Um exemplo de como a gestão de Kleber e Luiz Carlos se perde no foco e nos detalhes em Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Um exemplo de como a gestão de Kleber e Luiz Carlos se perde no foco e nos detalhes em Gaspar

12/12/2018

O tempo de respostas executivas à comunidade

O vereador Roberto Procópio de Souza, PDT, parceiro de primeira hora do governo petista de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, onde foi o diretor do Procon, era uma liderança oposicionista combativa ao governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e do prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, MDB, advogado que toca a secretaria da Saúde.

Agora, o vereador Roberto – numa aproximação do secretário Roberto - afrouxou e está votando com o governo de Kleber e quebrando a maioria fechada do bloco oposicionista. Entretanto, está difícil como o próprio vereador reconhece aos mais achegados. Não só pelas cobranças dos pares e eleitores dele, mas porque o governo gasparense no poder de plantão se enrola na solução dos problemas da cidade, naquilo que promete aos cidadãos e às lideranças, bem como, no que é necessário e óbvio.

Enfim, é uma mistura de falta de respeito, prioridades e capacidade de execução.

O vereador Roberto depois de dar o voto para autorizar o município contrair mais um empréstimo, desta vez de R$40 milhões junto ao BRDE, na terça-feira da semana passada esperou a hora da liderança (PDT) para reforçar o que já tinha dito antes quando se discutiu as razões do empréstimo, a qual tomou quase uma hora da sessão.

Roberto mostrou com apenas um exemplo – e de muitos que estão pipocando por toda a cidade - que está desconfiado da capacidade de resolução do atual governo onde está se associando. Desconfiado? Hum!

Desconfiado estou eu de que o vereador sabe que o governo Kleber tem demonstrado possuir uma incapacidade operacional grave com a equipe que se escora num planejamento manco e não suporta às execuções até porque não as seleciona por prioridades, tempo e dimensão. Mistura tudo. E aí... A intenção e o discurso não se estabelecem na prática. As expectativas criadas e a realidade estão bem dissociadas.

A aprovação do novo empréstimo – e que sempre os defendi, se houvesse capacidade de endividamento, e há – está mais para de um possível uso do futuro governo – que poderá ser o próprio Kleber. Ele não precisará se preocupar com esse tipo de assunto e debate para ter fontes de recursos à realização de obras prometidas neste mandato. Simples assim.

Resumindo: Kleber terá fontes, mas corre um alto risco de não usar até o fim de 2020, como aconteceu em parte com o próprio ex-prefeito Zuchi. Pediu, foi autorizado e não usou. É só ver quantas obras em andamento ou recém entregues por Kleber e usando o dinheiro obtido pela equipe do ex-prefeito petista.

SETE MESES SEM RESPOSTA ALGUMA PROMETIDA PARA OS COMUNITÁRIOS

E qual o exemplo relatado pelo vereador Roberto para mostrar que alguma coisa não funciona, ou está fora de controle dentro da prefeitura, ou se está fazendo os pagadores de impostos de bobos? A Rua José Rafael Schmitt, praticamente no Centro de Gaspar. Ela possui um trecho estreito e sem pavimentação. Em maio, o vereador como representante do povo, com o secretário de Planejamento Territorial, engenheiro Alexandre Gevaerd, reuniram-se com a comunidade ali na Evandro Schneider.

O que ficou decidido naquele dia? Coisa simples: que a secretaria do Gevaerd faria um estudo e então daria resposta à comunidade se era possível, e na eventual possibilidade, como se daria solução que pediam: alargamento e pavimentação.

Bom o que aconteceu de lá para cá? Nada! Isso mesmo, nada. O que piorou mesmo, foi o uso da rua como escape para as obras de mobilidade do Centro, infernizando ainda mais a vida dos moradores de lá. Nem ao menos uma resposta do secretário Gevaerd, de alguém da prefeitura aos da Rafael Schmitt, ou ao vereador se o que eles pediram era possível, em que tempo e tamanho, ou se era impossível.

Notaram? Estamos em meados de dezembro. Daqui a pouco termina o governo e Kleber se enrolando no foco, nos detalhes e nas soluções, incluindo a comunicação. O prefeito virou repórter da sua rede social. Está alheio à gestão de resultados. Quem mesmo orienta essa gente?

Concluindo: a capacidade de escolher prioridades e resolver problemas são as principais deficiências da atual gestão “eficiente” de Gaspar. A oposição – que era maioria na Câmara - estava adorando. E o vereador Roberto, que enfiou os pés na canoa do governo Kleber por sedução e promessas do outro Roberto, o Pereira, está com dois corações e fazendo contas sobre o seu futuro político. É o tal custo-benefício. Está desconfiado que está embarcando numa canoa furada. Mas, vai que os furos sejam tampados.... É uma aposta. Acorda, Gaspar!

Estratégia e comunicação não são para moradores e curiosos

Gaspar não é mais um grotão. Aliás, com o advento da internet e das mídias eletrônicas – incluindo as redes sociais, dos aplicativos de mensagens e que tornaram todas as pessoas porta-vozes de atos e opiniões – o grotão no sentido de isolado, ou manipulado pelo poder de plantão na comunicação via os veículos tradicionais, desapareceu.

Os próprios veículos, por uma questão de sobrevivência e não passar recibos públicos diante das redes, também estão mais contundentes.

Em Gaspar, o setor público, que emprega os seus – curiosos, parentes e potenciais cabos eleitorais - e não profissionais, desconhece essa evolução do século 21. Trabalha contra si próprio na área de comunicação empregando métodos dos tempos de Gutemberg e Graham Bell.

O artigo acima relata à falta de planejamento e prioridade; em suma, estratégia. Então não vou me repetir numa mesma edição sobre o mesmo tema. Vou lhes falar apenas de comunicação torta e que afeta a imagem do líder e a má percepção dos liderados para a intenção e os resultados.

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, continua em plena campanha eleitoral que o elegeu. Ele está eleito. Ponto final. Não pode mais prometer e sim, cumprir o que prometeu. Kleber, sua equipe, seus orientadores, sua agência de comunicação, parecem que não entenderam essa diferença do antes e do depois. Pior: Kleber se meteu a ser o repórter da boa notícia e se esconde dos problemas.

Boa notícia, quando ele próprio dá, “ao vivo”, é a comprovação do resultado. Ponto. E quem comprova o resultado é quem se beneficiou dele, testemunhando o antes, o depois e a satisfação. E como isso, não acompanha o “ao vivo”, sobra apenas a propaganda e não a comprovação.

E o problema que a comunidade lhe dá para ele resolver? Deveria ser enfrentado com a seguinte afirmativa: ele existe, não há solução e quando há, se dá um prazo, justifica-se, para que até lá, ninguém mais cobre a solução, desgaste-se à relação. É um pacto. Um governo não é onipotente e onipresente, apesar do viés religioso. Não há milagres. Ponto final.

Em Gaspar, o governo está exposto. Seus luas-pretas prometem solução para tudo. E ela nunca chega, ou quando chega, causa outros problemas, como foi o caso, por exemplo, esta semana do binário da Parolli.

É uma obra importante, necessária, mas que o resultado ficou comprometido pela má comunicação e pelos gargalos físicos notórios que não foram resolvidos, e sem perspectivas de, como por exemplo, o mais simples deles: a passagem de pedestres nas Linhas Círculo. Ou seja, tudo o que o repórter prometeu, não se concretizou quando entregou o trabalho para a população testar e usar. E aí o repórter sumiu.

E para piorar, paga e usa um parceiro sem crédito para se justificar e culpar os outros. Incrível. Esse pessoal, apesar de jovem, ainda não saiu do século 20 nos métodos da comunicação.

Isso tem reflexos e contra o próprio líder. É que quando Kleber aparece como repórter de si mesmo na sua rede social, anunciando fatos importantes ou bons, está sempre exposto aos comentários para aquilo que é óbvio em outros assuntos, que prometeu e não entregou, porque foi ineficiente ou não contratou um prazo com os interessados.

E o que bem retrata a falta de foco e estratégia na comunicação com a cidade, os cidadãos, cidadãs e seus eleitores que já lhe deram um recado contundente nas duas rodadas de eleições de outubro passado? O próprio slogan do governo Kleber, Luiz Carlos e Roberto Pereira. Esse slogan, permanente, deveria sintetizar o resultado pretendido e o pacto do governo com a sociedade.

Na campanha eleitoral juraram que seria um governo “eficiente”. Usaram até dias atrás esse tema como uma assertiva. Como a realidade derrubou a expetativa, o substituíram por um duvidoso “Avança Gaspar” e que no fundo não diz nada e pode dar dúbia interpretação. E nesse slogan se colocou tudo, até limpeza de bueiro.

E esse slogan nem bem saiu do forno, a cidade nem comprou, nem entendeu direito, e na semana passada, uma peça publicitária do governo Kleber trouxe outra marca de governo: “Tempo de crescer. Hora de avançar”. Menos de dois anos, três slogans? Brincadeira! Ou o retrato de como se está perdido?

Para encerrar.

Bem que a agência tão “criativa” ou displicente, ou esperta a tal ponto que deixa o cliente dirigir o trabalho dela para não perder a beirada do contrato, que se permite nas peças gráficas setas emojis como selo, bem que poderia sugerir: “2020 é logo ali. Não se apresse!”.

Ora, se não conseguiu em menos de dois anos consolidar uma marca de governo, haverá tempo para experiência e experimentos se a atual administração quiser renovar os seus votos? E não será trocando seis por meia dúzia de novos cabos eleitorais, com os mesmos vícios e incapacidade produtiva, como o governo de Kleber e seus luas-pretas estão planejando para depois da eleição da mesa diretora da Câmara que ocorre na semana que vem. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

O vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, provou que foi a prefeitura por iniciativa dela e não por imposição judicial, como se alegava, que deu licenciamento para a construção de um edifício à beira do Ribeirão Gasparinho, no Centro, sem, segundo ele, respeitar a área legal de preservação permanente.

O crime é Federal. Pelo sim, pelo não, o vereador deveria ter feito a denúncia no Ministério Público Federal, que em Blumenau tem mandado derrubar até prédios de luxo, que não respeitaram a legislação sobre o assunto.

Samae inundado I. Dobradinha. Quem pediu de 1.000 metros de rede de água na quase deserta Rua Abelardo Vianna, no Distrito do Belchior, foi o suplente de vereador José Ademir Moura, PSC, que está no lugar do presidente do Samae, José Hilário Melato, PP.

Samae inundado II. O pedido foi avalizado pelo vereador Rui Carlos Deschamps, PT, ex-diretor da autarquia e que agradeceu na tribuna o Melato.

Samae inundado II. Imagem de desperdício e desorganização. As fotos abaixo são da oficina do Samae de Gaspar, que é tido como exemplo de eficiência.

Viajante I. Onde está o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB? Em Brasília. Aviou os gasparenses antecipadamente? Abriu a agenda dele lá? Transparência, zero! No final de Novembro, já no aeroporto de Florianópolis, ele cancelou igual viagem para ir às pressas à Câmara onde uma denúncia o ameaçava com uma comissão processante por suposto assédio Moral.

Viajante II. Kleber vai ganhar polpudas diárias, fruto das suas viagens quase mensais para lá e somar ao salário de R$25.374,25 - um dos mais altos de Santa Catarina. E de lá, vai mandar fotos e vídeos ao lado de políticos daqui onde em sua maioria foi cabo eleitoral, com resultados bem aquém do esperado em outubro deste ano. Kleber e sua turma ainda não entendeu bem o recado das urnas.

Viajante III. Enquanto por aqui, um dos carros que o serve foi parar providencialmente escondido no estacionamento oficial. Ele se envolveu num acidente na semana passada. Confira as fotos. Acorda, Gaspar!

Comentários

Herculano
13/12/2018 18:29
COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE - O MAIS ANTIGO, O DE MAIOR CIRCULAÇÃO, RETORNO PARA OS INVESTIDORES E DE CREDIBILIDADE DE GASPAR E ILHOTA - JÁ ESTÁ NO PARQUE DE IMPRESSÃO

DAQUI A POUCO ESTARÁ NAS CASAS DOS ASSINANTES DO JORNAL E NA INTERNET VIA O PORTAL, O MAIS ANTIGO, ATUALIZADO E ACESSADO DAQUI

AOS MEUS LEITORES E LEITORAS, UM AVISO. A COLUNA VAI TRABALHAR COM UM TEMA BEM DIFERENTE DOS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS MUNÍCIPES E QUE OUTROS ESCONDEM: A SAÚDE QUE RECEBE UMA GRANA PRETA, MAS NÃO SE SOLUCIONA; O TRÂNSITO QUE PRECISA MUDAR, MAS NÃO SE PLANEJA PARA ANTES SUPERAR OS GARGALOS; O PREFEITO QUE SOME E NÃO AVISA; OU A GUERRA QUE SE INSTALOU DA PREFEITURA CONTRA A CÂMARA PORQUE A PREFEITURA, A MANDO, E NÃO SE SABE BEM DE QUEM, QUER QUE ELA NÃO TENHA O SEU PRóPRIO PRÉDIO, E VEJAM Só, COM O DINHEIRO QUE É DELA - CÂMARA - E QUE ESTÁ RUBRICADO CONSTITUCIONALMENTE NO ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO. ACORDA, GASPAR!
Fábio Venhorst
13/12/2018 15:58
Tão inexpressivo é o tal (des)governo(?) atual do município, salvo na seara do absurdo... custo a crer que ainda teimam na prepóstera idéia de passar o fluxo de trânsito pelo (ex)Beco, uma rua fundamentalmente residencial e mal servida de passeios para pedestres. Vale ainda citar a enorme de quantidade de curvas e "quebradas" do proposto trajeto. Só pode ser piada(humor negro) que estão a fazer com os residentes das localidades afetadas, do povo todo, enfim.
Jonas
13/12/2018 12:49
Começou a pressão.
Prefeito esta obrigando os secretários a convocar os comissionados para comparecer na câmara hoje.
Querem apoio contra o PL e ja avisaram que tem que fazer pressão para intimidar os vereadores.
E vai ter lista de presença para verificar quem compareceu.
Carlinhos 2
13/12/2018 10:31
Bom dia Herculano,venho através deste mostra aos Gasparense como se faz a política em nossa cidade,agora os então eleitos Kleber wandale Roberto Pereira, aruaram para o Eafael deixar a Defesa Civil a pedido do Comandante da Guarnição plano muito bem executado por eles, Gaspar perde mais uma vez por causas de política mal sucedidas aonde a ganância está acima de tudo e de todos um grande líder se vai e com eles os Voluntários da nossa cidade tb e vc Sr Prefeito, traga os funcionários que vc emprestou para os bombeiros que são 3 já que é a pedido a saída do Rafael a pedido seu tb tem que ser o retorno dos funcionários que hoje estão no bombeiro e são pagos com nosso dinheiro ?'? traga novamente para seus locais aonde são lotados , espero ao menos uma resposta sua . Obrigado pelo espação Herculano
Herculano
13/12/2018 08:54
O MDB DE GASPAR ELEGE UM, MAS QUEM GOVERNA É OUTRO

Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, gênio forte, se elegeu e quis fazer tudo ao seu jeito. O partido o abandonou e o deixou aos leões. Nem terminou o mandato.

Adilson Luiz Schmitt, também achou que era o dono do pedaço. Teve que sair do partido. E até hoje está procurando o caminhão da mudança

Kleber Edson Wan Dall resolveu não lutar contra o partido. Tornou-se refém. E até resolve passear quando a cidade está pegando fogo. Está deixando o barco correr solto. Quando o barco de KLeber bater na barranca por falta de mão e timoneiro fortes, todos saltarão dele e Kleber ficará com a responsabilidade. Acorda, Gaspar!
Herculano
13/12/2018 08:47
O USO INDEVIDO DA FÉ

Os escândalos de pedofilia, mais amplamente acontecido, conhecidos e divulgados no âmbito na Igreja Católica - mas atinge todas -, bem como este fato estúpido revelado sobre o médium João de Deus, mostram bem como os homens manipulam os fracos emocionalmente por intermédio da fé.

A religião é algo muito particular de cada um e negócio para outros.

Perigosamente, o Brasil está misturando coisa do pecado, que é a política, com o sagrado, que é a fé, a crença e a religião.

O poder pressupõe um exercício sem moral e ética, apesar dos discursos para analfabetos, ignorantes, desinformados e fanáticos pregarem exatamente o oposto. Valem os meios, para os fins - qualquer um.

Então...
Herculano
13/12/2018 08:39
ONGS FAZEM FESTA NA INDÚSTRIA DA MULTA AMBIENTAL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Decreto de 2017 do atual governo institucionalizou a indústria da multa ambiental. O texto assinado por Michel Temer modifica o Decreto 6.514, de 2008, baseado na Lei de Crimes Ambientais, e oferece descontos de 60% no valor das multas que venham a ser aplicadas em "projetos ambientais", que são a especialidade de ONGs. ?"rgãos como Ibama ou Instituto Chico Mendes aplicam multas anuais de cerca de R$3 bilhões. Pela regra, 40% do valor seriam destinados a "projetos".

RECURSOS TRAVAM
O Ibama confirmou ontem as multas que totalizam R$ 3 bilhões, mas garante que o direito a recursos reduz a receita para 5% desse valor.

FESTA NAS ONGS
À época do projeto, Suely Araújo, presidente do Ibama, estimou que havia R$ 4,6 bilhões em multas "passíveis de conversão".

NEM PRECISA ONG
A Lei de Crimes Ambientais já prevê que multas simples podem ser convertidas em serviços de preservação, melhoria ou recuperação.

RETROALIMENTAÇÃO
Já que podem ser beneficiárias das multas, há suspeitas de atuação das ONGs para apontarem alvos dessa indústria de multas.

EXÉRCITO VAI OCUPAR PRÉDIOS DE MINISTÉRIOS DIA 1º DE JANEIRO
Por razões de segurança, o governo decidiu decretar ponto facultativo na Esplanada dos Ministérios no próximo dia 31, uma segunda-feira, véspera da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Como há previsão de desfile do presidente em carro aberto, um Rolls Royce, a ideia esvaziar os prédios, para que as forças de segurança assumam o controle de cada um deles, neutralizando a chance de atentado.

COMEÇA DIA 28
A segurança presidencial, a cargo do Exército, assumirá o controle dos prédios de ministérios já a partir do final do expediente de sexta, 28.

EXCEÇõES PREVISTAS
Portaria do Ministério de Planejamento prevê apenas o funcionamento de órgãos essenciais na véspera da posse presidencial.

TRADIÇÃO MANTIDA
Assessores ainda ponderam que Bolsonaro não deveria correr o risco do desfile em carro aberto, mas o presidente não abre mão da tradição.

DIPLOMATAS GO HOME
Piorou o clima no Itamaraty em relação ao futuro chanceler Ernesto Araújo: foi dele a decisão de afastar o embaixador Paulo Uchoa Ribeiro Filho da chefia do cerimonial da Transição, sob alegação de haver feito "likes" em posts contra Jair Bolsonaro. Mas ninguém acredita nisso.

FILMA EU, GALVÃO
Só nesta quarta (12) o ministro Raul "Holofote" Jungmann convocou duas coletivas. Uma delas sobre distribuição de medalhas da Ordem da Segurança Pública. Entre os laureados estava ele próprio, claro.

UM CONCILIADOR NATO
O ministro José Múcio chega à presidência do Tribunal de Contas da União com a reputado de conciliador inveterado. E deve jogar papel importante num momento delicado da vida nacional, como observou o ministro Benjamin Zimler, que o saudou na solenidade de posse.

MÃO DO EMPRESARIADO
Palocci confirmou em depoimento à Justiça Federal que Renato Duque, preso na Operação Lava Jato, foi mesmo indicado ao cargo pelos "operadores" Fernando Moura e Licínio Machado, ligados ao PT.

GOSTO DUVIDOSO
A iluminação do seu edifício-sede da Caixa tem provocado críticas dos brasilienses pelo tom carnavalesco. Responsável pela decoração, a Gerência de Marketing se recusou a informar o valor do espalhafato.

MÉRITO DE BRASÍLIA
Personalidades como o general Augusto Heleno, futuro chefe do GSI, serão agraciados nesta quinta (13) com a Ordem ao Mérito de Brasília. Curiosamente, o ministro do STF Alexandre de Moraes entrou e saiu da lista algumas vezes, até ontem. Mas vai receber a medalha.

VOO DE GALINHA
Para o banco suíço Credit Suisse, o Brasil terá baixo crescimento da economia, em razão da deterioração das contas públicas: os gastos do governo superaram a arrecadação em 2013. O déficit continua até hoje.

AI-5, 50 ANOS
O Ato Institucional nº 5 (AI-5), que implantou a ditadura no Brasil, completa 50 anos nesta quinta-feira (13), idealizado pelo então ministro da Justiça, Gama e Silva, sacramentado pelo general Costa e Silva.

PENSANDO BEM...
...o médium João de Deus tem tudo para superar o recorde de condenação a cadeia do ex-médico estuprado Roger Abdelmassih.
Herculano
13/12/2018 05:16
"SE TIVER ALGO ERRADO, QUE PAGUEMOS" DIZ BOLSONARO SOBRE O COAF

Em transmissão pela internet, presidente eleito nega que ele e o filho sejam investigados

Coneúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Talita Fernandes, da sucursal de Brasília. Depois de evitar dar entrevistas em Brasília esta semana, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, admitiu ter um 'problema pela frente' ao citar apuração que envolve um ex-assessor de seu filho, o senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ).

Em transmissão feita pelas redes sociais na noite desta quarta-feira (12), Bolsonaro nega que ele e o filho sejam investigados.

"Se algo estiver errado, que seja comigo, com meu filho, com o Queiroz, que paguemos aí a conta deste erro que nós não podemos comungar com erro de ninguém. Da minha parte estou aberto a quem quiser fazer pergunta sobre este assunto", afirmou.

Apesar de ter dito estar disponível para esclarecimentos, Bolsonaro rompeu nesta semana com o hábito de falar com a imprensa nos intervalos de suas agendas em Brasília.

Ele chegou à capital federal na segunda (10) para ser diplomado presidente em cerimônia no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, desde então, não concedeu entrevistas como vinha fazendo desde o início da transição.

Um relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) apontou movimentação atípica do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. De acordo com o órgão, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo e a reportagem afirma que uma das transações de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Na transmissão desta quarta, Bolsonaro não menciona o cheque para a mulher. Ao site O Antagonista, na sexta-feira (7), ele disse que o valor era referente a uma dívida de Queiroz com ele mesmo e justificou o depósito para sua mulher por não ter tempo de ir ao banco.

Bolsonaro disse nesta quarta que o caso "dói no coração" e pede que seja esclarecido o quanto antes.

"Deixo bem claro que eu não sou investigado, meu filho Flavio não é investigado e, pelo que me consta, este ex-assessor nosso será ouvido na semana que vem, onde a gente espera que ele dê os devidos esclarecimentos pro que vem acontecendo", afirmou.

O presidente eleito disse que nem mesmo Queiroz era investigado "foi um vazamento que houve ali".

"Não sou contra vazamento, tem que vazar tudo mesmo. Nem devia ter nada reservado. Tem que botar tudo pra fora e chegar à conclusão. Dói no coração da gente? Dói porque o que nós temos de mais firme é o combate à corrupção. E aconteça o que acontecer enquanto for presidente, nós vamos combater a corrupção usando todas armas do governo. Inclusive com o próprio Coaf", afirmou.

O relatório envolvendo Queiroz foi produzido pelo Coaf como parte da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato.

Deflagrada há um mês, a operação prendeu sete deputados da Assembleia do Rio, além de expedir novos mandados de prisão a outros três que já estavam detidos. Eles são suspeitos de receber mesada para apoiar o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, condenado por corrupção. Flávio Bolsonaro, que é atualmente deputado estadual no Rio, não estava entre os alvos da operação.
Herculano
13/12/2018 05:09
O PREFEITO DE FATO DE GASPAR, CARLOS ROBERTO PEREIRA, ADVOGADO QUE ESTÁ NA SAÚDE DEPOIS QUE SAIU DA PODEROSA SECRETARIA DA FAZENDA E GESTÃO ADMINISTRATIVA QUE CRIOU NA REFORMA QUE FEZ, MAS QUE FICOU PREJUDICADA COM A REPENTINA MAIORIA DA OPOSIÇÃO NA CÂMARA, ABRIU GUERRA CONTRA O EX-ALIADO SILVIO CLEFFI, PSC, ÀS VÉSPERAS DA NOVA ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA.

MANDOU SEU PROTEGIDO RONI MULLER ESPALHAR NOTÍCIAS CONFLITANTES E QUE JÁ AS EXPLIQUEI EM ARTIGO ABAIXO. USANDO O PODER DE FOGO COMERCIAL, FOI ALÉM DAS FRONTEIRAS DE GASPAR PARA MOBILIZAR O DEBATE DESTA QUINTA-FEIRA, CONSTRANGER OS VEREADORES E ENFRAQUECER A AUTONOMIA DO LEGISLATIVO.

VEJA A REPORTAGEM DO SITE INFORME BLUMENAU.


CÂMARA MUNICIPAL DE GASPAR QUER AUMENTAR GASTOS EM MAIS DE R$ 3 MILHõES, por Alexandre Gonçalves

Enquanto a maioria das Prefeituras contabiliza as moedas para ver como fechará as contas do ano, a Câmara de Vereadores de Gaspar está prevendo para 2019 um incremento de cerca de R$ 3 milhões no seu orçamento, dinheiro hoje que é usado pela Prefeitura para investir em saúde, obras e outras ações de atendimento à população. prioridades.

O presidente do Legislativo Silvio Cleffi (PSC) quer votar nesta quinta-feira, 13, em sessão extraordinária, o orçamento para o ano que vem prevendo R$ 8,7 milhões de despesas, contra R$ 5,7 milhões deste ano, quando acontecerá ainda a devolução de R$ 700 mil.

Silvio ainda propõe a criação de um fundo para ficar com os recursos que sobrem no orçamento, para a construção de uma sede própria. Hoje a Câmara está em uma sede alugada, com um custo médio mensal de R$ 21 mil, entre aluguel e condomínio.

Tanto a proposta do Fundo, como o aumento do orçamento, foram protocolados na semana passada e tramitaram rapidamente, sem debate com a sociedade.

Os valores estão dentro do repasse constitucional do duodécimo, que em Gaspar é de até 6% do orçamento do Executivo, ou seja, são legais. Mas, nos tempos atuais, tirar quase R$ 4 milhões de recursos que poderiam ser aproveitados para a população para colocar dentro de um Legislativo é um tapa na cara da sociedade gasparense.

O QUE ESCREVEU O PREFEITO ELEITO KLEBER EDSON WAN DALL, MDB, QUE ESTÁ FORA DA CIDADE E NÃO AVISOU AOS GASPARENSES QUE VIAJARIA E NEM ANTECIPOU A AGENDA DA VIAGEM MENSAL A BRASÍLIA, ONDE TUDO FECHADO PARA BALANÇO E ESPERANDO UM NOVO GOVERNO ELEITO. FALA EM ECONOMIA DOS OUTROS, DAQUILO QUE NÃO LHE COMPETE, MAS NÃO DA PREFEITURA QUE ADMINISTRA

Amigos, tenho um assunto sério, o qual acredito que a maiorias dos amigos não tenha conhecimento.

Ontem (11/12/2018) deu entrada na Câmara de Vereadores um projeto de lei 177/2018, com objetivo de constituir um fundo para construção da Câmara de Vereadores.
Só no próximo ano serão 3 milhões a menos na saúde e educação.

Como Secretario de Saúde, receio que teremos retrocessos nos investimentos em saúde.

A ideia é que o projeto já tenha sua aprovação amanhã (13/12/2018) em uma sessão extraordinária, sem debate e discussão com a comunidade.

A meu ver uma decisão como essa merecia audiências públicas na maioria dos bairros, para que a população participe e opine.

Penso que antes da construção da Câmara de Vereadores temos outras prioridades. Mas essa é a minha humilde opinião, gostaria de saber a sua!

Para aqueles que puderem, se manifeste, faça contato com o vereador que conhece e peça para ele votar contra.

Que puder ir na sessão, ela ocorrerá amanhã!

COMO O PRESIDENTE DA CÂMARA SILVIO CLEFFI, PSC, EX-ALIADO DO PREFEITO, REBATEU O QUE A PREFEITURA FEZ PUBLICAR NA IMPRENSA, AS NOTAS DOS SEUS ALIADOS E DO PREFEITO KLEBER. O DINHEIRO QUE SE QUER DEIXAR NA CÂMARA PARA CONSTRUIR A SEDE PRóPRIA NÃO É DA PREFEITURA, É CÂMARA. O RESTO É JOGO POLÍTICO ÀS VÉSPERAS DA ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA

Boa noite a todos.

Sou o presidente da câmara de Gaspar e estou me pronunciando em todos os meios de comunicações que me abriram espaço.

Possivelmente amanhã irá veicular a verdade aceite respeito na rádio sentinela do vale, 89 e acredito que nos principais jornais do Estado.

Acredito que até a RIC pois entraram em contato mas ainda não confirmaram. Isto que está sendo postado é uma inverdade e se puderem comparecer a câmara amanhã terão as vozes dos dois lados da moeda.

Vou somente fazer um resumo.

Como presidente do legislativo fiz uma economia de mais de R$ 850.000,00 este ano, no Ano anterior foram 93 mil, ou seja economizamos quase 10 x mais.

Estou evoluindo com o projeto da câmara desde janeiro e nesta semana a equipe de Engenharia me passou os dados finais da Licitação, portanto só agora pude solicitar o fundac para a confecção da sede própria que é de 300 mil, os outros 550 mil quero devolver ao prefeito para iniciar a construção da UTI de nosso hospital.

O outro ponto é que a câmara pode solicitar ao executivo até 7% da arrecadação prevista e eu estou solicitando somente 3,43% dos quais mais de 1% deverão ser sobras do legislativo para o ano que vem, permanecendo somente em torno de 2,5% com o Legislativo já incluindo cerca de 1,9 milhão para a construção da sede que provavelmente serão quase totalmente devolvidos ao Executivo ano que vem pois ainda temos a confecção do projeto. Lembrando ainda que estará correndo juros e correção e que se o Executivo necessitar poderá nos solicitar.

Lembro ainda que estes valores nada tem a ver com a Saúde ou Educação pois estes já tem verbas destinadas de 15 e 25% que são constitucionais.

Gostaria de lembrar ainda que o Executivo realizou um contrato de 12 meses com o Hospital de 15 milhões quando o previsto no Decreto do Executivo quando assumiu o Hospital este ano diz 7 milhoes, são 190 mil pagos de diárias pelo executivo este ano e o número de comissionados não para.

Ontem [terça-feira] um vereador do Governo no plenário disse que o governo tem dinheiro o que falta são projetos. No Legislativo a administração e os projéteis são bem feitos.

Compareçam à sessão [hoje] amanhã será as 18 hs.

Obrigado pela atenção e desculpe o horário... Dr . Silvio Cleffi. Presidente da Câmara de Vereadores de Gaspar...
LEO
13/12/2018 00:25
PEGUNTAR NÃO OFENDE.O VICE PREFEITO ANDA MUITO SUMIDO,NO GOVERNO DO EX PREFEITO ADILSON DO PMDB.O VICE PREFEITO FOI AVISADO QUE PODERIA FICAR EM CASA.SERA UM SINAL OU FINAL.
Miguel José Teixeira
12/12/2018 21:45
Senhores,

Atentem para a frase abaixo, extraída de entrevista com novatos na Câmara do Deputados:

"falei com Lafayette Andrada sobre suas expectativas como estreante na Casa: "Não é uma total novidade pra mim. Meu pai é deputado federal desde 1979."

+ em:

https://piaui.folha.uol.com.br/na-camara-com-o-novo-e-o-seminovo/

Atenção:desde 1979. . .

Na verdade, consta que os Lafayette e os Andrada estão no poder no MUNDO há, pelo menos, desde antes da Revolução Francesa. . .

O povo quer ou não quer tomar CHICOTE. . .

Joice
12/12/2018 21:17
Em qualquer rua de gaspar que se anda consegue perceber isso, passo diariamente na rodolfo vieira pamplona, por ser um desvio das tais obras do gasparinho deveria ser dada uma atenção maior, e oque acontece? Poeira em cima de poeira. Cobro o prefeito que apenas diz passar a solicitacao a secretaria de obras, mas a semana não é feita de apenas um dia de trabalho Né?
Herculano
12/12/2018 21:09
RESPOSTAS DO PRESIDENTE DA CÂMARA AOS QUESTIONAMENTOS DA TARDE FEITOS PELA COLUNA E OFERTADO AGORA A POUCO

Boa noite senhor Herculano!
Vamos pontuar as indagações
REFERENTE AO PL 118 (suplementação) e 117 (fundo especial):

Eu pergunto este acréscimo ele está fora do duodécimo impositivo pela lei orgânica?

Resposta: trata-se de um remanejamento orçamentário dentro do Programa de Governo da Câmara Municipal (construção da sede própria) valor este já previsto no duodécimo da Câmara no presente exercício.

O governo espalhou esse recado nos aplicativos d mensagens. O q ele é verdadeiro ou falso?
Resposta:

Por quê desse pl?
Resposta: porque a ação 1003 que se refere este valor anulado é CONSTRUÇÃO DE SEDE PR?"RIA, quando na realidade estamos ainda em fase de montar edital de licitação para DESENVOLVIMENTO/CRIAÇÃO DE PROJETOS E ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO, e que tal ação 1019 ultrapassa o valor do recurso destinado para tal, assim sendo necessário se faz o projeto de Lei.

O objetivo dele é que seja constituído um fundo para construção da Câmara de Vereadores.

Replica: sim, pois gastamos com aluguel por décadas, e estamos falando da sede própria da Câmara de Gaspar, sendo que após construída, em aproximadamente 06 anos economizará com os valores hoje gastos com o aluguel, retornara ETERNAMENTE AO MUNICIPIO O VALOR GASTO HOJE COM O ALUGUEL.

Só no próximo ano serão 3 milhões a menos na saúde e educação. Possivelmente teremos que fechar postos de saúde pq ficaremos sem dinheiro para custeio dos mesmos.

Replica: Discordo desse pensamento, pois está claro que será um "FUNDO", que embora tenha um fim determinado, havendo necessidade, seja na área da saúde, educação ou até em caso de uma catástrofe ou calamidade pública, basta que a população precise e que realmente a Prefeitura não tenha condições, este valor poderá ser perfeitamente revertido para a população. Estamos simplesmente tentando investir na Câmara o valor que a ela é destinado, ou melhor PARTE DO VALOR QUE A ELA É DESTINADO, uma vez que a Câmara sequer utiliza metade dos 7 % que a Câmara tem garantido pela constituição da República.

A ideia é que o projeto já tenha sua aprovação amanhã na "surdina", sem debate e discussão com a comunidade.
Replica: Discordo, pois as sessão públicas e transmitidas ao vivo via internet, deu entrada na ordem do dia da sessão do dia 11 de dezembro, os projetos foram assinados por unanimidade da mesa diretora, foi publicada em diário Oficial, foi feito uma reunião previa, a qual teve a presença de 09 vereadores e de vários assessores, tudo na mais perfeita transparência. Seguindo o Regimento interno, da mesma maneira que é tratado os projetos de lei apresentados pelo governo, que também necessitaram de Audiência Extraordinária.


A meu ver uma decisão como essa merecia audiências públicas na maioria dos bairros, para que a população participe.

Replica: com relação a audiência pública, estas serão feitas sim quando da APLICAÇÃO DESTES RECURSOS NA CONSTRUÇÃO, pois na atual etapa apenas estão sendo reservados os recursos.

Por fim trago a informação de que neste exercício a Câmara fez uma economia financeira para o Município de aproximadamente R$850.000,00 em relação ao recurso financeiro Repassado a Câmara.

Em contra partida no ano passado a economia financeira da Câmara para o Município foi de R$94.000,00
Replica: Em dezembro de 2017, por meio do Ofício 253/2017, o então presidente Ciro André Quintino, quando solicitou recursos financeiros para o exercício de 2018 os fez incluindo apenas a manutenção das atividades da Câmara (custeio), excluindo os valores do programa da construção da sede própria, previstos na Lei Orçamentaria de 2018.

A atual Presidência, que tem por objetivo iniciar a construção da sede própria prevista na lei orçamentaria de 2019, solicitou os valores para a manutenção das atividades da Câmara, e ao invés do feito pelo Ex Presidente, solicitou também os valores destinados a construção da sede Própria, previstos na Lei orçamentaria de 2019.

Grato Silvio Cleffi
Herculano
12/12/2018 21:03
A CÂMARA DE GASPAR VAI SE REUNIR EXTRAORDINARIAMENTE NESTA QUINTA-FEIRA A NOITE. A ÚLTIMA ORDINÁRIA DESTE ANO FOI TERÇA-FEIRA. NA TERÇA-FEIRA QUE VEM SERÁ A ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA

ENTRE OS ASSUNTOS DESTA QUINTA, UM PROJETO DE LEI QUE CRIA UM FUNDO PARA A CONSTRUÇÃO DA SEDE PR?"PRIA DA CÂMARA UMA TENTATIVA QUE SE ENROLA HÁ ANOS.

A PREFEITURA QUE CONSEGUIU APROVAR NA CÂMARA A AUTORIZAÇÃO DE R$150 MILHõES PARA OBRAS E DIZ TER OUTROS R$50 MILHõES EM CAIXA, REAGIU IMEDIATAMENTE À POSSIBILIDADE DA CÂMARA CONSTRUIR A SUA PRóPRIA SEDE.

ESPALHOU NESTA QUARTA-FEIRA NAS REDES SOCIAIS E NA SUA MALHA DOS CADASTRADOS NOS APLICATIVOS DE MENSAGENS QUE, SE APROVADO ESSE PROJETO DA MESA DIRETORA DA CÂMARA, VAI FALTAR DINHEIRO PARA A SAÚDE E QUE ATÉ POSTOS PODEM SER FECHADOS.

É CHANTAGEM.ESSE DINHEIRO É DA CÂMARA. ESTÁ O ORÇAMENTO E É CHAMADO DE DUODÉCIMO. O PROJETO APENAS IMPEDE A DEVOLUÇÃO DAS SOBRAS COMO SE FAZ AO FINAL DE CADA ANO. POR ELE, AS SOBRAS VÃO FICAR ACUMULADAS PARA ESPECIFICAMENTE CONSTRUIR A NOVA SEDE

É MUITO MELHOR DO QUE INCHAR O LEGISLATIVO COM COMISSIONADOS, ASSESSORES PARLAMENTARES E ATÉ FUNCIONÁRIOS EFETIVOS.

Fim de ano, as coisas se agitam na Câmara de Gaspar. Pautas bombas, sessões com projetos de afogadilhos, sessões extraordinárias e traições.

O que está marcada para esta quinta-feira? Uma sessão extraordinária. Entre os assuntos, está o Projeto de Lei 117/2018.

O que ele essencialmente quer? Constituir um Fundo Especial da Câmara Municipal de Gaspar. E para que? Para construir a sede própria da Câmara, como prometeu muitos presidentes, e até agora não nenhum deles conseguiu, inclusive o atual Silvio Cleffi, PSC, funcionário público, médico, evangélico e que virou-se contra o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, que o criou politicamente.

E o que o governo fez ao ver esta manobra? Tentou esvaziá-la. E como? Mandou o Roni Muller, MDB, da tal Gestão Compartilhada - e fiel escudeiro do prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, que está secretário na Saúde, atirar as pedras na ideia, nos vereadores e na Câmara via a sua rede social e os aplicativos de mensagem para ver no que dava.

Escreveu ele:

"Ontem deu entrada na Câmara de Vereadores um projeto de lei extremamente ruim para Gaspar, no meu ponto de vista.

O objetivo dele é que seja constituído um fundo para construção da Câmara de Vereadores. Só no próximo ano serão 3 milhões a menos na saúde e educação. Possivelmente teremos que fechar postos de saúde pq ficaremos sem dinheiro para custeio dos mesmos.

A ideia é que o projeto já tenha sua aprovação amanhã na "surdina", sem debate e discussão com a comunidade. A meu ver uma decisão como essa merecia audiências públicas na maioria dos bairros, para que a população participe.

VOLTO

Bom... de surdina, quem entende mesmo é o atual governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Então Roni entende do assunto e sabe do que está falando.

Segundo. A verba - impostos de todos os gasparenses - é da Câmara e não da prefeitura, ou dos postos de Saúde. Está no Orçamento Municipal. É impositivo repassar esse percentual para o Legislativo. É o tal duodécimo. Se sobrar - ou seja que não for usado na totalidade -, no final do ano, devolve-se. É assim que funciona com todos os municípios e Câmaras.

O que este PL 117 quer? Que não haja devolução para que a construção tenha recursos para começar e terminar. Só isso. O PL daria legalidade e disciplina.

O que deve se discutir si, é se esse PL é legal e constitucional.

Se for, a Câmara está apenas usando o dinheiro dela e a prerrogativa de dispor integralmente dele. Sobre isso, nem o Roni, nem o prefeito eleito que está fora e nem avisou à população que estaria ausente, nem o prefeito de fato, nem a procuradoria tanto do município, como da Câmara se pronunciaram. Nem mesmo o presidente a quem solicitei explicações.

Escreveu Silvio para mim: "tudo que faço tem parecer da procuradoria e também do pessoal da contabilidade. Creio que esteja tudo muito correto, mas se me permite, pegarei todos os detalhes e te passo...".

Bom três coisas: primeiro nem tudo que ele faz respeita as recomendações da procuradoria e da contabilidade, como aquele PL que mesmo ilegal e inconstitucional Silvio promulgou para manter o vale alimentação em dinheiro e ficar de bem com os servidores.

O fato do presidente dizer que "creio que está correto" é pouco. É preciso ter algo sustentável que lhe dê fundamento para ir adiante

E sobre o retorno prometido? Não veio até eu terminar este comentário as 21 horas. Normal! Por isso, e por outras evito consultar essa gente e que vive reclamando que por outros sei das coisas que eles sempre tenta esconder da imprensa livre, investigativa, adulta e independente e por isso com credibilidade.

Para iniciar o encerramento

O que quer a prefeitura quando coloca os seus perdigueiros na rua para anunciar o fim dos tempos e fazer lobby para encher os seus próprios cofres como se ela fosse a única dona dos pesados impostos dos gasparenses?

Que a Câmara devolva o dinheiro do Legislativo se ele não usar na integralidade, como aconteceu até o ano passado.

A Câmara arrumou, simplesmente, um jeito de não devolver as sobras enquanto estiver construindo a sede própria. Uma boa briga.

Segundo, a Câmara quer rubricar essa devolução, como por exemplo na Saúde. É outra briga. Nenhum ex-prefeito permitia isso, pois trata-se na autonomia do executivo sobre o seu orçamento e quando a Câmara devolve, passa a ser orçamento do município que faz com ele o que bem entende, inclusive o de tampar rombos.

E o mesmo está acontecendo agora. Supondo que a Câmara devolva, o emissários do executivo na Câmara já mandaram avisar que não aceitarão sugestões de uso para as sobras.

Outra. Esse assunto da Câmara alugada é jogo de gente grande e poderosa em Gaspar. E todos sabem a razão pela qual se estabeleceu essa briga. Mas, se não houver ilegalidade e inconstitucionalidade, o Executivo deveria respeitar a autonomia e a auto-determinação do legislativo. Acorda, Gaspar.

Para não me alongar mais, passo o link do Projeto de Lei que Kleber, Pereira e Roni querem derrotar com falsas alegações, por enquanto, sem se ater ao que diz a lei.

copie e cole no seu navegador e tire as suas conclusões.

http://www.legislador.com.br/LegisladorWEB.ASP?WCI=ProjetoTexto&ID=4&INEspecie=1&nrProjeto=117&aaProjeto=2018
LEO
12/12/2018 18:11
ESTAVA NA PREFEITURA NO FINAL DA TARDE,TINHA UM BOLO DE COMISSIONADOS. EM UM CANTO FAZENDO FESTA.QUE OS 60 MILHÕES TINHA ACABADO DE SER LIBERADO NA CAIXA ECON?"MICA FEDERAL.
Herculano
12/12/2018 17:12
INVENTARAM UMA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DELIBERATIVA DA CÂMARA DE GASPAR PARA AMANHÃ ÀS SEIS HORAS DA TARDE
Samae Inundado
12/12/2018 17:04
Herculano. Olhando o Diário Oficial dos últimos dias notei algumas portarias do Samae com erros grotescos. Cito apenas duas: 1) A Portaria 113 com data do dia 13 de novembro e a Portaria 112 com data do dia 26 de novembro, até ai, tudo bem, errinho de data é aceitável mas ai vem o segundo erro. O assunto dessas duas Portarias, a 113, exonera um servidor e a 112, abre um processo administrativo pro mesmo servidor exonerado. Ops! Que isso Herculano? Qual é mesmo a ordem cronológica usada por quem faz essas portarias e quem assina esses documentos não viu esse erro ou assina sem ler? Ai, ai, ai, perigoso isso...
Samae Inundado
12/12/2018 17:00
Samae inundado. Inundado não só pela bagunsa da oficina, mas também pela penca de cabides que fazem nada. O Samae tah de mau a pior. Uma diretora administrativa que está mais pra secretária do chefe do que pra qualquer coisa adm. Otras duas são vistas diariamente saírem com o carro do Samae e praonde? Fazer o quê? Uma é do almoxarifado e a outra é aquela da imprensa que não tem hora pra chegar. Só queria saber como justifica o ponto no RH, se são descontados ou o chefe Melato abona? No dia 16/11 dava pra contar quantos estavam trabalhando, será que vão pagar essas horas ou o chefe abonou? E outra, até hora extra tão pagando pra ficar em casa.. Vem bate ponto, faz umas horinhas não bate sainda e ganha o dia todo.. O négocio da vez é não bater ponto pra ganhar horinha né Herculano... e ainda pra fechar o ano com chave de ouro, aparece um dizem ser engenheiro, mas não está na mesma sala com o outro engenheiro.... o que será que ta fazendo?
Samae Inundado
12/12/2018 15:39
Um motorista do Samae passou a semana toda entregando convites para a inauguração do novo reservatório da ETA I que seria realizada hoje a noite, porém, descobriu-se tardiamente que o Prefeitinho Kleber não estaria na cidade para se fazer presente, e foi remarcando pra próxima sexta-feira . Desta forma, lá vai o mesmo motorista a fazer a entrega de convites com a alteração da data do evento. Olha só mais esse desperdício de dinheiro público, com gasolina e com as impressões dos novos convites. Não seria mais fácil e barato publicar uma nota no jornal e no rádio noticiando da alteração da data? E pra que serve mesmo a imprensa do Samae que não se informou antes da agenda do prefeito?
Herculano
12/12/2018 14:31
BOLSONARO PODE ASSUMIR GOVERNO SEM ORÇAMENTO 2019, por Helena Chagas, em Os Divergentes

São grandes as chances de o presidente Jair Bolsonaro tomar posse sem que o orçamento de 2019 seja aprovado pelo Congresso - e por articulação do próprio governo eleito. Paulo Guedes e equipe estão a cada dia mais assustados com a inclinação do Legislativo - que se despede com a maior renovação dos últimos anos - para criar problemas e aprovar pautas-bombas. Temem, portanto, que o orçamento que lá está tramitando, e que deveria ser aprovado até o dia 20, seja um campo minado de bombas explicitas e ocultas. Como, por exemplo, a prorrogação de incentivos fiscais aprovada ontem.

Melhor seria, raciocinam alguns de seus interlocutores políticos, fechar o ano sem votar o orçamento e viver os primeiros meses de 2019 à base de duodécimos orçamentários, que é o que se faz quando o ano começa sem orçamento. Isso já ocorreu outras vezes e não é desastre algum para um governo que não quer gastar. Ajuda, inclusive, no discurso para justificar a suspensão de despesas, contratos e pagamentos - providência que, segundo se comenta nos bastidores, está sendo seriamente discutida pela equipe de transição.

Há, porém, dois obstáculos a essa estratégia, que estão sendo avaliados pelas equipes econômica e política do novo governo. O primeiro é o fato de o Congresso que se despede querer aprovar o orçamento. Afinal, para muitos deputados e senadores, trata-se de sua última chance de deixar uma digital na lei orçamentária, incluindo ali obras e recursos de seu interesse - ou, ao menos, ter uma oportunidade de negociar isso com o poder que entra. Para não votar o Orçamento 2019 agora o governo Bolsonaro terá que apostar naquela lei da inércia política segundo a qual só há quorum perto das festas de fim de ano com muito esforço. Sem esforço, quem sabe...

O outro problema que está sendo estudado é a possibilidade prática de o governo, com sua nova estrutura administrativa, poder começar sem a devida realocação de verbas entre órgãos fundidos, extintos e remanescentes. A reorganização da Esplanada será feita por medida provisória, sem maiores problemas. Mas seria preciso um artifício jurídico-administrativo para transferir os duodécimos que seriam repassados às pastas antigas para a nova estrutura.

A decisão deve sair nas próximas horas, ainda que não venha a ser explicitamente revelada.
Herculano
12/12/2018 11:39
NEBLINA NA APOSENTADORIA E JUROS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Indefinição sobre reforma de Bolsonaro é política e começa a inquietar donos do dinheiro

A mudança nas aposentadorias e nas pensões ainda não tem projeto definido porque Jair Bolsonaro ainda não se ocupou do assunto. Mesmo antes de chegar ao Congresso, a reforma da Previdência do próximo governo enfrenta problemas políticos.

A ala parlamentar bolsonarista diz o que quer sobre a Previdência porque simplesmente não recebeu diretrizes ou ordens do presidente eleito, que, por sua vez, diz nebulosidades preocupantes sobre a reforma porque dá ouvidos a seus articuladores políticos e "bases".

É o que se pode ouvir entre economistas do governo de transição de Bolsonaro. Políticos bolsonaristas e "bases", inclusive nas redes insociáveis, são refratários à mudança e não têm entendimento da crise que pode sobrevir caso a reforma vá para o vinagre ou seja muito aguada.

A inquietação entre negociantes de dinheiro e porta-vozes do mercado se espalha.

Por um lado, ouvem o presidente eleito e seus articuladores políticos dizerem em público que a reforma não pode ser dura, "matar idoso", que pode ser feita em até quatro anos, que não se pode bulir com servidores, que o Congresso vai desidratar qualquer plano de mudança etc.

Por outro lado, gente da futura equipe econômica trata do assunto em conversas informais com conhecidos na praça. Dentro do governo de transição, sentem a mesma indisposição reformista do entorno político imediato do presidente eleito.

Acreditam, porém, que tais conversas não indicariam uma inclinação firme de Bolsonaro. Dizem apenas que Paulo Guedes, futuro überministro da Economia, ainda não levou projeto claro para uma conversa decisiva com o futuro governo.

Os economistas dizem que têm uma reforma em mente, talvez com umas três variantes possíveis de estratégia de implementação, mas nenhum pacote de alternativas teria sido ainda apresentado ao presidente eleito.

De menos incerto é que se pretende apresentar um projeto básico bem assemelhado ao que Michel Temer enviou ao Congresso, com algumas emendas para torná-lo algo "diferente" e para que a economia prevista volte ao nível previsto na versão original da reforma.

Talvez alguma parte do projeto seja apresentada à parte, em particular alguma mudança que não dependa de mexida na Constituição.

O plano de capitalização (de Previdência baseada em contas individuais de poupança) viria de qualquer modo depois de aprovado o "bloco 1" da reforma, a mudança do sistema atual de aposentadorias e pensões, uma urgência fiscal.

Ainda não há sinais inequívocos de descrença no mercado, sinais nos preços, em taxas de juros, por exemplo.

Há taxas de prazo mais longo dando uma esticadinha, mas pode bem ser por qualquer motivo, como a escaladinha do dólar e outras tensões na finança internacional, que voltou a ficar estressada.

O clima doméstico é menos otimista, dada a desconversa sobre reformas, e o mundo lá fora não está ajudando nada, ao contrário.

Nas conversas com economistas da finança, nota-se um certo desânimo sobre as liberdades que Guedes terá para tocar um programa de reforma rápido e duro na Previdência.

No entanto, o povo que de fato mexe os bilhões para lá e para cá acha que, afora surpresas ou vazamentos essenciais, o próximo movimento decisivo ocorre em janeiro.

O fato é que se conhece quase nada dos planos de Guedes para a economia, muito pouco além do que se sabia durante a campanha. Dos planos de Bolsonaro, menos ainda.
Herculano
12/12/2018 11:35
da série: no PT e nos partidos da esquerda do atraso, Aécio seria um herói perseguido; no PSDB é um problema que o partido teima em não resolver e que aumenta a debilidade pela vergonha e autofagia dos tucanos ou impede a regeneração da sigla e a reafirmação da sua história.

AÉCIO VIROU ARROZ DE FESTA NO BAILE DA PF, por Andrei Meireles, em Os Divergentes.

Aécio Neves perdeu o chão ao ser divulgada, em maio de 2017, a gravação em em que acenava com favores e pedia grana ao empresário Joesley Batista. A repercussão foi enorme na imprensa e nas redes sociais. Antes mesmo desse flagrante qualquer suspeita ou acusação contra Aécio se amplificava em intensas polêmicas e virava alvo da artilharia do PT e de seus aliados.

De lá para cá, mesmo tendo conseguido se eleger deputado federal, o processo de encolhimento de Aécio foi contínuo. De vez em quando vira notícia por alguma proposta ou medida da Polícia Federal, Ministério Público e STF. Cada vez com menos alarde.

Nessa terça-feira (11), com autorização do Supremo, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no apartamento de Aécio em Ipanema e em sua casa em Belo Horizonte. Batizada de Operação Ross - maior plataforma de gelo do mundo -, faz parte da investigação de que a campanha presidencial de Aécio, com financiamento da turma do Friboi, comprou por valores milionários os apoios de vários partidos. Além de Aécio, sua irmã Andréa Neves e o primo Frederico Pacheco, foram alvos os senadores Antonio Anastasia (PSDB) e Agripino Maia (DEM) e os deputados Paulinho da Força (Solidariedade), Cristiane Brasil e Benito Gama, ambos do PTB.

A notícia bombou na mídia pela manhã e obteve alguma repercussão nas redes sociais. Durou pouco. Nem havia mais interesse de petistas e aliados de explorar o assunto - talvez porque Lula, Dilma e o PT também são acusados de compra de partidos -, nem há mais quem defenda Aécio nos embates nas redes sociais. O assunto sequer foi tratado no site do PT. Também foi ignorado pelo site tucano, nenhum apoio do partido. Pelo contrário, o que se ouve no ninho é que Aécio continua esticando a corda ampliando o desgaste do PSDB. "Ele provocou o furacão e escapou da tempestade", criticou o senador Cássio Cunha Lima. Deputados e senadores do PSDB ameaçam até expulsar Aécio na expectativa de que ele finalmente se afaste do partido, no mínimo peça uma licença. Sem esse respaldo tucano, sobrou a Aécio a autodefesa. Ele atacou os delatores que teriam, em busca de imunidade penal, falseado informações, dando aparência de crime a algo lícito, legal. "Não houve nenhuma ilicitude", afirma, sem conseguir eco nem entre os correligionários.

Já os sites do PTB e do Solidariedade saíram em defesa de seus dirigentes

Parece que a adoção de medidas contra Aécio Neves - antes motivo de crise entre poderes e a famosa amarelada do STF - virou corriqueira. Se um ano atrás, a suspensão do mandato de Aécio foi traumática, o fato de a PF pedir agora a sua prisão - e a recusa do ministro Marco Aurélio Mello - foram recebidos com naturalidade.

Mesmo que o próprio Aécio não aceite e proteste contra as medidas autorizadas pelo STF. E

Aécio Neves parece ter virado arroz de festa nas investigações sobre corrupção.

A conferir.
Herculano
12/12/2018 11:27
CONGRESSO ABRIU A PORTEIRA PARA O GASTO DESENFREADO AO MUDAR A LRF, por Alexandre Schwartsman, economista e ex-diretor do Banco Central, no jornal Folha de S. Paulo

Episódio reforça a percepção sobre a apropriação do Orçamento por grupos corporativos

Já não tinha nenhuma dúvida acerca do completo divórcio entre a classe política e a realidade das contas públicas no país, mas, se tivesse, bastaria a alteração da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) perpetrada recentemente pela Câmara para ter certeza absoluta a esse respeito.

A LRF estabeleceu que estados e municípios não podem gastar mais do 60% de sua receita corrente líquida com pessoal, condição infringida mais vezes do que seria saudável, levando ao uso de critérios nebulosos de contabilidade para disfarçar a real extensão do problema.

Já a mudança da LRF permite a municípios a violação desse limite, caso sua receita tenha caído mais do que 10% por força da redução das transferências federais (devido a isenções tributárias concedidas pela União) ou queda nos royalties.

À primeira vista, parece uma mudança bastante razoável. Afinal de contas, o governante não poderia ser punido por fatores fora de seu controle como os acima descritos. Um olhar mais aprofundado, porém, revela consequências potencialmente destrutivas da decisão.

A começar porque, como sabe qualquer família, não é prudente fixar suas despesas em níveis elevados quando suas receitas podem variar. As receitas relativas a royalties flutuam, por exemplo, com os preços de commodities, como ilustrado pela crise do Rio de Janeiro.

Caso as despesas, com pessoal inclusive, sejam definidas com bases em receitas originadas em um momento favorável do ciclo econômico, torna-se bastante provável seu "estouro" quando vier a reversão cíclica.

Nesse sentido, a Câmara deu permissão a esse tipo de comportamento, ao sinalizar que administradores não sofrerão sanções em razão de um evento que, num período razoavelmente longo, é praticamente uma certeza.

Afora isso, revela-se o que já sabíamos: boa parte, se não a maioria dos municípios do país, é financeiramente inviável sem as transferências federais, o que deveria nos levar a questionar sua existência autônoma, não o perdão ao comportamento irresponsável.

Abre-se, por fim, um precedente perigoso. Nada impede, mais à frente, que novas alterações ampliem o leque de alternativas para aumento de gastos, em particular relativos a pessoal.

Tudo isso ocorre num contexto em que, sob a LRF, municípios vêm gastando como nunca. As despesas municipais, medidas a preços constantes, atingiram R$ 606 bilhões (8,9% do PIB) nos 12 meses terminados em junho de 2018, ante R$ 490 bilhões (7,6% do PIB) em 2010.

No mesmo período, as despesas com pessoal saltaram de R$ 223 bilhões (3,5% do PIB) para R$ 298 bilhões (4,4% do PIB), ou seja, de 46% para 49% da despesa corrente.

A contrapartida foi a queda da participação da provisão de serviços à população (de 35% para 30% da despesa). É bastante claro que o aumento do gasto beneficiou mais os servidores municipais do que os munícipes, replicando um padrão infelizmente comum no setor público brasileiro.

Esse episódio apenas reforça a percepção muito clara sobre a apropriação do Orçamento público por grupos corporativos, alegremente sustentados por políticos cuja conexão com o interesse da população é mínima.

Num país em que estados importantes se encontram à beira da falência e mesmo o governo federal enfrenta sérias dificuldades, a última coisa de que precisamos é abrir as porteiras para o gasto desenfreado. No entanto, foi exatamente com isso que o Congresso nos brindou.
Herculano
12/12/2018 11:19
SAMAE INUNDADO

1. O loteamento das casinhas de plástico, na BR 470, está quase uma semana sem água. Vai ter barraco no Samae de Gaspar.

2. A Lagoa, ficou sem água na segunda-feira. É que foi deixado dentro da tubulação um saco plástico com materiais. Aberta a água. O saco "engasgou" numa redução.

3. A manutenção da frota é algo quase criminoso. Na semana passada, a camionete Montana perdeu a roda quando transitava na BR. Por pouco não vira uma tragédia.

4. Quem for a garagem do Samae vai ver caçambas cheias de entulhos, veículos sem manutenção e troca de óleo obrigatória e com pequenas batidas.

ESTA É A TAL EFICIÊNCIA DO GOVERNO KLEBER EDSON WAN DALL, MDB, E DO PRESIDENTE DA AUTARQUIA, O MAIS LONGEVO DOS VEREADORES DE GASPAR, JOSÉ HILÁRIO MELATO, PP, E QUE SE AUTOPROCLAMA COMO UM EXEMPLO DE EXECUTIVO... Acorda, Gaspar!
Herculano
12/12/2018 11:12
O BRASIL É O PAÍS DA PIADA PRONTA E DOMINADO POR POLÍTICOS SEM ESCRÚPULOS, TODOS ESCOLHIDOS DEMOCRATICAMENTE POR NóS NOS VOTOS LIVRES PARA NOS REPRESENTAR SEM QUALQUER.

O PT QUER FICAR COM A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE ÉTICA DO SENADO. TEM VOTOS E SóCIOS.
Herculano
12/12/2018 11:07
DE VENTO EM PROA, por Carlos Brickmann

No tempo da ditadura que agora há gente que diz que não houve, corria uma piada sobre delação: quem denunciasse um comunista ganharia um Fusca, quem denunciasse dois comunistas ganharia um Opala, quem denunciasse três comunistas seria preso, por conhecer comunistas demais.
Pois é: a Polícia Federal, com base na delação de Joesley e Wesley Batista, promoveu busca e apreensão na casa de figurões políticos, como Aécio e sua irmã, o senador Agripino Maia, o deputado Paulinho da Força e outros. As delações dos Batista atingiram de empresários, que emitiam notas frias para eles, ao presidente Temer. Beleza: não era costume, no Brasil, a Polícia investigar gente importante. Mas com que resultado?

Como quem conhecia comunistas demais na ditadura, Joesley e Wesley conheciam corruptos em excesso. Isso não os impediu de, na primeiro hora, usar o dedo endurecido para se livrar da cadeia (o que só falhou quando se descobriu que tinham omitido parte da história). E, mesmo atingidos pela lei, estão hoje R$ 2,5 bilhões mais ricos que na época da delação.
Este colunista não sabe qual a parte dos Batista no total de devoluções de dinheiro sujo. Mas as devoluções estão, no conjunto, bem atrasadas: o STF homologou acordos pelos quais 170 delatores teriam de pagar R$ 1,3 bilhão de multas. Teriam; mas R$ 422,9 milhões já vencidos simplesmente não foram pagos.

O barco está no rumo certo, mas com vento contra.

UM NÚMERO, UM EXEMPLO

De acordo com Joesley Batista e um de seus diretores, Ricardo Saud, só o JBS deu a Aécio uns R$ 110 milhões em propina. Um governador recebe, em geral, outras ofertas, de empreiteiros, fornecedores, empresários. A quanto podem montar as propinas? Quantos dirigentes as terão recebido?

É O GOLPE

Uma novidade no mercado da invasão de cartões de crédito de outras pessoas: alguém telefona para um telefone fixo e pergunta pelos donos da casa. Quando um dos donos atende, chamam-no pelo nome e perguntam se fez uma compra em loja fina de outro Estado. Quem liga se identifica como funcionário da loja e diz que, se não houve a compra, não fará a entrega da mercadoria. E aconselha quem atendeu a procurar a empresa emissora, cujo telefone está gravado no cartão, e fazer a queixa.

Não faz perguntas sobre o cartão, nada. A pessoa liga, é atendida - mas em algum lugar da linha houve um desvio e a chamada é dirigida para o telefone dos golpistas. Ali lhe dizem que, como o cartão foi clonado, deve ser bloqueado. E ao mesmo tempo já providenciam o novo cartão. Na conversa, apuram os dados que lhes faltam (números, etc.) e vão às compras com o dinheiro dos outros.

O CERCO A JOÃO DE DEUS

Em quatro dias, desde que foi feita a primeira denúncia contra João de Deus, que se apresenta como médium, o Ministério Público de Goiás já recebeu 78 denúncias de mulheres que dizem ser vítimas de abusos sexuais por ele cometidos. João de Deus é conhecido por promover sessões de cura espiritual em Abadiânia, Goiás, cidade que praticamente vive em torno de suas atividades. Diz incorporar o espírito de Santo Ignácio de Loyola, que criou a Ordem dos Jesuítas. Sua fama é tamanha que a cidade vive lotada de pessoas em busca de cura espiritual e é difícil conseguir um horário em sua agenda. Desde que a denúncia foi feita, no programa Conversa com Bial, Rede Globo, no dia 7, João de Deus não apareceu em público.

POR DETRÁS DO NOBEL

É um livro grosso, com quase 600 páginas de texto; mas é fácil de pegar e não querer largar. Maldito Prêmio Nobel conta as histórias que ninguém contava a respeito do Nobel ?" inclusive os problemas políticos, inclusive as inclinações ideológicas, inclusive quem é que, na hora da concessão do prêmio, procura influenciar os votantes contra ou a favor de algum dos candidatos. Um exemplo: as tentativas de impedir Albert Einstein de recebê-lo.

Um belíssimo trabalho de um grande jornalista: João Lins de Albuquerque, correspondente internacional da Folha de S. Paulo, da revista Visão, do jornal português Expresso. João trabalhou na BBC em Londres, na Swedish Broadcasting Corp. em Estocolmo, foi diretor da Rádio da ONU em Nova York, e por vinte anos cobriu cada edição do Nobel. Ele conhece; pesquisou; e beneficiou-se com a mudança nas normas do Nobel, que passou a divulgar as atas 50 anos após cada prêmio. Boa leitura, ótimo livro, que se transforma em referência para ter em casa.

HOMENAGEM

Neste domingo, no Cemitério Israelita do Embu, SP, a partir das 12 horas, haverá a cerimônia religiosa de descoberta do túmulo de um dos maiores jornalistas do Brasil, Alberto Dines. Dines (um dos padrinhos intelectuais deste colunista) criou no Brasil a crítica da imprensa - que falta isso faz hoje! E em suas mãos o Jornal do Brasil foi o melhor do país.
Herculano
12/12/2018 10:56
da série:é uma prática dos políticos pendurarem gente como "assessores" de qualquer coisa nos gabinetes (Senado Câmara Federal, Assembleias e Câmara de vereadores) e deles retirarem parte dos salários como condição de emprego. Não foi apenas um erro isolado dos Bolsonaros que também seus "cubanos", os que recebem, mas não levam o que ganham.Crime! E a falta de transparência, bem como o tempo decorrido para as explicações, só reforçam a prática criminosa. Gente decente e inocente, já teria esclarecido, há muito. Nem mais, nem menos.

PSC, PT E PSOL APARECEM EM RELTóRIO DO COAF

Além de Flávio Bolsonaro (PSL), relatório de órgão de controle menciona assessores de outros 20 deputados do Rio

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Italo Nogueira, do Rio de Janeiro. O relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) que apontou movimentação atípica do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), mencionou auxiliares de outros 20 deputados da Assembleia fluminense.

Fazem parte da lista assessores de parlamentares de diferentes matizes ideológicas, como Márcio Pacheco (PSC), futuro líder do governo na gestão Wilson Witzel (PSC) e o deputado Eliomar Coelho (PSOL).

Pacheco é pré-candidato à Presidência da Alerj. O atual presidente interino, André Ceciliano (PT), pré-candidato à reeleição ao cargo, também aparece no documento. Todos estão juntos na lista com o presidente afastado da Casa, Jorge Picciani (MDB), em prisão domiciliar e também alvo do relatório.

A Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro instaurou um procedimento criminal há cerca de quatro meses para investigar as circunstâncias das movimentações dos funcionários de Alerj. A apuração também tem como alvo os deputados aos quais estão vinculados os servidores.

O relatório do Coaf foi produzido no âmbito da Operação Furna da Onça, que prendeu no mês passado dez deputados estaduais. Ele foi elaborado a pedido do Ministério Público Federal, que solicitou todas as comunicações de movimentações atípicas envolvendo pessoas nomeadas na Alerj.

A menção no relatório não significa a prática de algum ilícito. O volume da movimentação, por sua vez, não é medida para a suspeita que eventualmente recaia sobre os deputados. O deputado Marcos Abrahão (Avante), preso na Furna da Onça, teve uma movimentação atípica de só R$ 289 mil.

Apenas quatro dos dez deputados alvo da operação foram mencionados no relatório do Coaf. O gabinete que apresentou a maior movimentação entre eles foi o de Luiz Martins (PDT), com R$ 18,5 milhões, quarto da lista geral.

O gabinete com o maior volume de comunicações é o do petista Ceciliano. Foram mencionados quatro assessores com movimentação atípica de, somados, R$ 49,3 milhões.

A maior parte se refere a entradas e saídas na conta de Elisângela Barbieri, que movimentou R$ 26,5 milhões em sua conta, segundo o Coaf.

O segundo da lista é o deputado Paulo Ramos (PDT), cujo gabinete registrou movimentações atípicas de R$ 30,3 milhões. Elas estão concentradas em nome de Luiz Felipe Conde, cuja conta recebeu e retirou R$ 18,6 milhões, segundo o Coaf.

Pacheco aparece em terceiro com uma movimentação atípica de R$ 25,3 milhões envolvendo assessores de seu gabinete, de acordo com o relatório do órgão financeiro. O volume está distribuído entre nove funcionários.

O deputado André Ceciliano disse, em nota, que a funcionária que concentra as movimentações atípicas "pertence a uma família de empresários da cidade de Paracambi", onde o petista foi prefeito por dois mandatos.

"Ceciliano ressalta ainda que o próprio Ministério Público Federal afirma que o fato de constarem no relatório não significa que tenham praticado condutas ilícitas", disse o deputado.

Paulo Ramos afirmou que o principal assessor citado pelo Coaf é advogado e tem como justificar as entradas e saídas de recursos de suas contas. Ele afirmou que boa parte dos valores se referem a causas judiciais ganhas.

Márcio Pacheco disse, em nota, que "recebeu com surpresa, através imprensa, a notícia sobre movimentações financeiras envolvendo colaboradores de seu gabinete".

"Ele esclarece que sempre agiu com honestidade e transparência, e que está apurando as informações e agirá no caso, como sempre agiu, de acordo com a lei. O deputado informa ainda que não pode se responsabilizar por transações bancárias de ex-assessores; inclusive, alguns desligados do gabinete desde 2013", afirmou a nota.

Eliomar Coelho disse, por meio de sua assessoria, que está "à disposição para qualquer esclarecimento, caso venhamos a ser oficialmente citados". "As práticas do meu mandato são a maior prova de que denunciamos e repudiamos relações injustificáveis e inaceitáveis", afirmou o deputado.

MOVIMENTAÇÃO SUSPEITA DE FUNCIONÁRIOS DA ASSEMBLEIA DO RJ EM 2016 (EM MILHõES)
André Ceciliano (PT)
R$ 49,3

Paulo Ramos (PDT)
R$ 30,3

Márcio Pacheco (PSC)
R$ 25,3

Luiz Martins (PDT)
(preso) R$ 18,5

Dr. Deodalto (DEM)
R$ 16,3

Carlos Minc (PSB)
R$ 16,0

Coronel Jairo (PSC)
(preso) R$ 10,2

Marcos Müller (PHS)
R$ 7,8

Luiz Paulo (PSDB)
R$ 7,1

Tio Carlos (SD)
R$ 4,3

Pedro Augusto (MDB)
R$ 4,1

Átila Nunes (MDB)
R$ 2,2

Iranildo Campos (SD)
R$ 2,2

Márcia Jeovani (DEM)
R$ 2,1

Jorge Picciani (MDB)
(preso) R$ 1,8

Eliomar Coelho (PSOL)
R$ 1,7

Flávio Bolsonaro (PSL)
R$ 1,3

Waldeck Carneiro (PT)
R$ 0,7

Benedito Alves (PRB)
R$ 0,5

Marcos Abrahão (Avante)
(preso) R$ 0,3

Wanderson Nogueira (PSOL)
R$ 0,3

Fonte: Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)
Herculano
12/12/2018 10:45
JÚLIO GARCIA, O MINEIRO DE SC, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis.

Júlio Garcia é o político mais mineiro de Santa Catarina. Nesse estilo, que combina capacidade de articulação, paciência e escolher a hora certa de falar, o deputado estadual eleito pelo PSD encaminhou sua terceira eleição como presidente da Assembleia Legislativa - depois de uma década ausente do parlamento. No final da tarde de terça-feira, a bancada pessedista bateu o martelo e indicou Garcia como candidato único da sigla.

Essa composições interna contou com dois gestos importantes. Também candidato, o deputado estadual reeleito Milton Hobus aceitou abrir mão da posição. Fora da Assembleia ano que vem, mas ainda influente nos bastidores, o deputado estadual Gelson Merisio também deu aval à composição.

Um aval importante porque Merisio e Garcia, embora correligionários, passaram toda a campanha eleitoral em lados opostos - deputado estadual eleito não só não pediu votos para o colega candidato a governador, como demonstrou publicamente a contrariedade com o projeto do PSD.

É cedo para dizer que o acerto entre ambos pacifica os pessedistas. Mas inicia, certamente, um armistício. Garcia e Merisio usam a mesma expressão para definir o momento: hora de olhar para frente. Fica a expectativa sobre se o mesmo critério será utilizado na metade do ano, quando encerra o mandato de Merisio na presidência estadual do partido - ele deseja permanecer.

No jogo da Alesc, Garcia mineiramente tem sua eleição encaminhada. Hoje tem a maioria dos 40 parlamentares em uma composição que aproveita parte das articulações previamente realizadas pela dupla Hobus e Merisio. Foram eles que instrumentalizaram um sentimento que permeava as menores bancadas de que era preciso não fortalecer MDB e PSL, as duas maiores bancadas, neste momento. Por isso não avançou o projeto inicial de Garcia de construir maioria junto com os emedebistas - até oferecendo os dois primeiros anos a um candidato do partido.

A futura bancada do MDB está em sua maioria com o deputado estadual reeleito Mauro de Nadal, escolhido candidato da sigla à presidência. Mas ainda cuida das feridas deixadas pela operação interna que isolou Valdir Cobalchini, o outro postulante. Nadal é o candidato, mas talvez não chegue a fevereiro nesta condição. A tradição na eleição da Alesc é assim que um grupo político alcança os 21 votos necessários para vencer, os demais voltam à mesa para negociar a composição da chamada mesa diretora eclética - aquela que garante espaço proporcional a todos os partidos.

Em meio à tantas novidades, tantos novos eleitos, novas forças e o declarado horror à velha política, é bom observar se haverá desta vez alguém que se levante e dê fim a essa regra não escrita que persiste desde 2005. Curiosamente, a primeira vez que Júlio Garcia chegou à presidência do parlamento. Ao estilo mineiro que sempre caracterizou sua trajetória política.
Herculano
12/12/2018 10:42
MORTE NA IGREJA E LOBBY DAS ARMAS. ATÉ A TRAGÉDIA NA CATEDRAL SERVE PARA QUE DEFENSORES DA BALA FAÇAM CANTILENA A FAVOR DA MORTE, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Euler Fernando Grandolpho estava armado com um 38 e uma pistola 9 mm. Matou quatro pessoas dentro da Catedral Metropolitana de Campinas e feriu outras quatro. Suicidou-se em seguida. Estamos no auge de um debate estúpido, que pode resultar na mudança do Estatuto do Desarmamento, com a facilitação da posse e do porte de armas. Nas redes sociais, pessoas com os dois pés no chão e as duas mãos também não se constrangem: houvesse um fiel armado na igreja, poderia ter atingido o atirador antes que este matasse mais inocentes. É a resposta que Donald Trump deu para enfrentar atiradores em escolas: armar os professores.

Claro, claro... Tudo indica que Grandolpho andava com problemas. Um breve histórico de sua vida privada já dá pistas. O pai é um religioso fervoroso, ele não gostava da Igreja Católica e matou pessoas numa catedral. Já a superfície dos fatos aponta para dimensões que devem ser sondadas por especialistas. Mas o fato é que ele estava com um 38 e com uma 9 mm. E é fato também que, a depender do que aconteça com a legislação, pode aumentar brutalmente a circulação dessas armas no pais, que conta com 63 mi homicídios por ano, mais de 70% deles praticados por armas de fogo.

Mentiras e falácias vão se amontoando. E uma delas sustenta que comprar uma arma é quase impossível no Brasil. Informa reportagem da Folha desta quarta:
"Cerca de seis armas são vendidas por hora no mercado civil nacional, segundo dados do Exército obtidos via Lei de Acesso à Informação pelo Instituto Sou da Paz. Neste ano, até agosto, 34.731 armas haviam sido vendidas.

Além das vendas recentes, o número de novas licenças para pessoas físicas, concedidas pela Polícia Federal, tem crescido consistentemente nos últimos anos, bem como os registros para colecionadores, caçadores e atiradores desportivos, dados pelo Exército.

Hoje, há 619.604 armas nas mãos de civis. Apesar disso, o Estatuto do Desarmamento, lei federal aprovada em 2003 e afrouxada nos últimos anos por decretos, corre o risco de ser desmantelado em 2019."

Como se vê, o mercado da bala vai muito bem no país. E, por óbvio, os números não são esses. Essas são as armas legais. As ilegais, incluindo parte considerável das que estão com os bandidos, não entram na conta. Nota: muitas das armas originalmente legais vão parar nas mãos de criminosos.

Informa ainda a Folha:

"Pela lei, hoje, para obter a posse é preciso ser maior de 25 anos, ter ocupação lícita e residência certa, não ter sido condenado ou responder a inquérito ou processo criminal, comprovar capacidade técnica e psicológica e declarar a efetiva necessidade da arma. Já o porte é proibido, exceto para forças de segurança, guardas, entre outros.'

O que se quer, no projeto que está mais avançado na Câmara para mudar o Estatuto do Desarmamento, é reduzir a idade de 25 para 21 anos, permitir a posse também a quem responda a processo desde que não condenado por crime doloso e retirar a obrigatoriedade de provar a necessidade da compra. E o porte seria permitido a quem, a partir dos 25 anos, preencher os requisitos da posse. Na prática, é um "liberou geral".

Na quase totalidade dos países da Europa, por exemplo, existe uma severa distinção entre posse e porte. Manter uma arma em casa - ou para alguma prática esportiva - e coisa diferente de andar armado por aí. Todas as evidências apontam o óbvio: tem-se um maior número de ocorrências com armas de fogo quanto mais armas de fogo circulam. E não nenhuma surpresa nisso. Os EUA, com IDH praticamente igual ao da Alemanha, tem 5 mortos por 100 mil habitantes. Compra-se praticamente qualquer arma. Anda-se armado quase sem restrições. No país europeu, que permite a posse, mas proíbe severamente o porte, há 0,7 morto por 100 mil habitantes. Na Europa desenvolvida, o índice não passa de 1. Com a proibição do porte.

Sim, os índices de violência são alarmantes no Brasil. É preciso desarmar os bandidos e desarticular os partidos do crime. Por isso os governos estão aí. Têm sido, até agora, ineficientes. De todo modo, diferentes políticas de segurança pública fazem, ora vejam, toda a diferença!

No Estado de São Paulo, os mortos por 100 mil habitantes estão abaixo de 10. No Rio Grande do Norte, chegam a 68. No Ceará, aquele Estado em que pode não fazer diferença entre ser assaltante de banco ou refém na hora de morrer, a taxa é de 59. Em vez de uma política de segurança pública, o que a bancada da bala vislumbra é uma guerra. E, por óbvio, mais inocentes vão morrer. E muitos encontrarão seu destino trágico tentando reagir a assaltos. Outros serão vitimados por brigas banais em casa ou no trânsito. Foi a crença na bala como redutor de conflitos e resposta para todos os males que matou os reféns em Milagres, no Ceará.

"O assassino da Igreja tinha problemas psíquicos... Queremos armas para pessoas de bem".

Mentira! Os critérios serão tão frouxos que será impossível fazer essa distinção. De resto, estudos estatísticos e econométricos evidenciam o peso que a oportunidade tem nos comportamentos. Uma divergência entre pessoas desarmadas pode terminar com gente amuada, no máximo com troca de sopapos. Entre armados, o risco de que a bala seja o argumento a desempatar a peleja é gigantesco. Depois será preciso acrescentar à tragédia os acidentes domésticos. A tese é indefensável.


E, claro!, não se descarte o fator ideológico. Um dos argumentos fortes hoje nos nichos de extrema-direita é o de que o desarmamento da população é uma das teses do comunismo internacional para impedir os povos de se defender da tirania? comunista, claro! Um dos países mais armados do mundo hoje é a Venezuela, do tirano esquerdista Nicolás Maduro. Chávez distribuiu armas à mancheia para as suas milícias. E hoje há uma indistinção, quanto à posse e porte, entre milicianos chavistas, criminosos comuns e, claro!, as pessoas de bem. E todos morrem. Acreditem: há lunáticos brasileiros que sonham, sim, com uma população armada que possa vencer os "comunistas" de seus delírios infantis ou caquéticos à bala. E, como não?, há os patriotas que não estão ligados a nenhuma dessas teses. Defendem que se rasgue o Estatuto do Desarmamento porque recebem dinheiro do lobby das armas, que remunera regiamente seus prosélitos disfarçados de amantes da liberdade.
Herculano
12/12/2018 10:28
UM GOVERNADOR IRRESPONSÁVEL, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Camilo Santana (PT) levou três dias para desconfiar que houve um massacre

Na segunda-feira, o governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou que afastou dos serviços de rua os 12 policiais envolvidos no massacre de Milagres, onde morreram 14 pessoas. Informou também que criou um grupo especial de investigação para apurar o que aconteceu durante a madrugada de sexta-feira na pequena cidade do vale do Cariri: "Este momento nos coloca um dever ainda maior de proteger vidas e fortalecer a paz".

Blablablá. Três dias antes, a polícia estava em Milagres à espera de uma quadrilha de assaltantes de bancos e matou seis reféns, cinco de uma mesma família, dois dos quais adolescentes. Horas depois da chacina, do alto de sua autoridade, o governador louvou a operação e ensinou: "Temos que ser responsáveis e aguardar o trabalho de investigação".

Irresponsável era ele, por falar de ouvir dizer, adiantando uma indulgência plenária aos policiais: "O fato é que eles estavam preparados para assaltar dois bancos e não conseguiram assaltar nenhum".

Até aí, foi uma manifestação primitiva de onipotência, pois "se temos que ser responsáveis", aquilo que ele chamou de "o fato" era sabidamente algo mais que uma tentativa de assalto impedida pela polícia.

O governador foi além e lançou dúvidas sobre a estatística produzida em Milagres. Nela morreu parte de família sequestrada pelos bandidos, mas Camilo Santana argumentou: "É estranho um refém de madrugada em um banco".

Estranho é um governador endossar a velha versão segundo a qual todo morto em ação policial é suspeito de alguma coisa.

Três dias depois, Santana corrigiu-se com a mesma ligeireza: "De forma infeliz disse aquilo, mas peço desculpas à família. Quem me conhece sabe do meu respeito às pessoas e da minha defesa à vida". Ele não foi infeliz, foi irresponsável, com o propósito de lustrar a operação policial. Suas desculpas não deveriam ser apresentadas só à família dos chacinados, mas também a toda a população.

O truque do "quem me conhece" foi pueril, pois quem o ouviu teve oportunidade de perceber que defende a vida alheia em termos genéricos. Quando se tratou de um caso específico, envolvendo a ação da polícia, podendo ficar calado, repetiu o que lhe contaram.

Quando fez sua primeira declaração, Camilo Santana sabia que a quadrilha havia sido emboscada. As polícias de vários estados investigavam seus movimentos havia semanas e esperavam os bandidos em Milagres. O que aconteceu na madrugada daquela sexta-feira foi uma típica ação de policiais ineptos que atiram primeiro e vão conferir depois.

O governador do Ceará foi um ponto dentro da curva. Todo morto em ação policial acaba virando "suspeito". No Rio de Janeiro, guarda-chuva e furadeira já foram objetos suspeitos nas mãos de pessoas mortas por policiais.

Camilo Santana foi reeleito no primeiro turno, com votação expressiva. Como seus similares, cavalga um discurso de promessas, acompanhado de uma solidariedade automática para a polícia. Seja o que for que se faça, algo deveria ser feito e o feito, feito está. Parece que não estudaram história. Lampião era um bandido, quem o transformou em herói foi a polícia, desfilando sua cabeça de Piranhas a Maceió e expondo-a num museu.

O empresário João Batista Magalhães saíra de Serra Talhada (PE) para uma reunião natalina e foi sequestrado pelos bandidos numa estrada próxima a Milagres. Ele morreu com o filho, a nora, seu marido e outro adolescente. Afinal, "é estranho um refém de madrugada em um banco".

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