Se antes sobravam dúvidas de que a concorrência foi uma coisa, agora abundam provas de que a execução foi outra na obra da rua Frei Solano - Jornal Cruzeiro do Vale

Se antes sobravam dúvidas de que a concorrência foi uma coisa, agora abundam provas de que a execução foi outra na obra da rua Frei Solano

02/03/2020

Estão caracterizando a fraude, a negligência e a improbidade. O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores tem tudo para ser rejeitado e só porque o prefeito Kleber possui a maioria na CPI

Entretanto, as documentações e principalmente as gravações contraditórias dos engenheiros envolvidos no projeto, contratação, fiscalização e execução, confirmam os questionamentos, dúvidas e denúncias

E tudo isso se a CPI não tiver consequências na Câmara devido a maioria do prefeito para abafar o relatório, irá direto para o Ministério Público e o Tribunal de Contas ajudar na instrução dos inquéritos

Esta quinta-feira, às 13h30min, no plenário da Câmara, serão ouvidos o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Jean Alexandre dos Santos e o que está presidente do Samae há mais de três anos, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP.

Uniformidade do discurso para se criar justificativas e desculpas capazes de gerar o “perdão” das instituições de fiscalização ao procedimento errado que está sendo apurado, estabeleceram-se na nova premissa equivocada do governo.

Todos os envolvidos neste assunto na prefeitura e no Samae, bem como à base política governamental na Câmara, sem capacidade de contestar à realidade que vem se encontrando, tentam mostrar nos discursos e contrapontos de que a obra produziu resultados projetados – e esperados, até o momento - para a comunidade do Gasparinho. Querem com isso, mitigar e até esconder às graves falhas nos de procedimentos administrativos obrigados por lei.

Na imprensa local e regional, esse assunto da CPI ainda é tabu. Só neste espaço no jornal Cruzeiro do Vale, com 30 anos de compromissos com seus leitores e leitoras, a CPI tem sido abordada e analisada, bem como na Rádio Comunitária Vila Nova. O assunto rola e mina à estratégia do governo nas redes sociais e principalmente nos aplicativos de mensagens, que fogem à patrulha formal e constrangimentos governamentais. Falta, inclusive, o assessoramento de comunicação para a Comissão.

Também só hoje é que será escolhido um engenheiro especialista para assessorar a CPI. Os próprios vereadores que estão atrás dos esclarecimentos admitem que ele fez falta na estruturação das oitivas realizadas até aqui.

Caberá ao profissional que está sendo escolhido – dois se habilitaram à licitação - ouvir as quase 10 horas de depoimentos tomados até aqui, perceber às incoerências, os pontos manjados para ludibriar que não possui o domínio técnico, acompanhar as demais ouvidas, bem como analisar todos os documentos que foram colocados à disposição e apontar as falhas deles, e assim facilitar o relatório da CPI ou organizá-los para chegar catalogados aos órgãos de fiscalização.

HALAN PERDEU O FOCO E DEIXOU MAIS EXPOSTA A DELIBERADA INTENÇÃO DA PREFEITURA DE FAZER A OBRA FORA DAQUILO QUE HAVIA SIDO LICITADA, CONTRATADA E PROJETADA

Os dois depoimentos na última reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores de Gaspar e que apura às supostas irregularidades na contratação, execução e fiscalização das obras de drenagem da Rua Frei Solano, no Gasparinho, foram os mais assustadores até aqui. Neles, ficaram evidentes que licitação, contratação, execução e fiscalização de obras em Gaspar, ao menos nesta da Frei Solano, foram para inglês ver.

Ouviu-se o engenheiro fiscal do Samae que controlou a execução da obra – a maior parte dela -, o jovem Halan Jones Mores. Ele não tinha comparecido há duas quintas-feiras, porque o presidente do Samae, o vereador, afirmou por ofício à CPI, que ele estaria ausente do serviço por supostos problemas de saúde, fato que Halan ratificou espontaneamente ao que parecia ser então o final da audiência.

Na verdade, Halan foi engolido pelos fatos, contradições, “esquecimentos” e principalmente pela inexperiência no trato das manhas dos casos do setor público e à submissão aos interesses de quem o contratou para apenas cumprir à legislação: a obrigação de se ter um fiscal para a obra. Halan fez número e cumpriu o seu papel.

A melhor descrição do seu estado emocional, foi quando não se lembrando o que fez, o vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, resolveu refrescar o seu lapso de memória e lhe ofereceu um documento que ele próprio assinou. Halan ficou por minutos olhando aquele documento como não se reconhecendo nele. E esse documento tirou a pouca concentração que lhe restava e Halan, visivelmente, não via o momento daquele pesadelo – que durou quase duas horas - terminar.

Olhava para os lados, para o documento e por pelo menos três vezes deu sinais estar distante daquele depoimento, pedindo para repetir o questionamento ou construindo uma resposta diversa daquela que lhe foi perguntado.

Halan, apesar dos cuidados iniciais que teve, mas por perder o foco, colocou no centro das dúvidas e soluções heterodoxas, todos os envolvidos nestas dúvidas. Sobre as mudanças e problemas encontrados, revelou que tudo era reportado e decidido em reuniões com a participação de engenheiros da prefeitura, do chefe de gabinete do prefeito, do secretário Jean e até do presidente do Samae, Melato.

Halan confirmou que fez o relatório da fiscalização das obras conforme ela foi contratada e não conforme ela foi feita, modificada e entregue. Ou seja, falseou o relatório de fiscalização. Achou isso, natural. Perguntado se achava isso correto esse procedimento, não hesitou em “achar” que sim, pois estaria apenas seguindo o que lhe foi orientado por seus superiores, comprometendo o seu currículo profissional.

CADEIRA DE MADEIRA X CADEIRA COM ESTOFAMENTO DE COURO

Por outro lado, esclarecedor foi o depoimento do também jovem engenheiro, mas escolado no que faz, no relacionamento com o setor público, o engenheiro Walney Agílio Raimondi, um dos sócios proprietários da CR Artefatos de Cimento, de Itajaí, com 30 anos de experiência no ramo e há dez anos fornecedora deste tipo de serviço para a prefeitura de Gaspar, como segundo ele próprio sublinhou.

A CR ganhou em julho de 2018 a famosa e controversa licitação 78 na modalidade de pregão para o registro preços, no valor superior a R$13 milhões. A licitação era para a contratação de empresa para execução de serviços de drenagem e pavimentação articulada.

No ano passado, 2019, entretanto, quando o caso da Frei Solano começava a dar água, após denúncia do vereador Cícero, o Tribunal de Contas do Estado a considerou irregular e mandou suspender todos os serviços decorrentes dela. Walney discordou nesse ponto, defendeu a prefeitura e a si próprio. Quando perguntado por vereadores governistas se via tal contratação um ato irregular, alegou que já fazia esse serviço para Gaspar nessa modalidade em outras administrações e está fazendo pelo mesmo sistema de Ata com Registro de Preços para outras prefeituras da região.

Contudo, Walney provou que, como dizia o pai dele, “o papel aceita tudo”. Referia-se ao projeto “furado” Frei Solando. Ali, pediu-se, no entender dele, como profissional da área e especialista na execução desse tipo de obras, técnicas ultrapassadas diante da atualidade e da realidade que encontrou.

“Perdi dinheiro”, reclamou o engenheiro Walney em contraponto ao que afirmaram os engenheiros da prefeitura e do Samae em depoimentos anteriores, de que todas as modificações foram feitas para se ganhar tempo e desonerar custos dos serviços. Uma obra de quatro meses durou mais de um ano – ou seja, não se ganhou tempo - e se era para desonerar custos, isto não se refletiu naquilo que a prefeitura pagou ou estão pagando pela obra.

E a habilidade de Walney para lidar com situações adversas ficou clara quando ouviu uma pergunta semelhante feita a Halan – que se embanara para responde-la como reportei anteriormente.

Cicero quis saber se era correto prometer vender uma cadeira de couro e entregar uma de madeira, diante de todas as modificações feitas na execução que não respeitou a licitação, a contratação e o projeto. “Compraram uma cadeira de madeira e eu entreguei uma cadeira de couro”, respondeu na lata. Silêncio!

E é isso que deixa os vereadores Cicero e o proponente da CPI e presidente dela, Dionísio Luiz Bertoldi, PT, intrigados. “Se ele perdeu dinheiro, se a prefeitura perdeu dinheiro e vai pagar mais, quem está ganhando?” pergunta Dionísio nos bastidores. Ele, inclusive, pensa também que a CPI já cumpriu o papel dela: provou que suas denúncias eram fundadas. “Por isso, Kleber escondeu tanto tempo tudo isso da gente [vereadores oposicionistas] e da população”.

Isto também está refletido no comportamento reiterado de desconforto de pelo menos um membro da CPI, o vereador Francisco Hostins Júnior, MDB, plantado nela para abafá-la no relatório final e para proteger Kleber.

Hostins por ser advogado, sabe o que está acontecendo e que os depoimentos como os dados até aqui, comprometem-no na obrigação partidária que possui na CPI para não chegá-la à uma Comissão Parlamentar Processante. E na última, Hostins se irritou com os questionamentos de Cicero a Walney.

O QUE ESTÁ CLARO ATÉ AQUI? FOI LICITADO E CONTRATADO UMA COISA, MAS FOI FEITA E ENTREGUE OUTRA. ISTO NO AMBIENTE PÚBLICO SE TIPIFICA COMO CRIME. KLEBER E MELATO PODEM ACHAR UM CRISTO PARA ISSO TUDO, MAS ALÉM DO CALVÁRIO JURÍDICO, TERÃO QUE CONTAR COM A SORTE

Antes de prosseguir é importante que não se repita o que escrevi em dois artigos sobre a CPI, mas é difícil. Antes de prosseguir é importante que esta conclusão de que a contração e o projeto difere da execução e da obra entregue já se desenhava nos primeiros depoimentos, mostrando que as dúvidas tinham razão de ser.

Qual era o título do da coluna do dia 17 de fevereiro?

“Depoimento de engenheiro na CPP mostra um cipoal de improvisos na concepção, contratação, execução e fiscalização das obras de drenagem da rua Frei Solano.

Prevaleceu a soberba e a arrogância técnicas sobre o óbvio e uma realidade que exigia transparência desde que a obra necessária foi concebida.

A falta dela mancha a imagem política do governo em um ano de cobranças, comparações e eleições nas exigências dos eleitores sobre o comportamento dos gestores com a coisa pública, toda ela sustentada pelos pagadores de pesados impostos”.

E qual foi o título do artigo sobre este assunto na coluna do dia 25 de fevereiro?

“Da série: quem não deve não teme. Depois do desastroso depoimento do engenheiro fiscal da prefeitura, o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, resolveu tomar precauções para não se enrolar mais na CPP da drenagem da Rua Frei Solano e apelou para a esperteza.

o engenheiro fiscal do Samae, Halan Jones Mores, não foi “localizado” e por causa disso, ele não foi quinta-feira à reunião da CPP. É que, segundo o presidente José Hilário Melato, PP, não vem trabalhar por questões de saúde. Mas no dia da feitura e da assinatura do ofício, Halan estava na autarquia.

A venda do seu mobiliário pelo engenheiro na internet acendeu à luz amarela dos vereadores”.

No depoimento de Halan ele não sabia precisar onde começou a sua obrigação de fiscalizar, não sabia datas – quando iniciou, quando terminou -, nem se lá foram colocados tubos de dois metros de diâmetros [ e foram mais de 200 metros], e olha que Walney garantiu que ele estava todos os dias na obra, que era cri-cri, mas um inexperiente no assunto.

Após afirmar e ser contestado, admitiu não foi feito o berço de concreto que estava na licitação, no projeto executivo e que foi contratado. Foi feito um contraberço, ou seja, um enchimento lateral, que Walney disse ser a melhor técnica existente e garantiu que a colocação de barro imediatamente não trará problema e que a cura dele aconteceria normalmente com o barro.

Sobre os custos menores dos dois processos, ninguém soube mostrar e comparar números. Apenas de que era mais rápido, adequado e mais empregado hoje em dia.

REJUNTES E CAIXAS DE INSPEÇÕES ESTÃO FORA DO QUE FOI LICITADO, PROJETADO E CONTRATADO

Outro ponto de polêmica foi às substituições dos rejuntes de argamassas de sete centímetros pedidos na licitação, contratação e no projeto para proteger as emendas dos tubos, por mantas geo-têxtil (Bedim). Halan admite que fechou o olho para o assunto, e Walney diz que perdeu dinheiro com a substituição e que foi decidida por ele, “pois esses rejuntes não se usam mais há muito tempo”, atestando o atraso dos profissionais dessa área da prefeitura de Gaspar. “Eu estou nas obras; eu estou atualizado [conhecimento técnico]. Os funcionários públicos às vezes....”, demonstrando autoridade sobre o assunto.

Entretanto, quando falou que perdeu dinheiro, Walney foi contraditório.

Além de tecnicamente ultrapassado, esses rejuntes pedidos no contrato e no projeto são, segundo o engenheiro dono da CR Artefatos de Cimento, caros demais, exigem muito mão-de-obra e atrasam o trabalho. “Estávamos correndo contra o tempo, e as valas abertas precisavam ser fechada os mais rapidamente possível diante da possibilidade de desbarrancamentos, enxurradas e acidentes”, justificou.

Então, Walney não soube precisar à CPI, em números, onde exatamente perdeu dinheiro. Pela exposição que fez, está claro que diminuiu os seus custos.

Outro ponto de controvérsia foi o uso ou não, de escoramento nas valas com mais de 1,25 metro de profundidade como determina NBR, um custo a mais e pedido na licitação. Halan garantiu que foi usado o escoramento. Walney nem se lembrava disso e procurou por fotos no smartphone para responder a essa pergunta, sabendo que em alguns pontos, as valas atingiram até cinco metros de profundidade.

“Isso tudo depende do solo”, disse ele desclassificando a licitação, o contrato, a Norma Técnica e à exigência do Ministério do Trabalho. “Teve lugares em que valas com apenas 50 centímetros de profundidade eram instáveis e precisaram de escoramento. Em outra não”. No fundo, o que houve, foi economia, e com a segurança dos empregados. Isto já tinha sido relatado na coluna, com fotos produzidas pelo próprio prefeito Kleber ao divulgar obras da prefeitura, como repórter dele próprio.

Sobre as caixas de inspeção a velha polêmica se sustentou mais uma vez.

Ambos engenheiros garantiram a CPI que o que foi feito e enterrado é o certo, mas todos os dois admitiram que tudo foi realizado contra o que foi licitado, contratado, fiscalizado e pago. “Essa polêmica é devido à essa foto que viralizou na internet. Fotografaram um corpo com o intestino aberto e em operação. Fechado, ele se mostrou que é funcional. Substituímos a caixaria de madeira por formas de tijolos de concreto”, minimizou Walney.

Mas, mais uma vez ambos não souberam explicar sobre a durabilidade e quanto se economizou nesta mudança.

E sobre as bocas de lobos que foram arrancadas depois de prontas e porque estavam fora do grade da rua?

Só aumentaram as dúvidas sobre a qualidade, se de verdade existia o projeto anterior as obras e que só apareceu este ano na Câmara. “Pediram para eu seguir a cancha original da rua, e eu segui”, justificou Walney. “Um dia, um engenheiro que não sei se era do Planejamento me abordou no corredor da prefeitura exigindo que eu mudasse as bocas de lobo de lugar, porque eu tinha errado. Recusei, porque eu não errei. Eu fiz o que me foi determinado fazer”, explicou.

Ora, se havia projeto, este questionamento nem deveria existir, ou só existiria se comprovadamente teria sido realizado algo fora dele. Como a bomba foi parar no colo da empreiteira que iniciou as obras de reurbanização e a prefeitura que está finalizando-a depois de correr com a Engeplan de lá – o caso está na Justiça – parece que a razão está com CR Artefatos de Cimento.

CASA DA MÃE JOANA

O que está cada vez mais claro com os depoimentos até aqui na CPI? De que se licitou, contratou e pagou um tipo de serviço, técnica e produto, baseado numa fiscalização oficial que fechou os olhos para as mudanças decidido num grupinho fechado, mas se executou algo bem diferente do que se licitou, contratou e se pagou.

Então, confirmada esta situação, há fraude no processo licitatório, pois o que se executou foi diferente da concorrência. Quem foi a ela, foi enganado. Quem deixou de concorrer diante de tantas exigências que não posteriormente exigidas também.

A documentação das reuniões, das modificações e das memórias de cálculo técnicos e dos custos sobre todo o processo modificativo no decorrer da obra é também precário. Isto, para especialistas em gestão pública, direito administrativo e engenheiro de obras de infra-estrutura que consultei, denota que tudo isso é intencional.

Não é à toa, que se levou mais de um ano para a prefeitura apresentar à Câmara a documentação a um simples requerimento de informações de um vereador. Nem a obrigação feita pela Justiça foi capaz disso. A prefeitura sabia o que fez e o que isso a implicaria se mexesse nesse abelheiro.

Agora, Kleber, Melato e os seus “çabios” devem explicações enquanto culpam a suposta oposição por colocar chifres em cavalo ou achar pelo em ovo. Isso diz respeito à gestão, transparência com os pesados impostos dos gasparenses a quem os políticos no poder de plantão devem a prestação de contas ou assumirem seus erros e responsabilidade por eles. Acorda, Gaspar!

Um veterinário com a política na veia

O sucesso profissional não foi suficiente para o sucesso político


Da esquerda para a direita Adilson no dia da formatura há 30 anos, a primeira tentativa em ser prefeito em 2000 e o atendimento no presente na Trinca Ferro

O médico veterinário Adilson Luiz Schmitt, faz hoje 30 anos de formatura pela Federal do Paraná. Os jornais daqui, neste final de semana, reportaram tal feito, sua trajetória profissional e até empresarial, onde foi sócio de negócios do ramo por aqui. Atua há dez anos em parceria com a Agropecuária Trinca-Ferro, onde mantém consultório.

Mas aqui, Adilson ganhou espaços generosos sobre seus erros, polêmicas e acertos em outro campo: o da política. Tenho sido implacável com os políticos. E com Adilson não foi diferente. Ao contrário de muitos, também quando todas as portas se fecharam, as minhas sempre estiveram abertas e não foi para passar a mão na cabeça dele. É que apesar de tudo, Adilson é comunitário. É essencialmente gasparense.

Adilson nasceu no MDB de onde achava que nunca sairia, mas saíram com ele exatamente por se negar a ser como prefeito um boneco do grupo mandatário na cidade. Tentou enfrenta-los, foi derrotado. Experimentou o PSB e PPS. Hoje está sem partido e de volta à cidade vive, como um ente vivo, articulando nos bastidores para além do exercício profissional. O medo dos adversários e inimigos que fez na política é de que ele ressurja das cinzas.

Hoje, ele é o presidente regional do núcleo da entidade de classe catarinense.

Adilson foi prefeito entre 2004 e 2008, com o empresário Clarindo Fantoni, PP (votos 13.689 votos). Tentou em 2000, foi derrotado (4.209 votos). Também não conseguiu a reeleição em 2008 (8.552 votos) e 2012 (721).

Também há poucos dias fez 13 anos daquela entrevista que Adilson deu de Florianópolis, ao vivo, para o comunicador Júlio Carlos Schramm, da Rádio Sentinela do Vale, e que decretou o seu isolamento e sepultamento político.

Para muitos, a política além de ter interrompida, atrapalhou a carreira profissional dele. Adilson não pensa assim. Mas, o campo sempre foi o seu forte, tanto que no seu mandato fez ressurgir e fortaleceu a secretaria de Agricultura.

A foto acima, mostra Adilson no dia da formatura, com 75 quilos com sonhos profissionais e políticos. Hoje supera os 100, mas continua com os dois sonhos: curtir a família e seu consultório com seus bichos na Trinca Ferro. Nem todos fazem essa aposta. Pensam que a política faz parte de outro sonho. O tempo será senhor da razão.

O Aliança pelo Brasil em Gaspar continua dividido

É preciso definir a liderança sob pena de ficar manco


O deputado Federal Coronel Armando, PSL, agarrado em dois santos para a formação do Aliança pelo Brasil, em Gaspar: gravou com Mário César, que diz estar no PL, e com Demetrius Wolff que saiu do PSL, e está recolhendo assinaturas para a criação do novo partido bolsonarista

Nas redes sociais é visível à disputa pela liderança do partido do clã Bolsonaro em Gaspar, o Aliança pelo Brasil. Aparenta-se patético.

Este final de semana, por exemplo, houve o encontro das lideranças, articuladores e apoiadores de Santa Catarina. Márcio Cezar que diz presidir o PL de Gaspar, mas oficialmente não há nada que prove isso, estava lá com os seus disputando selfies dos bolsonaristas ainda a maioria deles instalados no PSL.

No outro canto, Demetrius Wolff, como demonstram as fotos acima, fazia o seu papel entregando as assinaturas coletadas aqui, gravando vídeos de apoio a si e motivadores aos seus.

O que está claro? Que os que se dizem de direita e conservadores em Gaspar estão divididos e se atrapalhando mutuamente. Isso é recorrente e já foi tema de comentários aqui. O que está claro desta vez? Que o PSL de Gaspar, que tinha como padrinho o deputado Federal Coronel Luiz Armando Schroeder Reis, de Joinville, e que ainda está nele, desistiu de ser o barriga-de-aluguel dos aliancistas por aqui.

Saiu dessa dividida. Está encontrando um caminho próprio e com liderança cada vez mais definida.

O PSL de Gaspar vai seguir à orientação do deputado Ricardo Alba, PSL, de Blumenau e do governador Carlos Moisés da Silva, PSL, dificilmente terá candidatura própria que possa incomodar o MDB daqui ou os evangélicos neopentecostais.

O presidente da Comissão do partido daqui, Marciano da Silva, nega essa possibilidade. Então será preciso aguardar. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Coçar e trair é só começar. A partir desta quarta-feira abre-se a janela para os detentores de cargos legislativos mudarem de partido sem perder o mandato. Ela vai até dia três de abril. Em Gaspar, pelo menos três a quatro vereadores ensaiam trocas.

É que com a impossibilidade de se fazer coligações para a disputa à vereança neste ano, cada um terá que desistir ou construir puxadores de votos em seus partidos. Cada 3.200 votos, calcula-se, dará um vereador. No passado era fácil se eleger com os votos dos outros.

Em Gaspar, o PSC de Silvio Cleffi e José Ademir de Moura, por exemplo, elegeu o mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP (sexta legislatura). E os votos da legenda do DEM elegeram a tucana Franciele Daiane Back.

Quem já deu sinais claros de que vai sair do partido? Silvio Cleffi. É que no PSC não se reelegeria – e conto mais abaixo sobre isso.

Outro ensaio é de Cicero Giovane Amaro. Ele não quer ficar trucado no PSD que está se alinhado com Kleber Edson Wan Dall, MDB. Cícero fiscaliza com lupa o governo e não concorda com o que ele chama de perseguição por pedir transparência.

O vereador Rui Carlos Deschamps também já se manifestou a sua intenção de trocar de partido. Ele quer se posicionar fora do PT para ser vice-prefeito de alguma chapa.

Outros movimentos realizados dentro da prefeitura de Gaspar e com alinhamento a Ricardo Alba, PSL, de Blumenau, podem engordar o PSDB. É para ajudar à reeleição de Franciele, ameaçada com a saída do PSDB da ex-vereadora e candidata derrotada a prefeitura em 2016, Andreia Simone Zimmermann Nagel, na rasteira que a própria Franciele deu em Andreia para colocar Jorge Luiz Prucinio Pereira, evangélico e atual chefe de gabinete de Kleber, na presidência do partido por aqui.

Já o ensaio com Ciro André Quintino, MDB, presidente da Câmara, aparentemente está abortado. Ciro não quer correr riscos.

Volto ao caso Silvio, médico cardiologista, funcionário público municipal. Ele, como o canarinho, está mudo, na troca de penas. A política é uma experiência nova para ele e parece que está lhe faltando chão. Acha que o momento é delicado e não descarta “sair da política e se dedicar à medicina, medicina, medicina”.

Escrevi na sexta-feira na área de comentários da coluna na internet o seguinte diante da possibilidade que Silvio ensaiou: ir para o PSDB.

Na política, os políticos enganam os eleitores e depois dizem por aí que não entendem à revolta do povo com eles. E partido para eles, é apenas um detalhe temporal. Se Silvio Cleffi, ainda no PSC, for para o PSDB, ele vai ser humilhado ao extremo por ter tentado alçar voos solos longe da sua cria na política, Kleber Edson Wan Dall, MDB.

É que neste voo, Silvio tirou a vaga que Kleber reservou, do nada, à vereadora Franciele Daiane Back, e cujo partido PSDB, nem fazia parte da base do governo naquela época. Silvio se tornou o presidente da Câmara, com ajuda da tal oposição, então liderada pelo Roberto Procópio de Souza, PDT, e hoje dentro do governo Kleber, e um dos defensores mais ferrenhos de Kleber.

Aquela votação, naquele dezembro de 2017 proporcionou uma cena patética no resultado, na presença dos convivas para comemorar e na reação dos discursos dos perdedores, bem como no discurso conciliador do vencedor. Já relatei isso várias vezes aqui, enquanto outros escondiam.

Agora, Silvio, cria política de Kleber, também um neopetencostal de mesmo templo, vai pagar os pecados para Kleber, para Franciele e o grupo no poder de plantão na arrumação feita para Jorge Luiz Prucino Pereira ser presidente do PSDB gasparense e chefe de gabinete.

Olha só o tamanho do castigo: Silvio vai arrumar votos para tentar eleger Franciele que ficou no PSDB nanico, cada vez mais desacreditado e sem até Napoleão Bernardes, que foi para o PSD. Silvio vai ficar na rua da amargura com uma suplência que ele nunca vai assumir, pois foi assim que aconteceu com os vereadores do DEM e do PSDB que deram legenda para eleição de Franciele.

Por outro lado, os votos de Silvio também estão comprometidos. Como um vereador da base de Kleber cumpria um papel decorativo e para o voto caixão vindo do esquema e no mundo evangélico. Como oposição, teve voos solo, patrimônio que agora está totalmente comprometido com a volta dele ao reino de Kleber. Para os fiéis e os do governo ficaram as dúvidas. Para o novo eleitorado, também sobram dúvidas. Então...

E para encerrar a pantomima, Franciele que disse em tribuna, em redes sociais e principalmente em reservados, as piores coisas sobre a atitude do vereador Silvio na eleição contra a sua eleição certa à presidência da Câmara. Agora dirá que ele é um aliado confiável e respeitado? Não será preciso fazer cócegas para fazer qualquer um rir desta situação.

Mas, tudo sobre resultados futuros deste vai-e-vem de Silvio, até o momento são ilações. As respostas estarão no escrutínio das urnas em quatro de outubro se ele se concretizar esta transferência. Acorda, Gaspar!

Na coluna de hoje escrevi sobre várias patetices. Mas, não há fato tão patético como a viralização de vídeos em redes sociais e aplicativos de mensagens com mensagens falsas, ou que entre nós chamam de “fake”, e o crédito que as pessoas com conhecimento dão a elas.

Recebi um vídeo, de um engenheiro químico, onde um doido que se apresentava como químico autodidata, ou seja, sem conhecimento e autoridade sobre o assunto, convicto afirmava e provava que o álcool gel e água eram a mesma coisa no uso como desinfetantes das mãos para atenuar na transmissão de doenças viróticas, como o novo Corona Virus.

Resolvi tirar isso a limpo, com outro engenheiro químico, vizinho meu. Para a minha surpresa, ele confirmou à incapacidade do álcool gel. Como o álcool gel continua prescrito como uma ação de assepsia mundialmente aceita, concluo há dois tipos de caras-de-pau: o que expõe teses terraplanistas e os que receberam informações e formação técnicas para contestar tais teses, endossarem a ignorância. Meu Deus!

Hoje é dia dois de março. Os funcionários públicos municipais de Gaspar, até o final desta manhã de segunda-feira, quando postei esta nota, não tinham seus cartões do Vale Alimentação carregados. Acorda, Gaspar!

 

Comentários

Herculano
05/03/2020 14:49
DÉCADA PERDIDA

Da rádio Bandnews FM SP no twitter:

Um estudo da Fundação Getulio Vargas mostra que o país acumula um crescimento médio da economia de 0,7% ao ano desde 2011. Até então, o pior desempenho foi visto nos anos 1980, quando o avanço médio foi de 1,6%, período que ficou conhecido como "década perdida".

Para tentar sair desse rótulo, a pesquisa aponta que o PIB deveria crescer 10% este ano; essa faixa foi atingida pela última vez em 1976. No entanto, a expectativa de economistas consultados pelo Banco Central é de crescimento de 2,1% para 2020.
Miguel José Teixeira
05/03/2020 14:14
Senhores,

"Maduro pede que venezuelanas tenham seis filhos para que país cresça"

- "Vão parir! Todas as mulheres tendo seis filhos!", diz presidente da Venezuela durante evento."

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2020/03/05/maduro-pede-que-venezuelanas-tenham-seis-filhos-para-que-pais-cresca.htm

Aqui em Pindorama, os PeTralhas adoradores deste traste já estão se unindo para. . .

. . .parirem PeTezinhos!

A espécie está em ritmo acelerado de extinção.

Amém!
Herculano
05/03/2020 11:11
SAI O ESTADO QUEBRADO E SEM CAPACIDADE PARA INVESTIR E ENTRA O SETOR PRIVADO

SAI A GORDURA DOENTE E ENTRA MÚSCULOS SAUDÁVEIS


De Salim Mattar, secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercado do Ministério da Economia, no twitter:

O resultado do PIB divulgado hoje reforça a tendência do setor privado como o principal responsável pelo aumento do investimento e crescimento da economia, em substituição ao setor público
Herculano
05/03/2020 11:06
da série: como funciona a Justiça e o estado aos ricos ladrões do dinheiro público, ou seja, de todos nós.

EX-SECRETÁRIO PODE TER AUXILIADO FUGA E BLINDADO AÇÃO DOS EUA CONTRA REI ARTHUR

Conteúdo de O Antagonista. A Lava Jato reuniu indícios de que Astério Pereira dos Santos pode ter ajudado na fuga do empresário Arthur Soares, conhecido como o Rei Arthur. Os investigadores ainda suspeitam que ele usou o cargo de secretário nacional de Justiça do governo Temer para blindar investigações dos EUA contra o amigo.

A Lava Jato aponta uma relação próxima entre Santos e Soraes, que é acusado de envolvimento em um escândalo internacional: a compra de votos para a eleição do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016.

"No que tange, especificamente ao Astério deve-se mensurar a sua forte influência na Administração Pública, inclusive em âmbito nacional, isso porque há indícios de que tenha auxiliado o acusado Arthur Soares a deixar o país, já quando se fazia iminente o cumprimento de ordem de prisão preventiva em seu desfavor", afirmou o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara da Justiça Federal do Rio.

Em dua delação, Ricardo Rodrigues, sócio de Soares, afirmou que, em fevereiro de 2018, almoçava em Miami com o amigo, quando ele revelou que tinha fechado um acordo de colaboração com o Departamento de Justiça Americano. No encontro, ele disse que Soares revelou que fugiu para os EUA depois que recebeu uma ligação quando estava em Portugal e foi alertado que o Ministério da Justiça no Brasil tinha recebido informações do Exterior e que sua prisão estava iminente.

Santos ocupou o cargo de secretário Nacional de Justiça em março de 2017, na gestão de Michel Temer. Naquela época, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional recebeu um pedido de cooperação dos EUA para prisão e à indisponibilidade de bens de Soares.

"Ocorre que, nesse período de 2017, tramitou no DRCI, departamento vinculado à referida secretaria, pedido de cooperação com os EUA relativo à prisão e à indisponibilidade de bens de Arthur Soares, sendo bem provável que Astério, secretário à época, tenha repassado as informações sigilosas ao ainda foragido Rei Arthur, mormente pela já mencionada relação de amizade entre eles".
Herculano
05/03/2020 10:58
SE ELES AINDA NÃO ENTENDERAM QUE SÃO MEROS REPRESENTANTES DO POVO QUE NÃO LHES DEU PROCURAÇÃO PARA CHANTAGEAR EM CAUSA PRóPRIA...

De J.R. Guzzo, no twitter:

A "guerra com o Congresso", que segundo os cientistas políticos "inviabiliza" o governo, continua sendo uma sucessão de batalhas de Itararé ?" as que nunca acontecem. Os congressistas, sempre que a rua ronca, param de falar grosso. Declaram vitória e retiram a tropa do campo.
Herculano
05/03/2020 10:55
SEM VAGA PARA O PT, por Cláudio Prisco Paraíso

O TSE não aceitou recurso da ex-candidata a deputada federal Ivana Laís (PT), que fez pouco mais de 400 votos; decisão confirma mandato para Ricardo Guidi, do PSD.

Com a definição do imbróglio, não há mais possibilidade de alteração na composição da bancada federal de Santa Catarina. Por um voto, o PT poderia ter direito a mais uma cadeira, mas os sufrágios de Laís não foram válidos, encerrando o caso.

Em outubro de 2018, Ana Paula Lima (PT) fez 76,3 mil votos. Foi mais votada nominalmente do que o próprio Guidi e poderia ter direito à cadeira se a legenda alcançasse o número suficiente de votos para mais uma vaga. Guidi conquistou 61,8 mil votos feitos na eleição de 2018.

DESEMPATE

A votação estava empatada em 3 votos a 3 e parou após um pedido de vista em outubro do ano passado. O assunto voltou à pauta do TSE na terça à noite. A ministra Rosa Weber, que ainda não havia votado, não aceitou os argumentos da candidatura petista e votou contra o recurso. Passada a régua, o placar ficou em quatro a três a favor de Guidi.

A REGRA É CLARA

Todo esse imbróglio se arrastava desde o resultado das eleições de 2018. Como é comum em vários partidos, candidatas mulheres acabam sendo usadas para compor a cota de participação feminina, mas a maioria não é de candidaturas pra valer. Naquele ano, a petista Ivana Laís, que fez 491 votos (!) não apresentou certidões necessárias para o registro, mas alegou não ter sido notificada, mas a praxe é a notificação via mural eletrônico.

IGUALDADE

A gaúcha Rosa Weber deixou claro que embasou seu voto no princípio da igualdade e da isonomia. Ou seja, se as notificações via mural eletrônico valeram para os demais concorrentes no pleito de 2018, por que não valeria para a petista Laís? Fica o aprendizado para os envolvidos neste processo: eleição é coisa séria!

HABEAS

Gilmar Mendes, o rei do habeas corpus no STF, expediu medida liminar que reestabelece os direitos políticos do ex-deputado João Rodrigues, do PSD "até o julgamento de mérito do habeas corpus." A defesa é da lavra do advogado Marlon Bertol.

NOVELA

Parece que esse imbróglio jurídico ?" Rodrigues tem uma condenação judicial em segunda instância na Justiça Federal - ainda está longe do fim.

Até as eleições, das quais o pessedista pretende disputar, muita água, e talvez liminares, devem passar por baixa da ponte.
Herculano
05/03/2020 10:49
O PIB PARA ALÉM DO 1,1%, editorial do site Gazeta do Povo, Curitiba PR
O ano de 2019 começou cheio de expectativas. Com a posse de Jair Bolsonaro e da equipe econômica liderada por Paulo Guedes, finalmente a pauta liberal teria chance na economia, dando o protagonismo merecido ao setor privado e realizando as reformas de ajuste fiscal e redução do tamanho do Estado. Imaginava-se que o PIB podia voltar a crescer de forma mais robusta, depois do 1,3% de 2017 e 2018 - os agentes do mercado financeiro falavam em algo na casa dos 2,5%, de acordo com os primeiros boletins Focus do ano passado.

No entanto, o choque de realidade não demorou a vir. As privatizações ocorreram em um ritmo bem mais lento, em parte porque só em junho o Supremo Tribunal Federal resolveu ?" de forma nada satisfatória, diga-se de passagem ?" uma controvérsia sobre a necessidade de aval do Congresso para as vendas de estatais; mesmo assim, o governo conseguiu superar a meta estabelecida para o ano. Das grandes reformas, apenas a da Previdência seguiu adiante, por escolha estratégica do Planalto, e a batalha levou quase o ano todo. A indecisão a respeito da aprovação e da amplitude das mudanças inibiu o investimento, apesar de bem-vindas ações do governo, como a Lei da Liberdade Econômica, e da queda nos juros, que estão no patamar mais baixo desde a adoção do regime de metas de inflação, no fim dos anos 90.

Se o desempenho de 2019 ficou abaixo do desejado, isso ocorreu apesar da pauta liberalizante e reformista, e não por causa dela; é preciso manter o curso

Tudo isso jogou para baixo as previsões para o PIB em 2019. Em novembro, o mercado já trabalhava com a possibilidade de que o crescimento não passasse de 1%. Só no fim do ano identificou-se um movimento de retomada que "ganhou tração", para usar as palavras do comunicado do Copom após sua reunião de meados de dezembro. Por isso, se o dado divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, de crescimento de 1,1%, é decepcionante quando comparado com os dois anos anteriores e com a expectativa que havia no início de 2019, ele esconde alguns aspectos que permitem alguma dose de otimismo.

De acordo com as informações do Ministério da Economia, foi o primeiro semestre que freou o PIB, com episódios como a tragédia de Brumadinho e os reflexos do aprofundamento da crise argentina. Já o segundo semestre, com crescimento anualizado de 2,3%, foi o melhor desde 2013, antes que a herança maldita do lulopetismo ficasse escancarada por meio da pior recessão da história do país. A geração de empregos no segundo semestre também engatou cinco meses consecutivos de saldo positivo, com a exceção de dezembro, que tradicionalmente registra mais demissões que contratações.

O governo também alegou que os dados do PIB pelo lado da demanda mostram que o crescimento foi puxado pelo setor privado, e não pelos gastos públicos. As despesas do governo caíram 0,4% em 2019, enquanto o consumo das famílias aumentou 1,8% e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), termo que designa os investimentos produtivos, subiu 2,2%. Esse protagonismo maior do setor privado é bem-vindo, repetindo uma tendência que já vinha de anos anteriores, mas também há motivos de preocupação quanto aos investimentos, pois a FBCF do quarto trimestre do ano passado foi 3,3% menor que entre julho e setembro. Além disso, o dado consolidado de 2019, apesar de positivo, foi inferior ao de 2018, quando a FBCF cresceu 3,9%.

Por isso, mesmo o otimismo exige certa cautela. A intenção de investimentos para 2020 continua alta, segundo as pesquisas da Confederação Nacional da Indústria, mas para que ela se concretize ainda há reformas a fazer no sentido de trazer mais segurança jurídica. A reforma tributária, por exemplo, trará uma simplificação há muito tempo necessária, mas cada setor será impactado de forma diferente ?" dependendo da proposta aprovada, alguns deles passarão a pagar mais impostos, alegam grupos de empresários. O governo precisa demonstrar maior assertividade, deixando claras quais as suas ideias para a reforma tributária e a administrativa, e o Congresso precisa mostrar que realmente está disposto a levar adiante a pauta reformista sem usá-la como pretexto para arrancar concessões do Planalto.

Antes da virada do ano, falava-se em crescimento de até 2,5% em 2020, mas a epidemia de coronavírus tirou a validade de qualquer prognóstico, pois, com o avanço da doença ainda em curso, não é possível estimar com precisão o tamanho do estrago que o Covid-19 fará na economia global. Independentemente disso, cabe a governo e Congresso trabalharem focados nos meios de promover o ajuste dos gastos públicos, a geração de emprego e renda, a retomada dos investimentos e a consolidação de um ambiente de liberdade econômica. Se o desempenho de 2019 ficou abaixo do desejado, isso ocorreu apesar da pauta liberalizante e reformista, e não por causa dela; é preciso manter o curso e resistir à tentação de estímulos heterodoxos que estiveram na raiz da enorme crise que levou à nossa segunda "década perdida" em 40 anos."
Herculano
05/03/2020 10:44
OS DEPUTADOS FEDERAIS TRABALHANDO CONTRA O BRASIL E OS BRASILEIROS. ALGUMA NOVIDADE?

Da deputada Federal por Minas, Alê Silva, PSL, no twitter, esclarecendo:

Reclamam do PIB, mas na hora de querer aprovar um Projeto de Lei capaz de quebrar os cofres da União, não pensam duas vezes. Por que não renunciam os seus privilégios e mordomias para compensar a diferença orçamentária dos projetos que tanto defendem?
Miguel José Teixeira
05/03/2020 08:05
Senhores,

Da Coluna do CH replicada abaixo:

"Cada um dos 513 deputados federais tem direito a mais de R$111 mil por mês de "verba de gabinete" para pagar 25 cargos comissionados para funcionários que podem trabalhar no gabinete do parlamentar em Brasília ou no estado de origem."

Eis porque o abissal chororô da oligarquiazinha pelega do Vale.

A tal "pedra-da-morte", também conhecida como anapaulalima, que presenteou nossa gente com a inexistente duplicação da BR-470, perdeu esse escárnio para o Deputado Federal Ricardo Guidi

". . .
Chora de amor
Chora de paixão
Chora de saudade
Chora de emoção
Chora quando quer
Chora sem parar
Mulher Chorona
Chega de chorar
. . ."
(Mulher Chorona de Teodoro & Sampaio)

Está passando da hora de acabarmos com certas mordomias do Congresso Nacional, ou nós, "burros-de-cargas" acabaremos sendo transformados em meras "vaquinhas-de-presépios".

Dia 15 está aí. . .
É hora de bradarmos: somos nós que pagamos seus salários Autoridades Públicas!
Portanto, comportem-se!
Herculano
05/03/2020 07:20
O PSL SUFOCANDO OS BOLSONARISTA, DISSIDENTES DO PARTIDO

Da jovem deputada Federal Carolina De Toni, que vinha se destacando nas Comissões da Câmara, no twitter:

O Presidente da Câmara atendeu o pedido do presidente do PSL e, agora, estamos "afastados de qualquer função de liderança ou vice-liderança, bem como impedidos de orientar a bancada em nome do partido, representar a agremiação e de participar da escolha do líder". Vamos recorrer!
Herculano
05/03/2020 07:16
da série: se Bolsonaro não se preocupar com os 11 milhões de desempregados com carteira assinada e 30 milhões outros lançados na informalidade, cada vez mais ele vai ficar refém dos bandidos do Congresso - notoriamente contra o Brasil e a favor deles próprios - e fazer acordos como os de ontem.

NO PAÍS DO PIBINHO E DA REVOLUÇÃO CONSERVADORA, PACIÊNCIA DO POVO É A DÚVIDA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Geringonça política e econômica da direita deve continuar, assim como o arrocho do povo miúdo

O Brasil está em crise política ou econômica faz seis anos. Mais pobre do que era faz dez anos. Com o sistema político tradicional desacreditado pelo menos desde 2013 e desmoralizado desde 2015. Caberia perguntar por quanto tempo o país ainda pode se desmilinguir sem revolta social ou rompimento político.

A pergunta parece mais oportuna por causa da renovação da perspectiva de quase nenhum crescimento da economia, como agora. Até quando seria paciente a maioria silenciosa do povo miúdo, que parece ainda mais quieta por causa da algazarra atroz das milícias digitais?

Mas algum rompimento houve, pela via institucional. Jair Bolsonaro é o resultado disso. De certo modo, o tempo de tolerância da crise voltou a ser contado na eleição de 2018. As urnas são momento de renovação de otimismo, por mais estranha ou monstruosa a forma que essa esperança possa tomar.

O sentimento de que o país se esboroa se deve também ao fato de que acontecem mudanças profundas, goste-se ou não. Mudam a Previdência, a poupança pública e privada, as relações trabalhistas, o emprego. Há contenção do gasto público por asfixia.

Houve desmonte da organização do trabalho, em particular das desmoralizadas centrais sindicais. Muda o comando do capital. Empresários com proeminência política são outros. O país não está apenas se desmilinguindo. Sofre uma mutação, que talvez dê em um monstro, mas não se trata dessa história aqui, agora.

Aconteceu também um rearranjo político importante, talvez provisório. O parlamentarismo branco coloca certa ordem no país desgovernado e sujeito aos golpeamentos de Bolsonaro, tolerados pela maioria da elite econômica, incentivados por parte dela. É a geringonça da direita.

Até por falta de opção dos envolvidos, o arranjo político deve continuar com a aprovação de algumas reformas, caso Bolsonaro não promova mais baderna atroz.

Parece uma geringonça estável enquanto os golpeamentos, as tentativas de demolição institucional bolsonariana, não balançarem estruturas (badernas de subalternos em quarteis?). Enquanto não sobrevier um escândalo decisivo dos Bolsonaro ou uma recaída na recessão. No mais, é insondável de quando pode vir nova revolta ou queda relevante do prestígio do governo.

O PIB de 2019, muito parecido com o de 2018, não revelou nada que não se soubesse faz tempo. Uma economia que cresce com consumo baseado em lerdo aumento dos salários e sem investimento vai se recuperar de modo muito lerdo, sujeita a recaídas fáceis devido a qualquer choque. O investimento não virá tão cedo, pois o governo não gastará mais, as empresas têm capacidade ociosa ou medo e gastos maiores em infraestrutura pública e privada só começam a pingar no final deste ano, se tanto.

Nada disso vai mudar tão cedo, embora Rodrigo Maia, em uma atitude meio enigmática no dia do pibinho, tenha criticado a falta de investimento público e esteja pelas tampas com o governo; embora o país esteja desgovernado desde que Bolsonaro resolveu golpear até geringonça.

Mas o arranjo de contenção da ingovernabilidade deve continuar, assim como o crescimento quase nulo; não há movimento social ou partidário de oposição relevante.

A paciência da população é mais imprevisível. Por quanto tempo o povo, passando mal, terá fé nessa geringonça com promessa de revolução de extrema direita e transformação agônica das relações socioeconômicas?
Herculano
05/03/2020 07:09
CÂMARA GASTA R$55 MILHõES/MÊS COM ASSESSORES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Cada um dos 513 deputados federais tem direito a mais de R$111 mil por mês de "verba de gabinete" para pagar 25 cargos comissionados para funcionários que podem trabalhar no gabinete do parlamentar em Brasília ou no estado de origem. Apenas em janeiro deste ano, o total gasto por deputados federais foi de R$ 54,7 milhões, o que representa apenas 90,7% do que havia disponível para esse tipo de despesa.

COMISSIONADOS

Funcionários pagos com a verba de gabinete são contratados pelos deputados, e têm salários de R$ 1.025,12 a R$ 15.698,32.

MELHOR DOS MUNDOS

Encargos trabalhistas como 13º, férias e auxílios dos comissionados não são pagos pela verba de gabinete. Essa conta é da Câmara.

A CONTA CONTINUA NOSSA

No Senado, diferente da Câmara onde há verba de gabinete, é o órgão quem contrata diretamente o pessoal do gabinete dos senadores.

MENOS GENTE, MAIS SALÁRIO

Cada gabinete no Senado tem direito a 11 cargos, sendo seis de assessores parlamentares e cinco secretários parlamentares.

PIB DE 2019 FOI O MESMO DOS 2 ANOS ANTERIORES

O resultado de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 não foi "o pior dos últimos anos", como divulgam opositores de Bolsonaro. Ao contrário, foi exatamente o mesmo de 2017 e de 2018. O crescimento nesses dois anos foi revisado pelo IBGE de 1,1% em novembro e dezembro do ano passado para 1,3%. Na prática, o produto interno cresceu igual. E o IBGE tem dois anos para eventual nova revisão.

É COMUM

Mestre em economia, Ricardo Balistiero afirma ser "comum revisar" o PIB e são muitos dados para o retrato fiel: "Nosso país é enorme," diz.

MARGEM DE ERRO

Dia 8 de novembro de 2019, o IBGE disse que em 2017 o consumo das famílias, nos setores agropecuário e serviços tiveram resultado melhor.

MELHOROU, E MUITO

Na soma dos seis anos de governo Dilma (2011 a 2016), o PIB cresceu pífios 2,36%. Já de 2017 a 2019, o crescimento acumulado é 3,64%.

ARMAÇõES ILIMITADAS

A mulher do deputado Wilson Santiago (PTB-PB), investigado por corrupção, é secretária do governo paraibano de João Azevêdo, também enrolado no esquema do poderoso chefão Ricardo Coutinho.

O PODER TRANSFORMA

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), almoçou ontem em Brasília no restaurante Soho, onde chegou cercado por um exército de seguranças. Se demitisse metade, pagaria os servidores em dia.

COPIAR/COLAR NÃO PODE

Após tentar relatar projeto da deputada Marília Arraes (PT-PE), de 2019, sobre a distribuição gratuita de absorventes para alunas de escolas públicas, Tabata Amaral (PDT-SP) causou constrangimentos na Câmara apresentando agora projeto igual. Marília e João Campos (PSB-PE), namorado de Tabata, devem disputar a prefeitura do Recife.

PODER QUE SE ESVAI

A filiação de Datena ao MDB provocou reações até de estupefação. Deputados federais estranham o fato de ele abrir mão de poder e influência, como apresentador da Band, para ser mais um na Câmara.

MEDÍOCRE VS. NEGATIVO

Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a economia teve "resultado medíocre" em 2019. Sobre tragédia do PIB negativo de -7,1% em 2015 e 2016, quando ela era liderança de Dilma, não há comentários.

JULGAMENTO MARCADO

O ex-deputado Alberto Fraga será julgado no dia 12, pelo Tribunal de Justiça do DF, por crime de concussão. Espera absolvição. Se isso acontecer, virar ministro do amigo Bolsonaro será questão de tempo.

MAIA, O ENGAVETADOR

O Podemos cobra de Rodrigo Maia a votação da proposta que acaba com o foro privilegiado. Ele prometeu a votação para 2019, mas parece não ter interesse. O projeto completa 450 dias nesta quinta-feira (5).

PARANOIA NA CÂMARA

O vozerio estava elevado no restaurante do plenário da Câmara, no almoço de ontem, até um engraçadinho espirrar alto e tossir. Seguiu-se um silêncio sepulcral, e aos poucos todos foram saindo de fininho.

PENSANDO BEM...

...piada pronta é petista ter de elogiar Michel Temer para poder criticar Jair Bolsonaro.
Herculano
05/03/2020 06:50
da série: com Dilma o foi fraco, e por duas vezes foi negativo, e não foi pouco mais de três pontos percentuais, um desastre que reflete até hoje, e o circo dos que questionam esta situação foi bem menor, mas foi o PIB que, na verdade, a retirou do mandato pelo impeachment...

COM ECONOMIA FRACA, BOLSONARO INVENTA DISTRAÇÃO DO CIRCO SEM PÃO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Ao se esconder atrás de imitador, presidente cria retrato vergonhoso de si mesmo
Era para ser uma sátira, mas foi uma representação fiel da realidade. No dia em que o país registrou um crescimento frustrante do PIB, Jair Bolsonaro apareceu ao lado de um humorista que encarnava um presidente que não dá a mínima para a economia e não sabe nem o significado daquelas três letras.

"PIB? O que que é PIB? Pergunta o que que é PIB", recomendou Bolsonaro ao piadista Márvio Lúcio, vestido com a faixa presidencial.

Quem esperava do verdadeiro governante um plano para o crescimento precisou se contentar com mais uma encenação indecente. Bolsonaro pôs um imitador diante das câmeras e o estimulou a se comportar como um pateta malcriado. Depois que o presidente se recusou a falar sobre os apertos da economia, o comediante atirou bananas aos jornalistas.

Além de levar a um novo patamar de insulto suas afrontas à imprensa, Bolsonaro criou um retrato vergonhoso de si mesmo e do governo. A cena revelou um presidente sem capacidade de liderança sobre um tema delicado, disposto a apelar para distrações cada vez mais infantis.

A caricatura tosca feita na porta do Palácio da Alvorada era tão verossímil que repetia o nome de Paulo Guedes para fugir de explicações sobre o crescimento. O ministro, no entanto, corre o risco de se tornar uma boia de salvação esvaziada, demonstrando a auxiliares desconforto com as dificuldades impostas pelo presidente à sua agenda de reformas.

Bolsonaro só quis falar dos números do PIB no fim do dia. Disse apenas que a recuperação estava em curso e que esperava um 2020 melhor.

Ao se recusar a prestar contas sobre assuntos difíceis, um governante também desrespeita aqueles que precisam de solução. A brincadeira de Bolsonaro pode ser encarada como um desrespeito às milhões de pessoas que procuram emprego ou veem suas rendas corroídas há anos.

O humor da população é especialmente sensível ao giro da economia. Sem sinal da prometida recuperação milagrosa, o presidente tenta oferecer um espetáculo de circo sem pão.
Herculano
04/03/2020 10:56
da série: finalmente mais um dado que desfez os boatos do mercado. Em outubro a projeção era 1% para o PIB brasileiro. Depois do Natal, numa briga para não ter reajustes, os lojistas de shoppings juravam que as vendas foram desastrosas e veio o temor de que o PIB teria sido menor do que 1%. Foi levemente maior, mas bem diferente e menor da euforia do início do ano.

O QUE HÁ PARA COMEMORAR E O QUE FRUSTOU AS EXPETATIVAS, por João José de Oliveira, no UOL.

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu em 2019 pelo terceiro ano consecutivo. Mas, como ocorreu também em 2017 e 2018, o ritmo da economia ficou abaixo do esperado. O Brasil deveria encerrar o ano passado com um incremento de pelo menos 2,5% em sua riqueza, conforme as estimativas dos agentes de mercado no início de 2019. Mas o desempenho final não chegou à metade dessas projeções, ficando em 1,1%.

Segundo economistas, o desempenho frustrante foi provocado por fatores externos, com destaque para a crise na Argentina e para a guerra comercial entre Estados Unidos e China, assim como por questões internas, entre elas os choques entre o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso. Esses atritos atrapalharam o ritmo da aprovação das reformas, consideradas pela própria equipe econômica como fundamentais para o país retomar o passo mais acelerado do desenvolvimento.

No começo do ano, havia a expectativa que o novo governo levaria adiante as mudanças para tornar o Brasil mais eficiente, dizem economistas. A aposta era a de que as reformas da Previdência, administrativa e tributária aumentariam a confiança de investidores locais e estrangeiros no país. Como o governo teve que cortar gastos para não quebrar, a entrada do dinheiro privado seria a única fonte para irrigar a economia brasileira.

"O novo governo herdou uma agenda positiva de Michel Temer. Havia a expectativa da retomada das reformas estruturantes, que atrairiam os investimentos. Mas, ao longo do ano, a gente percebeu que o governo enfrentou dificuldades, especialmente na condução da política, apesar da reforma da previdência", disse o economista Luciano Nakabashi, professor e doutor da USP (Universidade de São Paulo) na FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto).

Na tentativa de dar partida no motor da economia, a equipe econômica apostou na redução do custo do dinheiro para estimular investimentos e consumo. A taxa básica de juros, a Selic, caiu para o menor patamar da história, encerrando 2019 de forma mais favorável aos consumidores que em 2018. E, diferentemente do que havia ocorrido entre 2011 e 2013, a redução dos juros não gerou inflação.

Para economistas, essa combinação de juros baixos e inflação controlada é um dos pontos mais positivos na economia brasileira em 2019, um claro avanço na comparação com 2018. "A queda dos juros cria um ambiente positivo para um crescimento mais sustentável de médio e longo prazo", disse o economista-chefe do Daycoval Asset Management, Rafael Cardoso.

O terceiro ano de PIB positivo também ajudou a iniciar a recuperação do emprego no Brasil. A taxa de pessoas desocupadas caiu em relação a 2018, interrompendo o ciclo ruim do mercado de trabalho. Cerca de 1 milhão de novas vagas foram criadas, o que foi positivo.

Mas a maior parte das novas vagas foi de postos sem carteira assinada. E a renda média fechou 2019 praticamente estagnada em relação a 2018, com uma variação de apenas 0,3%, ou seja, menos que o PIB. "O emprego reagiu, mas foi uma geração do emprego de baixa qualidade", afirmou Nakabashi, da USP.

A leve melhora no mercado de trabalho gerou, de qualquer forma, uma reação no consumo das famílias no ano. Os juros baixos permitiram alguma redução das taxas para quem compra parcelado. E a inflação controlada ajudou o comércio a estender os prazos de pagamento. "O consumo das famílias foi razoável graças ao crédito, que melhorou", disse o economista Marcelo Kfoury, professor da FGV-Eesp (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).

"Em 2019, o crescimento acabou sendo puxado pelo consumo, já que o governo teve que conter gastos", disse o professor da USP. Os economistas destacaram, entretanto, que parte desse incremento do comércio em 2019 foi suportada por efeitos passageiros, como a liberação de parcelas do FGTS e as promoções da Black Friday.

Se os juros baixos ajudaram a dar um empurrãozinho no consumo das famílias, na indústria o menor custo do dinheiro ainda não se transformou em aumento de investimentos. A produção industrial recuou em 2019, com uma queda mais forte no segmento de bens de capital, o de máquinas e equipamentos.

Economistas apontam que o desempenho mais fraco da indústria foi em parte culpa da crise econômica na Argentina, principal destino das exportações de produtos brasileiros industrializados, como veículos. "Entre os principais indicadores do PIB em 2019, a principal frustração veio da Indústria, especialmente afetada por exportações menores para argentina", disse o professor da FGV, Kfoury.
Herculano
04/03/2020 10:42
VERGONHA I

de Carlos Andreazza, no twitter:

Sobre o jogo de perde-perde a que se lançou Regina Duarte ao aceitar a Secretaria de Cultura de um governo que compreeende cultura como território para guerra, repito: ali - o próprio inferno - é entrar e morrer.

do MBL, no twitter:

Olavetes já iniciaram a campanha contra Regina Duarte? Vish
Herculano
04/03/2020 10:38
VERGONHA II

De Rodrigo Constantino, no twitter:

Olavistas, após senha dada pelo guru em postagem extremamente deselegante, tentam fritar Regina Duarte. Mascaram o ataque com a ideologia, mas a razão parece ser mais comezinha mesmo: querem tetas estatais. A ala olavista é parte do problema do governo Bolsonaro, não da solução.
Herculano
04/03/2020 10:29
ÁLVARO CORREIA

Hoje é aniversário de Álvaro Correia, ex-radialista, que trabalhou em Gaspar e na Rádio Nereu Ramos de Blumenau, é colaborador do jornal Cruzeiro do Vale, historiador daqui e de fatos políticos da região, foi vereador em Blumenau e deputado estadual, quando deputado trabalhava. É do MDB histórico, levado por outro gasparense, Evilásio Vieira, ex-prefeito de Blumenau e Senador da República. Era o dono da Nereu Ramos, que nasceu uma rádio católica da Congregação Mariana do então Frei Efrém.

Alvaro completa 87 anos
Miguel José Teixeira
04/03/2020 08:13
Senhores,

"A esperança é a última que morre"

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"agora é definitivo, a ex-deputada estadual Ana Paula Lima, mulher do ex-prefeito de Blumenau, ex-deputado Federal e atual presidente do PT de Santa Catarina, Décio Neri de Lima, não será mais deputada Federal.

TSE CONFIRMA O MANDATO DO DEPUTADO RICARDO GUIDI, por Moacir Pereira, na NSC Total, Florianópolis
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Para a oligarquiazinha pelega, a esperança MORREU!

Porém, a saga do mega-ex-presidiário zédirceu continua. Dizem que sua SOGRA chama-se Esperança. . .
Herculano
04/03/2020 07:20
É PRECISO DE BARRIGAS-DE-ALUGUEL

Está no twitter de O Globo, de hoje

Integrantes da cúpula do Aliança pelo Brasil avisaram a
@jairbolsonaro na sexta-feira anterior ao carnaval, que é praticamente zero a chance de o partido sair do papel a tempo de lançar candidatos nas eleições deste ano.
Herculano
04/03/2020 07:18
da série: e depois os deputados federais - que foram eleitos pelo povo para serem representantes do povo - dizem não saber a revolta das ruas. Vivem tramando e se unindo entre eles para extorquir em causa própria e particulares contra o futuro do Brasil, dos brasileiros dos 11 milhões desempregados formais, 30 milhões de gente que vive de bicos...

OPOSIÇÃO E CENTRÃO ESTUDAM FORMAR SURPERBLOCO COM 481 DEPUTADOS

Conteúdo do Congresso em Foco. Texto de Erick Mota. Após reunião entre sociedade civil, oposição e membros do Centrão, começou a ser arquitetado um plano para frear o avanço das pautas do governo. "Nós precisamos ter uma pauta que não seja uma pauta do governo, que seja uma pauta do Congresso, que envolva itens democráticos e que envolva itens de direitos, então estamos tentando construir uma pauta, começamos a construir isso hoje, que seja uma pauta que não seja uma pauta da reforma administrativa, que não seja a carteira verde e amarela", disse a líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Para a deputada, é possível essa união de "algumas legendas do centro". "Eu comecei [a conversar] com Arthur Lira (PP-AL), que é o líder do maior bloco da Casa, mas comecei também com o líder do PSB, que é um outra grande bancada. A ideia nossa é construir uma pauta que nos possibilite responder a sociedade ao invés de fortalecer a pauta do governo", disse Feghali.

O bloco liderado por Arthur, reúne sozinho 14 partidos e 351 parlamentares. Somente esse bloco já totaliza 68% da Câmara. Compõe o bloco o PSL, MDB, PSDB, DEM, PL, PP, PSD, PTB, Republicanos, Solidariedade, Patriota , PROS, PSC e Avante.

A oposição conta com o PT, PSB, Psol, PCdoB, PDT, PCdoB e Rede, que totalizam 130 deputados. Ou seja, em caso de sair realmente esse grande acordo, a Câmara contaria com um blocão de 481 parlamentares.

"No trato congressual as coisas tem que caminhar em acordos, transparentes e institucionais", afirmou um dos líderes que deve compor este bloco.
Herculano
04/03/2020 07:11
PELA RÉGUA DE HELENO, BOLSONARO VIROU EXTORQUIDO, por Josias Souza, no UOL

Há 13 dias, o general-conselheiro Augusto Heleno disse duas coisas definitivas: 1) Bolsonaro não deveria ceder "às chantagen$" do Congresso; 2) o presidente deveria "convocar o povo às ruas". Ao negociar com a banda da "extorsão" antes que o asfalto tivesse a oportunidade de roncar, em 15 de março, o capitão como que intimou Heleno a reagir. Pode fazer uma cara de nojo. Também pode definir melhor as coisas numa carta de demissão. Só não pode se fingir de sonso.

Em época de coronavírus, um presidente que se elegeu prometendo reformas capazes de descongelar a economia precisa colecionar aliados e fugir de brigas. O pior conselheiro nessas horas é o amigo que enxerga solução no paiol. O Poder ensina que, mesmo um presidente que possua itinerário claro, não dirige sozinho os rumos do país nessa ou naquela direção.

Depois de atiçar as ruas, Bolsonaro retomou, com duas semanas de atraso, o entendimento costurado pelo seu coordenador político, o general Luiz Eduardo Ramos. Prevê a divisão entre Executivo e Legislativo dos R$ 30 bilhões que os parlamentares queriam impor com o orçamento impositivo. Meio a meio, R$ 15 bilhões para cada. Diante do vaivém, adiou-se a sessão que analisaria veto de Bolsonaro ao Orçamento.

No mundo real, o poder efetivo de um presidente não vai muito além dos quatro andares do Planalto. Fora desse ambiente, o poder presidencial tende a se dissipar nos desvãos da máquina estatal e no Legislativo. Uma das principais atribuições de Bolsonaro é a de gerenciar o entrechoque de forças subterrâneas. Um presidente pode governar essas forças ou ser governado por elas.

Nesse ambiente, quem fabrica crises em série acaba transformando trono em cadeira elétrica. Bolsonaro e alguns de seus operadores alegam que forças do atraso bloqueiam o governo no Congresso. Pode ser uma boa desculpa. Mas a pose de extorquido não ajuda a atarraxar um governo que roda como parafuso espanado desde que obteve do Congresso a aprovação da reforma da Previdência.
Herculano
04/03/2020 07:06
BASTA DE SUJEIRA, por Carlos Brickmann

Juscelino Kubitschek, presidente da República, tentou cassar o mandato de Carlos Lacerda, o temível orador oposicionista. Este colunista ouvia os duelos entre Carlos Lacerda e o baiano Vieira de Mello pelo rádio de ondas curtas. Valia a pena, apesar do som horroroso. Adhemar de Barros e Jânio Quadros eram, mais que adversários, inimigos; insultavam-se em discursos. Jânio chamou Adhemar de "rato". Lacerda duelou com o temível Leonel Brizola e com o presidente Castello Branco - de quem disse que era mais feio por dentro do que por fora. Brizola, duro adversário político do grande senador Paulo Brossard, chamava-o de "Ruy Barbosa em compota".

São mais de cinquenta anos de história, com adversários bons de briga, até com ameaças de morte. Mas, nesse tempo todo, ninguém tocou na família do adversário, ou do inimigo. O adversário era uma pessoa a ser combatida, mas sem chamar ao picadeiro sua esposa e seus filhos. As ideias podiam ser destruídas, mas o tema era política. O Estado de S.Paulo, que não suportava Adhemar de Barros, se referiu à sua esposa, Leonor Mendes de Barros, como "senhora de peregrinas virtudes" - um elogio e tanto.

Não dá para aceitar que, para atacar Bolsonaro, falem de sua esposa. Ataquem-no ?" a ele. Quem governa é ele, não ela. O relacionamento entre ambos não é tema de debate público. Quem faz jogo tão sujo aonde quer chegar? Política é cruel, mas como tudo na vida tem de ter um limite ético.

LULA LÁ

Duas ondas seguidas de indignação: primeiro, com o papa Francisco, por ter recebido em audiência o ex-presidente Lula; segundo, com a prefeita de Paris, por ter outorgado a Lula o título de Cidadão Honorário. Certo, Lula foi condenado pela Justiça brasileira. E daí? O papa é monarca do Estado do Vaticano, tem todo o direito de receber quem quiser. E, sendo também um líder espiritual, tem a tarefa de oferecer consolo aos aflitos. Não é questão de merecimento: é missão de vida. Daí a achar que o papa é comunista, como vimos em tantos protestos, vai uma certa distância.

A Igreja é mais antiga que Marx, sobreviveu ao comunismo e tem, ao lado do papa, um sólido grupo de assessores católicos altamente preparados. Quanto à prefeita de Paris, é socialista. Não ofendeu o Brasil: festejou o correligionário. Algo que o PT fez com Césare Battisti: deu-lhe proteção, sem intenção de ofender a Itália.

REAÇÃO BRASILEIRA

Com todos os problemas da economia internacional nesses tempos de coronavírus, a balança comercial brasileira foi excepcionalmente bem em fevereiro: exportamos quase US$ 3,1 bilhão além do que importamos. É o 3º maior superávit comercial de fevereiro dos últimos 31 anos. Se é verdade que os problemas chineses reduziram as importações de lá, reduziram também as exportações para lá.

Melhor: em janeiro houve déficit e o Brasil reagiu sem estímulos artificiais ou medidas econômicas de emergência.

REAÇÃO ITALIANA

A Itália decidiu injetar ? 3,6 bilhões (pouco mais de R$ 18 bilhões) para combater o impacto econômico do coronavírus. O anúncio foi feito pelo ministro da Economia, Roberto Gualtieri. A Itália é o país europeu com mais casos de pessoas infectadas pelo coronavírus.

AGORA VAI!

Lembra-se do "Meu nome é Enéas"? O partido de Enéas Carneiro, o Prona, fundiu-se após a morte de seu líder com o Partido Liberal, PL, dando origem ao PR, Partido da República, de Valdemar Costa Neto. Pois um companheiro de Enéas, o ex-deputado federal Elimar Damasceno, quer recriar o Prona, "que atuará como grande reforço do Governo Bolsonaro". Como será seu slogan? "Meu nome é Elimar Damasceno" fica estranho.

Uma dica: a dra. Havanir Nimtz ("Meu nome é Havanir") está no PRTB, partido de Levy Fidélix, o do aerotrem.

RAZÃO PARA QUEM TEM

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, tem toda a razão ao culpar parte da população, que joga lixo nas ruas e nos córregos, pelo agravamento das enchentes no Rio (isso vale também para outras cidades).

Mas há algumas perguntas a que Crivella poderia responder: a primeira, por que uma parte da população joga lixo em lugares inadequados? Não seria por falta de lugares adequados e de coleta adequada? Segunda, por que, durante seu mandato, não foi aplicado R$ 1,2 bilhão, previsto em orçamento, para contenção de enchentes?

Há mais algumas coisas: como disse Crivella, a família vai para uma área de risco e quer ficar o mais perto possível do córrego, para gastar menos com os tubos que levarão seus dejetos à água. Talvez isso ocorra por falta de um sistema de coleta e tratamento de esgotos. E quem autoriza, ou deixa de proibir, casas em lugares perigosos? Não seria a Prefeitura, a própria? Ao omitir-se, não se coloca como cúmplice dos danos das chuvas?

A propósito, já se descobriu o que andava contaminando a água do Rio?
Herculano
04/03/2020 07:00
IMPASSE DO ORÇAMENTO MOSTRA LIMITAÇÃO DAS BRAVATAS DE BOLSONARO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Acordo recauchutado revela fragilidades tanto do governo quanto do Congresso

Governo e Congresso sacaram suas armas, mas ninguém quis atirar agora. A proposta recauchutada de divisão do Orçamento mostrou as limitações da política exercida com base na bravata e revelou fragilidades dos dois lados.

Há cerca de 20 dias, o Planalto costurava os detalhes de um acordo com os parlamentares para rachar R$ 30 bilhões que estavam em disputa nas contas deste ano. No meio do caminho, o general Augusto Heleno implodiu as conversas e acusou o Legislativo de chantagem. Ou não havia extorsão nenhuma ou o governo decidiu negociar com os vigaristas.

A nova oferta feita por Jair Bolsonaro nesta terça (3) aos deputados e senadores para tentar encerrar a tensão entre os dois Poderes tem efeito semelhante à que havia sido feita antes do embate - R$ 15 bilhões para cada lado. O presidente deu aval, na prática, à mesma proposta que o levou a emparedar o Congresso.

Coalhado de intimidações, o vaivém no processo de negociação abala, em certa medida, a estratégia de Bolsonaro de governar pelo medo. O presidente ameaçou apelar às ruas para obrigar o Congresso a seguir seus desejos e devolver a verba, mas acabou precisando recuar.

A situação é tão delicada que Bolsonaro decidiu negar a realidade para acalmar seus apoiadores. Nas redes, o presidente afirmou que não houve negociação com o Congresso, embora sua assinatura esteja nos projetos que podem dar origem à partilha.

O episódio mostra que nenhum ator teve força suficiente para impor a própria vontade. A Câmara chegou a indicar que atropelaria as negociações e manteria o controle sobre todo o dinheiro. Um grupo de senadores considerado mais sensível às demandas das ruas e das redes sociais bloqueou o contragolpe.

Diante da tensão das últimas semanas, o resultado em construção não é necessariamente ruim para Bolsonaro. Ele agitou mais uma vez sua base, ainda que tenha sido empurrado para uma solução intermediária. O Congresso sabe, porém, que este não foi o último duelo.
Herculano
04/03/2020 06:56
EM CAMPANHA, COMEÇOU A CABALA DE VOTOS COM DINHEIRO PÚBLICO

Em ano eleitoral, e só porque vai a reeleição, o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, muda a tática e se aproxima dos servidores municipais, pagos com o dinheiro dos gasparenses. Ele não é o único que usou dessa tática. O Partido dos Trabalhadores fez isso com Pedro Celso Zuchi. Aliás, quase todos os governos fazem isso.

Ele mesmo comemorou a Assembleia do Sindicado com 76 servidores que indicou aprovação à sua proposta.

"?"tima notícia para nossos servidores municipais! O reajuste salarial será de 5,30%, sendo que 1% é aumento real e o vale alimentação passa para R$450,00. A assembleia geral promovida pelo Sintraspug aconteceu há pouco e a maioria dos servidores votou a favor da proposta apresentada. Friso sempre o constante desenvolvimento econômico que nossa Gaspar se encontra, e graças a isso, é possível valorizar ainda mais nossos servidores pelo serviços prestado aos nossos gasparenses! Muito orgulho em poder fazer mais pelos nossos servidores".
Herculano
04/03/2020 06:50
da série: agora é definitivo, a ex-deputada estadual Ana Paula Lima, mulher do ex-prefeito de Blumenau, ex-deputado Federal e atual presidente do PT de Santa Catarina, Décio Neri de Lima, não será mais deputada Federal.

TSE CONFIRMA O MANDATO DO DEPUTADO RICARDO GUIDI, por Moacir Pereira, na NSC Total, Florianópolis

O Tribunal Superior Eleitoral garantiu de forma permanente o mandato do deputado federal Ricardo Guidi. Julgou novo recurso do Diretório Estadual do PT, que pretendia contabilizar os votos da suplente
Ivana Lais. Se os sesus votos fossem contados, o deputado Guidi perderia o mandato para a ex-deputada Ana Paula Lima,do PT, que passaria a somar mais votos.

A votação estava em 3 a 3, tendo dado voto de minerva a favor do deputado a ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Atuaram em defesa de Guidi os advogados Alessandro Abreu e Luiz Magno.
Herculano
04/03/2020 06:46
MOTINS ESTIMULADOS PELO GOVERNO APONTAM POLITIZAÇÃO DOS QUARTÉIS, por Igor Gielow, no jornal Folha de S. Paulo

Confraternização do chefe da Força Nacional com PMs no Ceará acende alerta nos estados

Desde que as Forças Armadas cristalizaram a aliança com Jair Bolsonaro, já com o segundo turno da eleição de 2018 em curso, o risco da militarização da política foi cantado em prosa e verso.

Se tal movimento é praticamente impossível de negar, apesar do esforço da cúpula do serviço ativo para tentar distanciar-se de seus inúmeros membros no primeiro escalão do governo, seu corolário ainda era visto mais como uma hipótese assustadora do que como realidade.

Até aqui. A mão inversa da politização dos quartéis parece ter virado uma avenida, e o ponto de inflexão é o empenho do governo no estímulo velado aos motins policiais.

O tema estava na boca de governadores de estado ouvidos pela Folha nas duas últimas semanas, devido aos rumos da mobilização policial no Ceará - cujo saldo de 241 homicídios é um monumento à irresponsabilidade da gestão pública do país.

O malabarismo do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), que admitiu o óbvio (greve de policial é ilegal) para sapecar uma esperteza retórica (os policiais parados não seriam criminosos), acendeu luzes de alerta.

Elas se transformaram numa piscante árvore de Natal com o complemento feito pelo coronel Aginaldo Oliveira, da Polícia Militar do Ceará por origem, na chefia da Força Nacional por oportunidade.

Ele se esqueceu da distinção e chamou os amotinados de "gigantes" quando deveria estar enquadrando seus pares.

Oficiais da ativa e pelo menos dois governadores lembraram, nesta terça (3), que o último homem em missão semelhante que resolveu confraternizar com rebeldes acabou em desgraça - ninguém menos que o "general do Lula".

Conhecido como G. Dias, o general Marco Edson Gonçalves Dias foi figura carimbada durante os oito anos de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Chefe da segurança presidencial, era boa-praça e chamava a atenção com sua lustrosa calva.

Após o fim do governo, ele foi chefiar uma tropa na Bahia. Em 2012, eclodiu um motim de PMs no estado.
Num dado momento, na linha de frente, ganhou um bolo como presente de aniversário e resolveu bater um papo com a tropa aquartelada.

Prometeu-lhes anistia, ganhou uma remoção para um cargo burocrático seguido de uma ida expressa à reserva. Como diz um general que acompanhou o episódio à época, foi feito de exemplo.

Eram outros tempos. Para piorar, Oilveira integra a animada corte do bolsonarismo federal. Casou-se recentemente sob os olhares de Moro.

De branco a seu lado, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), uma das expoentes da bancada do selfie que emergiu das redes sociais estridentes para o Congresso em 2018.

Alguém pode apontar que Oliveira não é um oficial das Forças Armadas, e sim um policial. Cabe lembrar: PMs são forças de reserva e auxiliares do Exército, como define o artigo 144 da Constituição.

O militarismo de sua estrutura não é um detalhe, é o seu DNA. E a empolgação dos sacerdotes de missa negra do bolsonarismo pelo ideário policialesco é vista por integrantes dos dois corpos (o policial militar e o militar) como uma forma de legitimação.

Muitos oficiais e, principalmente, os mais jovens consideram o "ethos" vigente uma resposta ao suposto desprezo pela autoridade policial por parte das forças de esquerda que governavam o país ?"todas egressas do combate à ditadura de onde o arcabouço filosófico da PMs surgiu.

Nesse caldeirão, a frase de Oliveira com o beneplácito explícito de Moro e silencioso de outro superior, o secretário nacional de Segurança, general Guilherme Theophilo (aliás, ex-candidato a governador pelo PSDB do Ceará derrotado pelo petista ora sob pressão) soa natural.

Obviamente, não é, ou ao menos não deveria ser.

Se é verdade que a incompreensão da realidade dos policiais é uma marca registrada de partidos de esquerda, isso não significa que pessoas encapuzadas e armadas devam ser louvadas como meras trabalhadoras atrás de direitos.

Dois barris de pólvora se destacam: Minas Gerais, onde Romeu Zema (Novo) prometeu um aumento nababesco e inexequível de 41%, e Espírito Santo, terra em que Renato Casagrande (PSB) foi pela mesma linha.

Nos domínios capixabas, as feridas do motim de 2017 ainda não cicatrizaram, e o caso tem sido acompanhado com muita atenção em São Paulo.

No maior estado do país, o governo João Doria (PSDB) adotou uma retórica constante de valorização do trabalho policial ?"gerando inclusive as críticas previsíveis.

Por ora, a cúpula da segurança do estado vê a situação sob controle, mas há apreensão. Uma contaminação paulista do movimento nacional mudaria o status da crise.

Ninguém falará isso em público, mas entre aliados do tucano há o temor de que Bolsonaro busque desestabilizar o rival certo na eleição de 2022.

A tensão segue, num momento em que a fase mais aguda do embate entre Congresso e Planalto parece estar cedendo ?"embora não se saiba ainda o que será feito do ato do dia 15 em favor do governo e contra o resto.

Mal parafraseando T.S. Eliot, essa é uma crise que, tendo começado com um estrondo na forma de dois tiros de amotinados no peito do senador Cid Gomes (PDT-CE), não parece caminhar para o fim apenas com um sussurro
Herculano
04/03/2020 06:41
CARTóRIOS BARRAM MODERNIZAÇÃO DO SETOR PÚBLICO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Os cartórios viraram os principais inimigos da modernização do Brasil, impedindo a adoção soluções inteiramente digitais, como na Estônia, país que virou referência em todo o mundo. As tecnologias existem, são baratas, estão disponíveis, mas no Brasil o bilionário lobby dos cartórios liquidam, no governo e no Congresso, qualquer iniciativa que ameace o faturamento do setor, que totalizou R$16 bilhões em 2019.

ATRASO CRIMINOSO

O Distrito Federal está pronto para ficar ainda mais digital que a Estônia, mas os cartórios se recusam a apoiar as iniciativas.

INDÚSTRIA DA DESCONFIANÇA

Cartórios não abrem mão de papel, carimbo, reconhecimento de firma, autenticação, escrituras etc, que são a base do faturamento bilionário.

E-GOVERNO

O DF, como na Estônia, pode oferecer pela internet 99% dos serviços públicos, incluindo obtenção de documentos e declaração de impostos.

FUTURO É LÁ

"Certificado online", na Estônia, é assinatura digital, que o cidadão usa para votar, fazer transações bancárias, acessar histórico de saúde etc.

APOIO AO VETO DE BOLSONARO TEVE RAZõES DIFERENTES

Teve várias motivações o apoio ao veto do presidente Jair Bolsonaro à "emenda do relator", conferindo poder a um deputado para liberar R$30 bilhões em emendas. De um lado, políticos como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) estão preocupados com a Constituição, que determina o regime presidencialista e não o parlamentarista. De outro, tipos como Renan Calheiros (MDB), preocupados em não fortalecer adversários locais, em seus Estados, membros do chamado "centrão".

MEU PIRÃO PRIMEIRO

A derrubada do veto começou a ser ameaçada quando alguém lembrou que os adversários do relator poderiam ser prejudicados na partilha.

RAZõES INSTITUCIONAIS

Alegando razões institucionais, bancadas como a do PSDB no Senado fecharam questão em favor do veto do presidente.

ASSOMBRAÇÃO ELEITORAL

Em Alagoas, o deputado Arthur Lira (PP-AL), virou assombração para o clã dos Calheiros por ser o líder do centrão, dono da caneta do relator.

Só PENSA NAQUILO

O senador Davi Alcolumbre usou um velho truque na política, vazando a lorota de que foi ao Planalto dizer poucas e boas ao presidente. Bem mais credível é o que se diz no Congresso: ele foi a Bolsonaro pedir ainda mais cargos. Ninguém os tem mais que o presidente do Senado.

O SEM-PRESSÃO

O governo atribui ao presidente da Câmara a suposta "pressão" de políticos para que Bolsonaro desautorize o general Augusto Heleno. Não apareceu ninguém com essa ousadia, no 3º andar do Planalto.

CARAPUÇA CAI BEM

É divertido ver políticos aceitando a carapuça de chantagistas, após o general Augusto Heleno desabafar com o colega Paulo Guedes, em conversa privada, contra parlamentares "chantagistas insaciáveis".

CHINELADA NA LITURGIA

A residência da Câmara esteve agitada ontem (3). Calçando chinelos, Rodrigo Maia recebeu Alexandre Frota (PSDB-SP) e até Paulinho da Força (SDD-SP), acusado de receber propina usando até prostíbulo.

AMBULÂNCIA OFICIAL

Cidadãos se irritaram, segunda-feira (2), com o carro oficial placa preta 64, na porta do Hospital Oncológico de Brasília. Decididos a denunciar a mordomia, viram o senador Telmário Mota (Pros-RR) sair do hospital, pelas 11h, com uma pilha de exames nas mãos.

É BRINCADEIRA

A Frente Parlamentar "em prol dos esportes eletrônicos e games" é a mais recente inutilidade criada no Congresso, com direito a usar recursos materiais e principalmente humanos em sua estrutura.

POLÍTICA É VIOLÊNCIA?

A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher promove nesta quinta-feira (5) audiência pública sobre o que chamam de "violência política contra as mulheres", seja lá o que for.

JUNTOS NOVAMENTE

Aprovação do relatório do senador Randolfe Rodrigues, sobre a medida provisória de Bolsonaro que criou 13º pagamento para o Bolsa Família fez os entusiastas do "Randolsonaro" vibrarem nas redes sociais.

PENSANDO BEM...

...só um País doente, que ama "direitos" e despreza deveres, considera que punir crimes aumenta a criminalidade.
Herculano
04/03/2020 06:32
TEREZA E MANDETTA, DOIS ÊXITOS NUM GOVERNO QUE VIVE EM LOUCAS CAVALGADAS PARA NADA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Os dois ministros são apenas normais, cuidam do expediente e evitam brigas públicas

Tereza Cristina e Luiz Henrique Mandetta são dois ministros de Jair Bolsonaro que abrem a quitanda às seis da manhã com beringelas para vender e troco para as freguesas.

Ela, desde os seus primeiros dias no Ministério da Agricultura. Ele, na Saúde, administrando o problema do coronavírus. Pode-se discordar de algumas de suas ideias, ou mesmo de todas, mas deve-se reconhecer que fazem seus serviços. Ambos pertencem à escola do centroavante Dario (o preferido do general Emílio Médici para a seleção de 1970). Numa época em que se falava muito em problemática, ele informou: "Eu dou a solucionática".

A biografia e o comportamento de Tereza Cristina e Mandetta são uma aula de política e de administração.

Começando pela biografia. Ela vem da cepa oligárquica dos Corrêa da Costa. Desde a Regência, eles governaram Mato Grosso 11 vezes. Sabe-se lá quando a primeira Corrêa da Costa conseguiu um diploma universitário, mas Tereza Cristina formou-se em engenharia agronômica e tocou sua empresa.

Mandetta vem de uma cepa neo-oligárquica, primo de senador, de deputado e do prefeito de Campo Grande. Um irmão meteu-se em negócios com o rei do jogo no estado. Ele formou-se em medicina, é ortopedista, trabalhou em hospitais e dirigiu a Unimed de seu estado.

Os dois foram deputados. A atividade parlamentar obriga a ouvir e negociar. Um deputado pode saber que tem razão e que está sendo contraditado por um larápio ignorante, mas aprende a se comportar como se estivesse diante de Rui Barbosa. O Congresso educa, mesmo não se podendo dizer que o deputado Bolsonaro tenha aprendido muita coisa. Lá, o vencedor tonitruante é um bobo. (Eduardo Cunha ganhou todas, está preso)

Esses dois ministros bem-sucedidos trabalharam em rotas diferentes. Ela, costurando por dentro, acalmou os ânimos com a China e reabriu o mercado americano para a carne brasileira. Carrega o piano sabendo que tem agrotrogloditas por perto e um ministro do Meio Ambiente que repete coisas que não deveria nem ouvir.

Diante do coronavírus Bolsonaro entrou em campo dizendo que custaria muito caro repatriar os brasileiros que estavam na China. Fez isso depois de se reunir com quatro ministros.

Mandetta (que não estava na reunião) coordenou com clareza as ações do seu ministério e valorizou os profissionais dos estados. Além disso, passou mais tempo diante das câmeras falando do coronavírus do que o general da reserva Augusto Heleno e o doutor Paulo Guedes em todas as suas vidas. Não criou atritos e satisfez quem o ouviu.

Tereza Cristina e Mandetta estão fora da linha de exibicionismo e evangelização que enferruja o governo. Com jeito de quem não queria nada, o ministro da Saúde disse que a construção-relâmpago de um hospital na China foi um exagero e que lavar as mãos é proteção mais eficaz do que o uso de máscaras.

Ao estilo Guedes-Heleno, poderia ter dito o seguinte: "O que os chineses fizeram foi uma palhaçada típica dos regimes comunistas (Heleno) e social-democratas (Guedes). Brasileiro tem que aprender a lavar as mãos (ambos)."

Isso para não falar no que diria Abraham Weintraub: "Petistas estão indo aos hospitais simulando sintomas para provocar pânico na população". Já o ministro Sergio Moro chegaria para a entrevista coletiva dirigindo uma ambulância.

Pode parecer que Tereza Cristina e Mandetta são excêntricos, mas excêntricos são os tempos em que se vive. Eles são apenas normais. Cuidam do expediente e evitam brigas públicas. Num governo que vive em loucas cavalgadas para nada, isso até espanta.
Herculano
03/03/2020 19:15
OS CÃES SINDICALISTAS LATEM E MORDEM, MAS A CARAVANA DO PROGRESSO AVANÇA, por Rodrigo Constantino, no site do Gazeta do Povo, Curitiba PR

Deputados da Alesp (Assembleia Legislativa de SP) aprovaram, por 59 votos a favor, o texto-base da reforma da Previdência dos servidores do estado nesta terça. Este foi o segundo turno de análise do texto. A sessão foi marcada por quebra-quebra e confusão nos corredores, além de ação da Tropa de Choque com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo do lado de fora da Assembleia.

Sindicalistas entraram em confronto com a Tropa de Choque da PM após tentarem invadir o plenário da Assembleia da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para acompanhar a votação. Os servidores estaduais, que protestavam contra as mudanças propostas pela gestão João Doria (PSDB), ocuparam o corredor que dá acesso à entrada para a galeria do plenário, onde o público acompanha as sessões. Houve empurra-empurra e gritos de "invade" e "abre".

Sâmia Bonfim, do PSOL, comentou: "O neoliberalismo e o autoritarismo são as duas faces da mesma moeda. Dentro do plenário, os deputados de SP votam uma reforma farsesca que ataca o serviço público e os servidores. Do lado de fora, os trabalhadores reprimidos pela tropa de choque e impedidos de participar".

Arthur do Val, o mamãefalei ligado ao MBL, retrucou: "Neoliberalismo? Bahia governada pelo PT e Maranhão governado pelo PCdoB aprovaram ref. da previdência. Trabalhadores? Sindicalista que vem às 10h de uma terça jogar cadeira, tentar invadir o plenário, ameaça deputado e agride policial? São vagabundos!"

Ele continuou, após postar mais vídeos com as cenas de violência e depredação: "Os únicos trabalhadores no vídeo são a tropa de choque e o povo que vai pagar e limpar essa baderna. De resto só terrorista e vagabundo". O deputado estadual já tinha sido agredido por vagabundos no passado ao chama-los de... vagabundos.

O deputado federal Kim Kataguiri, também ligado ao MBL, lamentou: "Sindicalistas xingam, agridem PMs e depredam patrimônio público na ALESP. Muitos destes, professores. Servidores responsáveis pela educação dos nossos jovens. Lamentável".

Fernando Holiday, vereador e também do MBL, comentou:

O advogado e professor Pavinatto desabafou: O que é uma agressão verbal de Bolsonaro perto da violência física da esquerda que acabou de depredar e incendiar a Alesp, além de violentar seguranças e policiais? Num país em que o melhor é o menos péssimo, fica claro o não arrependimento do apoio dado em 2018".

Os sindicalistas parecem cães raivosos vendo a ração indo embora. As mamatas são retiradas por questão aritmética, de sobrevivência do próprio estado, e eles não aceitam perder privilégios. A esquerda nunca defendeu os pobres; ela defende os servidores públicos privilegiados à custa da população toda. E o faz à base de gritos e pontapés em policiais.

Felizmente, porém, os cães sindicalistas latem e até mordem, mas a caravana do progresso avança...
MAMATA PMG
03/03/2020 16:35
Boa tarde!

Sou morador do bairro Arraial d'ouro, e por diversas vezes já liguei na prefeitura solicitando patrolamento, manutenção na iluminação pública, caminhão pipa e roçadas da via pública.

No entanto, em nenhuma vez recebi resposta se eles iriam realizar ou não o procedimento, e poucas vezes fomos surpreendidos com o reparo realizado. Destaco que as roçadas ocorrem apenas em proximidades as datas festivas no bairro (festa de nossa senhora aparecida e costelaço do bairro), o resto do ano o mato fica por conta de cada morador roçar até onde consegue. Sim, é bizarro.

Por isso, como eles fingem que não veem as requisições dos moradores, optei em solicitar por esta plataforma, os serviços. Acredito que por aqui vai chegar mais rápido até a PMG, ainda mais em ano de eleição.

Mas o incrédulo recente no bairro não são estes acima elencados, que infelizmente são recorrentes de muitos anos e várias administrações, mas sim um novo problema que surgiu após a pavimentação asfáltica realizada pelo programa Avança Gaspar.

Conforme conversei com a Associação de moradores do bairro, foi solicitado a implementação de lombadas no bairro, assim como placas de sinalização de velocidade e demais garantias de aplicação do CTB, haja vista o aumento na velocidade com a pavimentação asfáltica.

Ainda, foi alertado que alguns moradores estavam estacionando na via pública (carretas que tampam metade da pista no horário noturno), e moradores que estão estacionando na pista de bicicleta.

Entretanto, em contrapartida a resposta do detran foi que: "um asfalto tão bonito como ficou aquele e a população já quer acabar com isso".

E a resposta sobre o pedido de sinalização para coibir os moradores de estacionar na via pública era de: "não podemos prejudicar os moradores".

Com isso, deixamos aqui denunciados que em eventual acidente com vitimas fatais no bairro Arraial D'Ouro, mais especificamente no trecho asfaltado na entrada do bairro, a prefeitura de gaspar está ciente dos perigos e, que deixou de agir em tempo hábil para evitar o ocorrido.

Atenciosamente.
Demetrius Wolff
03/03/2020 16:14
Convidamos a todos para o dia 15 às 09 horas da manhã, nas escadarias da igreja São Pedro, manifestarmos a favor do presidente Bolsonaro.
Miguel José Teixeira
03/03/2020 14:40
Senhores,

PT e o seu instinto de preservação:

1) Zéguimarães, aquele dos dólares na cueca, casou depois dos 60 com uma maria-do-rosário.

2) Gleisi Hoffmann, a barbie PeTralha, está namorando o ex-senador Lindbergh Farias, vulgo lindinho, que tomou um chaPoleTaço nas últimas eleições.

3) Será que a dilmaracutaia, que está na pista, conquistará algum PeTralha presidiário, ou com um pouco de sorte, um PeTralha ex-presidiário?

4) Será que o abilolado Eduardo Suplício, que também está na pista, e que também levou um PeTeleco nas últimas eleições, conquistará alguma PeTralha? (Por enquanto não há notícias de PeTralhas presidiárias).

5) E, só para inticar com a martaxa suplício, será que veremos uma casamento entre a defenestrada dilmaracutaia e o defenestrado (eduardo) por ela?

Aguardemos pois, os próximos episódios.
Herculano
03/03/2020 14:31
da série: nos Estados Unidos a CNN é tido como progressista, no Brasil será conservadora?

CNN BRASIL ESTREIA NO DIA DA MANIFESTAÇÃO PRó-BOLSONARO

Se é ou não uma coincidência, não se sabe, mas a CNN Brasil, canal que nutre as expectativas do presidente Jair Bolsonaro por uma cobertura jornalística "diferente" da Globo/GloboNews, que ele trata como "inimiga", entrará no ar bem no dia 15 de março, data marcada para uma manifestação em apoio ao governo, contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso, que, como informa a manchete da Folha de S.Paulo neste 2 de março, nunca esteve tão fortalecido nos últimos três governos.

O protesto foi, inclusive, apoiado pelo presidente por meio de mensagens enviadas por ele em seus grupos de WhatsApp, conforme informou a jornalista Vera Magalhães, do jornal O Estado de S.Paulo e da TV Cultura.

Como a CNN Brasil tem sede na avenida Paulista, na vizinhança do MASP, pode-se dizer que o novo canal já estreia sabendo como lidar com o acesso à base nos dias de manifestações naquele que é o endereço mais visado para ações do gênero em todo o país.

Procurado por esta jornalista para se manifestar sobre a menção feita por Bolsonaro ao novo canal, em uma live de quatro dias atrás, o CEO da CNN Brasil, Douglas Tavolaro, informou que não iria se manifestar.

Para emissários do canal, o presidente não fez "um elogio", como muitos entenderam, apenas manifestou a "torcida" por uma cobertura jornalística "diferente" de Globo e GloboNews, que têm sido ameaçadas de perder verba publicitária do governo e de empresas privadas que resolveram atender à convocação de Bolsonaro para boicotar os veículos que não o retratam como ele gostaria de ser retratado ?" ou seja, todos aqueles que "não falam a verdade", segundo seu ponto de vista.

Na última semana, o vice-presidente de canais pagos do Grupo Bandeirantes Paulo Saad disse ao colunista Flávio Ricco, do UOL, que a CNN Brasil é "um projeto político", já que não há empreendimento que justifique os investimentos nos royalties da marca e nos altíssimos custos de uma operação que não há de se pagar nem com assinaturas nem com publicidade.

"Se eles estiverem dispostos a perder mais de R$ 300 milhões, a perder ou investir mais de R$ 300 milhões, é um cálculo que faço que eles vão perder em dois anos", disse Saad à coluna de Ricco.
Herculano
03/03/2020 14:26
O IMPASSE ENTRE OS PRAÇAS E O GOVERNO, por Roberto Azevedo, no Makingof?

O ano eleitoral e a Reforma da Previdência em tramitação na Assembleia são o pano de fundo dos sucessivos contratempos na negociação entre a Associação que representa os policiais militares e bombeiros militares e o governo do Estado.
Ao sair da reunião da segunda reunião com a entidade, no início da noite de segunda (2), o próprio secretário Jorge Eduardo Tasca (Administração) se dizia surpreso pela apresentação de oito itens à pauta, que estavam incluídos na contraproposta dos praças, que pede 22% de reajuste, a diminuição do tempo para pagamento da reposição e a reestruturação do plano de carreira.
A legítima reclamação de que há mais de seis anos os policiais e bombeiros militares acumulam perdas em torno de 41% esbarra, agora, na utilização do episódio politicamente para firmar a imagem de descontentamento com o governador Carlos Moisés, como se isso valesse algum prêmio ou ajudasse na caminhada rumo a outubro, sinal de que há uma mistura de interesses.?
 
EM NÚMEROS

O Estado tem um déficit R$ 1,4 bilhões - já foram R$ 2,5 bilhões no início da atual administração - e faz as contas para atender aos militares com o aceno ainda de criar um grupo de trabalho para debater o plano de carreira, uma das principais reivindicações dos praças.
Mas o secretário Tasca admite que agora chegou-se ao limite, com variações salariais que dão entre 15% a 19% dependendo da posição na carreira ao praça, criou uma quinta parcela, puxada de setembro de 2022 para setembro de 2021, e que, considerada a incorporação da gratificação Iresa nos cálculos revelam valores muitos maiores, uma média de 43%.
 
UMA GRANDEZA

Os praças, que marcaram uma nova assembleia para analisar a contraproposta do governo, representam mais de 20 mil servidores públicos, contingente que só perde para o número de integrantes do magistério estadual.
Coincidentemente, os professores também estão em campanha salarial, reclamam da Reforma da Previdência e o Estado ainda conversa com os servidores da saúde.  
 
EVIDENTE

Quando o assunto é paroquial, fica fácil saber de quem são as digitais em algumas pendengas, a última envolve dois parlamentares com base em Jaraguá do Sul.
É o caso da cobrança reforçada de que o deputado federal Carlos Chiodini (MDB) ainda não devolveu os R$ 43 mil de uma cirurgia bariátrica de emergência, ressarcidos pela Câmara dos Deputados, provocação que aponta para o gabinete do também deputado federal Fabio Schiochet, presidente estadual do PSL.
 
POIS É

Chiodini, é bem verdade, demorou para se manifestar sobre o assunto, ocorrido em 2019, depois de um ultimato médico, e abriu o flanco para o colega de Câmara, a quem interessa criar uma imagem negativa do oponente.

Mas como nada fica sem resposta no mundo político, a turma que se contrapõe a Schiochet lembra que o parlamentar é um dos campeões de gastos na Câmara, entre os 15 deputados da bancada catarinense, e não devolveu o auxílio-mudança do começo do mandato, o que o Chiodini já fez.
 
E TEM MAIS

Outro fator que levou aos disparos contra Chiodini teria vindo direto da Casa Civil do governo do Estado.
A mãe do secretário Douglas Borba, que é secretário-geral do PSL, foi exonerada da prefeitura de Jaraguá do Sul, administrada pelo MDB, por disseminar notícias falsas, as fake news, contra o prefeito Antídio Lunelli.
 
MUDANÇA

A recuperação dos problemas de saúde da advogada Schirlei Azevedo levou o também advogado Murilo Silva a assumir a presidência do PT de Florianópolis.
Um dos assuntos que não poderiam esperar é o acordo com a Frente Popular de que os pré-candidatos à prefeitura devem ser definidos no fim deste deste mês, enquanto a apresentação de nomes deve ser encaminhada à executiva petista até o dia 6, próxima sexta-feira.
 
CRITÉRIOS

Neste momento, apenas o vereador Lino Peres lançou a pré-candidatura pelo PT.

Quem quiser participar da indicação tem que apresentar assinaturas de no mínimo 10% do número de filiados ou filiadas, que participaram do último Processo de Eleição Direta, caso contrário a executiva nem analisará o pedido, que, em caso de mais de um nome, levará a um acordo ou a uma prévia.
Herculano
03/03/2020 14:18
A ESPERTEZA PARA PROTEGER PODEROSOS

De José Nêumanne Pinto, na rádio Eldorado SP (do O Estado de S. Paulo)

Incoerência cínica de Toffoli: Presidente do STF propõe prisão imediata de condenados por júri popular tentando enganar povo, que nunca esquecerá ter sido ele artífice do fim do cumprimento de pena por condenados em segunda instância
Herculano
03/03/2020 14:15
ELES BRIGAM E SE CHANTAGEIAM E O POVO É QUEM PAGA A CONTA

De Rodrigo Constantino, no twitter:

Só pra entender: quando o centrão do Congresso fala em "retaliar" o governo isso significa obstruir pautas reformistas do interesse da nação? Então pra punir Bolsonaro os parlamentares punem o povo? E os jornalistas acham isso normal? E a culpa é do presidente por não "negociar"?
Herculano
03/03/2020 14:14
O SISTEMA DE TRANSPORTE ESTÁ PARALISADO PARCIALMENTE PELA TERCEIRA VEZ ESTE ANO NUMA AÇÃO QUASE DOENTIA DO SINDICATO

No twitter @olhandoamare, observei à notícia postada pelo Cruzeiro do Vale.

Em Gaspar, o sistema de transporte coletivo é tão precário, tão incompetente, tão contra o futuro da cidade, tão contra os trabalhadores e estudantes, tão caro nas passagens, q os sindicalistas se concentram em Blumenau onde ele realmente faz falta à população quando parado por greve
Herculano
03/03/2020 14:07
da série: a ida do deputado Ivan Naatz, egresso do PDT e PV, para o PL, murchou intenções mais a direita e conservadoras.

HILDEBRANDT E OLIVEIRA NO PODEMOS, por Cláudio Prisco Paraíso

Eleitos pelo PSB, então pilotado por Paulo Bornhausen no estado, os prefeitos de Blumenau, Mário Hildebrandt; e Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, assinam ficha no Podemos nesta terça-feira. Embora não seja o presidente de direito, de fato é o próprio Bornhausen quem está dando as coordenadas no partido, que tem, no âmbito nacional, o senador Álvaro Dias - que foi candidato a presidente em 2018 - como grande líder. É fato que o Podemos é o melhor partido do Brasil, mas está se estruturando em Santa Catarina. O grande ato de filiação será agora pela manhã, em São Paulo.
 
No caso do prefeito de Blumenau, o seu caminho natural deveria ter sido o PSD. É onde se abrigou o ex-prefeito Napoleão Bernardes, que conquistou a reeleição tendo como vice o próprio Mário Hildebrandt. Nas hostes pessedistas, o atual mandatário, que herdou o leme do paço em 2018 após a renúncia de Napoleão (que disputou a eleição majoritária como vice de Mauro Mariani), teria bem melhores condições de arregimentar um grande  número de partidos para lhe apoiarem em 2020. Ao optar pelo Podemos, o blumenauense corre o sério risco de isolar-se politicamente no ano que tentará renovar o mandato.

Para Fabrício Oliveira, o quadro não é tão preocupante como para Hildebrandt, mesmo assim, há muitos questionamentos sobre se a escolha pelo Podemos foi a melhor. A conferir em outubro!
Herculano
03/03/2020 13:08
OS COMISSIONADOS NERVOSOS E APREENSIVOS

Na prefeitura de Gaspar o clima entre os comissionados e cargos de confiança não é dos melhores.

Todos apreensivos com as mudanças nos segundo e terceiros escalões.

Elas continuarão até chegar ao primeiro escalão que se abrirá para aceitar novos e velhos cabos eleitorais. É a máquina a todo vapor para evitar a qualquer custo adversários
Herculano
03/03/2020 08:13
COISAS DE COMUNICAÇÃO

O press release da Câmara sobre a CPI não consegue ter audiência na competição com esta coluna. E se sabe a razão: aqui está o que se esconde dos pagadores de pesados impostos
Herculano
03/03/2020 08:02
LULA DISCURSA COMO BATEDOR DE CARTEIRA DA HISTóRIA, por Josias de Souza, no UOL

Libertado da cadeia pelo Supremo Tribunal Federal, Lula tornou-se prisioneiro de uma fábula. Homenageado com o título de cidadão honorário de Paris, pronunciou na capital francesa não um discurso, mas um atentado à historiografia.

Condenado por corrupção, Lula apresentou-se como perseguido. Colecionador de ações penais, já amargou duas sentenças de segunda instância, uma delas confirmada no terceiro grau. Mas disse ter sido preso de forma ilegal.

A certa altura, Lula caprichou no cinismo. Levava a tiracolo Dilma Rousseff, que arruinou a economia do país e produziu um empregocídio. Ainda assim, sentiu-se à vontade para encenar o papel de porta-voz dos oprimidos.

"É meu dever falar aqui em nome dos que sofrem, em meu país, com o desemprego e a pobreza, com a revogação de direitos históricos dos trabalhadores e a destruição das bases de um projeto de desenvolvimento sustentável..."

Pai do mensalão e do petrolão, responsável pela conversão do PT em máquina coletora de propinas, Lula declarou:

"O que está ocorrendo no Brasil é o resultado de um processo de enfraquecimento do processo democrático, estimulado pela ganância de uns poucos..."

Lula reiterou o lero-lero segundo o qual Dilma sofreu um "golpe parlamentar". Que foi seguido da "farsa judicial" que o levou à prisão. Coisa de Sergio Moro, "um juiz que é hoje ministro do presidente que ele ajudou a eleger com minha prisão."

Esqueceu que a gestão pedalante de Dilma foi condenada com os votos dos seus pseudoaliados, sob a supervisão de Ricardo Lewandowski, um magistrado companheiro do Supremo.

Desconsiderou que a sentença de Moro foi ratificada na segunda e na terceira instância. Lula ignorou, de resto, que o TRF-4 já pendurou no seu pescoço, na fase pós-Moro, uma nova sentença de segunda instância por corrupção.

Sobre a sucessão de 2018, Lula afirmou que Bolsonaro prevaleceu por ter sido "poupado pelas grandes redes de televisão de enfrentar, em debates, o companheiro [Fernando] Haddad."

Fora de órbita, acrescentou: "Essa mídia, portanto, é corresponsável pela ascensão de um presidente fascista ao governo do Brasil."

Ora, quem pariu Bolsonaro não foi a mídia. Deve-se a gravidez ao próprio Lula, que se autoconverteu em principal cabo eleitoral do capitão. O parto é obra do antipetismo, maior força política de 2018.

Quando Roberto Jefferson jogou o mensalão no ventilador, Lula ensinou à plateia que "o PT fez, do ponto de vista eleitoral, o que é feito no Brasil sistematicamente".

Ao notar que o melado escorria além do desejável, Lula fugiu da cena do crime, refugiando-se atrás da tese do "eu não sabia". E ficou por isso mesmo.

Sobreveio o petrolão, seguido da Lava Jato. Reduzido à condição de um ficha suja inelegível, Lula tem dificuldades de se libertar da própria fábula.

No momento, a divindade petista dedica-se à construção de uma nova carreira. Transformou-se num batedor de carteira da história.
Herculano
03/03/2020 07:42
MORDOMIA DE MAIA CUSTA MAIS QUE 92 DEPUTADOS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez 277 viagens oficiais desde o início da legislatura, em fevereiro de 2019, até a última sexta (21). O número o coloca no top 10 dos que mais viajam, mas, ao contrário dos demais, ele voou em jatos da FAB, ao custo de R$13,85 milhões ao contribuinte. O valor equivale à soma das viagens dos 92 deputados federais que mais voaram desde que assumiram o mandato em 2019.

VIAJANTE MILITANTE

Entre 2011 e 2015, quando era do baixo clero e não tinha a mordomia da FAB, Rodrigo Maia fez 682 viagens que nos custaram R$343,7 mil.

SEM COMPARAÇÃO

Campeão de voos de carreira, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) apresentou gasto de R$238,7 mil em passagens: 1,7% do custo Maia.

SEMPRE ELES

A Liderança do PT na Câmara é a que mais pagou passagens aéreas com dinheiro público. Em treze meses, R$74 mil em 56 viagens.

FARRA DO COTÃO

Eleitos pelo DF, Bia Kicis (PSL) fez 36 viagens ao custo de R$44,3 mil, seguida por Israel Batista (PV) com 18 viagens a R$13,3 mil.

MINISTROS HELENO E ERNESTO FICAM ONDE ESTÃO

As investidas para desestabilizar Ernesto Araújo (Relações Exteriores), lideradas por eternos candidatos ao cargo, tentam envolver o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), apontando-o como futuro chanceler. Isso já virou piada: "Querem me ver pelas costas!", costuma dizer o general. Ele não quer sair do GSI e Jair Bolsonaro não abre mão de ambos. "É uma tremenda bobagem, chance zero", disse à coluna integrante do núcleo militar do governo.

FOGO DE EX-AMIGO

No Planalto, dizem ter identificado quem tentaria desestabilizar Ernesto Araújo, mas não divulgam. Seria um diplomata que integrou o governo.

DUPLA ADMIRAÇÃO

O presidente gosta do chanceler por sua atuação e admira Ernesto Araújo como formulador, representando a ala ideológica do governo.

OPÇÃO DESCARTADA

Especular general como chanceler reforça a ideia de "militarização", mas Bolsonaro, dizem no núcleo militar, não cometeria esse erro.

DÁ UMA PREGUIÇA...

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, leva a sério a "lei" malandra segundo a qual o ano só começa após o carnaval: vai instalar nesta quarta (4) a comissão da reforma tributária criada há duas semanas.

SENADOR GLUTÃO NA MIRA

A Procuradoria Geral da República PGR estendeu por dois meses a investigação sobre o "senador Glutão", codinome de quem levou R$3 milhões em propina da Odebrecht no esquema desvendado pela Lava Jato. "Históricos" da "governança" do Senado estão em polvorosa.

Só DEUS PARA PROTEGER

Somente Deus para proteger seu representante na Terra do temido pé-frio de Lula. A passagem do ex-presidiário pelo Vaticano acabou derrubando Sua Santidade e ainda levou sintomas preocupantes.

GESTO ELEGANTE

Presidente que fez História no Tribunal Superior do Trabalho (TST), Almir Pazzianotto Pinto fez um gesto de elegância e simpatia raras: pediu a segunda via de sua identificação como ex-ministro só para ter o documento assinado pela nova presidente da corte, Cristina Peduzzi.

A VOLTA DO REMÉDIO

O secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, mandou adquirir ontem 5,5 milhões comprimidos de Glicazida, denominação comum do Diamicrom, medicamento para diabéticos. Foram gastos R$1,3 milhão.

ENTREVISTA REVELADORA

O ex-senador Luiz Estevão disse a Hugo Marques, da Veja, que não há empresário inocente: "Quando recebe convite para uma 'conversinha', ele não sai chorando da sala, sai soltando foguetes". E revelou que Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro de Lula, pagou a ele R$800 mil por uma reforma para adequar a Papuda a receber os ladrões petistas.

SENADORA ECONôMICA

A senadora Leila Barros (PSB-DF), a Leila do Vôlei, abriu mão da sua aposentadoria especial, economizou 100% da verba indenizatória e não quer nem ouvir falar nos indecorosos auxílios moradia e mudança.

JOVEM SONHA

As vendas de consórcios aumentaram 7% em janeiro, em relação a 2019. Segundo a BR Consórcios, um dos fatores é a crescente procura por jovens entre 20 a 30 anos, interessados em investir em cotas.

PENSANDO BEM...

...pior que órgão público caro, inchado e ineficiente são aqueles que defendem sua "preservação".
Herculano
03/03/2020 07:34
PESSOAS ENTRE 40 E 50 ANOS SÃO AS MENOS FELIZES, DIZ ESTUDO, por Mirian Goldenberg, antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio, é autora de "A Bela Velhice", no jornal Folha de S. Paulo

Economista mostrou que existe uma curva da felicidade no formato da letra U

Pesquisa realizada pelo economista David Blanchflower (Universidade de Dartmouth, nos EUA) em 132 países, incluindo o Brasil, revela que existe uma curva da felicidade no formato da letra U. As pessoas mais felizes são as mais jovens e as mais velhas, e as menos felizes são as que estão entre 40 e 50 anos.

A felicidade é maior no início da vida, diminui ao longo dos anos, chegando ao seu ponto mais baixo em média aos 47 anos, e, depois disso, co­meça a subir.

Eu também encontrei uma curva da feli­cidade entre as mulheres que venho pesquisando há mais de trinta anos.

As que têm entre 40 e 50 anos são as que estão mais infelizes, insatisfeitas, frustradas, deprimidas e exaustas. Elas reclamam de falta de tem­po para cuidar de si, falta de reconhecimento e falta de liberdade. Algumas dizem que falta tudo.

As brasileiras estão entre as maiores consumidoras de medicamentos para dormir, ansiolíticos e antidepressivos, e também de cirurgia plás­tica, botox e preenchimentos, tintura para cabelo etc. São as mais insatisfeitas com o corpo, e as que mais deixam de sair de casa, ir a festas, e até mesmo de trabalhar quando se sentem ve­lhas, gordas e feias.

Mas eu tenho uma boa notícia: tudo começa a melhorar após os 50 anos e a curva da felicidade começa a subir.

As mulheres com mais de 60 anos afirmaram categoricamente: "Este é o melhor momento de toda a minha vida: nunca fui tão livre e tão feliz. É a primeira vez que eu posso ser eu mesma".

Elas se tornam donas do próprio tempo e protagonistas da invenção de uma bela velhice: aprendem a dizer não, não se preocupam tanto com a opinião dos outros, passam a rir mais de si mesmas e priorizar a realização de projetos de vida coerentes com seus valores, vontades e verdades.

Em tempos de tanto ódio, violência e medo, você acha libertador saber que a sua curva da felicidade também pode subir?
Herculano
03/03/2020 07:28
REUNIÃO ENTRE MILITARES E GOVERNO DE SC TERMINA SEM ACORDO, por Moacir Pereira, no NSC Total, Florianópolis

Terminou sem acordo a nova reunião do secretário da Administração de Santa Catarina, Jorge Tasca, com os presidentes e dirigentes das entidades de policiais e bombeiros militares sobre a reposição salarial. O secretário deu novo prazo, até quarta-feira (4), para a decisão dos militares dentro dos limites oferecidos pelo governo Carlos Moisés da Silva.

A proposta oficial contempla a pretendida reposição em 17%, na média, mais atualização do Plano de Carreira das corporações.

- Este é o limite prudencial e responsável do governo - afirmou o secretário Jorge Tasca.

O presidente da Aprasc, João Carlos Pawlick, defendeu melhorias na proposta, alegando que muitos militares vão perder salários com as tabelas do governo, porque cairão em descontos maiores do imposto de renda na fonte.

Pawlick revelou ao final da reunião que os militares estão decepcionados, pois apoiaram a eleição de Moisés da Silva na expectativa de terem tratamento salarial mais justo. Eles estão sem reposição há seis anos.
A Aprasc vai convocar assembleia geral extraordinária para quarta-feira, às 10h. O resultado será levado por ofício ao secretário até as 14h do mesmo dia.
Herculano
03/03/2020 07:22
MOTINS DE POLICIAIS SÃO ALERTA PARA O PARA O PAÍS, por Raul Jungmann, ex-ministro da Reforma Agrária (governo FHC), Defesa e Segurança Pública (governo Temer), no jornal Folha de S. Paulo

Esses são momentos de extraordinária e dramática tensão e risco para sociedade, governo, militares, policiais e democracia.

O motim da polícia no Ceará, finalmente encerrado e com um trágico saldo de 241 civis mortos durante sua vigência, nos impõe algumas reflexões.

Quando fui ministro da Defesa tive que lidar com 11 operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em sua maioria decorrentes de greves de Polícias Militares estaduais.

Na mais crítica das operações, em 2017, no Espírito Santo, ao desembarcar em Vitória encontrei uma cidade deserta e uma população indefesa e encarcerada em suas casas. Mulheres dos policiais realizavam piquetes nas portas dos quarteis e, segundo os amotinados, os impediam de sair de lá.

Com o motim, os homicídios deram um salto de 134%, chegando a 225 mortes em 20 dias. Lojas foram saqueadas, arrastões se sucediam, escolas e comercio não funcionavam, idem serviços públicos, o Judiciário e o Ministério Público. O quadro era de colapso do Estado e pavor da população. Já tínhamos visto algo semelhante em outros estados, porém não com a criticidade do ES.

Com a chegada das Forças Armadas, o restauro da segurança e a queda vertical dos crimes e roubos, o Espírito Santo e Vitória foram voltando à normalidade. Em contrapartida, os amotinados perderam a sua capacidade de pressão e de pôr a sociedade e o governo de joelhos.

Recordo que, em um momento crítico, policiais foram retidos nos quartéis, sob a mira de armas, por querer voltar ao trabalho. Nesse momento, chegou-se a cogitar do emprego de blindados e de forças especiais para libertar os reféns, o que implicaria em alto risco de confronto de parte a parte.

Em outro momento, em Pernambuco, colocamos 200 soldados e fuzileiros como última linha de defesa para proteger o Palácio do Governo, o governador e sua equipe.

Cabe ressaltar que, nos episódios, os governadores Paulo Hartung (ES) e Paulo Câmara (PE) portaram-se com serenidade e firmeza.

Greves e motins policiais são momentos de extraordinária e dramática tensão e risco para sociedade, governo, militares, policiais e democracia. A corporação armada é a parte da nação a quem o Estado atribuiu a função de proteger os direitos e liberdades individuais, o Estado democrático de Direito, a lei e a vida.

Por isso, por deter a força e ser a última ratio do Estado, o constituinte originário lhe atribuiu status diferenciado dos demais servidores e lhe negou o direito a greve, pois esta levaria à coerção dos que deveriam ser protegidos, à desordem, à insegurança e à ameaça à ordem democrática.

Ao se amotinarem, as polícias são desconstituídas da autoridade pública que lhes foi outorgada pelo Estado e se tornam transgressoras da lei. A moeda de troca das suas reivindicações passa a ser a vida daqueles que, sem proteção, tornam-se vítimas do crime organizado, da violência e da barbárie.

A Carta de 1988 tem entre seus princípios a dignidade humana e toma o direito à greve como um direito fundamental de todo trabalhador.

Porém nenhum direito é absoluto, logo, no caso, é impossível sobrepor o direito de greve ao da segurança da vida, bem maior tutelado pela lei. Tampouco sobrepor à democracia e ao Estado, que é o que se deduz da análise conjunta dos artigos 142 e 37 da Constituição Federal.

Sem dúvida, todos os policiais são merecedores do respeito e da estima da sociedade, pelo muito que fazem, em condições precárias, turnos exaustivos de trabalho, remunerações aquém de suas necessidades e regimentos disciplinares medievais e punitivos.

Daí a importância da Lei Orgânica das Polícias em gestação para mitigar o desconforto das polícias. Para que estas pudessem peticionar pelos seus direitos, em decisão de 2017, o STF determinou que o poder público, em atenção ao art. 165 do Código de Processo Civil, mantivesse negociações do interesse das corporações com os respectivos governos, mediadas pelos Tribunais de Justiça dos estados.

Nenhuma das GLOs que coordenei se encerrou antes que se houvesse recuperado o controle da segurança e da ordem pública. Caso contrário, seria retomada a chantagem sobre a sociedade, em termos de vidas em risco, e sobre o governo, sem falar do colapso dos serviços públicos e do funcionamento dos Poderes.

A suspensão de uma GLO antes do fim de um motim ou a concessão de anistia aos amotinados a posteriori não podem ser aceitas. Sob pena de provocar um efeito cascata, ao empoderar movimentos similares em outros estados, criando um gravíssimo clima de insegurança, já agora de âmbito nacional.

O que poderia levar a que, demandadas por um dos Poderes da República, conforme reza o art. 142 da Constituição, nossas Forças Armadas se vejam diante do risco de um confronto de consequências imprevisíveis. O que cumpre ser evitado a todo custo.
Herculano
03/03/2020 07:03
ESTÁ MORRENDO GENTE COM A CHUVARADA NO SUDESTE. MAS, O MEDO É DO CORONA VÍRUS
SAMAE
02/03/2020 22:08
Servidores do Samae foram na Weg fazer curso de inversores,mas por incrível que pareça os operadores de bombas não foram convidados,foram dois encanadores comissionados Gilberto Goedert e Júlio,tá feio o negócio....
Tony Silva
02/03/2020 21:25
DR. ADILSON - 30 anos - SCHMITT

Parabéns pela bonita carreira construída. Votos de continuado Sucesso.

Tony Silva e família.
Maria Paula Grassman
02/03/2020 20:30
Boa noite Senhor Herculano,


Como, acadêmica de direito e fase final, eleitora de Gaspar, pagadora de impostos, portanto cidadã gasparense, acompanhando a verdade de Gaspar, através de sua coluna, me vejo na obrigação de alertar os senhores vereadores sobre esta questão da CPI. Vejamos os seguintes pontos:
a) O governo cometeu graves irregularidades no range a elaboração da licitação e execução da obra, isto está claro;
b) o governo tem a maioria na CPI e na Câmara Municipal, por motivos não tão republicanos, logo vai acabar e pizza e
c) restando um único e fatal procedimento: I) levar todos documentos levantados pela referida CPI ao conhecimento, através de denúncia ao Ministério Público Federal, com cópia a Polícia Federal, tendo em vista que verba ali aplicada é de origem. do Governo Federal;
II) Na esfera do Ministério Público Federal, os homens "do poder de plantão ñ tem as costas quentes" ou o "corpo fechado", como arrogantemente "arrotam" com esfera Estadual e
III) Ou então a dita oposição, fará papel de "bobos da corte" É fica aquele ditado passa a m.. Mas faz.
Abram os olhos senhores vereadores, há outras coisas a serem levadas ao MPF.
Maria Clara
02/03/2020 15:52
Herculano, quanto ao Vale Alimentação eu não sei, mas no Samae varios servidores não receberam os salários corretamente.
É que a filha do Fiscal de Obras da prefeitura e que foi nomeada diretora de compras e esta trabalhando no RH e que não tem a menor noção do que é Recursos Humanos, fez uma Merda grande.
Deixou de pagar plantão de vários servidores, trocou os pagamentos, o que deveria pagar pra um pagou para outro,ou seja, um servidor recebeu quase o dobro do salário enquanto o outro recebeu somente a metade, além de outras lambanças, e só nao foi pior porque o pessoal do rh aqui da prefeitura ainda ajudou.
Mas nada disso importa, o que importa é que agora o Fiscal deve favores para o prefeito e já começou a pagar.
Logo as mazelas vão começar a aparecer.
Miguel José Teixeira
02/03/2020 14:21
Senhores,

Em entrevista a Jornal da Suiça, o ex-presidiário lula afirma:

"Não podemos pedir impeachment de Bolsonaro só porque não gostamos dele" ...

(Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/03/01/a-esquerda-perdeu-o-discurso-e-tera-de-reconstrui-lo-diz-lula.htm).

E, cutucando a defenestrada dilmaracutaia, emenda:

q-u-e-r-i-d-a, você sabia que quem nasce na Suiça é suiçida?
Herculano
02/03/2020 13:29
O MOTIM CATARINENSE

Ontem escrevi: os Policiais Militares e Civis de Santa Catarina estão de sobreaviso esperando o desfecho do Ceará para iniciar o seu motim por melhores soldos e vencimentos, como se a crise financeira do estado fosse algo fictício.

Então: desfecho já há. Os policiais amotinados e rebelados recuaram ontem a noite (domingo). O que está claro até agora: não haverá anistia aos amotinados.

O que escrevi ontem? Se a anistia for letra morta, o aviso para o início de tudo... O comandante das forças que poderá ser desafiado desta vez é um tenente coronel da reserva do Corpo Bombeiros Militar, Carlos Moisés da Silva.

Ele fará o papel de comandante ou de um membro da corporação que recebe soldos na reserva. O presidente do colegiado de segurança, o gasparense Paulo Norberto Koerich, delegado geral de polícia de Santa Catarina, está calado e na mesma situação. E os catarinenses - e os funcionários públicos estaduais, de uma forma geral -, de olho no movimento dos três.

Não querem mais esta conta nos seus bolsos. Querem primeiro emprego, renda, desenvolvimento, infraestrutura e oportunidades.
Herculano
02/03/2020 13:18
A CHANTAGEM DE DEPUTADOS E SENADORES CONTRA O PODER EXECUTIVO

Do MBL no Twitter:

R$ 30 bilhões nas mãos de um único deputado. É mais orçamento que as cidades de Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife somadas.
Herculano
02/03/2020 13:16
da série: a classe média- que trabalha e é a mais onerada no Imposto de Renda, sustentando o estado brasileiro cheio de sacanagens, privilégios, cara e atrasada burocracia.

IMPOSTO DE RENDA: A DEFASAGEM É DE 95,46%, por Moacir Pereira, no NSC Total, Florianópolis SC

Finalmente, o calendário fiscal, que prevê para hoje o inicio da apresentação da declaração do Imposto de Renda. Mais uma vez, o governo federal aumenta o tributo incidente sobre as pessoas físicas.

O Sindifisco Nacional acusa aumento do imposto em 3,75%, porque não houve atualização da tabela. E enfatiza que a defasagem na correção já atinge a 95,46%. Não há atualização desde 1996.

Durante a campanha presidencial, o ministro Paulo Guedes anunciou que se Bolsonaro fosse eleito haveria não apenas a atualização salarial da tabela do imposto de renda, mas também a correção das perdas acumuladas nas últimas décadas.

Além da injustiça fiscal, trata-se todos os anos de aumento real do tributo.
Herculano
02/03/2020 12:57
da série: a imprensa ideológica patrulha

QUAL É A DE ALCOLUMBRE AO SILENCIAR SOBRE BOLSONARO E OS PROTESTOS? por Lenadro Colon, diretor de redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo.

Silêncio se agrava quando integrantes do próprio Legislativo atuam pelo ato contra deputados e senadores
O espírito de baixo clero da política que encarnou por anos a vida pública do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), persiste após um ano de sua eleição para dirigir a Casa dos senadores.

Se Jair Bolsonaro não se comporta à altura do cargo que ocupa, o que dizer de Alcolumbre? Sua cadeira representa também a presidência do Congresso. O senador amapaense comanda um dos três Poderes.

Não se ouviu até agora um pio de Alcolumbre sobre o apoio de Bolsonaro aos protestos do dia 15 de março contra o Parlamento. Um silêncio que se agrava quando integrantes do próprio Legislativo atuam pelo ato contra deputados e senadores.

Um deles é a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS). "Eu estou nos bastidores e posso dizer com propriedade: não duvidem do general Heleno", disse. O que Alcolumbre acha da colega que turbina a ameaça do chefe do GSI ao Congresso?

Nos bastidores, senadores dizem que o presidente do Senado está mais preocupado em eleger o irmão para a Prefeitura de Macapá, em outubro, do que com os assuntos de Brasília.

É fato que se esperava uma reação mais firme de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao episódio do vídeo compartilhado por Bolsonaro. O mesmo vale para o presidente do STF, Dias Toffoli.

Ambos divulgaram notas oficiais frias, burocráticas, como se estivessem cumprindo uma obrigação política de se manifestar (quase pedindo desculpas ao presidente da República). Mas ao menos eles fizeram o papel institucional de reagir a mais um descalabro do Planalto.

Alcolumbre não surpreende. Ao falar sobre os insultos de Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha, afirmou que eram "página virada". A declaração foi seguida por frases anódinas, sem repudiar em nenhum momento o comportamento espúrio do chefe da República.

Além do Amapá, a prioridade de Alcolumbre tem sido operar uma manobra casuística na Constituição para permitir sua reeleição à presidência do Senado em 2021. Ele parece não estar nem aí para o resto.
Herculano
02/03/2020 12:57
da série: a Justiça que protege apenas os poderosos foras da lei e contra os brasileiros

COMO UM PRECEDENTE DO STF DERRUBOU O PROCESSO DA REFINARIA QUE DEU UM PREJUÍZO BILIONÁRIO, por Deltan Dallagnol, é procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal em Curitiba, para o site da Gazeta do Povo, em Curitiba PR.

No apagar das luzes de 2019, quando todos estavam com a cabeça nas férias ou no Natal, um fato grave passou despercebido: o processo criminal referente à rumorosa compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras foi anulado. Não deixar no esquecimento esse fato é importante para alertar sobre o risco de impunidade nesse caso e em outros similares.

A aquisição de Pasadena da belga Astra Oil foi um escândalo vergonhoso. Para começar, essa refinaria não era uma boa escolha. Uma consultoria externa tinha apontado, na época, que outras atenderiam melhor os planos de expansão internacional da Petrobras. Além disso, Pasadena era obsoleta e enferrujada ?" daí ser chamada de "ruivinha" pelos envolvidos na negociação, uma referência à cor da ferrugem. Some-se que a refinaria não estava pronta para tratar o tipo de petróleo brasileiro. Por essas razões, ela precisaria passar por uma ampla reforma.

Para piorar tudo, o preço da transação tomou por base o valor que a refinaria teria após as reformas. Como resultado de ajustes e disputas, a Petrobras acabou pagando US$ 1,25 bilhão no negócio, quase 30 vezes os US$ 42,5 milhões que a Astra Oil havia pago por ela em janeiro de 2005, sete meses antes do começo das negociações. O Tribunal de Contas da União aferiu um prejuízo de US$ 700 milhões na operação ?" número que inicialmente era superior e ainda não é definitivo. A refinaria foi vendida em 2019 pela Petrobras por US$ 467 milhões, ou seja, US$ 783 milhões (quase R$ 3,5 bilhões, em valores atuais) a menos do que havia pago por ela.

O plenário do STF entendeu que os casos de corrupção devem ser enviados para a Justiça Eleitoral quando parte do dinheiro da propina é usada de modo oculto em campanha eleitoral

A investigação havia sido trabalhosa, envolvendo rastreamentos financeiros no Brasil e no exterior e a análise de contratos internacionais e comunicações eletrônicas. Foram identificadas transações relacionadas às propinas na Espanha, Suíça, Liechtenstein, Hong Kong e Alemanha. Segundo provas colhidas pela Lava Jato, a negociação ruinosa foi regada a subornos. Acusação feita pela força-tarefa apontou o acerto de pelo menos US$ 17 milhões em propinas. Além de um alto executivo da Astra Oil, foram acusados seis ex-funcionários da Petrobras, um ex-senador e três operadores financeiros.

Anos de investigação e de processo foram perdidos na decisão do fim de 2019 que entendeu que o caso é da atribuição da Justiça Eleitoral. O juiz da Lava Jato em Curitiba, ao assim decidir, simplesmente aplicou nova orientação do Supremo Tribunal Federal estabelecida em um julgamento de março de 2019. Naquele julgamento, envolvendo um proeminente político, por apertada maioria de seis a cinco, o plenário do STF entendeu que os casos de corrupção devem ser enviados para a Justiça Eleitoral quando parte do dinheiro da propina é usada de modo oculto em campanha eleitoral. Ou seja, quando há crimes de corrupção e caixa dois relacionados, tudo vai junto para a Justiça Eleitoral.

Essa regra não existia quando as investigações do caso Pasadena e a Lava Jato se desenvolveram. Antes, como alertaram os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso no próprio julgamento, a regra era a separação entre crime eleitoral e crime comum (como corrupção): o primeiro ia para a Justiça Eleitoral e o segundo, para a Justiça comum, fosse estadual ou federal.

O STF poderia ter modulado os efeitos de sua decisão e determinado que a nova regra se aplicaria apenas para o futuro. Como não o fez, gerou risco da anulação dos processos. No caso Pasadena, por exemplo, como o juiz entendeu que há indícios de crime eleitoral, isso gera a anulação das decisões judiciais proferidas, inclusive na investigação, derrubando o caso inteiro. Dentre os atos cancelados, está a decisão judicial que deu início ao processo em março de 2018, e que havia interrompido a prescrição. Como os fatos denunciados são antigos, a anulação dessa decisão aumenta significativamente os riscos de prescrição, isto é, de impunidade.

O efeito do julgamento do Supremo é muito mais abrangente do que se pode supor: pode se estender para outros processos da operação ao longo do tempo. Nos casos de corrupção política, a lógica é a mesma: parte da propina enriquece o político e outra parte turbina sua campanha eleitoral.

Isso pode conduzir, mais cedo ou mais tarde, à anulação de toda a Lava Jato, ou de parte significativa dela. Caso se entenda, por exemplo, que na investigação sobre Paulo Roberto Costa havia indícios de destinação de dinheiro para campanha, esse processo pode ser anulado e, em seguida, toda a Lava Jato, que dele decorre, num efeito bola de neve.

Estarão os procuradores e juízes obrigados a adivinhar o futuro ou a mudança de humor dos ministros do STF para que seu trabalho desempenhado em favor da sociedade seja preservado?

O Ministério Público recorreu da decisão judicial que remeteu o caso Pasadena para a Justiça Eleitoral, por entender que não há prova do crime eleitoral. Se não se exigir prova do crime, será muito fácil anular os processos. Bastará que o réu confesse que recebeu propinas e diga que as investiu em campanha.

Já há pedido de remessa de vários processos da Lava Jato para a Justiça Eleitoral. Ainda que os tribunais se convençam de que deve haver comprovação do crime de caixa dois eleitoral para que um dado caso seja remetido para a corte eleitoral, discussões sobre a força das provas não são ciência exata. Haverá infindáveis debates em cada caso nas quatro instâncias, ao longo de anos.

Até agora, quatro casos da Lava Jato foram afetados. Além de Pasadena, três sentenças foram anuladas a partir da decisão proferida pelo STF em outubro que determinou que réus delatados falem depois dos delatores. É outra regra que inexistia e igualmente gerará discussões e possíveis anulações de casos ao longo dos anos.

Nas quatro situações, as anulações decorreram da aplicação para o passado de novas regras criadas pelo tribunal e que não existiam na época da investigação ou processo anulado. Estarão os procuradores e juízes obrigados a adivinhar o futuro ou a mudança de humor dos ministros do STF para que seu trabalho desempenhado em favor da sociedade seja preservado?

Independentemente das razões jurídicas das decisões, uma vez que tenham sido tomadas, a ausência de modulação dos seus efeitos, restringindo-os ao futuro, gera insegurança jurídica, morosidade, impunidade e desperdício de recursos humanos e econômicos.

Além de anular processos ou sentenças sem que tenha havido violação a direitos dos réus, a decisão do STF sobre a competência da Justiça Eleitoral torna mais difícil a punição de corruptos. "As estatísticas de condenação criminal pela Justiça Eleitoral são pífias", ressaltou o ministro Barroso no julgamento sobre o assunto. Isso não é demérito, pois a vocação da Justiça Eleitoral é proteger o processo e a apuração eleitoral, o que faz com reconhecido primor. "Afirmar que um grande oftalmologista não é o profissional adequado para fazer uma cirurgia de fígado não significa desmerecer a grandeza do oftalmologista", disse o ministro.

Dos 70 casos da operação Lava Jato que foram remetidos para a Justiça Eleitoral, apenas um resultou em condenação até o momento

A falta de estrutura, o rodízio de juízes, a dedicação não exclusiva e a ausência de especialização na apuração criminal tornam improvável que se desenvolvam "Lava Jatos" na Justiça Eleitoral, apesar do compromisso de seus integrantes com uma Justiça eficiente. Com efeito, foram remetidos para aquela Justiça casos envolvendo pelo menos 21 políticos, como Dilma Rousseff, Michel Temer, José Serra, Antonio Anastasia, Aécio Neves, Marcos Pereira, Eliseu Padilha, Antonio Palocci e Guido Mantega. No entanto, até agora não surgiram grandes investigações, com fases e denúncias sequenciais. Além disso, dos 70 casos da operação Lava Jato que foram remetidos para a Justiça Eleitoral, apenas um resultou em condenação até o momento, segundo apurou em janeiro o jornal O Globo. Foram poucas as notícias também de novas denúncias.

A conclusão do voto do ministro Barroso vai ao ponto. "Pela primeira vez, na história do Brasil, nós vínhamos obtendo resultados concretos, efetivos contra a corrupção". Foi atingida "gente que se supunha imune e impune". Diante disso, "é difícil de entender e é difícil de explicar para a sociedade por que nós estamos mudando alguma coisa que está funcionando bem para o país".

A anulação do caso Pasadena - contra a corrupção de réus envolvidos em negociação cujos prejuízos foram apontados em mais de meio bilhão de dólares - gera perplexidade. Como entender? Como explicar?
Herculano
02/03/2020 12:56
da série: depois de pego em clara conspiração contra a Constituição e sentir o bafo das ruas, miou para preparar o próximo bote.

"SOU CONTRA", DIZ MAIA SOBRE PARLAMENTARISMO

Conteúdo de O Antagonista. Texto de Claudio Dantas. Rodrigo Maia, que esteve na Europa semana passada, garante que não defende mudança no atual sistema presidencialista.

"Sou contra o parlamentarismo no Brasil", disse a O Antagonista.

Ele afirma que sua agenda internacional teve como objetivo estreitar a relação com o Parlamento espanhol para as discussões sobre o acordo Mercosul-UE e também para conhecer a experiência da França com municípios, visando à proposta de redução que está em discussão no Congresso.

Maia avisa que foi convidado a visitar o Parlamento europeu em breve.
Herculano
02/03/2020 12:55
MORO PASSOU PARA A OFENSIVA?

Este é o post de Ciro Gomes, PDT, coronel político estrambelhado - já esteve em Gaspar para inscrever o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt no PSB - no twitter.
na madrugada de hoje.

Aprende, Bolsonaro e seu capanga Moro: no Ceará está o seu pior pesadelo! Generais, aqui manda a Lei!

Moro no início da manhã, postou

A crise no Ceará só foi resolvida pela ação do Governo Federal, Forças Armadas e Força Nacional que protegeram a população e garantiram a segurança.Explorar politicamente o episódio, ofender policiais ou atacá-los fisicamente só atrapalharam.Apesar dos Gomes,a crise foi resolvida

Em outro esclareceu:

Aliás,em janeiro de 2019,o Governo Federal, desta vez pela Força Nacional,força de intervenção penitenciária,PF e PRF, já havia atuado no Estado do Ceará para, junto com as forças locais, debelar os atentados dos grupos criminosos organizados.O Governo Federal não falta ao Ceará.
Herculano
02/03/2020 12:55
PROCRASTINAR É TRABALHAR PARA OS OUTROS, por Ronaldo Lemos, advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, no jornal Folha de S. Paulo.

No mundo de hoje, ficar de bobeira na internet é conferir valor para grandes empresas

Regra do mundo contemporâneo: quanto mais nossas vidas vão ficando digitais, maior é a tentação de procrastinar. A definição do termo inclui "adiar uma ação" ou ainda "prolongar uma situação para ser resolvida depois".

A procrastinação tornou-se hoje um dos desafios presentes no cotidiano de quem está conectado à internet, especialmente os "millennials".

A situação é familiar: você tem uma tarefa para fazer, com prazo para ser cumprida. Em vez de terminar logo, para ter tempo livre, fica adiando ao máximo a execução, até que o prazo se aproxima e a tarefa é então executada às pressas (e com frequência em pânico).

Desde logo vale se tranquilizar um pouco. A procrastinação não é hoje um problema individual, só da pessoa, mas, sim, um problema social.

Com a digitalização das nossas vidas a mercadoria mais importante na internet passou a ser a atenção. Trata-se de um recurso limitado. Com isso, há hoje uma competição brutal pela atenção dos usuários da rede. Nessa competição vale tudo: criar plataformas altamente compulsivas, que se valem da lógica de cassino para compelir os usuários a voltar o tempo todo. E é claro, vale também monitorar exatamente qual é o gosto de cada pessoa, o que ela se interessa mais, para oferecer conteúdo similar para prender sua atenção.

Com isso, quando alguém procrastina, na maior parte dos casos está deixando de criar valor para si mesmo para criar valor para os outros.

Imagine só uma estudante universitária que tem um trabalho para redigir, mas em vez de fazer isso prefere ficar em uma rede social atribuindo coraçõezinhos para fotos postadas por seus amigos ou desconhecidos por horas a fio. O que essa estudante está fazendo é - em vez de trabalhar no seu próprio interesse redigindo o trabalho que precisa fazer - está gastando seu tempo criando valor não para si mesma, mas a para a plataforma em que ela está inscrita.

Em outras palavras, procrastinar no mundo de hoje não significa não trabalhar. Significa trabalhar para outras pessoas e empresas, que capturam o valor daquele trabalho realizado na maior parte dos casos de forma gratuita.

Essa constatação põe em xeque a completamente a ideia de "lazer" e "trabalho". No mundo contemporâneo, dificilmente há algum momento em que não estamos gerando valor para alguém. Quando andamos pelas ruas, nossos celulares monitoram o caminho que fazemos e essa informação valiosa é transmitida para várias empresas diferentes. Quando ficamos "de bobeira" na internet, tudo que fazemos tem valor que, de novo, vai para várias empresas diferentes.

Nesse contexto, como então lidar com a procrastinação? O primeiro passo é ficar ligado sobre o valor que estamos produzindo o tempo todo. A questão é quanto desse valor está retornando para você e quanto dele está simplesmente sendo capturado por outras pessoas e empresas. É cruel: no mundo de hoje é muito mais divertido e prazeroso trabalhar para os outros do que para si mesmo. Vale também lembrar que procrastinação é diferente de ócio. Hoje, a procrastinação é o um mal que assola trabalhadores de toda sorte. O ócio, por sua vez, é a liberdade total de empregar o tempo no seu próprio interesse.

O ócio é seu amigo. A procrastinação não.

READER
Já era
Comprar livros só em livrarias

Já é
Comprar livros digitais, online

Já vem
Imprimir qualquer livro digital em formato físico na hora na livraria, encadernação e tudo
Herculano
02/03/2020 12:54
CASA DA MOEDA: PREJUÍZOS SOMAM R$304 MILHõES DESDE 2017, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O debate sobre privatizar a Casa da Moeda, que imprime dinheiro, selos e passaportes e só dá prejuízo, é contaminado por mentiras da pelegada sindical e de políticos ardilosos. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), por exemplo, tem dito que o Brasil corre o risco de vir a ser o único país do mundo a não imprimir a própria moeda. Lorota: o Brasil é um dos poucos que ainda mantém órgão público dedicado a imprimir documentos e notas. Desde 2017 o prejuízo foi de R$304 milhões.

CENTENAS DE MILHõES

Balanços na Casa da Moeda revelam prejuízo de R$117,6 milhões em 2017, R$93 milhões em 2018 e R$92,5 milhões até setembro de 2019.

VELHO CONTINENTE

Na Europa, quase não há órgãos públicos imprimindo dinheiro. Empresas especializadas são contratadas por longos períodos.

NACIONALISMO MULTILATERAL

No Reino Unido, uma empresa francesa venceu licitação para imprimir o novo passaporte pós-Brexit. Design alemão e impressão polonesa.

EM MÁ COMPANHIA

Além do Brasil, só países mais atrasados imprimem o próprio dinheiro, tipo Afeganistão, Bulgária, Cazaquistão, Cuba etc.

SENADORES TORRARAM R$145 MIL COM GASOLINA

Uma das maiores excrescências mantidas pelos políticos brasileiros como forma de se sentirem acima dos contribuintes, os carros oficiais do Senado custaram R$ 145,8 mil apenas com combustível para levar e trazer senadores e autoridades no ano passado. O valor não leva em consideração outros gastos como manutenção, lavagem e o custo de contratar o motorista à disposição das excelências, incluindo o recesso.

UM PARA CADA

Senadores, diretor-geral e secretário-geral rodam por Brasília em 76 Nissan Sentra e dois Hyundai Azera do presidente Davi Alcolumbre.

MUITO SUSPEITO

Em média, foram R$12,1 mil gastos por mês e, segundo os registros do Senado, mais de um milhão de quilômetros rodados no Distrito Federal.

COMENDO ASFALTO

Senadora pelo DF, Leila Barros (PSB) foi a que registrou a maior quilometragem rodada em apenas um mês. Foram 4.100 km em maio.

MEU CARRO, MINHA VIDA

A quilometragem registrada no ano passado pelos carros oficiais dos senadores equivale a cerca de 167 mil trajetos entre um apartamento funcional e a sede do Senado. Seriam 3.200 viagens por semana.

COMUNISTA CAVIAR

A deputada do PCdoB Perpétua Almeida (AC) ainda é a recordista absoluta da Câmara em gastos com o "cotão parlamentar": R$ 524 mil só nesta legislatura. Desde que virou deputada, já gastou R$3 milhões.

APEGO AO ATRASO

Darci de Matos (PSD-SC) quer desfazer decisão do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que criou o Certificado eletrônico de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV-e). Ele quer manter CRLV impresso.

TODOS DO PSL

O Conselho de Ética da Câmara analisa na terça (3) ações contra Filipe Barros (PR), Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP), Daniel Silveira (RJ), Carlos Jordy (RJ), Filipe Barros (PR) e Bibo Nunes (RS).

EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO

Segundo dados do Ministério da Economia, a execução orçamentária do governo é a maior da década. Em 2020, a média é superior a 50%. Em 2017, segundo colocado, o ano começou e acabou abaixo de 20%.

DA SÉRIE: CHOVE NO MOLHADO

Alexandre Frota (PSDB-SP), novo amigão do governador João Doria, criou projeto para proibir a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Alguém precisa avisar ao deputado que a proibição já é lei.

CHICANA DE SEMPRE

O deputado André Figueiredo (PDT-CE) apresentou projeto de lei para tentar impedir a privatização do Serpro, serviço de processamento de dados do governo federal. Para o deputado, o governo brasileiro deve ser exemplo em desenvolvimento de tecnologia da informação.

13 DIAS NO MÊS

Em ritmo de férias assim como o Congresso, o Supremo Tribunal Federal inicia o ano - não-oficialmente - apenas nesta terça-feira (3). E para o mês de março estão previstos só 13 dias de trabalho.

PENSANDO BEM...

...enfim o ano começou na Praça dos Três Poderes.
Herculano
02/03/2020 12:53
O MÉTODO BOLSONARO, por Luiz Felipe Pondé, filósofo e ensaísta no jornal Folha de S. Paulo

É necessário tomar consciência de dois trunfos da gangue do presidente
É chegada a hora de prestarmos atenção ao método Bolsonaro. É famosa a citação segundo a qual Shakespeare diria que há método mesmo na loucura. Vivemos hoje um momento em que há método mesmo na estupidez.

Essa estupidez, que atinge, às vezes, o nível da delinquência, se dispersa pelas redes sociais, se alimenta delas e escorre, infelizmente, agora, pela Presidência da República.

Muitas vezes, a identificação de um método se faz através de observações óbvias. O filósofo René Descartes (1596?"1650) dizia que uma das qualidades do bom método é a simplicidade. Por isso, essa simplicidade em observar um método nos leva à obviedade.

O presidente costuma usar camisetas de time de futebol nas mais variadas cenas em que se comunica com sua base de apoiadores, como no vídeo em que atacou na última quinta-feira, dia 27 de fevereiro, a jornalista Vera Magalhães, do jornal O Estado de S. Paulo, e também apresentadora da TV Cultura.

A associação entre essa prática e as redes sociais é uma mensagem que vai diretamente ao coração de muitos brasileiros que se sentem "desrepresentados" pela mídia, pelos políticos e pelo Supremo Tribunal Federal.

Todas essas instituições são identificadas como parte das "elites" por pessoas distantes de um entendimento de que a democracia seja um regime de instituições e não, meramente, de pessoas isoladas.

Aqui, Bolsonaro avança em práticas de que o próprio ex-presidente Lula fazia uso: populismo agressivo com a intenção de jogar "as massas" contra "as elites" - uma tática simples com efeitos poderosos no plano dos afetos identitários. É banal e óbvia, porém eficaz.

O que Bolsonaro e asseclas andam fazendo com os jornalistas e as instituições visa minar a representação política. E devemos bater de volta. Mas há dois detalhes que julgo importante apontar nesse embate, para que quem atua na mídia profissional não fique pregando pra conversos. É necessário tomar consciência de dois trunfos que a gangue Bolsonaro tem em mãos nesse terreno.

O primeiro é um fato apontado já pelo jornalista Paulo Francis, morto em 1997, após apontar esquemas de corrupção na Petrobras pré-PT, mas sem provas, o que custou muito caro à sua saúde, que era a colonização de grande parte das redações no país por apoiadores do PT e similares.

Profissionais da mídia não podem abraçar ideologicamente partidos políticos ou conjuntos ideológicos de forma militante, assim como juízes não podem se tornar cabos eleitorais. Quase como um asceta, um jornalista não pode ter, nem na vida privada, práticas partidárias militantes. Estas devem se restringir ao segredo do voto. A privacidade está morta no mundo das redes.

Se essas práticas não implicaram parcialidade na lida profissional com governos do PT, no nível da "microfísica do poder", elas acontecem e isso nos enfraquece.

Quem disser o contrário é mentiroso ou ingênuo. Bolsonaro navega de braçada nesse fato óbvio. Faculdades de jornalismo em peso ensinam aos alunos a serem de esquerda sim. Grande parte dos colegas da mídia acha tão óbvio ser de esquerda como sendo "do bem" que nem enxerga mais esse viés.Esse fato se tornou um telhado de vidro a favor da gangue dos Bolsonaro.

O segundo fator é meramente ferramental. Ninguém precisa mais da mídia profissional para receber ou emitir conteúdos. O método Bolsonaro também navega de braçada nas consequências políticas da comunicação em redes sociais.

O jornalismo corre o risco de se tornar uma quase bolha entre conversos, enquanto grande parte da população se "informa" e "informa" os outros pelas redes com vídeos, textos e memes, minando a bolha citada acima.

O cerne do método Bolsonaro é a ideia de que a democracia se faz diretamente entre a soberania popular e o Executivo. O conceito de "bolsochavismo", delineado pela jornalista Vera Magalhães, no domingo, dia 23 de fevereiro, no jornal O Estado de S. Paulo, identifica um fator fundamental: o autoritarismo rompe limites ideológicos.

A Venezuela está à esquerda, e o Brasil está à direita. Que ninguém alimente isso indo à manifestação do dia 15 de março. Não saia de casa neste dia.

Evite a contaminação.

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