22/02/2018
O FALSO DISCURSO I
Depois de romper um acordo e se tornar presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, virou o perigoso “fiel” da balança que dá maioria à oposição (PT, PDT e PSD) contra o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Antes, era o perigoso “fiel” a favor de Kleber. Silvio resolveu agora mandar recados explícitos ao governo do seu padrinho político, ex-aliado de governo, o evangélico do mesmo templo, mas que passaram rezar em “bíblias” diferentes. Foi na sessão da terça-feira da semana passada quando foi votada a retirada do regime de urgência para autorizar Gaspar a contrair mais um empréstimo na Caixa, para supostamente, melhorar as ruas daqui. Sem ser prefeito, nesta semana, Silvio apresentou um plano de “recuperação” da Saúde, mas que comentarei em outra oportunidade. Voltando. É atribuída ao político mineiro, Tancredo de Almeida Neves (1910-1985), do legendário PSD, esta frase: “Quando a esperteza é muita, vira bicho e ela come o dono”. Silvio precisa conhece-la melhor.
O FALSO DISCURSO II
Silvio é médico, é funcionário público e por conta disso, trabalha em postinhos de saúde (Bela Vista, por exemplo). Não se sabe bem como concilia tudo isso com a obrigação profissional particular aqui e Blumenau, a política e a presidência da Câmara. Perguntei-lhe. Ainda não me respondeu. Falta tempo. Retornando. Naquela terça, Silvio resolveu ir à tribuna dar a sua contribuição para tirar o regime de urgência do tal empréstimo: “Gaspar precisa de mais dinheiro para a Saúde Pública. Não aguento mais ler, ver e ouvir as pessoas reclamando da falta de atendimento do básico nos postos de saúde”. Uau! Eu sempre escrevi isso e fui combatido duramente, inclusive pelo vereador, político e médico Silvio. Mudou? Que bom! Outro que lavou a minha alma. É sempre assim no jogo dos políticos contra a realidade: o tempo é o senhor da razão. Mas, cuidado, doutor Silvio: “quando a esperteza é muita, vira bicho e ela come o dono”.
O FALSO DISCURSO III
A Saúde pública de Gaspar realmente está um caos. E não é de hoje. O próprio doutor Silvio ajudou a cria-la. Usou o seu poder político na sanha de dar maioria ao Kleber. Fez prevalecer suas ideias, não todas, é claro! Não havia dinheiro para todas elas. Magoou-se. Pediu e ganhou a cabeça da técnica e ex-secretária de Saúde, Dilene Jahn Mello dios Santos. Comemorou. Disse na Câmara, que a partir de então tudo melhoria. Piorou! Agora, que o barco está indo a pique resolveu culpar os outros. Inventa “união” para interferir. Cria soluções que sabe não ter como testá-las. Hum! Já expliquei isso aqui várias vezes. Repisei na coluna desta quarta-feira, no portal do Cruzeiro do Vale. Escrevi lá em “A jogada de Roberto Pereira para salvar o governo Kleber”, que é a última chance de reverter ou conter essa tragédia. Neste momento, o doutor Silvio, do outro lado, sem o poder de governo, está atirando para sinalizar a Kleber e ao doutor Pereira do seu “ poder de fogo” como oposição na Câmara e influenciar naquilo que perdeu porque assim escolheu: “quando a esperteza é muita, vira bicho e ela come o dono”.
O FALSO DISCURSO IV
Silvio como médico só teve olhos para o Hospital, o qual ninguém sabe quem é o dono. Como político, e agora fora do poder de mando na prefeitura, despeja o óbvio para dizer aos seus eleitores e aos “novos amigos” de que ele nada tem a ver com caos. Quer soluções. Para que? Votos, discursos e colocar a culpa nos outros. Nos dois casos, ganhará. A intervenção marota feita pelo PT (os novos aliados de Silvio) no Hospital que mesmo assim falha desastrosamente, tira muito dinheiro dos postinhos, policlínica e farmácia. Deixa-os quebrados. O Hospital é um abatedouro de sucessivos afamados administradores. Até no “postão” (espécie de ambulatório público idealizado pelo doutor Silvio) criado pela prefeitura no Hospital para justificar parcialmente os milionários repasses e mitigar o mal atendimento nos postinhos, é um desastre. Silvio queria uma caríssima a UTI para o deleite do corpo clínico sem compromissos com resultados e a cidade. Entretanto, quem verdadeiramente está na UTI é o Hospital e a Saúde Pública no básico. A UTI é necessária. Mas, não prioritária. O dinheiro que embucham no Hospital por conta de uma intervenção marota, falta nos postinhos, na policlínica, na farmácia básica que atende doentes, gente pobre, idosos e que são os eleitores dos vereadores como o doutor Silvio. Então, cuidado: “quando a esperteza é muita, vira bicho e ela come o dono”.
Esses políticos não têm jeito mesmo. Como acreditar neles? Qual foi a afirmação na primeira entrevista do prefeito de Gaspar, na primeira edição do Cruzeiro do Vale neste ano?
De que não mudaria nada no primeiro escalão. Estava satisfeito com todos.
Na verdade, quem está insatisfeito é o povo. E como o poder de plantão está à beira de um teste nas urnas, decidiu não mais se enganar. Para esta coluna, era certo de que haveria mudanças diante da velha realidade não resolvida. Houve e haverá. Estou mais uma vez de alma lavada.
Ilhota em chamas I. Qual a razão para o prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, MDB, não nomear o filho Jean Carlos de Oliveira seu assessor de comunicação? Nepotismo! Informalmente ele já faz essa tarefa.
Ilhota em chamas II. Jean debate e enfrenta nas redes como se fosse o verdadeiro porta-voz da prefeitura e da família. Está presente em tudo como se fosse do corpo do Município e da administração. O agente contratado para essa função, José Carlos Macedo, foi transformado pelo prefeito em mero “espião”.
Ilhota em chamas III. Todavia, como a comunicação da prefeitura, do prefeito, do político e do cidadão Érico se confundem, ela é passional. E isso ainda vai dar dor de cabeça e o que falar. Por exemplo. Segundo Jean, rebatendo críticas de comunitários na rede social, o prefeito está no cargo por mero esporte, porque Érico tem autonomia, é resolvido financeiramente e tem mais o que fazer. Ai, ai, ai!
Ilhota em chamas IV. É mesmo? Meu Deus! Então qual a razão de ter disputado uma eleição? Um político, antes de tudo, deve estar comprometido e se sacrificar por sua comunidade e seus eleitores. Ou isso mudou? Prefeito por esporte? O que é isso mesmo? Está na rede social do moço.
Ilhota em chamas IV – O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina recomendou à Câmara de Ilhota a rejeição das contas de 2016 – último ano de governo – do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. Como ele está em minoria na Câmara, sabe-se o resultado. Isto mostra bem a qualidade do seu entorno.
Novo lar. Kleber Edson Wan Dall adquiriu um apartamento avaliado em R$800 mil no edifício Torre Del Grego, construído pela Ardeju. Kleber negociou com a empreiteira Edifika, que mantém negócios com poder de plantão. Ela comprou o tal imóvel na planta.
Acionada para confirmar, negar e dar detalhes do negócio, a superintendência de comunicação do prefeito Kleber, preferiu agir como avestruz: enterrou a cabeça na areia. Disse que se tratava de caso particular. Desculpa esfarrapada. Quando os casos são da prefeitura, a superintendência não responde. Não seria melhor fechá-la e economizar esse cabideiro de emprego? Acorda, Gaspar!
Salvo pelo gongo? O “novo” governador Eduardo Pinho Moreira, MDB, anunciou o fechamento de 15 Agências de Desenvolvimento Regionais, cabideiros de empregos de cabos eleitorais, políticos sem mandatos e votos.
Foi segundo ele, para “economizar milhões para a Saúde pública que está um caos. Óbvio. A de Blumenau ficou. Nela está empregado o engenheiro Nelson José Wan Dall Júnior, gerente de infraestrutura, e irmão do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB.
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