21/11/2019
Aos poucos os fatos que geram dúvidas estão saindo do imaginário da nova oposição para as ações concretas contra o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Uma Ação Popular encabeçada por Eder de Carlos Muller da Silva, que simpatiza com o ex-PSL daqui e com as ideias dos Bolsonaros, tramita na Segunda Vara da Comarca de Gaspar e tenta provar que o prefeito e o vice fizeram propaganda política com o dinheiro público rubricadas no Orçamento municipal de Gaspar. E segundo o autor, Kleber feriu a lei e os resultados podem beneficiá-lo numa provável corrida à reeleição no ano que vem pelo grupo que está no poder de plantão. A Ação Popular queria liminarmente que todas as ações que usem o tema “Avança Gaspar: tempo de crescer, hora de avançar” fossem suspensas. O juiz Lenoar Bendini Madalena negou. O Tribunal de Justiça não conheceu os Embargos de Declaração contra a decisão do juiz. A partida está só começando. O Ministério Público foi comunicado para ser parte na Ação. Ao mesmo tempo, Kleber e Luiz Carlos ganharam 20 dias para se explicarem. Expiram na semana que vem.
Depois de levar uma surra nas urnas com seus candidatos em outubro do ano passado, o prefeito Kleber, no início de novembro, saiu panfletando pela cidade – inclusive nas repartições públicas - um material sobre seus feitos. Como não pegou – pela falta de resultados - a marca de “um governo eficiente”, a qual vendia desde o tempo em que era candidato em 2016, os seus luas-pretas, “çabios” e marqueteiros de plantão, inventaram um tal “Avança Gaspar”. É roupa nova para um jeito velho de governar com jovens. Registrei aqui o disfarce, a propaganda enganosa, bem como o remendo que fazia no mote de governo. Ressaltei à época, que com o gesto, Kleber reconhecia publicamente que tinha falhado na sua comunicação de governo – onde discriminou veículos líderes -, a tal ponto de voltar ao século 20 e ao tempo de Gutemberg para ser minimamente entendido pela cidade. Isto sem falar em que menos de três anos trocou quatro vezes a titularidade dessa área na prefeitura. Entretanto, a Ação Popular vai muito mais além disso, ou seja, do que questionar os gastos: ela tenta tipificar esse movimento dos sabidos de Kleber como um ato de improbidade administrativa, bem como o da quebra da impessoalidade e moralidade na gestão pública.
Diante desta Ação, a preocupação tomou conta do paço e da aliança de governo de Kleber liderada pelo MDB e PP, que inclui agora além do PSC, o PDT e o PSDB. A “fiscalização” sobre o governo Kleber até então era exercida por velhos e conhecidos adversários, entre eles o PT. Tinha-se passado, argumentos e defeitos para chantagear, calar e se contrapor. A Ação mostrou que esse espectro aumentou e que o MDB não conseguiu neutralizar o PSL ou gente que estava nele, como insinuou ao se aproximar o grupo político que está no poder na prefeitura do deputado Ricardo Alba. A preocupação é maior porque na Ação demonstra claramente que a tal assinatura “Avança Gaspar”, por descuido, ou intencionalmente e certo da fraqueza ou do corpo fechado nas instituições de fiscalização, avançou mesmo. Ela apropriou de documentos oficiais. E neles se tornou timbre oficial. Isto é claramente proibido em lei. É impróprio, ilegal, imoral e é pessoal perante a legislação. Em casos assemelhados, e de como se conduziu a defesa para outros políticos, além da devolução do que gastaram, os gestores públicos foram cassados e perderam seus direitos políticos por certo tempo. Quem mesmo orienta Kleber? Amadores ou caso pensado de alto risco? Precisava disso? E não é de hoje que faço essas perguntas. Acorda, Gaspar!
A secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Gaspar abriu mais um canal de relacionamento com os gasparenses aturdidos com a quantidade e os graves problemas nesta área: é o whatsapp 9 9930-3342. Atrasada, a iniciativa é elogiável e necessária. Entretanto, poderá ser um tiro pela culatra se a baixa resolutividade da secretaria continuar do jeito que está.
Se os gestores da secretaria respondessem e atendessem os requerimentos e indicações dos vereadores, inclusive da própria base do governo, já teriam avançado sobre muito daquilo que população se queixa e é a má marca de governo. Isso mostra, por outro lado, que a secretaria agora pode economizar em fiscais. Eles também não funcionam para os cidadãos (e a prefeitura.
Registro: o médico veterinário, Adilson Luiz Schmitt, ex-prefeito de Gaspar (2005/08) pelo MDB, assumiu a presidência do núcleo da associação de classe catarinense dos Médicos Veterinários para Gaspar e Região. O atendimento especializado de Adilson é na Trinca-Ferro.
Os vereadores de Gaspar depois de não conseguirem enquadrar a imprensa livre, descobriram que o grande problema deles são as redes sociais e os aplicativos de mensagens que os desnudam na verdade e nas tais fake news. Rir será pouco dessa gente (políticos) que perdeu o discurso e o tempo da coerência e da transparência.
A vingança vem a conta gotas. Ia sobrar recursos para o tal fundo que visa construir o prédio próprio da Câmara de Gaspar. Ele foi proposto pelo ex-presidente, o médico e funcionário público municipal, Silvio Cleffi, PSC.
Ia! Porque a prefeitura está pedindo pelo menos R$500 mil dessas “sobras” do duodécimo da Câmara para coloca-las na Saúde. Ou seja, Kleber e os seus colocaram Silvio – e os vereadores - nunca sinuca de bico. Afinal quem será contra essa troca?
O vereador Silvio também é autor de dois projetos de leis que constituem fundos para a criação de uma UTI no Hospital de Gaspar, sob intervenção municipal e cujo dono do Hospital ninguém sabe dizer quem é. Depois de muitas mexidas e a canseira do pessoal que defende Kleber na Câmara, o fundo foi aprovado.
E tão logo ele se tornou lei pois Kleber não tinha outra alternativa, a não o de sancionar os PLs, o prefeito de fato, o que manda no dinheiro da prefeitura, presidente do MDB, secretário da Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, foi à rádio dizer que os recursos desse fundo terão outras prioridades no Hospital antes da UTI, para o qual o fundo foi idealizado por Silvio.
A vingança é uma marca do atual governo. Está claro para Kleber que criou o irmão de fé Silvio na política, o inconformismo ao ver o seu pupilo ter voos, ideias, atitudes próprias que resultaram na sua eleição dele como presidente da Câmara. Foi numa derrota política sem precedente da candidata de Kleber, Franciele Daiane Back, PSDB, partido que sequer estava alinhado com o governo à época. Faltou articulação e simplesmente pedir votos. Sobrou arrogância.
Com os dois recados em tão curto espaço de tempo, como se vê, Kleber está cortando as asas de Silvio e sob todas as formas ao mesmo tempo que vem lançando o nome do vereador aos quintos dos infernos para que ele volte ao ostracismo político depois do mandato de vereador.
Experimentado. Quem esteve no ato que transformou o antigo fórum de Gaspar na sede do Ministério Público, foi o Delegado Geral de Polícia Civil de Gaspar, Paulo Norberto Koerich. Ele já participou do Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate as Organizações Criminosas. Os políticos e outros, não possuem boas lembranças desse tempo. O gasparense Koerich com o governador Carlos Moisés da Silva, PSL, estão estruturando delegacias e coordenadorias dentro da Polícia Civil especializadas para esse tipo de crime na gestão pública. Então...
Na simplicidade do discurso de novato e não afeito à oratória, o suplente de vereador, Alexsandro Burnier, PSB, 472 votos e representante do Bela Vista, conseguiu sintetizar à sua indignação contra o Supremo Tribunal Federal, o qual por 6 a 5 mandou soltar criminosos que não tenham esgotados os recursos permitidos no Judiciário, após condenação em segunda instância.
“É o mesmo que dizer que o Fernandinho Beira-Mar não é traficante só porque ele não foi pego com drogas na mão. Mas, ele é o chefe de tudo!”, ao comparar o que se fala em defesa de políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e outros, com advogados caros e muito dinheiro para se livrarem da cadeia para sempre. Para 95% dos condenados, isso será impossível por serem pobres ou desassistidos judicialmente.
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