03/02/2020
O vereador Evandro Carlos Andrietti, MDB, quer a municipalização da Rodovia que vai a Brusque e isso pode até inviabilizar a duplicação dela
O vereador Evandro Carlos Andrietti, MDB, parece que não acredita muito na reeleição do seu guru, Kleber Edson Wan Dall, MDB, e resolveu armar uma arapuca para as futuras administrações daqui, ao menos no discurso. O vereador foi à 89 FM na quinta-feira da semana passada defender à municipalização da Rodovia Ivo Silveira, de Gaspar, até a divisa com Brusque.
Na verdade, sem conhecer fatos, ou por irresponsabilidade, Andrietti foi fazer campanha política antecipada. Foi tocar “música suave” para analfabetos, ignorantes e desinformados da zona sul. Foi, na verdade, trazer mais transtornos para a mobilidade regional, urbana, comprometer o futuro e complicar a vida financeira da atual e futuras gestões municipais do que propor soluções, como tentou se justificar na entrevista.
Ou seja, Andrietti foi falar ao seu eleitorado, à beira de uma nova campanha eleitoral, foi dizer o que os eleitores dele querem ouvir e que Andrietti não conseguiu resolver em três anos de mandato na Câmara, mesmo sendo um membro do atual governo de plantão. Então está criando uma nova expectativa, para se penitenciar naquilo que não “entregou” para o seu povo.
O que Andrietti não disse aos seus eleitores e à toda Gaspar, é como exatamente isso se dará e quando vier o que ele quer, a municipalização da Ivo Silveira, quem vai pagar a pesada conta da sua proposta.
E qual a justificativa de Andrietti? Simplesinha! Que com a municipalização de parte da rodovia estadual Ivo Silveira, segundo ele, ficará mais fácil de “resolver”, pois seria de domínio da prefeitura, o acesso da Bateias, a drenagem da Vila Isabel (problema que se criou e se permitiu aumenta-lo por políticos nos governos passados, principalmente os do PT) e à construção de um trevo no Barracão. Sério, vereador?
O SIMPLES QUE COMPLICA TUDO
Então vamos por partes, como diria Jack, o Estripador.
Primeiro: são quase 15 quilômetros de rodovia estadual entre Gaspar e o Barracão, na divisa com Brusque. E só um quinto deles, possui adensamento urbano que justificaria à reivindicação do vereador. Quanto mesmo custa para Gaspar manter esses quase 15 quilômetros com roçagem, fiscalização (a Ditran nem cuida do Centro), sinalização, fechamento dos buracos e a cada dez anos, reposição da camada asfáltica numa rodovia de trânsito muito mais pesado do que a que liga a Blumenau?
Segundo: não vou longe e fico apenas em dois exemplos para mostrar o que Andrietti quer, a prefeitura de Gaspar já não dá conta do recado, naquilo que é seu dever fazer para os gasparenses.
A prefeitura não consegue fazer por exemplo, a manutenção em um quilômetro da Avenida Francisco Mastella. Está pedindo penico para o governo do Estado para integrá-la como parte da recuperação – ainda inacabada depois de três anos de iniciada - da Rodovia Jorge Lacerda, uma das raras obras eleitoreiras do PSD e do ex-governador Raimundo Colombo no Vale do Itajaí para elegê-lo a senador, e que sabiamente, o eleitorado não lhe deu essa chance.
Outro exemplo. A prefeitura de Gaspar ganhou, na marra, um presente de grego do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, MDB, já falecido.
Um decreto, argumentando que o trecho já era urbanizado o suficiente para tal, ele passou, as ruas Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires integrantes então da rodovia estadual Jorge Lacerda, para o município de Gaspar. A oposição da época e até hoje, falsamente, criou a lenda que perdura. Ela diz que foi o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, nascido no MDB e corrido dele, que teria pedido a tal municipalização.
E aí eu pergunto ao vereador Andrietti e aos leitores e leitoras deste espaço, como testemunhas: quanto a municipalização do trecho da Rodovia Jorge Lacerda, Gaspar acima até Blumenau tem custado aos gasparenses? E vai custar mais. Porque o trecho Gaspar abaixo até o Poço Grande terá o mesmo destino. Ainda bem que será entregue com melhorias.
Pergunto mais ao político Andrietti: quanto isso tem custado de desgastes políticos – e eleitoral - aos governantes de plantão em Gaspar, inclusive ao prefeito Kleber - nas queixas dos munícipes sobre o péssimo estado de conservação dessas ruas – Nereu e Anfilóquio – que pertenciam ao estado e foram devolvidas, na canetada, pelo governador Luiz Henrique?
Mais. Essa municipalização melhorou alguma coisa? Os trevos para entrar sair do Bela Vista continuam perigosos, a entrada da Figueira e Águas Negras só teve trevo alemão depois de muitos acidentes, protestos nos moradores e quando a rodovia já era municipal. E assim vai.
E essa desculpa que facilita a prefeitura interferir – devido a autonomia - numa rodovia que hoje é estadual e dada pelo vereador Andrietti, também não serve.
Veja este exemplo. Quando o prefeito e o político querem, há interesses eleitorais e verdadeiros da comunidade, e o vereador possui influência no poder, tudo se resolve. O que aconteceu na semana passada com o vereador Wilson Luiz Lenfers, PSD, o mais recém alinhado de Kleber? A foto abaixo, mostra que ele conseguiu máquinas da prefeitura para arrumar acostamento da Rodovia Jorge Lacerda, no Poço Grande, em rodovia que continua estadual naquele trecho. Então... conta outra, vereador.
Andrietti, de verdade, está tentando salvar os seus votos, mas está metendo Gaspar e o próprio Kleber, se ele se reeleger, numa enrascada financeira maior do que já está. Aliás, o governo do estado está doido para municipalizar qualquer coisa e economizar naquilo que é sua obrigação melhorar e manter. E explico o porquê.
ANDRIETTI ESTÁ JOGANDO FORA A OPORTUNIDADE DE SE TER A RODOVIA IVO SILVEIRA DUPLICADA
Perguntado como se sustentaria a manutenção da rodovia municipalizada, Andrietti entre poucas alternativas, citou à proximidade e à relação do prefeito Kleber e vereadores com os atuais deputados Federais e Estaduais, com suas verbinhas e a capacidade deles em articular soluções em Florianópolis e Brasília.
Se isso, fosse verdade, qual a razão para não influenciar os mesmos deputados e resolver até aqui os problemas que quer ver solucionado com a municipalização? Por que a Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires não possuem as melhorias que o vereador projeta para a Ivo Silveira no trecho que quer municipalizar?
E para encerrar.
O vereador de olho apenas no presente e naquilo que não conseguiu entregar para os seus eleitores até agora. E para isso, está inviabilizando o futuro dos passantes e moradores da região, bem como aumentando custos para a gestão municipal e os gasparenses, os que verdadeiramente vão pagar tudo isso, não só os da Bateias, Óleo Grande e Barracão área de domínio eleitoral do vereador.
A administração municipal hoje já não tem como bancar o que está aí, e com a proposta do vereador, tudo estará ainda piorado com o endividamento que vem sendo feito pelo prefeito Kleber, com apoio da Câmara.
Além disso, está previsto a duplicação da Rodovia Ivo Silveira. Está no Plano Rodoviário pelo menos. O anteprojeto, inclusive, já foi apresentado e debatido com a comunidade em agosto de 2018 pelo Deinfra – Departamento de Infraestrutura do governo do estado. O orçamento dessa obra, na época, era estimado em R$300 mil e o financiamento seria internacional.
Então o governo do estado está em dívida com os catarinenses, gasparenses e brusquenses. Andrietti, está contribuindo para o estado se livrar dessa dívida, ao invés de ser um dos cobradores dessa duplicação e automaticamente, a melhoria para os seus. Penso até, que ganharia mais votos com esta causa. E por que?
Porque a pergunta que não quer calar é esta: não seria o caso de se priorizar essa duplicação, negociar soluções que se
quer para as comunidades do vereador e só depois então, se tiver bala na agulha e dinheiro em caixa para sustentar à manutenção mínima de um trecho de quase 15 quilômetros de rodovia, pedir a sua municipalização, vereador Andrietti?
Cada coisa! E depois sou eu quem exagero. Acorda, Gaspar!
O vereador Wilson Luiz Lenfers pediu e a secretaria de Obras da prefeitura atendeu em melhorias no acostamento da Rodovia Jorge Lacerda, no Poço Grande
O CDI Maria Salete Oliveira Pereira, no bairro Coloninha, em Gaspar, será inaugurado nesta quarta-feira. Haverá dois sentimentos na comunidade: o primeiro é de uma conquista tardia e ao mesmo tempo, de constrangimento e qual permeou as redes sociais, aplicativos de mensagens, mas se escondeu na imprensa e por motivos óbvios.
Para o governo do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, este CDI é uma exposição permanente, desgastante e desnecessária. Ele – e a maioria dos vereadores – fez uma aposta arriscada, exatamente num ano de eleições quando precisará dos votos da densa comunidade da Coloninha.
E o imbróglio de tudo isso está em como foi imposto o nome do CDI, nominado à falecida genitora do prefeito de fato, presidente do MDB, ex-coordenador de campanha de Kleber e atual secretário da Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira. Não houve consulta à comunidade.
A comunidade da Coloninha tinha outras opções e vinha trabalhando nesse sentido, como revelei no artigo que escrevi na coluna da segunda-feira passada: “Uma sessão extraordinária da Câmara em janeiro? Câmara não funcionou para o executivo em 2019? Funcionou! Então, era preciso esta sessão?”
Como sou sempre acusado pelos políticos no poder plantão de exagerar quando desnudo aqui as suas jogadas e tragédias, ou contrario os seus interesses pessoais, vou copiar e colar aqui, um texto público do facebook. Ele é elucidativo. Está na conta de Débora Cristini Naumann Pereira. E teve ampla repercussão na comunidade e contra quem? O governo e os políticos que engendraram ou se omitiram em tal decisão.
“A palavra do dia é tristeza...
Minha avó Elsa Knop Müller, juntamente com a família Mondini e Moser, fez a doação do terreno para a prefeitura construir a nova creche no bairro Coloninha, além de gastar para deixar toda infraestrutura pronta, energia, transformadores, calçamento, canalização fluvial e de esgoto, enfim, tudo pronto apenas para a construção da creche.
Então minha família encaminhou à Câmara dos vereadores, através de um vereador, a solicitação para que fosse apresentado o nome da minha bisavó Gertrudes Müller ou do meu avô Helmuth Müller para que levasse o nome da creche.
No entanto foi escolhido outro nome. Minha avó hoje tem 96 anos, mal consegue caminhar mas está bem consciente de tudo que se passa. Muito triste toda essa ingratidão, ela não merecia isso. Uma creche que foi construída em cima do terreno onde ela e meus bisavós trabalharam muito para sustentar toda a família. O que fica é uma reflexão para quem tem o poder de fazer o bem...
A creche já não vai levar o nome da família, mas a verdadeira história está aqui para quem quiser saber... e à minha querida avó fica aqui a palavra GRATIDÃO, gratidão pelas inúmeras crianças que passarão a ocupar este espaço”.
Volto para encerrar. E o poder de plantão liderado pelo MDB, PP, PDT, PSC e PSDB com Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho e Carlos Roberto Pereira, o qual diz não saber, ou entender, à razão da rejeição, que as pesquisas mostram até aqui, ao governo dele e que deixam sobre à reeleição. Será?
É preciso explicar mais alguma coisa, até porque esta não foi a única ingratidão, incoerência e imposição que fez nestes quase quatro anos de governo? Nem um influente vereador e defensor da bancada governista e que foi porta-voz da família dos doadores e da comunidade foi ouvido pelo governo na escolha do nome. Mas, na hora de votar, ele mais uma vez, deu razão ao governo e não à comunidade, assumindo para si o desgaste eleitoral. Então... Acorda, Gaspar!
Na quarta-feira da semana passada, o presidente do PSL em Santa Catarina, deputado Federal Fábio Schiochet, esteve em Gaspar. A foto é mais real do que minhas observações. Faltaram lideranças e isso assustou o presidente do partido no Estado.
E para completar, o deputado estadual e dono do PSL de Gaspar, Ricardo Alba, Blumenau, passou só no final da reunião. Tinha outros compromissos mais importantes. Interessante desculpa para algo tão fundamental para o PSL de Gaspar.
Na verdade, Alba, o deputado mais votado nas últimas eleições – e rejeitado pela ala bolsonarista ainda no PSL - está cuidando da sua candidatura a prefeito de Blumenau. E que de uma hora para a outra ficou difícil.
É que lá, o atual prefeito, Mário Hildebrandt, evangélico, sem partido –estava no PSB, um ente socialista – deve ir para o PL, o partido que virou uma trincheira provisória opcional dos bolsonaristas em Santa Catarina. Tanto que neste final de semana, Mário espalhou nas suas redes sociais, um encontro de juras ao Aliança e que nem existe.
Nas fotos e vídeos convocatórios, além de Hildebrandt, estavam o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira – também ex-PSB - ao lado de Admar Gonzaga, que está organizando o Aliança no estado por ordem direta de Jair Messias Bolsonaro. Imediatamente os conservadores e direitistas radicais passaram a ocupar as redes sociais para desqualifica-los. Incrível!
Volto. Fazem volume nas fotos que se espalharam nas redes sociais e uma delas está acima, além da executiva do PSL gasparense liderada por Marciano da Silva com os pré-candidatos a vereadores, membros da Executiva do partido de Ilhota, gente de Blumenau, o presidente estadual do Patriotas, Euclides Pereira Neto e o vereador de Brusque do partido, Marcos Deichmann, além do staff de Schiochet entre outros. Então, a conclusão é óbvia. Há mais gente de fora do que as daqui.
Schiochet na verdade está percorrendo o estado para ver a realidade do partido em Santa Catarina, medir a temperatura e aglutinar lideranças que se dividiram com a briga e a saída do clã Bolsonaro do PSL, com a consequente decisão e anúncio do clã para formar um partido com as características dele: direita e conservador, denominada de Aliança pelo Brasil.
É a primeira vez que Schiochet aparece em Gaspar e se reúne com a executiva da comissão provisória. Antes disso, havia dois intermediários e daí os desgastes: Ricardo Alba e o deputado federal Coronel Luiz Armando Schroeder Reis, de Joinville. Interesses políticos conflitantes no campo da direita. E foi aí que começaram às apostas erradas que enfraqueceram o PSL de Gaspar, como já registrei em artigos e notas anteriores.
Resultado: a expressiva parte de simpatizantes articuladores foi para o Aliança, hoje liderado por Demétrius Wolff. Outra parte ficou se entregando ao PP via o PRTB ou até, ensaiando com o PSD no novamente anunciado com Kleber e o poder de plantão.
O PSL ACREDITA QUE SERÁ O FATOR DE DESIQUÍILIBRIO DA PRÓXIMA ELEIÇÃO
O PSL de Gaspar nasceu com um candidato a prefeito, o sindicalista, evangélico, ex-funcionário público municipal, ex-vereador tucano e que no PR já foi candidato a vice-prefeito, Sérgio Luiz Batista de Almeida, derrotado na chapa majoritária com Ivete Mafra Hammes, MDB.
Desde que o PSL se organizou por aqui e ajudou nas vitórias de Carlos Moisés da Silva e Jair Messias Bolsonaro, surfando uma onda devastadora de mudanças que surpreendeu marqueteiros, cabos eleitorais, lideranças e imprensa, qualquer nova liderança à legenda foi impedida de se filiar nele. Tudo para não o “ameaçar” o candidato do partido e hegemonia do grupo que chegou até a cogitar ser ele o próprio Aliança, mas foi vencido pelos fatos que não conseguiu controlar. Aliás, só há poucos dias, foi divulgada oficialmente a executiva local do partido.
Resultado disso tudo? O PSL de Gaspar ficou ainda menor. Pior. O governador Carlos Moisés da Silva, que continua no PSL, num ambiente de armadilhas, depende do MDB para sobreviver na Assembleia. E o MDB, um natural gigolô do poder, impõe contrapartidas. E na lista está Gaspar.
Outra. Nem no ambiente evangélico, o PSL e Sérgio Almeida não conseguiram dividir o apoio a Kleber, o que parece ainda estar sob controle, ao menos entre as lideranças religiosas. A volta de Silvio Cleffi, PSC, ao governo e os acertos que fazem com o irmão humilhado, José Ademir de Moura, levado na marra e na última hora do PSC para o PP, são sinais evidentes desse “controle” e “ união”.
À coluna, Marciano fez três afirmações. A primeira de que se preocupou em ter na reunião de quarta-feira do PSL aqui, qualidade e não quantidade. A segunda é de que Sérgio é candidato e não há nenhuma outra alternativa, seja de nome ou união com a chapa a futura chapa governista. Para ele, o PSL e MDB são como água e óleo: não se misturam. A terceira, é de que os desgastes da atual administração, aumentarão naturalmente às chances do PSL para surpreender nas próximas eleições.
Para o dirigente, o PSL será o fator de desequilíbrio em Gaspar nas eleições deste outubro, até porque, segundo ele, os conservadores e os da direita não terão outra opção, se o Aliança não tiver ter candidatos aptos – devido à burocracia para a formação do partido -, como já se antecipa.
Então, leitores e leitoras, resta esperar pela surpresa, como o próprio Marciano admite.
Em favor de Marciano, é bom lembrar que estão a história e os resultados das urnas de outubro de 2018. Eles contrariaram os prognósticos tradicionais dos que lidam nesta área. Era uma maioria – não apenas de direita e conservadores – que, silenciosamente, resolveu dar um basta e destronar o PT – e principalmente por ser um vetor de corrupção e agressões a valores morais.
E para isso, escolheu um candidato mais radical. No inconsciente, a onda supôs ser Bolsonaro capaz de quebrar paradigmas quando no poder, onde os conchavos e equilíbrio são sufocados pelas ações das velhas raposas, as quais gravitam permanentemente – independendo de qual seja o partido e o eleito.
Esse clima de mudanças se acentuou ainda mais nos municípios de lá para cá. E o PSL de Gaspar ainda não conseguiu demonstrar, entretanto, até agora, de forma prática que é o catalizador dessa mudança ao que está supostamente a exigir na prefeitura de Gaspar. Não fez proposta concretas ao eleitorado. Não apontou falhas. Não enfrentou. Não montou um time articulado capaz para a população percebe-lo, confiar e apostar em mudanças. Mas há tempo ainda. E o tempo será mais uma vez senhor da razão. Acorda, Gaspar!
O PL catarinense pode se tornar o reduto dos bolsonaristas que migrarão para o Aliança pelo Brasil? É o que dá a entender o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt. Tanto que nomeou o coordenador do partido por lá, Rodrigo Hahne, e com influências por aqui, em cargo em comissão para ser diretor geral da Secretaria Municipal de Trânsito.
A reação foi grande da ala radical da direita, inclusive em Gaspar. Imediatamente se espalharam memes nas redes sociais e aplicativos mensagens associando o ex-secretário de Assistência Social, ex-vereador e ex-vice do ex-prefeito tucano Napoleão Bernardes, aos partidos sem tradição conservadora.
Nas montagens, até fotos onde por ofício do cargo, o prefeito está com o vereador petista, foi usada. Incrível! É o Aliança fazendo o serviço para Ricardo Alba, que também já foi tucano.
Aliás, a ideologia faz mal aos governos e à sociedade. A prova disso foram os governos petistas. O melhor esclarecimento veio neste domingo numa entrevista ao Uol e Folha de S. Paulo, do general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Messias Bolsonaro, sem partido, e que reproduzi ontem na área de comentários da coluna. Ele foi defenestrado do governo com falsos e montados tuites pelo entorno do presidente. Um crime!
Disse o general sobre o grupo ideológico que cerca Bolsonaro e motiva outros grupos Brasil afora. “O presidente Bolsonaro foi eleito por um grupo de pessoas que simpatiza com ele; por um pequeno grupo altamente ideológico, que faz um escândalo muito grande, e por uma grande massa movida pelo sentimento anti-PT”.
“Após a eleição, toda essa massa anti-PT e todos os que são simpatizantes da maneira de ser do presidente querem resultados de governo. O grupo ideológico, que é muito pequeno, continuou com uma influência muito grande. Ele se comporta como se fosse haver uma eleição na semana que vem”. É preciso explicar mais?
Terça-feira será dia de retorno das férias dos vereadores de Gaspar. Será um ano quente na tribuna. Afinal, teoricamente, a oposição terá menos poder nos votos para complicar o governo de Kleber, e exatamente por isso, falará e será mais impetuosa. Por outro lado, no tapetão e no voto, Kleber tentará sufocar e terminar a CPI da Rua Frei Solano e impedir uma outra que está no forno.
O PP de Gaspar acusou no ringe da política, o golpe desferido pelo MDB, que anunciou a possibilidade de ter Marcelo de Souza Brick, PSD, como vice de Kleber. Tanto que o seu lema agora é: nem um passo atrás. O primeiro passo atrás do PP de Gaspar foi em 2004 quando se uniu ao MDB para eleger Adilson Luiz Schmitt. De lá para cá não se renovou... Então....
Quem vai mais uma vez vai trocar de partido é o deputado estadual Ivan Naatz, de Blumenau que já esteve no PDT, PV... ou seja, não é bem um conservador ou direitista. Tudo será feito sob às bênçãos do senador Jorginho dos Santos Mello. Ele estará no sábado que vem num encontro que será realizado na Sociedade Fortaleza-Tribess, para dar aval à ficha de Naatz.
O promotor de Justiça, professor universitário e integrante do Gaeco, Odair Tramontin, foi selecionado, isso mesmo passou num “processo seletivo” do partido Novo, para ser candidato a prefeito de Blumenau. Se a moda pega, em Gaspar o partido deveria selecionar um delegado de polícia.
Propaganda enganosa. O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, depois de ler na imprensa de Blumenau neste final de semana de que Color Química do Brasil vai se transferir de lá para Gaspar nos próximos dias e depois de dois anos em obras, comemorou.
Foi para este empresário e outros, que há quase três anos, o prefeito de Gaspar e sua turma prometeram asfaltar a Rua Vidal Flávio Dias na ligação com a BR 470, no Belchior Baixo, no distrito do Belchior. E olha que os empresários ainda iriam contribuir com a obra (R$700 mil).
Até agora, o governo de Gaspar não cumpriu o acordado. E pior: teve a cara de pau de colocar a culpa na suposta minoritária oposição na Câmara, quando tentou fazer um tipo de licitação proibida pelo Tribunal de Contas e foi pego de calças curtas.
Aliás, só depois de três anos de agonia e sacrifícios imposto ao pessoal do Distrito do Belchior e aos da Rua Vidal Flávio Dias, e coincidentemente à beira de nova eleição municipal, o Samae de Gaspar do mais longevo José Hilário Melato, PP, promete dar uma mãozinha a Kleber: vai comprar um caminhão pipa. Enquanto isso, o pau velho e caixa seca do caminhão prancha está mais de um mês quebrado, no pátio de lavação, defronte da comunidade Santa Terezinha.
Bingo! O que escrevi na coluna de 06.01.2020? Que o presidente do colegiado superior de Segurança Pública de Santa Catarina, o gasparense Delegado Geral de Polícia, Paulo Norberto Koerich, sem partido, iria ser testado na coexistência das forças de segurança no modelo criado pelo tenente coronel reformado do Copor Bombeiro Militar, o governador Carlos Moisés da Silva, PSL. E foi!
Tão logo o ex-presidente, o Coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes, comandante da Policia Militar entregou o posto, a Aprasc – a Associação de Praças e Cabos – foi organizadamente para a rua pedir a reposição dos 37% de perdas nos soldos. O governo, via a secretaria da Administração, sentiu o bafo e diz que está estudando o pedido.
Ilhota em chamas. Este depoimento de uma funcionária de uma micro-empresa de Ilhota está bombando nas redes sociais. O Ministério Público Eleitoral da Comarca precisa urgentemente esclarecer. Os partidos políticos, além de retirarem mais de R$2 bilhões dos pesados impostos de todos que estão faltando em saúde, educação, segurança e obras no Orçamento Federal, estão achacando empresários?
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