na residência oficial da Câmara dos Deputados no momento em que o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-ministro Moreira Franco (MDB), sogro de Maia, foram presos na manhã desta quinta-feira, 21.

O ministro saiu da casa de Maia às 10h40. O encontro entre os dois não estava previsto na agenda do presidente da Câmara e nem de Gilmar Mendes. Temer recebeu voz de prisão em São Paulo por investigadores da Operação Lava Jato, quando saía de sua residência logo no início da manhã, na Rua Bennet, no Jardim Universidade, zona oeste da capital paulista - antes de Mendes sair da casa de Maia.

Já quando Moreira foi preso, o ministro já havia deixado a residência oficial. Moreira Franco estava em uma via expressa do Rio logo após chegar no aeroporto do Galeão quando foi abordado pela Polícia Federal. Ele estava em Brasília, onde ontem participou de uma reunião do MDB.

A ordem das prisões é do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, que já foi alvo de críticas de Gilmar Mendes. Na decisão em que autorizou a prisão do ex-presidente, Bretas argumenta que o caso não tem relação com a operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio que prendeu o ex-governador Sérgio Cabral, e sustenta não ver relação dos fatos com crimes eleitorais.

Os dois argumentos, caso considerados pelas cortes superiores, podem evitar que recursos apresentados pelo ex-presidente sejam analisados pelo ministro do Supremo ou que a investigação seja direcionada pela Justiça Eleitoral. Mendes é o relator no STF de todos os casos conexos com a Calicute. "Apenas para evitar confusões a respeito da competência para eventual impugnação desta decisão, repito que estes autos guardam relação de conexão e continência com a ação penal derivada da denominada operação Radioatividade e seus vários desdobramentos", afirma Bretas.

Também foi decretada a prisão preventiva de João Batista Filho, o coronel Lima, amigo do ex-presidente, e da mulher dele, Maria Rita Fratezi; seu sócio, Carlos Alberto Costa; e o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro. Há decretos de prisão contra Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale, Ana Cristina Toniolo, e Carlos Alberto Montenegro Gallo.
Herculano
21/03/2019 19:22
PRESO, MICHEL TEMER É INVESTIGADO EM 10 INQUÉRITOS

Foi detido nesta 5ª feira (21.mar)

São 7 inquéritos e 3 denúncias

Conteúdo de Poder360. Pesquisa e texto de Amanda Gralha, de Brasília. O ex-presidente da República Michel Temer (MDB), 78 anos, preso preventivamente nesta 5ª feira (21.mar.2019), é alvo de 10 investigações. Dentre elas, há 7 inquéritos e 3 denúncias, todos correndo em 1ª Instância.

O mandado foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, com base na delação do operador do MDB Lúcio Funaro.

ENTENDA O CASO
Temer assumiu a Presidência após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em agosto de 2016. Ao terminar o mandato, perdeu o foro privilegiado, de forma que as investigações caberão à Justiça Federal.

Em entrevista, o advogado do ex-presidente, Brian Alves, declarou que ainda não teve acesso à decisão judicial e, por isso, desconhece o motivo de sua prisão. "Após ter acesso, vamos avaliar se pediremos 1 habeas corpus", disse o advogado.

CASO DOS PORTOS
Michel Temer foi denunciado em dezembro de 2018 pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro no inquérito que apurava esquema criminoso envolvendo o setor de portos.

Sofreu acusação de beneficiar empresas do setor portuário em troca de propina no valor de R$ 5,9 milhões. A acusação tramita em 1ª instância na Justiça Federal, em Brasília, desde janeiro.

JANTAR NO JABURU
Temer e ministros de seu governo foram acusados de negociarem, com a Odebrecht, R$ 10 milhões em doações ilícitas para o MDB, durante jantar no Palácio do Jaburu em 2014.

'QUADRILHÃO DO MDB'
O emedebista responde por supostamente liderar organização criminosa. O grupo é acusado de receber propina de R$ 587 milhões em troca de favorecer empresas por meio de contratos com Petrobras, Furnas e Caixa.

JBS
Ex- mandatário é acusado de receber mala com R$ 500 mil de propina e de R$ 38 milhões em vantagem indevida pela JBS.

NOVAS INVESTIGAÇÕES
PÉROLA S.A.
Temer é suspeito de participar de contrato fictício para prestação de serviço no Porto de Santos no valor de R$ 375 mil. A acusação faz parte do caso dos portos e tramita na Justiça Federal em Santos (SP).

ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA
Maristela Temer, filha do ex-presidente, e outros envolvidos, foram acusados de lavar R$ 56 mil por meio de suposta reforma, que foi paga em dinheiro vivo.

ARGEPLAN
Empresa do Coronel João Baptista Lima, Argeplan, foi "em atendimentos de demandas da vida pública e privada do excelentíssimo presidente Temer", declarou o delegado do caso, Cleyber Malta Lopes, da Polícia Federal. O coronel foi acusado de demandar, com o consentimento do ex-presidente Michel Temer, R$ 1,1 milhão a José Antunes Sobrinho.

ARGEPLAN & FIBRIA CELULOSE
Mais 1 contrato suspeito entre as empresas Argeplan e Fibria Celulose, que atua no porto de Santos (SP) no valor de R$15,5 milhões, além de 58 transações entre a Construbase Engenharia LTDA e a PDA (Projeto e Direção Arquitetônica), entre 2010 e 2015, no valor de R$17,7 milhões.

O QUE DIZ A DEFESA
Em nota assinada pelo advogado Eduardo Pizarro Carnelós (leia a íntegra), a defesa do ex-presidente afirma que a prisão do emedebista "constitui mais 1, e do mais graves, atentados ao Estado Democrático e de Direito no Brasil".

De acordo com o texto, "os fatos objeto da investigação foram relatados por delator, e remontam ao longínquo 1° semestre de 2014". O advogado afirma ainda que "tais fatos são também objeto de requerimento feito pela procuradora-geral da República ao STF, e o deferimento dele pelo ministro Roberto Barroso, para determinar instauração de inquérito para apurá-los, é objeto de agravo interposto pela Defesa, o qual ainda não foi julgado pelo Supremo".
roberto carlos
21/03/2019 19:07
NOVIDADES!

MAIS COMISSIONADOS ENTRANDO NA PREFA..

CONSULTOR JURIDICO
ELIANIR MARINHO DA SILVA CAMINHA
Estava mamando na teta na ALESC como LIDERANCA DO PSD, Detalhes. Comissionado, 3.194,37.

Herculano
21/03/2019 18:58
A COLUNA DESTA SEXTA-FEIRA

A coluna inédita Olhando a Maré desta sexta-feira é exclusiva para o jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação, o de maior credibilidade, o de maior independência e que não tem rabo preso com o poder de plantão de Gaspar e Ilhota.

Ela já está sendo impressa para ser distribuída mais tarde. Aqui, vai ser disponibilizada ao final da noite. Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
21/03/2019 13:37
Senhores,

Nas Gerais, comenta-se que a tal dilmaracutaia, a defenestrada, está com o "fiofó" que não passa um WhatsApp. . .uai, sô!!!

Bem-feito para o Temer!
Quem mandou misturar-se com os PeTralhas?

Com dois ex-presidentes presos, vale um supremo alô: "temos que manter isso aí, viu. . .
Herculano
21/03/2019 11:58
MOTIVO DA IRA

De Ricardo Noblat, de Veja, no twitter:

Agora é possível entender por que Rodrigo Maia, presidente da Câmara, bateu, ontem, tão forte no ministro Sérgio Moro, chamando-o de reles "funcionário" do presidente Bolsonaro. O ex-ministro Moreira Franco é pai da mulher de Maia.
Herculano
21/03/2019 11:53
DIAS DIFERENTES

De José Nêumanne Pinto,no twitter:

Juiz de primeira instância, Marcelo Bretas, da Lava Jato, manda prender Temer, tirando de Lula a condição singular de ex-presidente preso. Com Dilma também prestes a ter idêntico destino, o Brasil tinha mesmo de arquivar hábitos que Congresso e STF insistem em manter. Até quando?
Herculano
21/03/2019 11:50
A DELAÇÃO QUE ESTÁ NA BASE DA PRISÃO DE TEMER

Conteúdo de O Antagonista. A prisão de Michel Temer é fruto, principalmente, da delação de José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix.

Antunes Sobrinho revelou o repasse de R$ 1,1 milhão para o coronel aposentado da Polícia Militar João Batista Lima Filho, amigo de Temer, por meio da empresa PDA.
Herculano
21/03/2019 11:47
OUTRA PERGUNTA

Vai haver Temer Livre, acampamentos por onde ele passar preso?
Herculano
21/03/2019 11:45
PERGUNTAR NÃO OFENDE

Quando a Lava Jato vai chegar aos municípios onde os seus políticos no poder de plantão sempre dizem ter na mão a polícia que faz os inquéritos, o Ministério Público que denuncia e a Justiça que julga?
Herculano
21/03/2019 11:43
FIM DO DISCURSO VITIMISTA DE LULA

Conteúdo de O Antagonista. Com a prisão de Michel Temer, o discurso vitimista de Lula perde ainda mais sentido.

Ele não é mais o único ex-presidente preso.
Herculano
21/03/2019 11:39
MICHEL TEMER É PRESO PELA LAVA JATO. POLÍCIA FEDERAL FAZ BUSCAS POR MOREIRA FRANCO

Conteúdo do portal G1. Apuração e textos do repórter da TV Globo Arthur Guimarães, Paulo Renato Soares e Marco Antônio Martins, do G1 Rio

O ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira (21) pela força-tarefa da Lava Jato. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.

Preso, Temer é levado para o Aeroporto de Congonhas, onde vai embarcar em um voo e será levado ao Rio de Janeiro. O ex-presidente vai fazer exame de corpo de delito no IML em um local reservado. Ele não deve ser levado à sede da Polícia Federal da Lama.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.

Desde quarta-feira (20), a PF tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou.

O G1 ligou para a defesa de Temer, mas até as 11h25 os advogados não haviam atendido a ligação. Ainda não está claro a qual processo se referem os mandados contra Temer e Moreira Franco.

O ex-presidente Michel Temer responde a dez inquéritos. Cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que o emedebista era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a primeira instância.

Entre outras investigações, Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. O caso, que está com o juiz Marcelo Bretas, trata das denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix. O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento do presidente Michel Temer. A Engevix fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3.
Miguel José Teixeira
21/03/2019 11:31
Senhores,

Jornal de Brasília sai na frente:

Temer preso

http://www.jornaldebrasilia.com.br/politica-e-poder/ex-presidente-michel-temer-e-preso-pela-lava-jato/
Herculano
21/03/2019 11:09
QUANDO ACREDITAMOS QUE A TERRA É PLANA, QUE O UNIVERSO FOI CRIADO POR UMA DIVINDADE E QUE A CIÊNCIA É COISA DO DEM?"NIO OU DE GENTE DOIDA, NEGAMOS A CAPACIDADE QUE TIVEMOS PARA SAIR DAS CAVERNAS E EVOLUIR ATÉ AQUI

ESTA NÃO É FAKE NEWS. POLÍTICO ANTIVACINAS DA EXTREMA DIREITA ITALIANA É INTERNADO É INTERNADO COM CATAPORA. JOVEM, DA ERA DIGITAL, COM ACESSO ESPLENDOROSO A QUALQUER INFORMAÇÃO, PROVAS E CONTRA-PROVAS. COMO TODO POLÍTICO, PREFERIU INVOLUIR COM PARTE DE ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E FANÁTICOS DE SEU ELEITORADO

Massimiliano Fedriga classificou como 'stalinista' o programa de vacinas obrigatórias contra 12 doenças. Agora, mudou o discurso.

Político do primeiro escalão da Liga, partido de extrema direita da Itália, que tem como líder Matteo Salvini, chefe do governo em Roma, Massimiliano Fedriga classificou como "stalinista" o programa de vacinas obrigatórias contra 12 doenças, estipulado em seu país em 2017.

Massimiliano Fedriga é o principal porta-voz do movimento antivacinas na Itália, mas teve que ser internado e passou cinco dias em um hospital, após contrair catapora.

"Ironicamente", segundo o jornal italiano La Repubblica, "ele contraiu uma das doenças de cuja vacina pedia o fim", a catapora. "Estou bem, estou me recuperando em casa", escreveu ele nesta terça-feira (19) em suas redes sociais, depois de passar vários dias sob vigilância médica. Agora, o presidente da região Fruili-Venezia Giulia diz que não apoiará mais movimentos antivacinação.

A mudança de discurso após a internação surpreendeu o jornal italiano. "Eu sempre disse que sou a favor das vacinas, mas, para obter resultados, você tem que entrar em acordo com as famílias, não se impor", disse Fedriga, observando que seus filhos foram vacinados. "Então, por que ele não era?", questiona o diário, na Itália.
Herculano
21/03/2019 10:58
TODOS IGUAIS

A militância virtual é igual em métodos e idiotia seja na esquerda do atraso como na direita xucra. Em comum para ambos espectros é a impossibilidade de se perceber que possa haver gente que pense e se expresse diferente e com autonomia do cabresto do militante
Herculano
21/03/2019 10:49
IMPOPULAR ATÉ GERAR EMPREGOS, AUTONOMIA E SATISFAÇÃO AOS CIDADÃOS

De Carlos Andreazza, no twitter

Alta popularidade de governo é quimera. O normal é governo impopular. Normal é não gostar de governo. Bom é governo impopular. A reforma da Previdência é impopular. Se a encaixar e a economia tracionar, o governo pode ser impopular à vontade. Periga até ser impopular e reeleito.
Herculano
21/03/2019 10:43
da série: chegou a vez da impunidade das redes sociais

STF DETERMINA BISCAS EM INQUÉRITO SOBRE OFENSAS A MINISTROS DA CORTE

Conteúdo do portal G1. Apuração da repórter da TV Globo de Brasília, Camila Bonfim e Mariana de Oliveira. Mandados são cumpridos por agentes da Polícia Federal em São Paulo e Alagoas. Nesta semana, presidente do STF abriu investigação sobre ofensas e ameaças aos ministros.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou as primeiras medidas no inquérito que investiga ofensas a ministros da Corte. As ações estão sendo cumpridas na manhã desta quinta-feira (21) e incluem busca e apreensão nas casas de suspeitos em São Paulo e Alagoas. A investigação corre em sigilo.

Nesta quarta-feira (20), o ministro, que é relator da investigação, indicou dois delegados para atuar no caso. Foram designados para a investigação o delegado federal Alberto Ferreira Neto, chefe da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Fazendários, e o delegado Maurício Martins da Silva, do Departamento de Inteligência da Polícia Civil de São Paulo.

Moraes anunciou ainda que a servidora do Supremo Cristina Yukiko Kusahara vai organizar, dentro da Corte, os trabalhos da equipe responsável pelo inquérito.

O despacho de Alexandre de Moraes que designou os nomes dos primeiros investigadores que o auxiliarão no inquérito permite, oficialmente, o início das investigações.

Na última quinta (14), o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, anunciou no plenário da Corte a abertura de um inquérito para apurar "notícias fraudulentas", ofensas e ameaças a ministros do tribunal. Na ocasião, Toffoli informou que Alexandre de Moraes - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo - iria conduzir as investigações.

O inquérito foi alvo de críticas de procuradores da República que atuam na Operação Lava Jato, juristas e até mesmo integrantes do STF. Um dos magistrados mais antigos da Suprema Corte, o ministro Marco Aurélio Mello foi uma das vozes críticas à decisão de Dias Toffoli.

Alvo de buscas
Um dos alvos das buscas em Alagoas nesta quinta, o advogado Adriano Laurentino de Argolo, afirmou não ser o autor de algumas das mensagens que lhe são atribuídas, e que teve contas em redes sociais clonadas.

A Polícia Federal recolheu tablets e celulares na casa dele. "Algumas postagem que me mostraram, não foram minha pessoa que escreveu. As contas foram clonadas", afirmou Argolo.
Miguel José Teixeira
21/03/2019 08:17
Senhores,

Da série: "perde-se o amigo não a piada":

No debate acalorado sobre a veracidade dos dados do Cadastro Geral de Empregos nos governos FHC e Lula, Eduardo Suplicy (PT-SP) prometeu: "Vou mostrar o pau e a cobra morta?" O então senador Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM) jamais perderia a chance da ironia carregada de perversidade: "A 'cobra morta' fica por sua conta?"

(fonte: Diário do Poder, hoje)
Herculano
21/03/2019 07:42
MOSTRAR OU NÃO OS ATIRADORES? por Roberto Dias, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

Decisão de ocultar o nome e fotos de criminosos suscita dúvida

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou que jamais pronunciará o nome do atirador que matou 50 pessoas em ataque na semana passada.

"Ele é um terrorista. Um criminoso. Um extremista. Quando eu falar, ele não terá nome. Pode ter procurado notoriedade, mas não lhe daremos nada ?"nem mesmo seu nome."

Já o juiz do caso ordenou que as imagens feitas no tribunal fossem alteradas para não mostrar o rosto do atirador. O argumento é que isso seria necessário para permitir um julgamento equilibrado.

Na corte, o atirador sorriu e encarou os jornalistas. Na rua, dias antes, mostrou seu rosto e disse seu nome, ao vivo, no Facebook, entre uma e outra cena de crueldade extrema.

Esse episódio horrível serve de excelente ponto de partida para algumas discussões relacionadas ao papel da mídia e das redes sociais.

No caso das últimas, o descontrole sobre o que está ou não sendo divulgado ficou patente. Os links ficaram à disposição por bastante tempo.

Para a mídia, o foco do debate não é poder ocultar, mas sim querer ou não ocultar, e o que ocultar.

É um debate ainda mais complicado. O que funciona para um agente público, como a primeira-ministra, não necessariamente vale para um jornal. Isso não impede que um tente influenciar o outro. Nos EUA, o FBI lançou uma campanha chamada "Não os nomeie", pedindo à mídia que não identificasse os criminosos.

Esforço muito compreensível, mas os argumentos em favor dessa atitude estão longe de encerrar a questão.

Um ponto discutível: será que a ausência de nome e foto não acabará por só provocar mais curiosidade? Outro: fazer tal autocensura não equivale a retirar das pessoas o direito de se informarem e exercerem julgamentos? É certo tutelar consumidores de notícias desse jeito?

Cada questão coloca um dilema sem saída simples, que dependerá da sensibilidade pessoal e poderá variar muito a cada detalhe adicionado. Como você responderia?
Herculano
21/03/2019 07:37
"O PACOTE DE MORO MIGORU PARA OS FUNDõES DA LOJA"

Conteúdo de O Antagonista. O problema de Sergio Moro é Jair Bolsonaro, diz Josias de Souza.

Leia aqui:

"No planeta da Lava Jato, Sergio Moro era o magistrado todo-poderoso. E Rodrigo Maia, o 'Botafogo' da planilha da Odebrecht. No universo brasiliense, Moro é o patrono de projetos anticrime e anticorrupção. Maia, o dono da pauta da Câmara. Em Curitiba, Moro mandava prender. Em Brasília, ele é aprisionado no labirinto legislativo (...)

O nome do problema de Sergio Moro é Jair Bolsonaro, não Rodrigo Maia. Daí a frase: 'Ele conversa com o presidente e, se o presidente quiser, ele conversa comigo'. O pacote de Moro migrou da vitrine para os fundões da loja porque Maia e os líderes partidários querem. Mas o movimento não ocorreria com tamanha facilidade sem o aval tácito de Bolsonaro. Tudo em nome da reforma da Previdência."
Herculano
21/03/2019 07:31
ESPETÁCULO E O SILÊNCIO QUE VALE OURO NAS INVESTIGAÇõES

A Polícia Militar fez uma ação espetacular na quarta-feira no Médio Vale e Foz do Itajaí. Uma parte era o papel dela. O outro, pode ter trabalhado contra ela própria: o resultado.

Prendeu três bandidos, de quinta, que participaram indiretamente de outro espetáculo: o assalto na semana anterior aos carros fortes no Aeroporto de Blumenau, o Quero-Quero.

A perigosa organização e os verdadeiros bandidões estão soltos e muito provavelmente, longe daqui, pois tudo ao que se indica foi tramado pelo PCC paulista.

A PM recuperou R$20 mil, que era usado para deslocamentos de gente miúda e presa, ou usada de isca pelos bandidões para desviar a atenção dos policiais enquanto eles fugiam. O assalto, segundo a Brinks, rendeu R$9,8 milhões. Então o recuperado, é equivalente a zero.

Agora, falta a Polícia Civil fazer a parte dela. Ela está quieta. Muito quieta. E foi quieta, no mesmo dia do espetáculo que ela fez um ajuste de contas com outros bandidões que infernizavam a vida dos catarinenses.

Naquele dia foi deflagrada Operação Policial visando o cumprimento de 58 Mandados Judiciais, sendo 28 mandados de prisão e 30 mandados de buscas apreensão nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A investigação iniciada há 06 meses identificou complexo esquema de desvio de cargas que movimentou milhões de reais.Só de veículos da quadrilha que compraram para lavar o dinheiro conseguido nas operações fraudulentas, roubos e assaltos, apurou-se até agora R$4,1 milhões. Ou seja, quase a metade levada de uma só vez em Blumenau.

Outro milhões eram lavado em uma casa de show no litoral. Então. Para a polícia é preciso de espetáculo, mas o que vale mesmo é a inteligência. E esta ainda não está demonstrada. Até porque leva, na maioria dos casos, tempo, desde que não esquecido e permanentemente cobrado pela sociedade, que sustenta tudo isso com os pesados impostos.

No governo de Carlos Moisés da Silva, PSL, o que o salva são as polícias e os bombeiros, de onde o Comandante Moisés é originário.
Herculano
21/03/2019 07:08
COM POPULARIDADE EM QUEDA, BOLSONARO PERDE TRAÇÃO NO CONGRESSO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Presidente queria força da rua para driblar políticos, mas pode ficar emparedado

Celebrado pelo clã Bolsonaro, o estrategista Steve Bannon define o populismo como um modo de governar que se aproxima do povo para driblar as elites políticas. "Populismo é basicamente garantir que a classe média e a classe trabalhadora terão um lugar à mesa", disse, em entrevista recente à Folha.

Os números da última pesquisa do Ibope indicam que o presidente brasileiro perdeu pontos fora dos palácios. A popularidade de Jair Bolsonaro caiu de 49% para 34% em pouco mais de dois meses de mandato. O tombo foi grande em diversos grupos e mais forte em segmentos de renda baixa e intermediária.

Um de cada três brasileiros de classe média que consideravam o governo ótimo ou bom mudou de ideia. Em janeiro, Bolsonaro tinha apoio de 53% na faixa de renda de 2 a 5 salários mínimos. Agora, são 35%. Na fatia mais pobre da população, o índice caiu de 41% para 29%.

A desidratação é relevante porque esses grupos são numerosos (só 8% da população pesquisada recebe mais de 5 salários) e ajudaram Bolsonaro a expandir seu eleitorado para chegar à Presidência. Os mais ricos aderiram cedo à campanha do então deputado. Ele só conquistou maioria ao cativar outros segmentos.

Nos primeiros meses de governo, o discurso de Bolsonaro ficou concentrado em seu núcleo de apoiadores mais fiéis. O presidente dobrou a aposta em temas de costumes ?"que soam bem em muitas faixas da população, mas podem frustrar quem aposta na recuperação da economia e na redução da violência.

É cedo para esperar resultados concretos nessas áreas. É natural, porém, que cidadãos de renda baixa ou média fiquem incomodados mais cedo que os brasileiros mais ricos.

Assim como Bannon, o presidente contava com o apoio popular para tratorar as resistências dos caciques do Congresso a seu governo. Se não recuperar pontos nas ruas, ele corre o risco de ficar emparedado no momento em que precisa defender de viva voz um tema impopular como a reforma da Previdência.
Herculano
21/03/2019 06:35
BRASIL QUASE NÃO USA TRATAMENTO ESPECIAL NA OMC, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

No toró de besteiras publicadas sobre a visita presidencial aos Estados Unidos destacam-se as críticas à decisão de Jair Bolsonaro de abrir mão do "Tratamento Econômico Diferenciado (TED)", para finalmente realizar o sonho de ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), fechado clube dos países mais ricos do mundo. O detalhe é que em grande parte o Brasil já não se utiliza das flexibilidades do TED em seus acordos. Na prática, a diplomacia brasileira entregou um "trunfo" que, a rigor, já pouco usava.

NÃO AFETA O PASSADO
O gesto de abrir mão do TED só vale para futuros acordos. Não altera e nem prejudica acordos nos quais o tratamento tenha sido invocado.

NO JOGO DE GANHA-GANHA
Sexta maior economia do planeta, o Brasil rejeita privilégios e busca na OCDE, com os mais ricos, bons acordos comerciais e de investimento.

O BRASIL NÃO É MAIS ISTO
O TED é acionado por países "em desenvolvimento" e "de menor desenvolvimento relativo" para obter vantagens especiais em acordos.

JÁ HAVIA SINALIZADO
Na reunião de 32 países que discutiram em Davos a "refundação da OMC", em janeiro, o Brasil sinalizou a disposição de abrir mão do TED.

IBANEIS ACHA LEI ELEITORAL FALACIOSA E PEDE MUDANÇA
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), considera a legislação eleitoral brasileira "uma falácia", sobretudo a que trata de financiamento de campanhas e impõe "cota" de 30% de candidaturas femininas, levando os partidos a recorrerem a fraudes. Ibaneis sugere que o senador Davi Alcolumbre, presidente do Congresso, crie uma comissão de juristas para que se proponha "uma legislação eleitoral de verdade";

FINANCIAMENTO PRIVADO
Com autoridade de quem recusou financiamento público (ele bancou a própria campanha), Ibaneis Rocha defende o financiamento privado.

FUNDO EMPRESARIAL
Ibaneis propõe o retorno de financiamento privado de campanha, mas através de um fundo empresarial regulamentado pela Justiça Eleitoral.

ELEIÇÃO CUSTA CARO
Para o governador, a lei eleitoral precisa ser realista. Ele cita o exemplo dos Estados Unidos para lembrar: "eleição e democracia custam caro".

ITAMARATY DEU SHOW
Até diplomatas mais céticos se renderam ao trabalho do chanceler Ernesto Araújo para o sucesso da visita presidencial a Washington. Tão discreto e correto quanto eficiente, como é próprio do Itamaraty.

OLHA O NÍVEL, PRESIDENTE
O elogiado profissionalismo do embaixador em Washington fez lembrar a Bolsonaro que será necessário substituir Sérgio Amaral por alguém da mesma categoria. Não é o caso de nenhum dos citados até agora.

JAIR, UM BRASILEIRO
No Salão Oval, gabinete do mais poderoso governante do planeta, o brasileiro Jair Bolsonaro apresentou-se como sempre: terno comprado pronto, relógio Casio de R$49,90 e, nos pés, um par de coturnos, aliás, muito bem engraxados. E com punhos abotoados, coisa que detesta.

DOIS MESES DE IMPUNIDADE
Quase dois meses depois do rompimento da barragem de Brumadinho, até agora nenhum diretor da Vale foi preso, apesar da morte de cerca de 300 pessoas. Foram presos apenas integrantes de "arraia miúda".

NÃO HÁ IMPROVISAÇõES
A turma que fez a cobertura juvenil da visita de Bolsonaro não sabe, mas cada detalhe foi meticulosamente planejado e negociado, da troca de camisas das seleções ao comunicado conjunto. Sem falhas.

PREFEITO APROVADO
Levantamento exclusivo do Paraná Pesquisa exclusivo para o Diário do Poder mostrou que o atual prefeito de Maceió (AL), Rui Palmeira (PSDB), eleito e reeleito, é aprovado por 59,2% dos seus munícipes.

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO
O deputado Julio Cesar Ribeiro (PRB-DF) vai presidir a comissão mista que vai examinar a medida provisória 861, que transfere da União para o Distrito Federal, da Junta Comercial e o registro público de empresas.

LOROTA COM FIM MARCADO
Relator do processo envolvendo a gangue da J&F/JBS no Supremo, o ministro Edson Fachin (STF) promete decidir até final deste semestre sobre o pedido da PGR para anular os acordos de delação dos Batista.

PENSANDO BEM...
...a impressão é que se o governo fizer a economia crescer, as manchetes vão pedir o retorno da recessão.
Herculano
21/03/2019 06:27
INVESTIGAÇÃO DE FAKE NEWS CONTRA O SUPREMO IDENTIFICA SUSPEITOS E PREPARA BUSCAS

Equipe que trabalha em inquérito do STF sairá às ruas, prevê recolher computadores e tirar do ar contas em redes sociais

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Thais Bilenky e Reynaldo Turollo Jr, da sucursal de Brasília. A equipe que trabalha no inquérito para apurar uma onda de ataques e fake news contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) se prepara para sair às ruas a partir desta quinta-feira (21).

Uma ação será para tirar do ar as contas nas redes sociais de dois dos autores identificados no caso. A outra busca e apreensão visa recolher computadores e aparelhos usados por operadores dessa rede.

Um guarda civil metropolitano de Indaiatuba, no interior de São Paulo, e um advogado já foram identificados pela equipe que atua no inquérito como suspeitos de estarem por trás das ações.

O presidente do STF, Dias Toffoli, instaurou o inquérito, que corre em sigilo, no dia 14, e designou o ministro Alexandre de Moraes seu relator.

Desde então, houve uma redução dos ataques dirigidos aos ministros, segundo pessoas que acompanham o caso.

A iniciativa é uma resposta a postagens e mensagens ofensivas dirigidas ao Supremo por setores da sociedade, em parte incitadas por congressistas e procuradores da operação Lava Jato.

Ministros são acusados de favorecerem a impunidade, quando não de corrupção. Entre os alvos da apuração pela onda de virulência ao STF estão Deltan Dallagnol e Diogo Castor, da força-tarefa do Ministério Público da Lava Jato.

Em outra frente, no Senado, congressistas tentam instaurar uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar eventuais desvios de ministros, apelidada de Lava Toga. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no entanto, indicou que não levará a CPI adiante.

Nesta quarta-feira (20), senadores apresentaram proposta de emenda à Constituição que estabelece mandato de oito anos para integrantes do STF.

A decisão do Supremo de abrir a investigação motivou críticas de procuradores e reforçou o embate da corte com integrantes do Legislativo.

Na terça (19), questionado sobre as críticas de membros do Ministério Público, Moraes respondeu com expressão jocosa usada no meio jurídico.

"No direito, a gente fala que é o 'jus sperniandi', o direito de espernear. Podem espernear à vontade, podem criticar à vontade. Quem interpreta o regimento do Supremo é o Supremo", afirmou.

Em despacho inicial no inquérito, Alexandre de Moraes afirmou que o objeto da investigação inclui "o vazamento de informações e documentos sigilosos com o intuito de atribuir e/ou insinuar a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte".

O despacho desta quarta-feira não menciona quais são os vazamentos, mas seu teor foi entendido como um recado para agentes da Receita Federal que supostamente vazaram, no mês passado, documentos sobre o ministro do STF Gilmar Mendes e sua mulher, Guiomar.

A Receita Federal, na ocasião, confirmou que abriu apuração interna e afirmou que não pactua com "ilações de práticas de crimes".

O inquérito aberto por Toffoli na semana passada é motivo de discordâncias entre ministros do próprio Supremo, sobretudo por dois fatores: por ele ter instaurado o inquérito de ofício (sem provocação de outro órgão), sem pedir providências ao Ministério Público, e por designar Moraes para presidi-lo sem fazer sorteio ou ouvir os colegas em plenário.

"O objeto deste inquérito é a investigação de notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações revestidas de 'animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi', que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros bem como de seus familiares", escreveu Moraes em seu despacho.

A apuração inclui "o vazamento de informações e documentos sigilosos, com o intuito de atribuir e/ou insinuar a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte, por parte daqueles que tem o dever legal de preservar o sigilo; e a verificação da existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário".

Foram designados dois delegados para atuar no caso: Alberto Ferreira Neto, da Polícia Federal, e Maurício Martins da Silva, da Polícia Civil de São Paulo.

Ferreira Neto é chefe da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Fazendários, e foi indicado por Disney Rosseti, diretor interino da PF.

Silva é da Divisão de Inteligência da Polícia Civil paulista, indicado pelo delegado-geral da corporação, Ruy Ferraz Fontes.

Nesta terça, Moraes disse que pediu auxílio à polícia de São Paulo porque ela tem expertise em crimes na internet e porque há suspeitas de que haja, no estado, esquemas de financiamento de propagação de notícias falsas e ameaças.

Na noite desta quarta, o ministro do STF Marco Aurélio, que já havia criticado a abertura da investigação sem a participação do Ministério Público, voltou à carga afirmando que não deveria haver policiais civis no caso, porque a polícia judiciária que atua perante a corte é a Polícia Federal.

EMBATES ENTRE JUDICIÁRIO E LEGISLATIVO

Inquérito
O presidente do STF, Dias Toffoli, anunciou inquérito para apurar fake news, ameaças e ofensas contra ministros do tribunal. Congressistas que criticaram o STF publicamente podem ser alvos

PEC do Mandato
Senadores apresentaram proposta de emenda à Constituição que prevê mandato de 8 anos para os ministros do STF. Hoje, os magistrados podem ficar no cargo até completar 75 anos

CPI da Lava Toga
Foi protocolado no Senado um pedido de CPI para investigar os membros do STF e de tribunais superiores

Confronto com a Lava Jato
Julgamento que definiu que caixa 2, quando associado a corrupção, deve ser julgado pela Justiça Eleitoral foi considerado derrota para a Lava Jato. Resultado foi criticado por parlamentares, que viram na medida tentativa de esvaziar a operação
Herculano
21/03/2019 06:19
da série: deve esticar a corda mesmo e ver quem tem bananas para vender. Esse acobertamento de interesses está apodrecendo o judiciário, o legislativo e criando ou escondendo heróis nas redes sociais, que não se sabe como são alimentados, protegidos e financiados sem a devida contrapartida de responsabilidade, exigida para a própria imprensa formal

CORDA ESTICADA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Decisão de conduzir inquérito sob sigilo no Supremo tende a acirrar tensão

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, durante sessão solene na corte, em outubro do ano passado

Causou desconforto em toda parte a decisão anunciada na quinta (15) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, de abrir investigação para examinar ameaças sofridas por integrantes da corte e seus familiares.

Não há dúvida de que o assunto merece atenção. Qualquer tentativa de intimidar os membros da mais alta corte de Justiça do país merece o repúdio de todos que reconhecem seu papel como guardiã das regras do jogo democrático.

Mas a forma de reação escolhida pelo tribunal parece contribuir mais para acirrar as tensões no ambiente político do que para barrar as ações dos interessados em acuar os magistrados.

Embora o caminho natural fosse enviar o caso ao Ministério Público e à Polícia Federal para que realizassem as apurações, Toffoli decidiu que o próprio STF presidirá a investigação e confiou a missão ao ministro Alexandre de Moraes.

A medida causa estranheza porque põe à frente do inquérito uma instituição que pode ser chamada a julgar o caso em algum momento, confundindo esses dois papéis.

Toffoli amparou sua decisão num dispositivo do regimento interno do Supremo que autoriza o presidente da corte a abrir inquérito para apurar infrações ocorridas "na sede ou dependência" do tribunal.

Conforme sua interpretação, os ministros representam o STF, e qualquer ofensa a um deles deve ser tratada como se tivesse sido dirigida à entidade ou proferida dentro do prédio.

O magistrado definiu genericamente o escopo do inquérito, sem indicar claramente a natureza das ameaças sofridas nem nomear suas vítimas, e determinou que a investigação seja conduzida sob sigilo.

Sabe-se que um dos seus objetivos é identificar os patrocinadores de uma rede de distribuição de notícias falsas na internet que estaria incitando a animosidade contra os ministros do tribunal, mas o segredo imposto ao inquérito só tem alimentado desconfianças.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acusou o STF de extrapolar suas atribuições. Procuradores na linha de frente da Lava Jato, críticos frequentes de ministros, viram uma ameaça à sua liberdade de expressão.

É como se todos os participantes do jogo se movessem para reafirmar prerrogativas e testar limites, em vez de trabalhar por uma convivência harmônica e produtiva.

Caberá ao Ministério Público examinar os resultados da investigação e processar os envolvidos, se surgirem evidências de crimes.

Dado que a iniciativa está em marcha, cumpre ao STF ao menos atuar com celeridade no inquérito e transparência nas conclusões, para minimizar os riscos de aprofundamento do conflito institucional.
Luiz Carlos
20/03/2019 13:19
PRIMEIRO DESCOBRIR O CASO CELSO DANIEL,
é se alguém disser que não há o que fazer...
Já sabe... é da turma do PT...
somente à esquerda é que não interessa a investigação do caso....
Na mensagem anterior coloque:
"Jovem bamdo", mas deve ser entendido como:
"Jovem bandido"
Luiz Carlos
20/03/2019 12:59
Vejo a lembrança em foto da.vereadora do Rio de Janeiro ("tudo haver c a realidade local"), concordo que temos que localizar e punir, como dizem os da esquerda, punir exemplarmente.
Pergunto: e os direitos humanos dos protagonistas desse lamentável evento? Não, é punir exemplarmente. É punir.
Mas quando o "jovem bando" que já tem dezenas de passagens pela polícia,... aahhhh tadinho foi a sociedade que o fez assim..., até acredito, a sociedade familiar faltou, faltou uns tapas na bunda uns puxões de orelha, etc...
Não, não me venham com xurumelas...
Sou descendente de europeus, quando criança não falava o idioma português, era continuamente hostilizado tanto na escola como pelos vizinhos ..
Os únicos vizinhos que não me ridicularizavam, eram afrodescendentes, mas logo se mudaram eu tinha uns 6 ou 7 anos na época, meus "pares" após seus pais me chamarem de termos como: barata branca, seguindo o exemplo dos pais começaram a me hostilizar também... e...
E NEM POR ISSO HOJE SOU REVOLTADO, ou qualquer coisa do gênero...
Essa história... ahhh é pq ele "foi bulinado" ...
NAO COLA...
Faça-se mais cadeias, prenda os filhinho de papai, até por aquele "inofensivo" baseadinho...
Ele é q sustenta o tráfico, essa de uso próprio é pura balela...
Mas voltando ao que me motivou a comentar é essa vereadora, como nome me cansou de tanta importância que a mídia da...
Pergunto é aquela médica que no dia seguinte sofreu o mesmo martírio... essa sim foi martirizada, Gisele Palhares Gouvêa, cuja profissão era salvar vidas.. a mídia falou num único momento, é nunca mais se quer procurou saber o resultado das investigações...
A vereadora por outro lado é destaque dessa podre mídia.
Concordo sim, vamos achar é punir os responsáveis, mas vamos por ordem cronológica...
Vamos começar pelo ex-prefeito de São Bernardo do Campo SP, nesse crime o PT não quer nem cogitar...
Caros leitores... já perceberam isso? Rsss acharam que colocar em primeiro lugar a médica né? Sim o caso da médica deve ser elucidar o antes do caso da vereadora, uma questão de ordem cronológica...
Por não descobriram nada a respeito do caso Celso Daniel?
Quem tiver o que falar, manifeste-se...
Herculano
20/03/2019 08:08
CONSTITUÍDO O FUNDO PARA CONSTRUIR O PRÉDIO DA CÂMARA DE GASPAR

Depois de mais de uma hora de discussão, de manobras da bancada do Governo para interferir nas decisões do Legislativo, enfraquecer o presidente Ciro André Quintino, MDB, e rasgar o que ela própria tinha acordada em reunião interna da Casa - e isso já aconteceu em outros temas no passado -, o fundo de R$600 mil por ano foi aprovado por sete votos a seis.
Herculano
20/03/2019 07:35
MOURÃO DIZ QUE SE EQUIVOCOU AO FALAR DE ECONOMIA NA PREVIDÊNCIA MILITAR

Mais cedo, presidente interino havia dito que novas regras poupariam R$ 13 bi

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Talita Fernandes, da sucursal de Brasília. Ao voltar para o Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira (19), após participar de posse no STM (Superior Tribunal Militar), o presidente interino, Hamilton Mourão, disse que informou um valor errado sobre a economia para o sistema de Previdência dos militares.

Mais cedo, ele havia informado que o projeto de lei que vai alterar as regras para militares deve gerar uma economia de R$ 13 bilhões à União ao longo de dez anos.

A assessoria de imprensa do presidente interino procurou jornalistas para transmitir uma declaração.

"Eu me enganei. O que prevalece é o número da área econômica. Lidei com muita coisa hoje de manhã e me equivoquei", disse.

A assessoria não soube informar o número correto e pediu que a reportagem procurasse a equipe econômica.

Ao deixar uma reunião na Câmara, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, falou que os números não estão fechados.

"Estamos debruçados sobre esses números, estamos terminando os últimos cálculos atuariais, existem algumas simulações", disse em reunião com a bancada do MDB.

"As alternativas todas contemplam superávit para o Tesouro durante e ao fim de dez anos", acrescentou ele, destacando que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é quem baterá o martelo, nesta quarta-feira (20), sobre o formato final da proposta e seu impacto fiscal.

A declaração fala desencontrada do presidente interino dada na saída do Palácio do Planalto, onde se reuniu na manhã desta terça com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para tratar do projeto de lei.

Os dois deixaram o local confirmando que a ideia é levar o projeto na manhã de quarta-feira (20) para Bolsonaro.

O presidente está fora do país, em visita oficial aos EUA, onde se reúne com o presidente americano Donald Trump nesta terça e na sequência volta ao Brasil.

Azevedo, escalado pelo governo para negociar o texto com os militares, disse que ainda estão sendo feitos os ajustes finais.

Já Mourão afirmou que não há o que ser concluído por parte dos militares, mas que falta uma chancela de Bolsonaro.

"Já está tudo ajustado, vai apresentar para o presidente amanhã [quarta-feira] para o presidente fechar esse pacote. Não tem nada que tenha que definir por parte do ministério da Defesa, só a decisão presidencial agora", afirmou.

A ideia do governo é entregar ao Congresso ainda nesta quarta o texto que modifica o sistema de aposentadoria para os militares, cumprindo a promessa de que o texto chegaria às mãos de parlamentares exatamente um mês da apresentação ao Legislativo da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que modifica o sistema de aposentadoria para todos os demais trabalhadores.

Mourão repetiu ainda que será aumentada a alíquota de contribuição previdenciária dos militares dos atuais 7,5% para 10,5% em dois anos.

Segundo ele, esse patamar somará 14%, juntando a contribuição de 10,5% aos 3,5% que será cobrado sobre o plano de saúde.

O presidente interino também reforçou a necessidade de escalonar o aumento da alíquota.

"Porque senão haverá uma redução salarial de imediato e o salário [dos militares] já esta baixo, vai aumentar em dois anos."
Herculano
20/03/2019 07:15
A ECONOMIA, Só A ECONOMIA VALE, por Carlos Brickmann

Bolsonaro não fala inglês, oh céus! Guilherme de Orange não era inglês nem falava inglês, mas liderou a Revolução Gloriosa e foi um dos grandes reis da Inglaterra. Stalin não falava inglês, se aliou a Roosevelt e Churchill e ninguém se queixou - até porque ninguém era besta. Pedir outra Águia de Haia - para quê? Na visita de Bolsonaro aos EUA, só a economia importa. O resto é besteira, inclusive as tosquices e a tietagem do presidente.

Em economia, que veio para nós? Dois velhos pedidos foram atendidos: os EUA recomendaram o ingresso do Brasil na OCDE, Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, onde os países mais ricos do mundo decidem as normas da economia internacional; e passaram a considerar o Brasil aliado preferencial fora da OTAN - do ponto de vista militar, garante mais equipamento para as Forças Armadas; do econômico, exportação de armas made in Brasil. E na Base Aeroespacial de Alcântara haverá cooperação, ótima para o desenvolvimento de tecnologia nacional. Em troca, o Brasil dispensou os americanos (e japoneses, canadenses, australianos) de visto de entrada, sem que estes países deem a mesma regalia a brasileiros. É chato? É. Mas abre o Brasil a muito mais turistas.

Bolsonaro se entusiasmou ao ver de perto seu ídolo Trump. Tietagem desnecessária. Mas se a viagem der bom resultado econômico, ele pode até botar orelhas de Mickey. Ridículo? Nada é ridículo quando tem êxito.

MORO NA CIA

Oh, céus, Moro visitou a nefanda CIA. Mas com quem conversaria sobre cooperação na luta contra o crime organizado? Bolsonaro foi com ele. Dos presidentes brasileiros em visita aos EUA, é o primeiro a visitar o QG da CIA, em Langley. Mas Juscelino teve longas reuniões nos EUA com Allen Dulles, o chefão da CIA - em sigilo, fora da agenda.

GUEDES É O NOME

O ministro da Economia, num discurso fluente, em inglês, usou palavras pouco polidas, ao se referir à ousadia de Bolsonaro no corte de privilégios. Oh, céus!!! Falar em "balls"! Lá ninguém achou ruim - só aqui, em que um presidente jamais disse que tinha "aquilo roxo".

Guedes deixou excelente impressão - talvez por ter o que mostrar, num Governo em que só ele tem grande importância: a Bolsa passou a barreira dos cem mil pontos, o leilão dos aeroportos foi um sucesso (o preço obtido superou de longe o previsto), há algum superávit nas contas públicas, a inflação se mantém baixa, há fortes indícios de que a privatização está sendo bem planejada. Para os investidores, isso conta mais do que um eventual mau uso de palavras.

A FALA DOS NÚMEROS

O XP Investimentos elaborou pesquisa sobre a popularidade do Governo Bolsonaro. O presidente teve uma pequena queda, mas continua sendo muito bem visto. Há esperança de que leve adiante seus projetos. Duas coisas importantes: as redes sociais - menina dos olhos de Bolsonaro e seus filhos - são vistas como pouco confiáveis. E a grande imprensa continua sendo vista como o meio mais confiável de informação. Importante: o XP encomenda a pesquisa para ajudá-lo na busca de bons investimentos.

Não é questão ideológica: a precisão na pesquisa e análise dos fatos vale dinheiro.

BRIGAS E BRIGUINHAS

Há parlamentares ameaçando derrubar o decreto pelo qual só quem tem ficha limpa poderá ser nomeado para cargos em comissão (aqueles que não exigem concurso). Querem que o decreto valha a partir de 1º de janeiro, dia da posse de Bolsonaro. Quem foi nomeado a partir daquela data só fica no cargo se tiver ficha limpa. O decreto fixa a data de 15 de março. Acham os parlamentares que Bolsonaro quer restringir as indicações que fizerem. Não gostam também do decreto que eliminou 21 mil cargos federais. A ameaça é dificultar a reforma da Previdência. Mas se a economia estiver dando certo, quem terá coragem de fazer isso? A economia é a chave do Governo.[ minha nota: o governo já voltou atrás quanto a data]

BRIGA DE...

O Ministério Público ofereceu denúncia, já aceita pela 6ª Vara Criminal, contra três dos quatro proprietários do grupo Marabraz, gigante do varejo. A denúncia enviada à 6ª Vara Criminal é de prática de crime tributário.

...GENTE GRANDE

A Junta Comercial do Estado de São Paulo enviou ao Ministério Público informações de que a alteração societária da empresa LP Administradora de Bens, parte do grupo Marabraz, tem texto diferente do que consta em escritura pública do 26º Tabelião ?" segundo a informação, falta a parte em que consta um irmão e sócio. O Ministério Público investiga o caso.

NOVIDADES NA FOLHA

Sem discutir o afastamento de Cristina Frias da direção da Folha de S. Paulo, decidido por seu irmão, Luís Frias: o substituto de Cristina, Sérgio Dávila, é um jornalista extremamente competente e respeitadíssimo.
Herculano
20/03/2019 06:57
BOLSONARO COLHE RESULTADOS NOS EUA, MAS FAZ CONCESSõES GENEROSAS, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Apoiar ação militar na Venezuela seria como vender a alma brasileira em outlet de Miami

Na semana passada, Ernesto Araújo disse que a política externa brasileira não pode se reduzir "simplesmente a uma questão comercial". O alvo era a China e a intenção era repisar o realinhamento ideológico do Itamaraty no governo Bolsonaro. "Queremos vender soja e minério de ferro, mas não vamos vender nossa alma", disse o chanceler.

Almas e dólares são moedas correntes nas relações internacionais. Em sua visita aos EUA, o presidente brasileiro fez gestos de reverência a Donald Trump em troca de sinalizações positivas dos americanos. Bolsonaro colheu resultados que tornam o encontro bem-sucedido, mas também fez concessões generosas.

A sintonia política entre os dois líderes estimulou a costura dos acordos. A criação de um fórum de energia para facilitar investimentos e o pacto de troca de informações entre Polícia Federal e FBI são produtos concretos dessa parceria. No campo simbólico, os EUA anunciaram a intenção de designar o Brasil como um aliado prioritário fora da Otan.

Além disso, a comitiva brasileira volta com o apoio público de Washington à entrada do país na OCDE. Até então, os americanos resistiam a dar esse aval. Bolsonaro considera a questão um trunfo, pois a filiação ao órgão tende a estimular a atração de capital estrangeiro.

O Brasil teve que abandonar posições estratégicas. Em troca do patrocínio para a OCDE, o governo aceitou abrir mão do tratamento especial a que tem direito na Organização Mundial do Comércio. A equipe brasileira também concordou em zerar a tarifa de importação de uma cota anual de trigo americano.

Em outro aceno, Bolsonaro se desviou da linguagem oficial e criou dúvidas sobre a possibilidade de apoio a uma eventual ação militar americana na Venezuela. O cenário é rechaçado pelos generais brasileiros.

A relação entre os dois presidentes pode render bons frutos na área comercial. Entrar numa aventura bélica para fazer dupla com Trump, porém, seria vender a alma brasileira num outlet do subúrbio de Miami.
Herculano
20/03/2019 06:48
BOLSONARO TERÁ PACOTE CONTRA LOBBY NO GOVERNO, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Após estabelecer critérios mais rigorosos para nomeação de ocupantes de cargos comissionados, o presidente Jair Bolsonaro prepara um pacote de medidas de combate ao lobby e tráfico de influência no governo federal. A ideia é criar um sistema online no qual a autoridade terá de informar detalhes sobre cada reunião de que participe ou audiência que conceda. A omissão poderá resultar em sanções penais.

TEM QUE CONTAR TUDO
Em formulário online, a autoridade informará com quem se reuniu, tema da conversa, interesse representado pelo interlocutor etc.

INSPIRAÇÃO CHILENA
O sistema de combate ao lobby que Bolsonaro vai implantar é inspirado em iniciativa semelhante adotada no governo do Chile.

MINISTRO É QUEM TOCA
Entusiasta da solução, o ministro Wagner Rosário (Controladoria Geral da União) é quem está encarregado de desenvolver o sistema.

TROCA DE EXPERIÊNCIAS
Rosário vai com Bolsonaro ao Chile, nesta sexta, e permanecerá em Santiago obtendo informações sobre o sistema de combate ao lobby.

PRESIDENTE E GOVERNADOR BEM AVALIADOS EM AL
Levantamento exclusivo do Paraná Pesquisa para o site Diário do Poder no Estado de Alagoas mostra aprovação elevada do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do governador Renan Filho (MDB), três meses após a posse, em 1º de janeiro. O presidente é aprovado por 53,9% dos alagoanos, enquanto o governador reeleito tem 75,6% de avaliação positiva da população do Estado que agora é o 2º mais pobre do País.

PRESIDENTE NA BOA
Entre os alagoanos, Bolsonaro tem índice de rejeição é de 39%. Já o maior índice de aprovação está entre os homens: 61,7% aprovam.

GOVERNADOR MUITO BEM
A avaliação da administração estadual mostra que apenas 20,5% desaprovam do governador reeleito Renan Filho.

DADOS
O Paraná Pesquisa entrevistou 1.284 eleitores em 42 municípios do estado de Alagoas, entre 14 e 18 março. A margem de erro é 3%.

IMPUNES ENCARAM CPI
O presidente afastado da Vale, Fábio Schvartsman, 12 conselheiros e 4 diretores irão à CPI da Brumadinho, dia 28, sob pena de condução sob vara, para explicar, por exemplo, por que não retiraram os funcionários da área de risco, após relatório de 2017 prevendo o desastre.

INSULTOS SUSSURRADOS
Ao colocar jovens diplomatas chefiando veteranos, Ernesto Araújo (Relações Exteriores) uniu diplomatas que antes se digladiavam. Agora se dedicam a esculhambar o ministro em cada sala do Itamaraty.

EM SEU HABITAT
O ex-chanceler Antonio Patriota queria a chique Haia (Holanda), até comemorou a remoção, mas o presidente Jair Bolsonaro achou que a múmia petista ficaria melhor no Cairo, observando pirâmides.

MUMBAI NÃO É NY
Guilherme Patriota, irmão do ex-chanceler, que por nossa conta foi vizinho em Nova York do ator Al Pacino e de Bono (U2), naquele apê que nos custava US$23 mil (R$87 mil hoje) ao mês, foi designado para chefiar nosso consulado em Mumbai, vizinho a outras vacas sagradas.

DÁ ATÉ PENA
A cobertura juvenil da visita a Washington ignorou o significado de atos, gestos e palavras do visitante e do anfitrião. Nem deram um Google para fazer comparações às primeiras visitas de outros presidentes.

MOTIVO DE ORGULHO
O deputado JHC (PSB-AL) disse ter se sentido orgulhoso ao ser apontado um dos líderes na disputa para prefeito de Maceió em 2020, segundo levantamento Paraná Pesquisa para o Diário do Poder. Mas quer manter o foco no mandato e na proposição de uma nova política.

DUAS SEMANAS A MAIS
O presidente da CCJ da Câmara, Felipe Franceschini (PSL-PR), disse à rádio Bandeirantes que a reforma da Previdência terá prazo de tramitação pouco maior. Prevê cerca de duas semanas além do prazo.

FALTOU O POVO
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), disse que "governo e partidos" precisam dialogar para aprovar da reforma da Previdência. Só faltará à mesa de negociações os interesses da população brasileira.

PENSANDO BEM...
...após a viagem de Bolsonaro ainda tem gente achando que é melhor ser parceiro comercial da Venezuela.
Herculano
20/03/2019 06:21
O SUPREMO FALA, MAS NÃO QUER OUVIR, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Juízes e procuradores não gostam de contestações fora do ritual dos processos

O presidente do Supremo Tribunal Federal disse que vai "checar" o texto de um artigo do procurador Diogo Castor para decidir se representa contra ele junto ao Conselho Nacional do Ministério Público. Tomara que a checagem desestimule o doutor. Alguns ministros do STF incomodaram-se com as críticas feitas ao tribunal e a outras esferas do Judiciário. No seu artigo, Castor denunciou um "novo golpe à Lava Jato" e em dois momentos mencionou uma "turma do abafa".

Fala de freira, se comparada à oratória de Gilmar Mendes na sessão do STF do dia 14, quando se referiu a procuradores da Lava Jato como "gentalha", "gente desqualificada", "despreparada", "covarde", "gângsteres", "cretinos", "infelizes", e "reles", porque "integram máfias, organizações criminosas". Numa hipérbole, foi além: "força-tarefa é sinônimo de patifaria".

Como já ensinou o próprio Gilmar Mendes, "ninguém se livra de pedrada de doido nem de coice de burro". Apesar de sua rotina empolada, o Supremo Tribunal Federal já ouviu coisas piores. No início do século passado, o ministro Epitácio Pessoa referiu-se em artigos ao seu colega Pedro Lessa como "cavalgadura" e "alimária". Negro, com bigodes de oficial inglês, Lessa seria um "pardavasco alto e corpanzudo, pernóstico e gabola (que) raspa a cabeça para dissimular a carapinha". O próprio Gilmar ouviu poucas e boas: "O senhor é uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia", disse-lhe o ministro Luís Roberto Barroso.

Como diria Gilmar Mendes, aqui se trata de discutir os limites da liberdade de expressão. Juízes e procuradores não gostam de contestações fora do ritual dos processos. Quando veem discutidas suas decisões, falhas ou incompetências, buscam a proteção do corporativismo e transformam as críticas em ataques às instituições a que pertencem. Seria mais razoável que cada um recorresse aos tribunais, como devem fazer aquelas pessoas a quem ninguém chama da "excelência". Pedro Lessa poderia ter processado Epitácio Pessoa pelo que escreveu, ou ainda por ter se aposentado em 1912 por motivo de saúde, aos 47 anos. (Tornou-se presidente da República aos 53 e morreu aos 77.)

A defesa corporativa jogou sobre a mesa do ministro Alexandre de Moraes o que será uma investigação escalafobética para apurar a origem de ataques ao Supremo, inclusive em redes sociais. Sabe-se lá o que será essa investigação. Mais difícil é saber por que os ministros investigam as pedradas que levam, enquanto os outros bípedes ficam na várzea. No caso da checagem das palavras do procurador Castor pode-se argumentar que o Ministério Público está obrigado a respeitar normas disciplinares da corporação. Nesse caso, vem aí um bonito debate para se medir o alcance da liberdade de expressão.

Em tempo: Não vale dizer que os militares não podem falar, pois eles entraram para uma carreira regida pelo rigor da disciplina. Sem disciplina não há organização militar. Com mordaça, não há Judiciário. Noutra instituição regida pela fé e pela disciplina, o papa Francisco quebrou o manto de silêncio que protegia a Cúria Romana e com isso fortaleceu o catolicismo. Já houve tempo em que o Vaticano queimava as pessoas por muito menos.

A catilinária de Gilmar Mendes contra os procuradores da Lava Jato foi um capítulo do debate, assim como artigo de tom conventual do procurador. Calado, Gilmar Mendes faria falta, mas calando-se quem desperta sua ira as coisas pioram. O naufrágio da iniciativa da turma de Curitiba ao tentar criar uma fundação mostrou que a luz do sol ?continua a ser o melhor detergente.
Miguel José Teixeira
19/03/2019 15:49
Senhores,

Antros de vermelhóides esquerdopatas, fervem tais quais ninhos de marimbondos. . .

"Decreto de Bolsonaro corta 13,7 mil cargos em universidades públicas"

+ em:

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/03/decreto-de-bolsonaro-corta-137-mil-cargos-em-universidades-publicas.shtml
Herculano
19/03/2019 15:04
COISA DE DOIDO

1. O presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL, viaja aos Estados Unidos, e ai, o vereador da falida Rio de Janeiro, que deveria estar dando expediente lá, Carlos Bolsonaro, vai para Brasília dar expediente no Palácio do Planalto.

2.Quem foi a Casa Branca ao encontro de Jair com o presidente do Estados Unidos, não foi o chanceler do Brasil, Ernesto Araújo, mas outro filho do presidente do Bolsonaro, o deputado Federal por São Paulo, Eduardo Bolsonaro, PSL.

O Antagonista, observa, o que todos temem:"Brasília está cada vez mais ressabiada com o protagonismo dos filhos de Bolsonaro"
Herculano
19/03/2019 14:35
da série: não tem jeito; ele está super-enrolado e o PSDB sem rumo. O PT ao menos assumiu que é bandido ou assume os seus enrolados como santos e perseguidos

PRESO PELA TERCEIRA VEZ, RICHA É INVESTIGADO POR DESVIOS NA CONSTRUÇÃO DE ESCOLAS NO PR

Tucano já é réu em quatro processos por corrupção e lavagem de dinheiro

Conteúdo de O Globo. O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso pela terceira vez na manhã desta terça-feira. Réu em quatro processos por corrupção e lavagem de dinheiro, o tucano é investigado, desta vez, por ligação com supostas irregularidades na construção de escolas no seu estado que teriam desviado R$ 20 milhões.

Segundo o Ministério Público Estadual (MP-PR), mais duas pessoas foram presas nesta terça-feira: o empresário Jorge Atherino, apontado como operador financeiro de Richa, e Ezequias Moreira, ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores do Paraná.

Pagavam por obras, antes mesmo delas serem executadas, tudo para receberem a parte deles na corrupção.
Miguel José Teixeira
19/03/2019 13:46
Senhores,

Consta que na Roma antiga existiu dois triunviratos.

(Um triunvirato é uma associação política entre três homens (triúnviros) em pé de igualdade.)

No Brasil, parece-nos que está surgindo o "quadriunvirato".

Pai e um filho no Tio Sam.

Um outro, em Brasília, "despacha" pedidos do pai (Correio Braziliense, hoje)

"O vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente da República, Carlos Bolsonaro, veio a Brasília e, segundo postou no Twitter, desenvolve "linhas de produção solicitadas pelo Presidente Jair Bolsonaro". Com a mensagem, o parlamentar publicou uma foto tirada em local com a mesma configuração e móveis dos gabinetes do Palácio do Planalto. Na foto, ele aparece conversando com duas pessoas. O filho de Bolsonaro visita a capital na semana em que o presidente está fora do país em viagem oficial aos Estados Unidos."

Por onde será andará o outro quadriúnviro???

Respostas para a "laranjalbras", aos cuidados do "freixo".
Herculano
19/03/2019 13:34
A AÇÃO COORDENADA DA POLÍCIA MILITAR HOJE EM ILHOTA, GASPAR, NAVEGANTES, ITAJAÍ E BALNEÁRIO CAMBORIÚ CONTRA OS ASSALTANTES DOS CARROS FORTES NO AEROPORTO QUERO-QUERO, EM BLUMENAU, NA SEMANA PASSADA, É UM AVISO EXPLÍCITO E CONTUNDENTE À BANDIDAGEM LOCAL E PRINCIPALMENTE A QUE VEM DE FORA, QUE AÇõES ESPETACULARES - MESMO COM PLANEJAMENTO E INTELIGÊNCIA - TERÃO RESPOSTAS TAMBÉM ESPETACULARES - COM MÉTODO E TAMBÉM INTELIGÊNCIA - EM SANTA CATARINA, PELO APARELHO DE SEGURANÇA

GANHAM OS CIDADÃOS E CIDADÃS DE PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS
Herculano
19/03/2019 13:28
SEM RECIPROCIDADE, FIM DO VISTO PARA AMERICANOS FAZ DO BRASIL CASA DA SOGRA, por Josias de Souza

O deputado Eduardo Bolsonaro revelou-se um brasileiro do tipo que Nelson Rodrigues chamaria de
"Narciso às avessas", capaz de cuspir na própria imagem sem se dar conta de que "a tragédia nacional é que
não temos um mínimo de autoestima". Para ele, o Brasil faz muito bem em liberar a catraca para a entrada
de americanos sem exigir nada em troca do governo dos Estados Unidos.

A novidade vai compor o lote de acordos que Jair Bolsonaro celebrará em sua visita aos Estados Unidos.
Segundo o raciocínio do filho 'Zero Dois' do presidente da República, o Brasil não está em condições de
fazer exigências aos americanos, pois a violência urbana afugenta os turistas do seu território. "O Brasil só tem a ganhar com essa medida. A gente está, na verdade, se aproveitando e pegando os dólares dos americanos para gerar emprego no turismo".

O argumento é tolo e desanimador. O deputado flerta com a tolice ao supor que a liberação do visto de entrada atenuará o medo do turista de encostar seus dólares na violência das cidades brasileiras. Eduardo Bolsonaro desanima porque suas premissas desmistificam o discurso do pai, que trombeteou na campanha presidencial a promessa de restaurar a segurança pública. Faria isso armando o brasileiro até os dentes. Os americanos sabem como termina essa mágica.

É justo, muito justo, justíssimo que o governo americano exija que os brasileiros que pretendam viajar aos Estados Unidos compareçam aos seus consulados para entregar uma papelada, preencher um formulário e passar por entrevistas pessoais. O país é deles. E vai para lá quem quer. Por uma questão de reciprocidade, o governo de Bolsonaro deveria submeter os americanos interessados em visitar o Brasil às mesmas exigências.

Admita-se que Bolsonaro queira fazer uma gentileza ao seu guru Donald Trump. Nessa hipótese, o presidente poderia chegar a um meio-termo. Americanos que solicitassem visto de entrada no Brasil seriam informados sobre as condições que seu governo impõe aos brasileiros. Quem topasse assinar um requerimento pedindo para não receber tratamento semelhante, seria dispensado do visto. Os que se recusassem a assinar o pedido receberiam tratamento igualitário.

O diabo é que a dinastia Bolsonaro, encantada com o lema de Trump -"America First"- decidiu adotar um slogan compatível: "Brazil Second". O deputado Eduardo Bolsonaro chega mesmo a potencializar o discurso da Casa Branca contra a invasão dos bárbaros. "É só a gente fazer a seguinte pergunta: se for permitida a entrada nos EUA sem a necessidade de visto, quantos brasileiros vocês acham que entrarão e vão passar a morar ilegalmente. Agora vamos inverter a pergunta: quantos americanos vocês acham que vão entrar no Brasil e morar ilegalmente?"

O Brasil e os brasileiros, como se vê, são muito impopulares entre os Bolsonaro. Em vez de propor ao Congresso reformas econômicas, o governo do capitão talvez devesse lutar pela aprovação de uma nova Constituição. Poderia adotar o projeto de Constituição simplificada que o historiador Capistrano de Abreu sugeriu para o Brasil. Teria apenas dois artigos:

Artigo 1º: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.

Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário.

No ano de 2001, quando o inquilino da Casa Branca era George Bush e o Planalto era ocupado por Fernando Henrique Cardoso, a República Federativa do Brasil passou pelo constrangimento de ser informada que seu ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, tivera de tirar os sapatos ao ser submetido a duas revistas em
viagens aos Estados Unidos. Não se imaginou que, decorridos 18 anos, uma comitiva presidencial brasileira cruzaria a alfândega americana de joelhos.

Sob Bolsonaro, o Brasil se oferece aos americanos como uma espécie de casa da sogra. Sem direito a reciprocidade.
Herculano
19/03/2019 10:52
DAVI É UMA EXTENSÃO DE ONYX

Conteúdo de O Antagonista. Onyx Lorenzoni disse que não é a favor da CPI da Lava Toga, como registramos.

Não é surpresa: Davi Alcolumbre já tinha dito que não era a favor.
Herculano
19/03/2019 10:49
CADA COISA

Manchetes lá, aqui e e alhures. Em entrevista à rede de televisão norte-americana Fox, presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro, PSL, afirmou que maioria dos imigrantes não tem boas intenções em relação aos EUA
Herculano
19/03/2019 10:42
PROVOCAÇÃO

Alguma coisa falhou na inteligência e planejamento dos bandidos que assaltaram o carro forte no aeroporto Quero-Quero, em Blumenau, se não foi uma tentativa de humilhação.

Vir se esconder em Gaspar e Ilhota? Gaspar é terra do diretor geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Norberto Koerich. Foi daqui que ele saiu para ser o diretor geral. Já foi delegado em Ilhota. Já foi delegado regional em Blumenau, Joinville e Itajaí

E se não bastasse, Egídio Ferrari, saiu daqui para ser delegado regional em Blumenau, e reafirmado por Koerich recentemente, depois do sucesso que fez atuando em Gaspar com parcos recursos humanos e técnicos.

Bandidos apostando errado? Hum!
Faustao
19/03/2019 10:34
Não seria conveniente a ver. Mariluce colocar uma foto de pessoa daqui que foi assassinada,esquecida e caso o ainda não elucidado pela policia ao invés de colocar a foto de pessoa assassinada no rio de janeiro??
Ou será que aqui não acontecem crimes?
Herculano
19/03/2019 10:28
da série: um bom resumo de quem é conservador e liberal

BRAZIL ACIMA DE TUDO: O SEGUNDO DIA DE BOLSONARO NOS EUA, por Felipe Kohler, editor do portal Gazeta do Povo, de Curitiba.

Bom dia!

Acordos entre Brasil e Estados Unidos e bastante babação de ovo marcaram o segundo dia do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no país. Depois do jantar de domingo na embaixada brasileira, do qual participou devidamente acolitado por Olavo de Carvalho e Steve Bannon, Bolsonaro participou na segunda (18) de um evento na Câmara de Comércio dos Estados Unidos ao lado de seus ministros e de empresários de primeiro escalão do país. Hoje (19) deve se encontrar com o presidente Donald Trump.

No evento, Bolsonaro mencionou a situação da Venezuela e, citando a "capacidade econômica e bélica" dos Estados Unidos, disse contar com o governo norte-americano para que o povo venezuelano seja "libertado". O porta-voz da presidência, o general Rêgo Barros, amenizou o tom do discurso posteriormente, dizendo que o governo não trabalha com a ideia de intervenção militar.

Bolsonaro formalizou ainda nessa segunda a dispensa de visto para cidadãos dos Estados Unidos e de mais três países entrarem no Brasil. A medida é unilateral, ou seja, não exige contrapartida desses países, que continuarão a exigir o visto de brasileiros.

Guedes. O ministro da Economia, Paulo Guedes, que também discursou no evento, disse a jornalistas que "a essência do comércio é o ganha-ganha": o que o governo quer é "comercializar com todo mundo", sem que ninguém saia perdendo nem que a intensificação das relações com um país diminua o intercâmbio com outro. No evento, disse aos empresários norte-americanos: "Estamos com a porta da loja aberta. Podem comprar" .

Moro. Antes do evento na Câmara de Comércio, Bolsonaro fez uma visita à CIA que não constava da agenda da viagem. Em seguida, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, se encontrou com o diretor do FBI, Christopher Wray. O governo brasileiro firmou dois acordos de cooperação de combate ao crime através de trocas de informações com o governo dos Estados Unidos.

Pontes. Os dois países assinaram ainda um acordo que permite que os Estados Unidos utilizem a base espacial de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de foguetes e satélites. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, o acordo não ameaça a soberania nacional ?" e pode render 140 milhões de reais por ano para o Brasil.

Eduardo. Como já virou praxe, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está entre os que compõem a comitiva brasileira nos Estados Unidos. Embora rejeite ser chamado de "chanceler", o deputado tem dado prioridade a questões de relações exteriores em seu segundo mandato. Olavo Soares analisa o papel do filho no governo do pai ?" e sua relativa ausência onde deveria estar, isto é, na Câmara.

Blair. Pai e filho estão hospedados na Blair House, a casa de convidados oficial do governo norte-americano, reservada a chefes de Estado ?" FHC, Lula e Dilma Rousseff também passaram por ali. A HAUS conta como é a mansão, que tem mais de 120 cômodos e fica a menos de 200 metros da Casa Branca.
Miguel José Teixeira
19/03/2019 10:19
Senhores,

Do Jornalista Vicente Limongi Netto no Correio Braziliense:

Bernardo Bittar, na excelente coluna na Revista do Correio (17/03), informa que a viúva de Marielle Franco, agora trabalha no PSol em Brasília.

Pergunta que não quer calar: e a viúva do motorista Anderson, também assassinado, não será aquinhoada com alguma função pelo notável PSol, o guardião dos pobres e oprimidos?

Alô dama de vermelho da foto acima!
Herculano
19/03/2019 10:12
PERDIDO

O governador Carlos Moisés da Silva, PSL, continua sem entender que a Assembleia Legislativa é o seu contraponto. Ele está distante do ambiente político e a Alesc, derrubando os seus vetos, expondo-o às fraquezas.

Outra. Passou o Carnaval, e até agora a tal reforma administrativa nem sinal dela. Ai, ai, ai.
Herculano
19/03/2019 10:07
DE ONDE VEM ESSE óDIO TODO? por Joel Pinheiro da Fonseca, economista e mestre filosofia, no jornal Folha de S. Paulo

Algo une o assassino de Realengo, os dois de Suzano e o atirador de Christchurch

Não podemos mais acreditar que ataques terroristas e franco-atiradores não fazem parte da sociedade e cultura brasileiras. Infelizmente, agora fazem. E não é só aqui. Mesmo um país pacífico como a Nova Zelândia é palco de um massacre hediondo.

Na imaginação pública, quando se fala de terrorismo pensamos logo em muçulmanos. Mas a realidade é bem diferente. Segundo relatório da Anti-Defamation League americana, nos EUA, 73% dos atentados terroristas dos últimos anos foram cometidos por extremistas de direita, e apenas 23% por islamistas radicais. Suzano e Christchurch se encaixam nessa imagem geral.

Existe um importante debate acerca de armas de fogo que teremos de enfrentar. No massacre em Suzano, os dois jovens tinham apenas uma arma de fogo. Sabe-se lá quantas vítimas teriam sido se o acesso às armas fosse ainda mais fácil do que é hoje e eles tivessem um arsenal em mãos. Só que as armas jamais serão completamente erradicadas: a dos atiradores era ilegal; ou seja, mesmo quando proibidas, ainda são alcançáveis. Precisamos entender também por que um número crescente de jovens do sexo masculino trilha esse rumo destrutivo.

O lugar do homem na sociedade está em xeque. O que antes era considerado atributo masculino (agressividade, autoafirmação, desejo sexual) é hoje condenado. E muitos homens, inseguros sobre seu lugar na sociedade, enfrentam um mundo no qual não têm nenhum destaque profissional e no qual nenhuma mulher se interessa por eles. Embora não sejam particularmente feios nem desagradáveis, têm seu desejo por intimidade feminina sumariamente negado. Existe até um termo para designar o homem que não consegue uma parceira sexual: "incel", ou celibatário involuntário. A revolta é uma reação previsível.

Para outros, são imigrantes e outras minorias que despertam revolta. Se ele também sofre com oportunidades econômicas escassas, por que toda a atenção é dada a imigrantes e ele é sempre tratado como vilão?

Algo une o assassino de Realengo, os dois de Suzano e mesmo o atirador de Christchurch: todos participaram de grupos do submundo da internet dedicados ao discurso de ódio --seja contra mulheres, muçulmanos ou imigrantes. Em fóruns como o dogolachan - do qual os atiradores de Suzano chegaram a participar - rola de tudo: muito humor pesadíssimo feito para chocar, discussão de cultura pop, discurso de ódio (inclusive teorias misóginas no pleno sentido da palavra) e militância política. O discurso que aflora nesse submundo obscuro é a sombra perfeita do discurso dominante na mídia e na intelectualidade. É em espaços assim, inclusive, que se gestou a alt-right americana e a própria extrema direita brasileira que agora chega ao poder.

Nisso, o jovem branco americano e o jovem de classe média brasileiro não são tão diferentes do jovem muçulmano filho de imigrantes em algum país ocidental. Sem grande perspectivas de futuro, sentindo-se desprezado pela sociedade que o cerca, encontra alguma afirmação em grupos que o radicalizam e instilam nele o único caminho que lhe sobra para ter um impacto no mundo: a destruição.

Jamais impediremos a livre comunicação humana. Fecha-se um fórum, outro virá em seu lugar. Além do monitoramento de pessoas que demonstrem comportamento de risco (antissociais, reprodutores de discurso de ódio e teorias conspiratórias), teremos que pensar também se nossa cultura e nosso discurso oficial não está gerando um ressentimento desnecessário.
Herculano
19/03/2019 10:06
DE ONDE VEM ESSE óDIO TODO? por Joel Pinheiro da Fonseca, economista e mestre filosofia, no jornal Folha de S. Paulo

Algo une o assassino de Realengo, os dois de Suzano e o atirador de Christchurch

Não podemos mais acreditar que ataques terroristas e franco-atiradores não fazem parte da sociedade e cultura brasileiras. Infelizmente, agora fazem. E não é só aqui. Mesmo um país pacífico como a Nova Zelândia é palco de um massacre hediondo.

Na imaginação pública, quando se fala de terrorismo pensamos logo em muçulmanos. Mas a realidade é bem diferente. Segundo relatório da Anti-Defamation League americana, nos EUA, 73% dos atentados terroristas dos últimos anos foram cometidos por extremistas de direita, e apenas 23% por islamistas radicais. Suzano e Christchurch se encaixam nessa imagem geral.

Existe um importante debate acerca de armas de fogo que teremos de enfrentar. No massacre em Suzano, os dois jovens tinham apenas uma arma de fogo. Sabe-se lá quantas vítimas teriam sido se o acesso às armas fosse ainda mais fácil do que é hoje e eles tivessem um arsenal em mãos. Só que as armas jamais serão completamente erradicadas: a dos atiradores era ilegal; ou seja, mesmo quando proibidas, ainda são alcançáveis. Precisamos entender também por que um número crescente de jovens do sexo masculino trilha esse rumo destrutivo.

O lugar do homem na sociedade está em xeque. O que antes era considerado atributo masculino (agressividade, autoafirmação, desejo sexual) é hoje condenado. E muitos homens, inseguros sobre seu lugar na sociedade, enfrentam um mundo no qual não têm nenhum destaque profissional e no qual nenhuma mulher se interessa por eles. Embora não sejam particularmente feios nem desagradáveis, têm seu desejo por intimidade feminina sumariamente negado. Existe até um termo para designar o homem que não consegue uma parceira sexual: "incel", ou celibatário involuntário. A revolta é uma reação previsível.

Para outros, são imigrantes e outras minorias que despertam revolta. Se ele também sofre com oportunidades econômicas escassas, por que toda a atenção é dada a imigrantes e ele é sempre tratado como vilão?

Algo une o assassino de Realengo, os dois de Suzano e mesmo o atirador de Christchurch: todos participaram de grupos do submundo da internet dedicados ao discurso de ódio --seja contra mulheres, muçulmanos ou imigrantes. Em fóruns como o dogolachan - do qual os atiradores de Suzano chegaram a participar - rola de tudo: muito humor pesadíssimo feito para chocar, discussão de cultura pop, discurso de ódio (inclusive teorias misóginas no pleno sentido da palavra) e militância política. O discurso que aflora nesse submundo obscuro é a sombra perfeita do discurso dominante na mídia e na intelectualidade. É em espaços assim, inclusive, que se gestou a alt-right americana e a própria extrema direita brasileira que agora chega ao poder.

Nisso, o jovem branco americano e o jovem de classe média brasileiro não são tão diferentes do jovem muçulmano filho de imigrantes em algum país ocidental. Sem grande perspectivas de futuro, sentindo-se desprezado pela sociedade que o cerca, encontra alguma afirmação em grupos que o radicalizam e instilam nele o único caminho que lhe sobra para ter um impacto no mundo: a destruição.

Jamais impediremos a livre comunicação humana. Fecha-se um fórum, outro virá em seu lugar. Além do monitoramento de pessoas que demonstrem comportamento de risco (antissociais, reprodutores de discurso de ódio e teorias conspiratórias), teremos que pensar também se nossa cultura e nosso discurso oficial não está gerando um ressentimento desnecessário.
Herculano
19/03/2019 10:04
FESTA DE ZÉ DIRCEU TEVE BOLSONARISTAS E PETISTAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Na festa dos 73 anos de José Dirceu, sábado (16), havia quase tantos eleitores de Bolsonaro, incluindo familiares de sua mulher, quanto militantes petistas. As comemorações tinha um certo tom de despedida: o ex-ministro deixava clara a certeza de que voltará à prisão, talvez em junho, e por longos anos. Ele se emocionou várias vezes diante dos amigos, entre os quais não se viu nenhuma celebridade do PT.

EXPURGO NO PT
Os mais ligados ao aniversariante stalinista diziam esperar expurgo no PT, o que talvez explique a falta de sua presidente, Gleisi Hoffmann.

CADA UM LEVA O SEU
Organizadores do churrasco para Zé Dirceu solicitaram aos convidados que levassem o que desejassem beber, tipo cerveja e vinho.

NOVO 'MONARQUISTA'
No eclético grupo de convidados, um amigo deu a Zé Dirceu um broche monarquista. Ele achou graça o passou a usá-lo alegremente.

GOLPE, NÃO. ELEIÇÃO
Petistas presentes entoaram gritos de "Lula livre", claro, mas Zé Dirceu pareceu não concordar quando acusavam Jair Bolsonaro de "golpista".

HUMOR SELETIVO
Poucos entendem que, para os Bolsonaros, Olavo de Carvalho tem "licença" para dizer o que quiser. Acham até engraçado. Só quem não achou graça foi o vice Hamilton Mourão, chamado de "idiota".

LONGO CAMINHO À FRENTE
Bolsonaro disse no Twitter que deseja o Brasil entre as economias mais livres do mundo. Estamos longe: em 180 países, somos o 150º menos livre economicamente, segundo a Heritage Foundation.

PSOL ENTENDE DE 'LARANJAL'
Pesquisa de Malu Gatto, da University College London, e Kristin Wyllie, da James Madison University, indicou que o PSOL teve quase o dobro (27,1% do total) de candidatas "laranjas" que o PSOL (15,9% do total).

IBOVESPA 100 MIL
Apesar do ceticismo e do pessimismo de muitos torcedores, às 14h44 desta segunda (18), o Ibovespa bateu 100.038 pontos, após fechar na sexta (15) no recorde histórico de 99.588. Estima-se que que o índice passa dos 140 mil pontos após aprovação da Reforma da Previdência.

ARROJO PARANAENSE
O governador paranaense Ratinho Júnior (PSD) tem planos ambiciosos na área de infraestrutura: vai investir R$40 bilhões até 2023, sendo R$26 bilhões do Tesouro Estadual e o restante de parcerias privadas.

DETRAN-DF FAZ VERGONHA
Após livrar de punição o agente que usava viatura oficial para almoçar em casa todos os dias, estacionando sobre a calçada, o Detran-DF livrou outro flagrado usando a viatura para ao banco conferir o salário, um dos mais elevados do serviço público. Em média R$20 mil por mês.

NOVA ESTRELA DE DAVI
Jornalão paulista criou uma lista de inspiração fascista. Em vez de bordar estrela de Davi na roupa, carimba de "bolsonaristas" internautas que exercem o direito de opinião. E não faz lista idêntica de militantes petistas que exercem o direito de defender os corruptos de estimação.

PENSANDO BEM...
...quando quer saber onde está e o que diz a mais aguerrida oposição ao seu governo, Bolsonaro apenas abre algum jornalão, qualquer um.

ENTRE O NOVO E O VELHO, MDB PATINA NA INÉRCIA
O MDB velho de guerra está cansado, sem norte. Na Câmara, com bancada reduzida para 34 deputados, a mais inexpressiva da sua história, o partido que já foi liderado por Ulysses Guimarães sofre crise de identidade. É que os novos deputados eleitos em 2018 não querem saber das velhas lideranças, representadas pelo seu atual presidente nacional, Romero Jucá. Nem mesmo as cumprimenta. O partido não tem nem mesmo interessados em assumir sua presidência.
Herculano
19/03/2019 10:02
CANAIS DE IMAGEBOARD SE TORNARAM INCUBADORA DE óDIO, por Pablo Ortellado, professor do curso de gestão de políticas públicas da USP, é doutor em filosofia, no jornal Folha de S. Paulo.

Cultura de ódio dos 'chans' parece ter influenciado autores do massacre de Suzano

O atentado a tiros na escola Raul Brasil em Suzano, nos deixou com muitas perguntas sem resposta. Uma das mais perturbadoras é em que medida a cultura dos "chans" contribuiu para o massacre.

Chan é o nome popular para os canais de imageboard, fóruns de discussão por meio de imagens. Nascidos nos meios de devoção à cultura japonesa dos mangás, dos animes e dos games, nos últimos anos se tornaram incubadoras de ódio.

É o que aconteceu com o 4chan, que incubou a alt-right americana, e o Dogolachan e seus precursores no Brasil que estão ligados a ataques de "incels" (os chamados celibatários involuntários).

A universidade brasileira estudou muito pouco a cultura dos canais, por isso quase tudo que sabemos vêm de reportagens na imprensa e da extrapolação do que foi estudado nos canais americanos.

Embora os fóruns não exijam identificação, um estudo do 4chan apresentou o perfil dos seus usuários: quase todos homens, com idade entre 18 e 34 anos, alguma passagem pelo ensino superior e gosto pela cultura japonesa.

Quase nada sabemos sobre os usuários dos canais brasileiros. O teor das postagens sugere que são homens e jovens.

O administrador do Dogolachan, Marcelo Mello, tinha 33 anos quando foi preso no final do ano passado por associação criminosa, racismo e terrorismo. Ele tinha sido preso antes por perseguir ativistas feministas. Depois que saiu da prisão, seguiu importunando e ameaçando a blogueira Lola Aronovich e o ex-deputado federal Jean Wyllys.

Reportagens da Vice e da Época sobre o Dogolachan mostram uma cultura misógina, homofóbica e racista, na qual mulheres são chamadas de "depósitos" e proliferam relatos de rejeição amorosa respondidos com violência de gênero.

O canal também promove uma cultura do martírio no qual ataques contra mulheres e contra o "gado" seguidos de suicídio são incentivados e celebrados ?"seus autores são chamados de "homens santos".

Embora essas e outras matérias sobre a cultura dos canais brasileiros tenham sugerido um vínculo entre o sentimento de inadequação social e a violência preconceituosa, parece apressado reduzir a causa dos atentados à experiência da rejeição e do bullying.

Ativistas feministas têm chamado a atenção para o fato de que se o bullying fosse a principal causa dos massacres, seus autores seriam todos negros, gays, mulheres e pessoas obesas, que são o alvo preferencial dos valentões.

Por isso, alegam, seria mais adequado pensar que é a frustração da expectativa de adequação social por jovens homens brancos e héteros que leva à politização da sua rejeição por ideologias de ódio.
Herculano
19/03/2019 09:56
UFA! POLÍCIA APREENDE MENOR SUSPEITO DE AJUDAR A PLANEJAR MASSACRE A ESCOLA EM SUZANO

Conteúdo do portal G1. Jovem de 17 anos foi apreendido em casa. Durante a investigação foram analisados os celulares dele e dos dois assassinos e, de acordo com a polícia, os três aparelhos têm conversas claras sobre o planejamento das mortes.

Policiais apreenderam, na manhã desta terça-feira (19), o adolescente suspeito de ajudar a planejar o massacre que terminou com dez mortos na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. O jovem de 17 anos foi apreendido em casa, será levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Suzano e na sequência para o Fórum da cidade.

A juíza decidiu pela internação provisória do menor por 45 dias, podendo prorrogar o prazo dependendo do depoimento dele, de laudos de sanidade, entre outros fatores.

Na quinta-feira (14), o adolescente chegou a se apresentar à Justiça, mas ele negou a participação e foi liberado.

Durante a investigação foram analisados os celulares dele e dos dois assassinos e, de acordo com a polícia, os três aparelhos têm conversas claras sobre o planejamento das mortes.

Nesta segunda-feira (18), a polícia apresentou ao Ministério Público um relatório com os resultados das buscas feitas na casa do menor.

O ataque

Os assassinos de 17 e 25 anos mataram sete pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, na quarta-feira (13). Um deles baleou e matou o próprio tio, em uma loja de automóveis.

A investigação aponta que, depois do ataque na escola, um dos assassinos matou o comparsa e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um "pacto", segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.
Herculano
19/03/2019 09:55
FILHOS PROBLEMÁTICOS

Pauta da revista eletrônica Crusoé

1. Carlos sob suspeita. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, desconfia que o vereador Carlos Bolsonaro seja o mentor dos ataques que passou a sofrer nas redes sociais depois de defender mudanças na reforma da Previdência. Na ausência do pai, que está em Washington, Carlos esteve no Palácio do Planalto.

2. Fogo amigo em Eduardo. Acompanhando o presidente nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro tentou explicar uma declaração sobre os imigrantes ilegais brasileiros que irritou apoiadores como Silas Malafaia e Alexandre Frota. A trapalhada não tirou o ânimo do filho de Jair Bolsonaro para trazer ao Brasil uma conferência conservadora criada nos Estados Unidos.

3. Contraste chileno. O próximo destino internacional de Bolsonaro depois dos Estados Unidos é o Chile, que o presidente visita na semana em que o país comemora um crescimento de 4,4% em 2018. Resultado de dar inveja ao Brasil, onde a primeira prévia do PIB do ano apontou um recuo na comparação de janeiro para dezembro.

4. A caça-fantasmas. Líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann mandou demitir 25 funcionários comissionados do gabinete da liderança. Para ela, eram todos "funcionários fantasmas" nomeados por Romero Jucá. O presidente do MDB nega.

5. Comitê em marcha lenta. Rodrigo Maia criou um grupo para analisar conjuntamente o pacote anticrime de Sergio Moro e projetos de uma comissão de juristas que tratam do mesmo tema. A medida retarda a tramitação da proposta. Assim que voltar da viagem com Bolsonaro, Moro vai tentar convencer Maia a acelerá-la.
Herculano
19/03/2019 09:54
BALÃO DE OXIGÊNIO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Sem exigência de severas contrapartidas, socorro aos estados acabará por premiar gestões perdulárias

Balão de oxigênio foi a definição dada pelo ministro Paulo Guedes, da Economia, ao novo programa de ajuda aos estados em gestação no Executivo federal. O objetivo é proporcionar um alívio temporário para que os governadores possam cumprir suas obrigações cotidianas enquanto realizam ajustes estruturais nas finanças públicas.

Pelo que se adiantou, algumas unidades da Federação poderão obter financiamentos de bancos privados, com aval da União, em troca de redução de despesas.

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, esse aval pode chegar a R$ 10 bilhões, desde que os estados se comprometam com um plano de recuperação de quatro anos.

O valor garantido equivaleria a até 40% da melhora orçamentária prevista, e as parcelas do financiamento seriam liberadas periodicamente, de acordo com o progresso na execução do programa.

À diferença do que ocorreu nos últimos anos, os governos que aderirem precisarão reduzir gastos em termos reais (ajustados pela inflação) até 2022. Não será possível realizar tais cortes sem atacar despesas com salários e aposentadorias, o que também passa pela aprovação da reforma da Previdência.

A nova modalidade de socorro financeiro visa atingir os entes federativos classificados com nota C na escala (que vai de A a D) que mede a capacidade de pagamento, elaborada pelo ministério. São 11 os estados nessa condição.

O novo programa não se aplica aos que se encontram em situação de desequilíbrio ainda mais grave. Para estes - Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul- há o Regime de Recuperação Fiscal, que permite carência de três anos no pagamento dos juros das dívidas com a União. O Rio já participa do RRF; os outros negociam.

Em qualquer caso, cumpre reconhecer que nenhum balão de oxigênio será suficiente para resolver o problema. Os próprios governadores é que precisarão enfrentar as corporações de servidores, em particular as de elite, para controlar as despesas com pessoal.

Guedes tem sido veemente em defender maior descentralização dos recursos. Num posicionamento incomum para um ministro da Economia, sugeriu até que 70% das receitas futuras do pré-sal fiquem com estados e municípios.

A ideia é meritória como princípio, dado que esses entes respondem pela maior parte de serviços públicos essenciais, como educação, saúde e segurança pública. Entretanto cumpre garantir que o dinheiro não cairá numa espiral deficitária de dívidas e encargos.

Qualquer ajuda adicional da União precisa estar condicionada a severas contrapartidas. Do contrário, o governo estará repetindo velhas práticas que premiam, na prática, as gestões perdulárias.
Herculano
19/03/2019 09:53
GOVERNO SEGURA CAMPANHA PUBLICITÁRIA DA PREVIDÊNCIA

Últimos comerciais foram após Carnaval. Globo é a que teve menos inserções. Nova campanha: só no fim do mês

Conteúdo do Poder360. Texto de Paulo Silva Pinto. A 2ª fase da campanha publicitária da Previdência está pronta, mas congelada pelo Planalto até pelo menos o fim do mês. Serão no mínimo 3 semanas sem o tema nos intervalos da TV.

As inserções da 1ª fase começaram em 20 de fevereiro e foram ao ar logo até depois do Carnaval no início deste mês. Inicialmente, a ideia era de que se estendesse até o final deste mês, mas o número de inserções previsto no plano de mídia foi muito pequeno.

Na 1ª fase, a Globo veiculou apenas 3 comerciais durante as semanas da campanha. Já as TVs Record, SBT, Band e RedeTV transmitiram 7 ou 8 comerciais cada uma. A discrepância, segundo o governo, ocorre porque a Globo cobra mais caro pelas inserções.[cobra mais caro porque tem mais audiência, comprovada pela medição, do que as demais]

Para os responsáveis pela publicidade no Planalto, a postergação da 2ª fase é justificada. Eles argumentam que não adianta gastar com a campanha enquanto o debate não pegar de vez no Congresso. Seria jogar dinheiro fora.

A campanha atual tem como slogan "Nova Previdência: Justa para todos. Melhor para o Brasil". A campanha evita a palavra "reforma". Além dos comerciais de TV, também há anúncios em jornais e outdoors.

A ideia é destinar no total cerca de R$ 45 milhões com os comerciais - bem menos do que os R$ 189 milhões investidos pelo governo Michel Temer nas propagandas da fracassada tentativa de aprovar a reforma da Previdência em seu mandato.

A PEC foi enviada à Câmara em dezembro de 2016 e teve a tramitação interrompida em 19 de janeiro de 2018, quando começou a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro - nenhuma proposta de emenda à Constituição pode tramitar nessas situações.

Mas, àquela altura, já se admitia que seria inviável colocar o projeto em votação, por falta de apoio do mínimo de 308 deputados necessários para aprová-lo.

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