É preciso reverter a tendência de Gaspar ser um centro de baixa renda. Isso não favorece o seu desenvolvimento. E o governo Kleber está omisso - Jornal Cruzeiro do Vale

É preciso reverter a tendência de Gaspar ser um centro de baixa renda. Isso não favorece o seu desenvolvimento. E o governo Kleber está omisso

14/02/2019

As pessoas da cidade I

Uma cidade é feita de pessoas. São elas que votam, que pagam os pesados impostos, que criam o tal círculo virtuoso de desenvolvimento. Os políticos antigos as tratam como tolas, como objetos e as manipulam para o voto e assim alçarem e permanecerem no poder de plantão. Os gestores públicos comprometidos com resultados, consideram-nas como cidadãs. O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, jovem, ex-vereador, líder religioso numa das denominações neopentecostais e comunitário, foi candidato e perdeu antes de ganhar. O discurso dele como o novo e o da mudança, está na promessa que registrou na Justiça Eleitoral. E naquele papelinho estão as pessoas, exatamente porque elas estavam fora do eixo de resultados da gestão que ele queria mudar. Kleber e os seus percebiam as queixas e às obviedades. Fizeram letra e música aos ouvidos bem ao gosto da moda. Contudo, tudo o que Kleber fez até agora, depois de patinar dois anos para as obras físicas mínimas, necessárias e prometidas, ele e os seus tratando o cidadão como um problema e despesa.

As pessoas da cidade II

As pessoas já descobriram que não são elas a prioridade da cidade no atual governo. O primeiro ato foi tentar rapar as verbas do Fundo da Infância de Adolescência. E para que? Economizar! E para “economizar” foi se maltratando as pessoas nos postos de saúde, hospital, nas creches, fechando-se escolas, tentando-se acabar com a Casa Lar e passar a obrigação de cuidar das crianças vulneráveis para lares desajustados. Aparelhou-se áreas técnicas de contraponto social numa cidade dormitório, de forte migração e carente para uma Assistência Social tomada por políticos; fez-se interferência partidária no Conselho Tutelar. É uma lista longuíssima, onde “economizar” dinheiro, atinge todos os setores. Tudo para se fazer obras faraônicas, a toque de caixa, nos dois últimos anos de governo, e assim tentar impressionar à população e buscar à reeleição. O que assusta é como se gasta milhões num dia, e se arrebenta as “novas” obras no outro, como não se termina o que se começa, como se expõe os trabalhadores a riscos, como se joga bens fora (paralelepípedos), como não se faz a manutenção mínima e necessária, além da falta de transparência, como se emprega, se aparelha e se rotula tudo isso como competência. Basta lembrar que se obra grandiosa valesse voto, o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, teria feito sucessor, exatamente o seu secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, com a ponte do Vale.

As pessoas da cidade III

As entidades empresarias e comerciais da cidade, que se renovam com a juventude é a melhor notícia disso tudo. Elas precisam abrir o olho e enxergar e interpretar os números oficiais. Uma pesquisa no ano passado feita para a ACIG mostrou claramente como as pessoas não faziam parte do resultado da gestão pública. Todos ficaram assustados, mas não se emendaram pelo jeito. E se formos aos dados do IBGE, disponíveis para qualquer um, sabe-se que o comércio e de serviços é uma área fragilizada exatamente por essa ameaça. É que o município não possui uma política estruturada de atração de empresas e oportunidade que gerem valor agregado e para fazer circular riquezas em Gaspar. Somos uma cidade de renda extremamente baixa, dependente de assistência aos carentes e que o poder público “economiza”, pois os vê como problema e despesas. Querem números oficiais do IBGE? Numa população de 67.391 habitantes, 12.992 não possuem rendimentos (menores e desempregados); 6.440 ganham até um salário mínimo (menos de R$1 mil bruto); 20.090 moradores de Gaspar ganham de um a dois salários mínimos. Feitas as contas, simplesmente a maioria da cidade “ganham” de zero a dois salários mínimos. Ou seja, mal se suprem, possuem dependências extremas de serviços públicos e não criam valor para si e à cidade, pois lutam pela sobrevivência. Simples assim! Só o poder público é quem não percebe, ou se percebe, perversamente, manipula essa gente para seus interesses eleitorais e de poder, inclusive na propaganda enganosa.

As pessoas da cidade IV

Outros números: 9.054 ganham de dois e três salários mínimos; 5.891, de três a cinco; 2.909, de cinco a dez; 671, de dez a 20 e apenas 159 moradores daqui, ganham mais de 20 salários mínimos por mês. E do outro lado estão outros números preocupantes. Eles demonstram como o foco do governo e Gaspar está errado ou como está obrigado à mais investimento na área social, saúde, saneamento e educação, sem falar na segurança que não é a sua obrigação: 4.360 são crianças de zero a quatro anos; 4.621, de cinco a nove anos e 5.569, de dez a 14 anos. Na outra ponta, a chamada terceira idade que também pede assistência, estão 3.490 de 60 a 69 anos e 2.371 com mais de 70 anos. Se um investidor na área comercial e de serviços olha estes números e os compara com os nossos vizinhos, Gaspar é sensivelmente prejudicada e se atrasa. E o que está sendo feito para se reverter de verdade este quadro vicioso e letárgico? Respostas vagas! Esta sim é a verdadeira obra que não aparece, mas transforma uma cidade, desenvolve-a, agrega valor e favorece a cidadania e os cidadãos. As entidades como a Acig, CDL e os Sindicatos patronais deveriam se unir para reconstruir Gaspar como uma cidade atrativa, diversificada, viável e cidadã. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Sintomático. Coincidência ou não, bastou esta coluna começar a mostrar supostas dúvidas na contratação de produtos e serviços, com documentação baseada nos links do próprio site da prefeitura de Gaspar, para o Portal Transparência deixar de funcionar a favor da cidade, dos cidadãos e sem qualquer explicação pelo próprio administrador do serviço.

Para lembrar. O Portal da Transparência é uma obrigação estar em pleno funcionamento. É lei. Em Gaspar, ele só passou a ser uma ferramenta a favor da cidadania depois da interferência do Ministério Público. Se tiraram do ar para esconder ou modificar os links e documentos denunciados, a emenda poderá sair pior que o soneto.

O sub-tenente da reserva do Corpo de Bombeiros Evandro de Mello do Amaral, Superintendente da Defesa Civil de Gaspar, foi a Florianópolis, “prestigiar” a troca de comando da instituição. Foi junto Ana Janaina Medeiros de Souza, assistente social, nomeada em 16 de outubro do ano passado, 12ª colocada no concurso, para a secretaria de Assistência Social.

Ana Janaína ainda está no período probatório e foi deslocada, sem portaria para tal, para a Defesa Civil. O documento (reprodução) que autoriza o veículo levar Evandro a Florianópolis, Ana Janaína não está listada como passageira. O evento terminou pela manhã e o retorno a Gaspar se deu às 16h.

Três observações: Com a Rua Anfilóquio Nunes Pires entrando no modo emergencial, Evandro preferiu fazer Relações Públicas corporativamente longe daqui; qual a motivação para não relacionar um passageiro num carro oficial? E se acontece um acidente para o caso de se acionar o seguro? Se fosse na caserna, isso teria consequências graves. Finalmente: a transparência não é o que rege a atual gestão. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1888

Comentários

Miguel José Teixeira
17/02/2019 22:29
Senhores,

". . .atualizar-me, reciclar-me e oxigenar-me. . ."

Huuummm. . .segundo cantarolava o Ney:

"Napoleão com seus cem soldados
Napoleão viveu com seus cem soldados
Napoleão comeu com seus cem soldados
Napoleão dormiu com seus cem soldados
Napoleão brigou com seus cem soldados"
. . .

Parece-me que o pó de giz e o "sofazón" está fazendo bem ao Napo!

Como já dizia o infeliz Delfim, "como tem o bico grande, tucano tem que levar chumbo no rabo para equilibrar-se".
Herculano
17/02/2019 20:31
NAPOELÃO BERNARDES DEIXA O PSDB, por Alexandre Gonçalves, do Informe Blumenau

Fui surpreendido com a informação no domingo e só acreditei porque a fonte era o próprio. Napoleão Bernardes anunciou sua desfiliação do PSDB. O pedido for formalizado numa reunião com a executiva municipal e os vereadores da sigla, no começo da noite.

Napoleão escreveu uma carta para os filiados e para a comunidade e garante que não irá para outro partido, pelo menos agora.

Depois de 21 anos de filiação e atividades políticas, o ainda jovem Napoleão ( tem 35 anos) dá um passo atrás na trajetória político-partidária. Em sua "carta, diz:

"Em termos políticos, após muita reflexão, e não sem pesar - dada a multiplicidade de amizades amealhadas, entendi que este é o momento para vivenciar um período sem filiação partidária. Política, para mim, é vocação, propósito, verdadeiro chamado e causa de vida. Meu coração e minha alma, é claro, não me permitiriam deixar de seguir na caminhada política. Até por isso, vislumbro como importante e salutar este período sabático em termos de filiação, até para, com isenção partidária, atualizar-me, reciclar-me e oxigenar-me nas questões pertinentes à política. Isso se faz necessário permanentemente, pois os novos tempos exigem líderes com novas visões para bem exercer a boa e necessária política."

Ele não aponta novos caminhos, não descartando um eventual retorno para o PSDB.

Em breve, outras análises. Confira o texto escrito pelo Napoleão.

Carta aberta aos amigos do PSDB e aos catarinenses

A "P"olítica, exercida como deve ser, com ética, decência e aguçado senso de interesse público, é o grande instrumento da sociedade em favor da pavimentação do caminho para o alcance dos seus mais altos ideais e elevados propósitos. Política, para mim, é vocação, chamado e causa de vida, algo que exerço me envolvendo de alma e coração.

Inspirado por este ideal e movido pela paixão à causa da igualdade de oportunidades entre as pessoas, filiei-me ao PSDB em 1998. Aos 16 anos, tão logo atingida a idade legal, alistei-me eleitoralmente para, com o título de eleitor em mãos, ter a condição para a filiação partidária.

Caminhei da escola, vestido com o uniforme do colégio, para a Câmara Municipal de Blumenau com o objetivo de descobrir onde se localizava a sede do partido na cidade. Sem padrinho, guiado por meus sonhos e inspirado por meus ideais, literalmente bati à porta do PSDB. Atendido pelo estagiário, requeri a minha filiação, e ele ?" o estagiário ?" foi quem abonou a minha ficha de ingresso.

"As coisas não valem pelo tempo que duram, mas pela intensidade como são vividas" (Fernando Pessoa)

Entendi, à época, que o caminho mais efetivo para concretizar aquelas inspirações, sonhos e ideais seria através da construção partidária e eleitoral. Dediquei-me com intensidade e afinco a esta missão. Como num sacerdócio, tive uma juventude e início de vida adulta com muitas renúncias, dada a minha obstinada paixão por este ideal de vida.

Lembro com nostalgia dos domingos de sol, em que todos os meus amigos estavam no clube ou na praia, e eu viajando nos ônibus "bate-volta" para participar da formação política em Florianópolis. Relembro o frio na barriga, o suor e o tremor nas mãos ?" que apesar de muitos não acreditarem, perduram até hoje ?" antes das reuniões, convenções e atos partidários.

Recordo, sem arrependimento, de investir literalmente todo o pouco que possuía nas primeiras eleições que disputei: a primeira, aos 17 anos; e a segunda, aos 21. Em ambas, saí literalmente a pé. Embora não tenha conquistado o mandato nessas oportunidades, sempre agradeço à Deus pelos subsídios decorrentes dessas derrotas, que me trouxeram amadurecimento e inigualável aprendizado.

Alegro-me com a façanha, fruto de uma ousadia, de ter sido o candidato a deputado federal mais votado em Blumenau nas eleições de 2010, consagrando-me suplente aos 28 anos.

Revivo, com emoção e orgulho, as vitórias eleitorais, todas extraordinárias vitórias políticas: em 2008, aos 26 anos, a maior votação da história de Blumenau para um vereador de primeiro mandato; a conquista da Prefeitura em 2012, aos 30 anos, quando me tornei o prefeito mais jovem e mais votado da história da cidade; e a reeleição em 2016, aos 34 anos, quando tive a maior votação proporcional do segundo turno em Santa Catarina, enfrentando e vencendo as adversidades decorrentes da maior crise econômica e política da história do Brasil.

Como deve ser a escalada da escada da vida, construí o meu caminho partidário e eleitoral lastreado no esforço do trabalho, passo a passo. Emocionado, lembro da aclamação das bases e lideranças partidárias, na maior e mais retumbante das convenções, para representar, como candidato único, o PSDB na disputa de uma das vagas ao Senado. Vivi, naquele momento, o ápice do coroamento da vida partidária ao ser escalado para a missão ?" sonho de uma vida. Sou muito grato a essas bases e lideranças.

Sabedor de minhas responsabilidades partidárias, no entanto, assumi com hombridade e galhardia a convocação para a missão de representar o PSDB na honrosa candidatura a vice-governador do Estado, a qual sou grato pela excepcional acolhida da coligação, pelo aprendizado, pela infinidade de amigos que cultivei em todas as cidades, pelo respeito que conquistei de líderes de todos os partidos, independente de, à época, estarem ou não coligados, e pelas pessoas especiais que caminharam ao meu lado por toda Santa Catarina.

Com apenas 35 anos de idade, pude ter a magnífica experiência de percorrer todas as regiões do Estado, conhecendo as particularidades e potencialidades de cada uma delas. Apesar da derrota eleitoral, considero que tive uma grande vitória política por ter me aproximado de tantas pessoas de bem e comprometidas em atender os anseios dos catarinenses e lutar pelo desenvolvimento de Santa Catarina.

"Mesmo que já tenha feito uma longa caminhada, sempre haverá mais um caminho a percorrer" (Santo Agostinho)

Vividas duas décadas de intensa dedicação à política através da construção partidária e do exercício de dez anos de mandatos eletivos legislativos e executivos consecutivos, é chegado o tempo de um novo momento político e de vida. Inspirado pela mesma paixão à causa da "P"olítica e movido pelo mesmo idealismo que norteou e guiou os passos na construção da trajetória concreta de minha vocação, entendo ser o momento da consolidação de novos degraus na minha escada de vida.

No campo acadêmico, caminho para o doutorado em direito e teoria da democracia e do Estado, projeto este adiado em decorrência da minha eleição para prefeito em 2012. Sigo, com força e vigor, na nobre e gratificante atividade docente, seja como professor titular do curso de Direito da Furb, seja em cursos de especialização nas áreas de gestão pública, princípios constitucionais e direito penal.

Na seara profissional, retornarei à advocacia, atividade que interrompi, quando da eleição para vereador, para exercer com a intensidade necessária o mandato para qual fui eleito pela população. Em paralelo, empreenderei na área de tecnologia, por acreditar no empreendedorismo e no trabalho como pilares para o progresso da sociedade.

Em termos políticos, após muita reflexão, e não sem pesar ?" dada a multiplicidade de amizades amealhadas, entendi que este é o momento para vivenciar um período sem filiação partidária. Política, para mim, é vocação, propósito, verdadeiro chamado e causa de vida. Meu coração e minha alma, é claro, não me permitiriam deixar de seguir na caminhada política. Até por isso, vislumbro como importante e salutar este período sabático em termos de filiação, até para, com isenção partidária, atualizar-me, reciclar-me e oxigenar-me nas questões pertinentes à política. Isso se faz necessário permanentemente, pois os novos tempos exigem líderes com novas visões para bem exercer a boa e necessária política.

"A esperança não desilude, está sempre ali: silenciosa, humilde, mas forte" (Papa Francisco)

De minha parte, carrego comigo boas memórias e o desejo permanente de diálogo com os muitos amigos que fiz no PSDB, rogando por compreensão diante desta necessária decisão. Da mesma forma, agradeço, de coração, a todos os que, ao longo da jornada, têm me apoiado, incentivado e acreditado em mim. Continuem contando comigo! Não tenho dúvida de que a vida nos proporcionará ainda muitas caminhadas e vitórias lado a lado.
Herculano
17/02/2019 19:30
da série: cada vez mais está claro que os Bolsonaros são contra o Brasil e estão pouco se importando com o sacrifício que foi imposto aos brasileiros pelo PT e a esquerda do atraso, e que eles, espertamente em campanha, prometeram nos livrar desse tempo perdido.

BEBIANO NEGA QUE ATACARÁ BOLSONARO E DIZ QUE "O BRASIL NÃO MERECE ISSO"

Ministro diz que espera desfecho para repor a verdade mas afirma que presidente não será atingido por suas declarações

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mônica Bérgamo.O ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, diz que aguarda um desfecho de sua situação no governo para então "esclarecer a verdade". Ele deve ser demitido por Jair Bolsonaro na segunda (18).

Bebianno tornou-se o centro de crise instalada no Palácio do Planalto depois que a Folha revelou a existência de um esquema candidaturas laranjas do PSL, presidido pelo ministro entre janeiro e outubro de 2018.

"Eu não vou sair com pecha de bandido, de patrocinador de laranjais ou de traidor", diz Bebianno, que pretende dar entrevistas à imprensa depois de deixar o cargo.

Ele nega, no entanto, que sairá disparando contra o governo. Coordenador da campanha presidencial de Bolsonaro, o ministro seria o detentor de segredos importantes que, revelados, poderiam abalar a permanência dele no comando do país.

"Eu não vou fazer isso. O Brasil não merece. Eu não tenho nada a declarar sobre o presidente", afirma.

Neste domingo (17), o jornal O Globo noticiou que ele teria dito que Bolsonaro é "uma pessoa louca, um perigo para o Brasil".

Bebianno nega "veementemente. Nunca falei nada parecido sobre o presidente".

"Estou triste com a situação, mas não chamei ele de louco nem nada. Agora é o momento de esfriar a cabeça, buscar o equilíbrio e olhar para o futuro, olhar para o país", afirma.
Miguel José Teixeira
17/02/2019 10:20
Senhores,

No passado, curtimos:
os 3 Patetas,
os 3 Mosqueteiros e
os 3 Amigos. . .

Agora no início do promissor governo anti-PeTralha, temos "os 3 zero-malas".

Tentam fazer parte da Presidência por, digamos, osmose.

Osmose político-eleitoral: você elege o pai e seus filhos dividem o mandato. Quando abrem a boca abrem também a cova para o primeiro mandatário.

Já, já o povo estará clamando: volta, lula!

Vade retro satanás. . .

Acorda, Senhor Presidente!
Herculano
17/02/2019 08:15
da série: gente doida, incoerente no governo atual e que cria insegurança ao país, aos cidadãos e investidores. Pior, sabota o próprio discurso de campanha que a levou ao poder. Quando essa gente vai tirar a corda que insistir em colocar no próprio pescoço?

PSL CONTESTA LEIS CONTRA A CORRUPÇÃO

Conteúdo de O Antagonista. Na contramão dos discursos de Jair Bolsonaro e do pacote de Sergio Moro, o PSL questiona no STF a constitucionalidade de trechos importantes das principais leis anticorrupção do país.

A Folha lembra que o partido de Bolsonaro contesta, por exemplo, a tipificação do crime de obstrução de Justiça e a lei que permite punir empresas por atos contra a administração pública.

"O partido também contesta a lei das prisões temporárias, sobretudo a parte que autoriza que se prendam suspeitos de crimes contra o sistema financeiro. Prisões temporárias são aquelas decretadas por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, no curso de investigações criminais".
Herculano
17/02/2019 08:11
A PREVIDÊNCIA EM NÚMEROS, por Samuel Pessoa, economista e pesquisador do Instituo Brasileiro de Economia, da FGV

Entre 2016 e 2018, déficit, incluindo benefícios assistenciais, foi de 14,4% do PIB

O Congresso Nacional receberá nas próximas semanas a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro.

Uma correção: na coluna da semana passada, afirmei que o RGPS (Regime Geral de Previdência Social) urbano foi deficitário de 2002 até hoje. Não é verdade. De 2009 a 2015, foi superavitário. Agradeço ao leitor Ricardo Knudsen por apontar-me a incorreção.

Entre 2016 e 2018 esse déficit, mesmo incluindo na receita as renúncias fiscais, foi de, respectivamente, R$ 107 bilhões, R$ 139 bilhões e R$ 149 bilhões.

Em 2017, o RGPS pagou 30,3 milhões de benefícios, sendo 20,7 milhões para trabalhadores urbanos e 9,5 milhões para trabalhadores rurais. O gasto no ano foi de R$ 435 bilhões para os benefícios do sistema urbano e R$ 120 bilhões do sistema rural, totalizando R$ 555 bilhões. Esse gasto corresponde a 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Os RPPS (Regimes Próprios de Previdência Social) dos servidores civis e militares da União, estados e municípios custaram R$ 333 bilhões ou 5,1% do PIB.

Assim, chega-se a 13,6% do PIB quando somamos os dois sistemas previdenciários. Se adicionarmos os R$ 56 bilhões do BPC (Benefício de Prestação Continuada), de caráter assistencial, resulta
despesa total de 14,4% do PIB.

Se o Regime Geral inclui 30 milhões de pessoas, os Regimes Próprios atenderam, em 2017, 4 milhões de pessoas, sendo 1 milhão na União, 2,3 milhões nos estados e 662 mil nos municípios. Em geral, 30% dos benefícios são pagos para pensionistas.

O leitor pode encontrar essas e outras informações nos links goo.gl/YPxT1m e goo.gl/s47Vj2.

Vale lembrar algumas diretrizes. Primeiro, é importante haver alguma vantagem no critério de concessão do benefício do piso do sistema contributivo, em comparação ao benefício assistencial.

Uma segunda diretriz refere-se à diferenciação de gênero na idade mínima. O argumento é que as mulheres arcam com a maior parte dos custos da criação dos filhos, incluindo a gravidez e todo o período de amamentação, além da educação.

O erro desse argumento é que muitas mulheres não têm filhos e algumas têm mais filhos do que outras, além da maior expectativa de vida aos 65 anos.

Assim, o ideal é que a diferenciação de gênero considere o número efetivo de filhos de cada mulher e, para mulheres que não tiveram filhos, não deveria haver a diferenciação.

Uma possibilidade é reduzir os anos de contribuição requeridos das mulheres de acordo com o número de filhos.

Outra possibilidade, como defendeu o estudioso da educação João Batista Araujo e Oliveira em recente coluna no jornal O Estado de S. Paulo, é aumentar a licença-maternidade.

A terceira diretriz é a atual reforma manter o dispositivo que havia na anterior, de requerer idade mínima ao servidor que ingressou no sistema antes de 2003 para ser elegível ao princípio da integralidade e da paridade.

Finalmente, há o tema da necessidade de a idade mínima ser distinta em diferentes estados da Federação pois a expectativa de vida é menor nos estados mais pobres.

Em sua coluna de quarta feira da semana passada (13), meu colega Alexandre Schwartsman documentou que a expectativa de vida aos 65 anos não é distinta entre os estados.

Além disso, a idade em que as pessoas requerem o benefício é maior nos estados pobres do que nos estados ricos, pois estes concentram a concessão de benefícios por tempo de contribuição, enquanto aqueles, os benefício por idade.

A coluna deste domingo (17) está chatíssima, mas é muito importante que toda a sociedade se engaje neste debate.
Herculano
17/02/2019 08:07
da série: gente sem noção

"BOLSONARO USA O CARLOS COMO INSTRUMENTO"

Gustavo Bebianno disse a um interlocutor que o culpado por sua demissão não é apenas Carlos Bolsonaro, mas seu pai, relata O Globo:

"O problema não é o pimpolho. O Jair é o problema. Ele usa o Carlos como instrumento. É assustador", disse.

A declaração teria sido feita na tarde de sexta-feira. Ao mesmo interlocutor, o ministro afirmou:

"Perdi a confiança no Jair. Tenho vergonha de ter acreditado nele. É uma pessoa louca, um perigo para o Brasil."
Herculano
17/02/2019 08:03
UM A CADA FINAL DE SEMANA

Parece que a grande habilidade da Nova Direita nesses dias é criar um bode expiatório a cada final de semana.
Herculano
17/02/2019 08:00
LOBISTA DELATA RENAN E OUTROS 50

Conteúdo de O Antagonista. Jorge Luz, antigo lobista da Petrobras e operador do MDB, revelou, em delação ainda sob sigilo no STF, que mais de 50 políticos, agentes públicos e empresários se envolveram em irregularidades em estatais, relata O Globo.

Um dos principais alvos é Renan Calheiros.

O lobista diz que conversou com Renan em seu gabinete e intermediou pagamentos ao seu grupo político.

"Também há acusações contra o ex-deputado Aníbal Gomes (MDB-CE), os petistas Cândido Vaccarezza (SP) e Vander Loubet (MS), o ex-cônsul honorário da Grécia Konstantinos Kotronakis, dentre outros alvos. Luz faz acusações detalhadas contra gerentes de segundo escalão da Petrobras e outros dirigentes da estatal, com extratos bancários e trocas de e-mails."
Herculano
17/02/2019 07:57
INDEFESA CIVIL DE GASPAR

1. Finalmente, diante da realidade, o titular da superintendência o sub-tenente da reserva do Cropo de Bombeiros, Evandro de Mello do Amaral, resolveu colocar o estado de Alerta em Gaspar e deixar os esquemas e os voluntários de sobre-aviso.

2. Consta que ele não está no litoral, como sempre faz aos finais de semana, olhando a maré, e postando fotos da sua folga para constranger os gasparenses vulneráveis às intempéries e mandando recados para esta coluna.

3. Resolveu acionar os voluntários, mas na Delegacia está registrado um Boletim de Ocorrência por ameaça, intimidação e constrangimento que fez, e relatei abaixo, a um dos voluntários. Isso, não vai acabar bem e numa área carente e sensível. Uma pena! Acorda, Gaspar!
Herculano
17/02/2019 07:44
FRACA COMO NUNCA, OPOSIÇÃO NÃO TEM NEM 100 VOTOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

As primeiras votações na Câmara dos Deputados evidenciaram não só o tamanho mais expressivo da bancada do governo Jair Bolsonaro, como todo recém-eleito, mas também o tamanho raquítico da oposição, que não teve a capacidade de reunir sequer 100 votos nas primeiras votações da Legislatura. Requerimento da oposição para salvar projeto do governo Lula retirando-o da pauta, por exemplo, teve só 5 votos.

NEM COM OBSTRUÇÃO
Mesmo incluindo quem se disse "em obstrução", quando não são contados para efeito de quórum, a oposição reuniu 99 deputados.

NEM DILMA
No início do governo Dilma, a oposição conseguiu 120 deputados na tentativa de aumentar o salário mínimo determinado pela petista.

Só VEXAME
No início da semana, a oposição tentou adiar a votação do bloqueio de bens de terroristas, mas perdeu de 294? - 53. E o bloqueio foi aprovado.

OS PIORES CEGOS
Apesar das derrotas acachapantes, opositores, inclusive na mídia, não se contêm e têm dito que a oposição "controla a pauta do Congresso".

SENADOR REGUFFE DIRIGE CARRO PRóPRIO EM BRASÍLIA
O senador Antonio Reguffe (sem partido-DF), já em meio de mandato, pode servir de exemplo para os novatos que chegam ao Congresso com o discurso da "nova política" e da "austeridade". Toda noite, ele sai do Senado sem entourage (assessores, motorista, segurança, carregador de pasta, nada) e dirige seu Fiat Mobi - um dos três carros mais baratos do Brasil, até o seu apartamento de classe média.

ECONOMIA
Entre gabinete reduzido, gastos enxutos com cota parlamentar e outras renúncias, Reguffe já contabiliza R$ 17 milhões economizados.

QUEM QUER, CORTA
O senador diz que quem é contra "toma atitude, abre mão na prática" e afirma: quem quer alega que "recebe porque é seu direito".

FAZENDO ESCOLA
Deputado do Novo, Vinícius Poit (SP) é outro parlamentar que aderiu à austeridade. Abriu mão de auxílios moradia, mudança e outras regalias.

EXORBITANTE
Os preços na cia aérea Latam castigam a clientela. Passagem Brasília-São Paulo nesta sexta (15) custa mais que bilhete para a Europa: R$ 3.763. A empresa diz que tem "sistema de precificação dinâmica".

IDADE MÍNIMA CONFIRMADA
O secretário de Previdência, Rogério Marinho, afirmou quinta (14) que o texto da Reforma da Previdência já prevê idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres na transição de 12 anos. Pelo atual regime, há a possibilidade de se aposentar sem idade mínima.

SANEAMENTO EMENDADO
Saneamento básico, que ainda é luxo em partes do país, ganhou medida provisória para alterar o marco legal do setor, a MP 868. Mas o texto inicial mudou por completo: ganhou 501 emendas no Congresso.

GORDA COINCIDÊNCIA
A imprensa americana repercute que o presidente Donald Trump está "obeso, mas com boa saúde", após exames de rotina. Coincidentemente ele tem a mais alta aprovação dos últimos 18 meses.

PELO MENOS UMA CASA
No Planalto, o clima é de otimismo acerca da aprovação da Reforma da Previdência. Pelo menos no Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, disse que o sentimento do Senado é de ajudar o Brasil.

CURRÍCULO NA ALESP
Economista pelo Insper, mestre em Yale (EUA) e co-fundador do RenovaBR, o deputado estadual do Novo Daniel José lançou candidatura à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo.

BOA PRÉVIA
A economia do Brasil cresceu em 2018, segundo o Índice de Atividade (IBC-Br). De acordo com a pesquisa do Banco Central, houve alta de 1,15% em 2018 e é prévia positiva para o PIB a ser divulgado dia 28.

A CRISE VIAJOU
Faz muito sucesso na internet o "pé-frio" de Jean Wyllys (PSOL), que desistiu do mandato de deputado para ir morar na Espanha. É que esta semana o primeiro ministro do país europeu convocou novas eleições legislativas apenas 10 meses após o início do governo de esquerda.

PENSANDO BEM...
...tem parlamentar dizendo que Gustavo Bebianno elegeu Jair Bolsonaro presidente. Só pode ter bebido.
Herculano
17/02/2019 07:38
da série: cada vez mais os Bolsonaros se aproximam de Maduro nos métodos, atitudes e a forma de arrumar confusão onde não existe e para o povo pagar a conta mais uma vez, tão cara e sofrida legada pelo PT e os da esquerda do atraso

UM GOVERNO PECULIAR, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Generais, Guedes e Moro tentam desarmar crises e sustentar gestão Bolsonaro no seu início

A administração do presidente Jair Bolsonaro, prestes a atingir a marca dos 50 dias, oferece um primeiro esboço de seu modo de funcionamento, embora sujeito obviamente a transformações substanciais. Trata-se de um governo peculiar.

Quadros oriundos do alto oficialato das Forças Armadas constituem a espinha dorsal política. No Palácio do Planalto, nos ministérios e nas estatais, formam uma rede aparentemente articulada incumbida de tocar a máquina federal e de contra-arrestar os vetores estrambóticos que a todo momento espocam no seio do governismo.

A crise envolvendo o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, foi a demonstração mais recente e ostensiva da ubiquidade da ala militar, que até a última hora trabalhou para mantê-lo no cargo.

Desde o início da gestão, generais atuaram para desarmar bombas plantadas pelo presidente da República, por seus filhos arruaceiros e por um chanceler que resolveu frequentar a franja lunática do movimento neopopulista.

Não se sabe, entretanto, se esse arranjo inusitado poderá conferir estabilidade duradoura ao governo.

Afinal, estamos diante de um presidente que, embora muito popular, ainda mal começa a fazer valer sua autoridade. Cedo ou tarde pode ter de arbitrar, por exemplo, disputas entre os generais e o czar da economia, Paulo Guedes.

A equipe econômica é a segunda escora a compensar as deficiências do mandatário. Guedes entendeu a centralidade da reforma da Previdência e parece disposto a sacrificar muito - demais até - do programa inicial de abertura externa da economia a título de não perder votos para a mudança do regime de pensões no Congresso.

A tramitação do projeto, ainda a ser apresentado à Câmara, beneficia-se do perfil do eleito para presidir a Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), bem como da experiência do assessor de Guedes para o assunto, o ex-deputado Rogério Marinho.

Mas figuras investidas da articulação política - os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Santos Cruz (Secretaria de Governo) e o deputado Major Vitor Hugo (líder do governo)- inspiram insegurança, por falta de tarimba ou pelo histórico errático no Legislativo.

A opção de não trocar cargos no Executivo por apoio parlamentar também será testada, aliás.

Terceiro pilar do governo, Sergio Moro (Justiça) trilha senda ainda pouco decifrável. Seu pacote anticrime não terá prioridade na Câmara diante do debate previdenciário. Desafiam-no, na prática, as emergências de um país violento, bem como as sementes de escândalos com personagens governistas.

Fora desse triângulo que sustenta Bolsonaro, ideias e personalidades exóticas levitam em epifania.
Herculano
17/02/2019 07:32
TRAJE ESCALAFOBÉTICO DE BOLSONARO É MARKETING RUIM DA SIMPLICIDADE; NÃO É QUE NÃO ENTENDA DE MODA: ELE NADA ENTENDE DE DEMOCRACIA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Na quinta-feira, Jair Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada os ministros e autoridades do governo que estão envolvidos com a reforma da Previdência. Usava uma calça tactel azul, uma camiseta pirata do Palmeiras, um blazer que não combinava nem com uma coisa nem outra e chinelos modelo slide, que não só deixam os dedos à mostra como os projetam. O conjunto era a visão do inferno em matéria de estilo.

Simplicidade? Descontração? Humildade? Não! Nenhuma dessas coisas. O que se fazia era o marketing da rusticidade, como a evidenciar que ali estava um homem do povo, que não se importa com códigos, regras, etiqueta. Caia na conversa quem quiser. Encaro aquele conjunto como evidência de desrespeito.

Não é a primeira vez que a personagem confunde grosseria com autenticidade. Quando está na ala residencial do Palácio da Alvorada, ele se vista como quiser. Se achar conveniente andar de cueca de bolinhas e meias pretas três-quartos, isso é lá com ele e dona Michelle, sua mulher. Se tiver um pijama com o rosto do Pateta, idem. Mas que tenha decoro ao se encontrar com ministros de Estado. Ate porque o tema da reunião nada tinha de assunto privado, não é mesmo? Tratava-se de arbitrar uma proposta, a ser submetida ao Congresso, que vai alterar a vida e a rotina de muitos milhões de brasileiros.

"Est modus in rebus", ensinou o poeta. Há uma medida nas coisas. Inexiste um "dress code" para receber autoridades ou outras pessoas quaisquer no Palácio da Alvorada. Mas há uma palavrinha que designa algo que antecede códigos de vestimenta ou de conduta: chama-se "decoro". Remete à conveniência, à decência, à pertinência. Bolsonaro representa o conjunto dos brasileiros. Ainda que eles possam eventualmente considerar elegantes aqueles modos, alguém tem de lhe dizer que são, na verdade, ofensivos. Correspondem a dizer um solene "não estou nem aí para vocês e me visto como quiser porque sou presidente da República".

Pergunta óbvia de resposta idem: alguém o viu naqueles trajes durante a campanha? Tenha sido esta a intenção ou não, o fato é que o presidente da República deixa claro que não dá a menor pelota para o poder civil, que é o que expressa a Presidência da República, ainda que temporariamente ocupada por um capitão reformado, tendo um general como vice. Outra pergunta elementar: se tivesse convidado para um papo no Alvorada os três comandantes militares, ele os receberia daquele jeito molambento? Duvido! E não que eu o esteja desafiando a fazê-lo. Na verdade, eu o exorto a que não faça mais aquilo. Não vejo por que ele deva ficar exibindo os dedões do pé para o general Edson Leal Pujol. Se não para este, por que para os outros?

Não vale alegar que as dificuldades provocadas pela cirurgia impõem ao presidente um traje confortável. O conforto nada tem a ver com o desleixo marqueteiro. E o desleixo marqueteiro não guarda intimidade com o despojamento. A pobreza pode ser elegante. A riqueza pode ser cafona. Elegância e cafonice, claro!, lidam com valores, gostos, ondas influentes, subjetivismos etc. Sei de tudo isso. Mas há o puro e simples despropósito, como o conjunto apresentado. Não seria muito diferente se Bolsonaro estivesse usando um escafandro ou vestido de Indiana Jones. Um traje e outro estariam tão adequados à tarefa daquele dia como aquela composição impossível que veio a público.

Aquilo gritava: "Ninguém manda em mim; faço o que eu quiser; vocês têm de engolir as minhas esquisitices". Convenham: era um traje compatível com a crise que ele e o filho Carlos criaram, não? Também nesse caso, há o triunfo da idiossincrasia sobre qualquer racionalidade. Ademais, se a ideia era se confundir com um homem do povo, Bolsonaro mandou mal também nesse particular: o brasileiro, na média, se veste bem melhor do que aquilo. Blazer com camisa de futebol e calça esportiva tactel? Ninguém comete essas sandices por aí.

Se o presidente quer mesmo ousar, talvez seja o caso de Michelle promover uma pesquisa sobre opções da moda "athleisure", que leva para fora da academia a moda esportiva, mas com método. Aliás, peças antes usadas nos esportes já se imiscuiriam na vestimenta social. Combinações são possíveis e passam longe do horror. Mas não sou conselheiro de moda. Minha questão é a democracia.

Aquela vestimenta grotesca de Bolsonaro está a dizer que ele atropela formalidades. Ocorre que, na democracia de direito, a forma não é uma escolha, mas um princípio. É claro que aquela mistureba hedionda não é causa de nada. Na verdade, a composição escalafobética já é consequência de um pensamento torto sobre a ordem democrática e suas exigências decorosas.

Bolsonaro é a encarnação do poder do povo. E o nosso povo é bem melhor do que aquilo. Não cumpre ao presidente da República sugerir que somos piores do que somos porque ele resolveu fazer marketing pessoal, expondo ao público uma combinação que nem errada consegue ser.
Herculano
17/02/2019 07:23
UM DIA PARA OLHA A MARÉ PELAS LEITURAS E ESCREVER...

Onde estou, longe, chove. Onde estão Gaspar e Ilhota, chove. Nem o mar está para peixe, nem os ribeirões estão para as piavas, da minha infância. Então...
Herculano
17/02/2019 07:20
BOLSONARO NÃO GOSTA DE "ATIVISMO", MAS RECUOU QUANDO FOI CONFRONTADO POR SERVIDORES, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Desde sua eleição, o governo foi confrontado por três movimentos corporativos e cedeu em dois

Quem se encantou com a franquia Bolsonaro achando que estaria livre das bandeiras do corporativismo petista não sabia o tamanho do ativismo do andar de cima. O presidente anunciou que "vamos botar um ponto final em todos os ativismos do Brasil". Todos, não.

Desde sua eleição, o governo foi confrontado por três movimentos corporativos. Cedeu em dois, e é provável que a Procuradoria-Geral da República cederá no terceiro. Em todos os casos, mobilizaram-se servidores do andar de cima, gente com salários mensais que vão de R$ 20 mil a sabe-se lá quanto.

A primeira rebelião veio dos procuradores da Fazenda Nacional. Paulo Guedes queria colocar um diretor do BNDES na cadeira de procurador-geral. A corporação rebelou-se, avisando que centenas de procuradores abandonariam seus cargos em comissão, pois o procurador-geral deveria ser escolhido no quadro da instituição. Ganharam.

O segundo confronto deu-se com os auditores da Receita Federal. A Agência Nacional de Aviação queria que eles cumprissem a norma da revista ao entrarem em áreas restritas dos aeroportos. Os descontentes mostraram seu desagrado aporrinhando a vida de milhares de passageiros, obrigando-os a esperas de até quatro horas nas filas das alfândegas. Resolveram inspecionar todas as malas desses supostos contrabandistas. No dia seguinte, três ministérios foram acionados e o governo cedeu.

A terceira rebelião veio dos procuradores da República. Até terça-feira, 192 doutores devolveram 325 funções não remuneradas. Eles apresentam reivindicações técnicas, nas quais está embutida uma questão salarial, escondida nos penduricalhos de uma categoria que ganha, no barato, R$ 25 mil líquidos.

Por trás dessa rebelião, está o painel da sucessão da procuradora-geral Raquel Dodge. A batalha ainda não terminou. Até hoje, magistrados e procuradores ganharam todas.

Ativismo do andar de cima é outra coisa.

NOS EUA, MEXE-SE NA 'BOSTA SECA'
Oito em cada dez magistrados brasileiros querem importar o instituto saxônico do "plea bargain" sem que exista sequer tradução consolidada dessas palavras para o português. O ministro Sergio Moro fala em "solução negociada". Trata-se de aceitar que um réu reconheça sua culpa, negocie um acordo com o Ministério Público e obtenha alguma leniência do juiz.

Muito bonito na teoria, mas a prática será outra. O Brasil importou o mecanismo da delação premiada e criou o monstrinho da doutrina da "bosta seca". Em 2015, quando o doleiro Alberto Youssef disse numa audiência em Curitiba que um outro réu mentira em sua delação e ofereceu-se para uma acareação, um procurador disse que "esse é o tipo de coisa que quanto mais mexeu, pior fica." Em seguida, ouviu-se: "É igual a bosta seca: mexeu, fede".

Os pacotes de bosta foram remetidos às instâncias superiores, e poucas delações foram anuladas por mentirosas. O direito saxônico funciona melhor que o brasileiro, mas a pirataria de mecanismos obrigará orquestras de frevos a tocar rock.

Na semana passada, a juíza americana Amy Jackson, que está com um dos processos que infernizam a vida de Donald Trump, mostrou como as coisas funcionam por lá. Em junho, ela mandou para a cadeia Paul Manafort, o poderoso chefe da campanha eleitoral do presidente. Em setembro, ele se declarou culpado e fez um acordo de colaboração. Em novembro, o procurador Robert Mueller Jr. informou à juíza que Manafort mentiu em diversos pontos de sua confissão.

A juíza estudou o caso, entendeu que ele mentiu e desobrigou-se de tratá-lo com leniência. Manafort, de 69 anos, está com a saúde em pandarecos. A sentença virá em março e ela pode lhe dar até dez anos de prisão. Manafort, um dos homens mais poderosos de Washington, dificilmente sairá vivo da cadeia.

A PRIVACIDADE DE MORO
Em Brasília, o ministro Sergio Moro foi do noviciado ao folclore em menos de dois meses.

Quando lhe perguntaram se, dias antes da edição do decreto que facilitou a posse de armas, encontrou-se com hierarcas da indústria Taurus, deu a seguinte resposta: "O direito à privacidade, no sentido estrito, conduz à pretensão do indivíduo de não ser foco de observação de terceiros, de não ter os seus assuntos, informações pessoais e características expostas a terceiros ou ao público em geral".

Madame Natasha intrigou-se com a vontade de Moro de ficar fora das vistas do "público em geral". Mandava melhor Armando Falcão, seu antecessor de 1974 a 1979, com o famoso bordão "nada a declarar".

Faltou sorte a Moro. Na mesma semana, a Alta Corte do Reino Unido julgou o caso dos endinheirados proprietários de um prédio vizinho ao museu Tate que reclamavam porque binóculos colocados no terraço devassavam suas casas. O juiz Anthony Mann mandou-os passear e sugeriu que fechassem as cortinas ou baixassem as persianas.

OS BOLSONAROS
O Brasil vai completar 200 anos e já teve de tudo, governantes larápios, senis e mesmo com famílias rapaces, mas nenhum deles tentou institucionalizar suas proles.

Getúlio Vargas deu corda a um irmão e ele foi associado à sua deposição de 1945 e ao suicídio de 1954. Um filho deputado também não o ajudou. D. Pedro 2º, chefe de uma dinastia, aturou um cunhado italiano e perdulário, mas manteve-o longe. O genro, príncipe consorte, também não lhe trouxe fortuna. Nomeando-o comandante das tropas que guerreavam o Paraguai, alimentou a nociva intriga política segundo a qual a Coroa tentava obscurecer a figura do marquês de Caxias, seu antecessor.

Pela primeira vez, a família de um presidente participa institucionalmente da vida política do país. Os três filhos de Bolsonaro têm mandatos populares, mas isso nunca deu certo.

A KOMBI DE BEBIANNO
Quando a equipe que carregava a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro cabia numa kombi, Gustavo Bebianno era o motorista.

Como o sapo que não percebe o vagaroso aquecimento da água de uma panela, ele não reagiu ao início de sua fritura. Passou de provável ministro da Justiça a possível chefe da Casa Civil, mas acabou numa desidratada Secretaria- Geral da Presidência.

O doutor deixou-se ferver.

O LIMITE DE GUEDES
Guedes pode muito, mas não deve mexer com o agronegócio sem combinar com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

A lealdade do pessoal que sustenta a doutora tem uma solidez que não existe na turma do papelório.

LULA EM CASA
Cresceu a ala de comissários petistas interessados em sondar magistrados para saber como seria recebido um pedido da defesa de Lula para que ele fosse transferido para o regime de prisão domiciliar.

?ELETROSURINAME
A Enel, ex-Eletropaulo, interrompeu três vezes o fornecimento de energia na região da avenida Paulista. Em todos os casos, foram aquelas piscadas que fazem a alegria das empresas que consertam equipamentos danificados.

Seria boa ideia que ela investisse nessa área.
Herculano
16/02/2019 09:20
da série: não pode desmentir o chefe, na mentira que ele criou e propagou para desmoralizar o seu próprio homem de confiança. Coisa de máfioso e não de governo sério.


WHATSAPP DE BEBIANO

Conteúdo de O Antagonista. Gustavo Bebianno, para demonstrar que não estava mentindo sobre seus contatos com Jair Bolsonaro, vazou as mensagens do presidente a diversos ministros, inclusive militares.

Ele está sendo demitido por causa disso, segundo a Folha de S. Paulo.
Herculano
16/02/2019 09:16
ELE AINDA NÃO É O PRESIDENTE DO BRASIL. É UM VINGADOR DOS SEU PRóPRIOS FANTASMAS. COM TANTA COISA IMPORTANTE PARA SER FEITA... MAIS UMA VEZ QUEM VAI PAGAR ESSA CONTA DE DESATINOS PESSOAIS DOS POLÍTICOS? OS BRASILEIROS

Bolsonaro esperou o dia todo pra fazer o Jornal Nacional começar anunciando a permanência do Bebbiano, pro Antagonista bancar isso, pra Jovem Pan elogiar o cara, a Veja impressa com a permanência do Bebbiano na capa

E ai, ele vai ao SBT, e diz como furo que Bebbiano vai ser demitido na segunda-feira.
Herculano
16/02/2019 09:11
da série: o Brasil e os brasileiros vão pagar caro e o PT vai voltar

O MUNDO VAI DESABAR

Conteúdo de O Antagonista. Gustavo Bebianno, em sua mensagem no Instagram, insinuou que Jair Bolsonaro foi desleal com ele.

E avisou:

"O desleal, coitado, viverá sempre esperando o mundo desabar na sua cabeça."
Herculano
16/02/2019 09:06
CAPITAL DE BEBIANO E GOVERNO CAóTICO INDICAM PROBLEMA PARA BOLSONARO, por Igor Gielow, no jornal Folha de S. Paulo

Homem-forte da campanha, ministro é um depositário de várias informações importantes

Na teoria dos jogos, a soma negativa é aquela situação em que todos os envolvidos acabam perdendo. É o caso do provável desfecho do episódio envolvendo o ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), que deverá ser exonerado na segunda (18).

O que fica incerto é o capital danoso que Bebianno tem à disposição contra o governo. E uma certeza: esse é um governo caótico ao lidar com crises, o que sinaliza dificuldades à frente.

Homem-forte da campanha, advogado de Bolsonaro, o ministro é um depositário de várias informações importantes - o termo "cadáveres enterrados" não cai bem, embora o chefe tenha determinado o fim do politicamente correto em seu discurso de posse.

A queda esperada de Bebianno é resultado de uma operação de Bolsonaro e seus filhos, no caso o loquaz Carlos, o "pitbull" do pai. A postagem republicada pelo presidente, que cristalizou uma crise que poderia ter ficado restrita ao escândalo das candidaturas laranjas do PSL reveladas pela Folha, é simbólica dos novos tempos em Brasília.

Para apoiadores de Bolsonaro na bancada do PSL na Câmara, esse padrão disruptivo deverá ser o novo normal das relações de poder. Isso pode ser até verdade, mas os riscos estão todos colocados.

A ala militar do governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), expressaram um alarme grande em relação à condução da crise.

O fato de que o usualmente falador Carlos moderou o tom de suas postagens no Twitter desde que foi instrumental para o pai humilhar publicamente Bebianno, na quarta (13), foi lembrado pelos fardados e pelo deputado como um sinal de que talvez os filhos do presidente agora deverão se comportar.

Mas o grande temor de Maia e dos militares, a existência de algum tipo de trava à tramitação da reforma da Previdência no Congresso, é ainda algo insondável. Pode ou não ocorrer.

Para os militares, em especial, o episódio representa uma confirmação de cenário. Eles foram chamados a mediar a crise, já munidos do viés contrário ao poder dos filhos do presidente.

Não deu certo, mas eles saem com um capital político ainda maior caso o desfecho da crise seja o esperado.

Fraco politicamente o governo já é, pela condução bizarra do episódio Bebianno. Militares não queriam mantê-lo por algum amor específico, assim como Maia, mas por uma percepção da "velha política" de que esse tipo de turbulência mais atrapalha do que ajuda.

O tempo dirá quem está certo, mas se Bebianno for de fato mandado à rua na segunda, o será com algum tipo de acordo ainda desconhecido. Ele sabe muito, e indicou em suas mensagens pouco discretas na imprensa, que pode comprometer o presidente.

Agora é lidar com os fatos. Havia uma certeza nos meios governistas: sem a reforma, o já frágil politicamente governo Bolsonaro naufraga ainda no porto. Parece um certo exagero típico desses momentos, mas gente do outro lado do balcão (oposição, neutros) alimenta temor semelhante.

A sexta (15) começou em clima de acordão. Mas o vazamento dos áudios no qual o presidente ordena o cancelamento da agenda de Bebianno com os "inimigos" da Rede Globo, ordem que foi adiantada pela Folha, caiu muito mal entre a ala bolsonarista que quer Bebianno longe.

Ao fim, salvo novas mudanças de rumo, parece ter prevalecido o fígado. De resto, o tal novo normal terá tido apenas seu primeiro teste, ainda fora da realidade do plenário.
Herculano
16/02/2019 09:00
JATINHO MILIONÁRIO É ATRIBUÍDO AO LÍDER DO MDB, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O novo líder do MDB no Senado, Eduardo Braga, anda às voltas com novo escândalo: ele seria o verdadeiro dono de um jatinho Citation de prefixo que mais parece aliança política, PP-MDB, adquirido por US$9 milhões (R$33,4 milhões) a uma empresa de Fortaleza, Moinho Dias Branco. A denúncia é do jornalista Ronaldo Tiradentes, de Manaus. Aliado de Renan Calheiros (MDB-AL), Braga foi também apontado pelo jornalista como sendo o "Glutão" da lista de políticos da Odebrecht.

PARA CHAMAR DE SEU
Pela denúncia, o jato foi usado por Eduardo Braga em campanhas eleitorais e viagens de lazer aos Estados Unidos e ao Caribe.

A ORIGEM DE TUDO
O avião foi comprado, diz Tiradentes, pela empresa Etam, do consórcio que construiu a ponte sobre o rio Negro no governo de Eduardo Braga.

CENSURA COMO RESPOSTA
O senador tem negado as denúncias contra ele e obteve com um juiz de primeira instância a imposição de censura ao jornalista manauara.

REPÚDIO À CENSURA
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) divulgou nota de repúdio contra a censura determinada por um juiz de Manaus.

LATAM COBRA R$10 MIL A MAIS PELO MESMO VOO
Parceiras, a American Airlines e a Latam vendem passagens para o mesmo voo, entre Brasília e Miami, em um Boeing 757. Quem compra pela American Airlines, paga R$1,7 mil; quem compra pela Latam, paga R$11,8 mil. Isso mesmo. São passagens no mesmo avião, mesmo dia, mesma hora e mesma classe que custam mais de R$10 mil a mais se adquiridas na Latam. Procurada, a empresa que já teve "orgulho de ser brasileira" não conseguiu explicar a cobrança sete vezes maior.

INACREDITÁVEL
Parece mentira: o voo é o mesmo, muda apenas a numeração: na American Airlines é o voo AA214. Na Latam, JJ2112.

NÃO TEM DESCULPA
Para explicar R$10 mil de diferença, a Latam citou que na aviação há "classes diferentes, datas", o que não era o caso.

ENROLATION
A empresa "trabalha com o sistema de precificação dinâmica" e "considera diversos fatores", diz a LATAM sobre a 'facada' de R$10 mil.

ESTÁ PODENDO
O secretário-geral da mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Melo, aquele que, muito ligado a Renan Calheiros, tem sido generosamente mantido no cargo por Davi Alcolumbre, foi às compras nesta sexta (15) na exclusiva joalheria Vivara, no Brasília Shopping.

TIME COMPLETO
Foram preenchidas todas as 1.397 vagas criadas no programa Mais Médicos após o fim da parceria do governo Dilma com Cuba através da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Até o fim de 2018, o contrato rendeu à ilha comunista mais de R$7,1 bilhões desde 2013.

A ALMA NÃO É PEQUENA
O ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) citou Fernando Pessoa ao comemorar nesta sexta-feira (15) os 200 mil seguidores no Twitter. "Vale a pena tentar? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena".

UMA JOIA
Surpresa maior que Fabio Schvartsman, presidente da Vale, dizer que a empresa "não pode ser condenada, por maior que seja a tragédia" em Brumadinho, foi o silêncio de autoridades na Câmara e da mídia.

PT PELO ESTADO MENOR
A bancada do PT no Senado quer dar isenção de imposto de renda a quem recebe menos de R$ 4.990 por mês. A lei causaria uma perda fiscal de estimados R$ 38 bilhões ao governo, segundo o projeto de lei.

IDEIA VELHA
O senador Roberto Requião (MDB-PB) e o deputado Marco Maia (PT-RS) apresentaram projetos em junho passado, fixando o valor da faixa de isentos do imposto de renda em R$ 6 mil. Não prosperou; o prejuízo para o governo seria de quase R$ 40 bilhões e as contas não fecham.

RESERVA DE MERCADO
A Receita Federal pratica "reserva de mercado" para os cargos de confiança, R$ 6.742, para servidor efetivo e R$ 10.373,30 para não servidor: só auditores e analistas tributários os ocupam, ainda que outro profissional faça parte de outras carreiras administrativas do fisco.

ALÍVIO MOMENTÂNEO
A não inclusão de legislação específica no pacote anticrime deixou os sonegadores aliviados. Ao menos por enquanto. Mas o ministro Sérgio Moro (Justiça) já falou em investigar a origem da grana da repatriação.

PENSANDO BEM...
...finalmente no Brasil o crime pode não compensar.
Herculano
16/02/2019 08:53
OS TRÊS FILHOTES, por Hélio Schwarstman, no jornal Folha de S. Paulo

Rebentos já deram indícios de que vão criar problemas para o pai e o país

Se tivesse senso de institucionalidade ou mesmo um pouco mais de juízo, Jair Bolsonaro deserdaria seus três filhos envolvidos com a política. O governo ainda não completou dois meses, mas seus rebentos, cada um à sua maneira, já deram indícios de que vão criar problemas para o pai e o país.

O primogênito, o senador Flávio Bolsonaro, embora seja o mais moderado dos três, converteu-se ele próprio no centro da primeira crise enfrentada pela nova administração. Seu envolvimento com Queiroz e as milícias tende a tornar-se uma assombração permanente a pairar sobre a Presidência.

Carlos, o vereador, a quem o próprio pai apelidou de "pit bull", tem o hábito de jogar gasolina nas questões em que se mete, como acabamos de ver na fritura de Gustavo Bebianno. Além disso, Carlos anda armado ao lado do presidente e, aparentemente, tem acesso a suas senhas nas redes sociais. É incrível que um governo tão densamente povoado por militares admita tal nível de riscos de segurança.

Há, por fim, o deputado federal Eduardo, aquele que gosta de despachar cabos e soldados para fechar o Supremo. A crer nas notícias de bastidores, é o responsável pela indicação de alguns dos personagens teletransportados diretamente da "twilight zone" para a Esplanada dos Ministérios. Na realidade paralela em que esses espécimes habitam, o mundo é dominado por comunistas com o propósito de criar um governo global e destruir a família.

Apesar das dores de cabeça que os três filhotes já causaram e ainda causarão, é improvável que Bolsonaro venha a afastá-los. O problema de fundo é o descompasso entre a nossa programação biológica original (que nos faz proteger filhos e parentes) e o ambiente moderno em que vivemos (que exige do presidente uma impessoalidade institucional). Basicamente, estamos diante de uma armadilha evolutiva, o que significa que a natureza tende a prevalecer sobre o bom senso.
Herculano
16/02/2019 08:41
SE A MODA PEGA....

Camboriú quer voltar pertencer a Balneário Camboriú. É que Camboriú, por falta de planejamento para se contrapor a uma tendência natural, virou cidade dormitório, cheia de problemas inerentes a isso, dos que trabalham em Balneário Camboriú, principalmente na construção civil e na prestação de serviços auxiliares de todos os tipos demandados pela cidade que tem a praia e sua vida de luxo como atração.

Resultado: Balneário Camboriú é rica, digamos assim, pelo menos na arrecadação, com um território diminuto, Camboriú, pobre, extensa e ao mesmo tempo fica com as obrigações sociais dos que trabalham em Balneário como creches, escolas, postos de saúde, assistência social, esgoto, serviços urbanos, drenagem....

Quando os políticos - e foram eles que iludiram o povo - quiseram a separação não pensaram nisso, não agiram para mitigar o que seria possivelmente um problema inevitável. Viveram o presente. Comemoraram como um ganho para si e os seus. Abriram-se mais boquinhas no serviço público, na gestão política...Abriram-se oportunidade de "negócios".

O meu artigo desta sexta-feira para o Cruzeiro do Vale, feito antes da decisão de um vereador de Camboriú ir lá no Tribunal de Contas para "encontrar espertamente" brechas na legislação e ganhar espaços na mídia, para supostamente resolver o problema do seu município e meter a mão na bolada de arrecadação de Balneário, trata do mesmo problema de Gaspar.

Mas, aqui há perspectivas, basta os políticos mudarem suas cabeças e foco.

Ah, a ideia do vereador de Camboriú prosperar é praticamente nula. Não pelas implicações legais complexas, mas por causa dos próprios políticos, porque ele não vão querer perder as suas boquinhas, os seus negócios e as dos seus, todos comendo os pesados impostos do povo de salário minimo e dos ricos, agora estão escassos para todos.

É hora de mudar. Mas, quem vai primeiro mudar o jeito de levar vantagem em tudo em favor da sociedade como um todo? Acorda, Gaspar!
Herculano
16/02/2019 08:13
O RETRATO DO NOVO POLÍTICO, NA NOVA POLÍTICA

Manchete do portal G1, ontem, sexta-feira. Carlos Bolsonaro participa na primeira sessão na Câmara do Rio por menos de menos de meia horta, posta homenagem e sai sem falar.

RETORNO

O vereador Carlos não tem tempo para trabalhar como vereador pelo povo da falida cidade do Rio de Janeiro. Está ocupado em arrumar confusão para o governo do seu pai, bem longe dali, lá em Brasília. Perguntar não ofende: não seria melhor ele se licenciar da Câmara do Rio e atende a sua vocação de pitbull, como o próprio pai Jair o qualifica? Pelo menos deixaria de ser laranja na Câmara caioca onde aparece, quando aparece, para fazer cena.
Herculano
16/02/2019 08:08
COMO FABRICAR CRISES, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Filho de Bolsonaro, humilhação de ministro e inabilidade do presidente ampliam turbulência

A crise deflagrada pela revelação de desvios ocorridos no partido do presidente Jair Bolsonaro desdobrou-se de forma espantosa nesta semana ao atingir o centro nervoso do Palácio do Planalto - e por iniciativa do próprio mandatário.

Como esta Folha demonstrou numa série de reportagens, acumulam-se evidências de que verbas públicas recebidas pelo PSL na campanha eleitoral foram destinadas a candidaturas de fachada.

Em Minas Gerais e Pernambuco, postulantes que alcançaram resultados insignificantes nas urnas foram aquinhoados como campeões de votos e usaram o dinheiro para pagar gráficas e outros serviços que agora não conseguem explicar.

Na quarta (13), as suspeitas atingiram o ministro Gustavo Bebianno, que presidiu o PSL durante a disputa e chefia a Secretaria-Geral da Presidência desde janeiro.

Homem de confiança de Bolsonaro, ele teve como uma de suas atribuições a divisão de fundos entre os diretórios estaduais - e era previsível que um dia seria chamado a prestar contas do que fez.

Ninguém esperaria, porém, o que aconteceu depois. Bastou Bebianno dizer numa entrevista que discutira o problema com Bolsonaro para que um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, o atacasse nas redes sociais.

Carlos não só chamou o ministro de mentiroso como divulgou uma mensagem de áudio enviada pelo pai ao ministro horas antes, em que sugeria deixar a discussão do assunto para outro momento. O próprio presidente contribuiu para a escalada da crise ao republicar as postagens do filho.

De modo mais sensato, também disse a uma rede de TV que Bebianno deveria se afastar em caso de comprovação das suspeitas que pesam sobre sua conduta.

O ministro disse não ter feito nada de errado e avisou que não sairia sem falar com o chefe. Bolsonaro colocou-o na geladeira, evitando contatos enquanto a turma do deixa-disso entrava em campo.

No início desta sexta (15), ventilou-se de início que Bebianno continuaria no cargo até a conclusão das investigações. No final do dia, entretanto, previa-se sua demissão em questão de horas.

O episódio expôs de forma crua a desinibição com que os filhos do presidente se intrometem nos assuntos do governo e deixou evidente o desinteresse de Bolsonaro em domar os instintos da prole.

Ao humilhar um colaborador que guarda os segredos de sua campanha e sempre agiu como devoto fiel, o presidente também deixou patente sua inabilidade como gestor de crises e operador político.

Tudo que Bolsonaro conseguiu foi alimentar desconfianças ao seu redor. Num momento em que precisa buscar apoio para uma ambiciosa reforma da Previdência, o preço a pagar logo ficará claro.
Miguel José Teixeira
15/02/2019 14:50
Senhores,

Comenta-se em Brasília, que o único trabalho que o filho de Michel Temer, o Michelzinho) dava ao governo era quando resolvia 'desaparecer', brincando nos jardins do Alvorada". E a primeira-dama, Marcela, ficava na maior preocupação.

Já os zero-um, zero-dois e zero-três remetem-nos ao "pelé dos negócios", o tal de. . .filho do. . .

Alô, Curitchiba!!!
Miguel José Teixeira
15/02/2019 11:33
Senhores,

Na mídia:

"Potenciais laranjas receberam R$ 15 mi de verba pública de 14 partidos.
- Assim como no caso do PSL, candidatas de outras siglas tiveram recursos vultosos e votações pífias".

Já está passando da hora de dar UM BASTA na farra do tal fundo partidário!!!

Assim como já passou da hora de dar UM BASTA na farra da contração de assessores pelo parlamentares.

É muita fartura. . .

Como se diz "a ocasião faz o ladrão". . .
Fulano
15/02/2019 10:24
Impressionante como "eles" ficam massacrando o funcionário público e acontecem coisas como essas dentro da prefeitura. Onde os comissionados podem tudo e os efetivos não tem direito a mais nada garanto que se este caso acontecesse com algum concursado era um processo administrativo na HR nem esperava cair na mídia. Bem que diz aquele velho ditado: " A corda sempre arrebenta pelo lado mais fraco". Acorda Gaspar
Herculano
15/02/2019 07:16
CAVEIRA

Circula, maciçamente por aplicativo de mensagens, em Gaspar e arredores, um áudio atribuído ao superintendente da Defesa Civil de Gaspar, sub-tenente da reserva do Bombeiro Militar, Evandro de Mello do Amaral, esculachando um voluntário [que não é identificado] e que aparentemente não está alinhado com as ideias dele.

Impressionante a linguagem e as ameaças. Certamente, não é de um líder. Com a palavra, o padrinho do moço, o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, secretário da Saúde, presidente do MDB ex-soldado bombeiro militar, bem como o prefeito Kleber Edson Wan Dall,MDB. Acorda, Gaspar!
Herculano
15/02/2019 07:07
HIPOCRISIA ATACA O PSL, MAS IGNORA PT, DEM... por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Em meio ao falatório para transformar em escândalo de corrupção a transferência de R$400 mil a uma candidata do PSL não eleita em Pernambuco, setores hostis ao presidente Jair Bolsonaro, inclusive na mídia, fazem vista grossa para 'figurões' que torraram R$60 milhões dos fundos partidário e eleitoral, em 2018, e apesar da montanha de dinheiro público, fracassaram nas urnas. Casos dos petistas Lindbergh Farias (R$2,6 milhões do PT) e Dilma Rousseff (R$4,1 milhões).

LULA: R$20 MILHÕES
Caso chocante de gasto do Fundo Eleitoral foi o de Lula, o presidiário: sem pôr o pé na rua, teve R$20 milhões do PT para sua "campanha".

PAPELÃO
Também ninguém menciona o caso de Romero Jucá (RR). Recebeu R$2,25 milhões do MDB, proveniente do Fundo Eleitoral, e nada.

DESMOBILIZADOS
Integrante da tropa de choque anti-impeachment, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) gastou R$2 milhões do Fundo e também fracassou.

DINHEIRO NOSSO
Os petistas Wadih Damous e Luiz Sérgio dançaram no Rio, Zé Mentor Valmir Prascidelli, em SP. Receberam R$ 3 milhões e não são citados.

MUSA DA REFORMA FOI DOS GOVERNOS FHC E LULA
Ex-secretária de Previdência Complementar no governo FHC, a economista Solange Vieira foi também presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nos governos Lula e Dilma (PT), e agora ganhou status de "musa da reforma da Previdência". Ela faz parte da equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) que preparou o projeto de reforma, e foi recebida pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio Alvorada, nesta quinta (14), ao lado dos colegas de trabalho.

LONGA CARREIRA
Solange Vieira tem longa carreira profissional. Presidiu a Telos (fundo de pensão da Embratel) e foi diretora do banco Itaú BBA.

FUNDO DE PENSÃO
No BNDES, onde é funcionária de carreira, ela foi chefe de gabinete e atualmente preside a Fapes, fundo de pensão do banco.

COM GILMAR
No início da sua trajetória, a eclética Solange Vieira foi assessora do atual ministro do STF Gilmar Mendes, quando ele chefiou a AGU.

PAÍS DA IMPUNIDADE
Já são três semanas do rompimento de mais uma barragem da Vale, agora 320 mortos, e uma semana da tragédia do CT do Flamengo dez meninos mortos. Até agora, não há diretores de um ou de outro presos.

ARTICULAÇÃO DESARTICULADA
Agora de volta ao batente, o presidente Bolsonaro terá a tarefa de botar a bola no chão e apito na boca. Após sua ausência por 17 dias, encontrou o PSL rachado, principalmente na Câmara.

ESCORIAÇõES GENERALIZADAS
Gustavo Bebianno (Secretaria Geral) passou a quinta (14) respirando por aparelhos, após trombar com "Zero Dois", como o presidente chama o filho que no dia da posse o acompanhou no carro aberto.

TOCANDO DE OUVIDO
Três dos quatro gabinetes mais importantes do Planalto apostam que a mensagem assinada por Carlos Bolsonaro chamando Gustavo Bebianno de mentiroso foi obra do presidente. Ou a pedido dele.

AFOGAMENTO DE PEIXES
O ex-senador Cassio Cunha Lima (PB) ficou espantado quando soube que as águas da chuva provocaram a morte de peixes no açude de Campos, região do Cariri: "Na Paraíba é assim, peixe morre afogado..."

NOVO MESMO
Deputado mais votado pelo partido Novo em São Paulo, Vinícius Poit oficializou renúncia a plano de seguridade e auxílios mudança e moradia da Câmara. "Não tem cabimento o tanto de mordomias", disse.

'PREVIDENCIôMETRO'
Instituto Ideia Big Data criou o Previdenciômetro, à base de pesquisas em redes sociais, opinião pública e de parlamentares, para avaliar quais as chances da reforma da Previdência. O índice vai de 0 a 100.

DOCUMENTÁRIO FAKE
A Sociedade Latinoameriana de Endodontia chamou de "fake news" o documentário "A Raiz do Problema", do Netflix, afirmar que tratamento de canal pode causar câncer, problemas mentais e cardíacos.

PENSANDO BEM...
...se Jânio Quadros governava por meio de bilhetinhos, na era Jair Bolsonaro o governo é tocado por "posts".
Rádio Corredor.
15/02/2019 07:01
Pedro chefe de gabinete,André secretário de agricultura,Melato presidente do SAMAE,Amaurí diretor de obras o que eles tem em comum?Pertencem ao PP alguém vai sobrar!Quem será?????
Herculano
15/02/2019 06:51
PREVIDÊNCIA MAIS DURA E AINDA VAGA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Faltam definições cruciais para a vida das pessoas e para as contas públicas

Jair Bolsonaro definiu as idades mínimas de aposentadoria do projeto que vai enviar ao Congresso. E daí? Sabe-se ainda pouco.

Houve comoção entre o povos dos mercados. O pessoal ficou satisfeito de ver que o presidente não surtou na Previdência e que seu governo não criou mais um episódio BBB, com outro ministro no paredão ou vexames assim.

No mais, contar que a idade mínima de aposentadoria será de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, depois de 12 anos de transição, diz pouco sobre o impacto humano e fiscal da reforma.

Tudo bem. No entanto, como há algum tempo para o governo calibrar a reforma, convém atentar para o que importa. Ou seja, o que afeta a vida cotidiana e para bodes, jabutis e rinocerontes que podem prejudicar a reforma em termos de economia e viabilidade política.

A transição será de até 12 anos. Mas em que ponto começa a transição? Isto é, depois da reforma, qual será a idade mínima provisória, implícita ou explícita?

Em outros projetos reformistas, seria de 55 anos para homens e de 53 para mulheres. O pessoal de Bolsonaro, porém, pensa em algo perto de 60 anos para homens e 56 para mulheres.

Deve haver outros arranjos para quem está perto de se aposentar, a fim de que se evite mudança abrupta.

Vai haver um pedágio, anos extras de trabalho, de 30% a 50% sobre o tempo que faltaria para a aposentadoria.

Para a transição em geral, deve continuar a exigência de pontos mínimos, similar à regra do sistema atual: soma de idade com tempo de contribuição. Além do mais, pode haver um desconto no valor das aposentadorias se a pontuação for baixa, tal como o fator previdenciário.

Além das regras de acesso (idade etc.), o que mais pesa na vida das pessoas e nas contas do governo? O valor dos benefícios, normas para pensões e as regras de acesso a benefícios assistenciais.

As pensões serão reduzidas pela metade, com 10% extras para cada dependente, como se pretendia?

Todos os benefícios ainda terão o valor de um salário mínimo? Benefícios assistenciais cairão abaixo do mínimo? O salário mínimo continuará a ter reajustes além da inflação? Em suma, vão desvincular os benefícios do valor do mínimo?

Vão mudar as regras de acesso à aposentadoria rural (na prática, um benefício assistencial) e ao BPC (para idosos e deficientes muito pobres)? O Congresso resiste a mudanças na Previdência rural.

O grosso da economia da reforma previdenciária vem desses benefícios discutidos até aqui.

Quase todo o mundo vai se sentir injustiçado pela reforma, com ou sem razão, embora as pesquisas indiquem que caiu a resistência à mexida na Previdência (pelo menos enquanto o povo não conhece os detalhes da coisa).

Se o governo forçar a barra, criando uma transição muito abrupta para aposentadorias, pensões ou benefícios para muito pobres, pode ter chiadeira além da conta entre o povo e, pois, no Congresso.

Caso não apare os privilégios dos regimes de aposentadorias de funcionários públicos, a reação será ainda mais azeda.

Enfim, de mais importante: quase nada se fala de preservar a arrecadação da Previdência, ameaçada por mudanças no mundo do trabalho.

Lembre-se que a reforma de Michel Temer levou um talho de mais de 20% no Congresso (em termos de redução de despesa do governo). A de Bolsonaro também será lipoaspirada.

Mas não adianta o governo exagerar na dose, causar tumulto e, assim, reações ainda mais defensivas no Congresso.
Herculano
15/02/2019 06:45
APOIO AOS PIRATAS?

Manchetes de hoje dão conta que o presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL, no Palácio do Alvorada, sua residência, durante a reunião que bateu o martelo para os principais pontos da Reforma da Previdência, vestia uma camisa falsificada do seu time do coração, o Palmeiras.

Quem mesmo orienta esse senhor? Sinais trocados a todo instante. Ele é presidente da República do Brasil. Ele está contribuindo para sermos uma republica das bananas.

Quem falsifica uma camisa de um time de futebol como o Palmeiras, não paga impostos, emprega gente de forma irregular e não contribui para o clube com o licenciamento. Bolsonaro deveria ser o exemplo contra isso tudo. Simples assim! Wake up, Brasil!
Herculano
15/02/2019 06:41
LAVA JATO PRENDE MAIS UMA VEZ SECRETÁRIO DE CABRAL

Régis Fichtner, chefe da Casa Civil de Sérgio Cabral, foi preso novamente nesta sexta-feira, em mais uma fase da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Herculano
15/02/2019 06:36
RESISTÊNCIA DE BOLSONARO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA PODE CONTAMINAR CONGRESSO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Ressalvas do presidente até a última hora mostram que negociação política será custosa

Jair Bolsonaro se comportou como um líder hesitante até definir sua proposta de reforma da Previdência. Na véspera de bater o martelo, admitiu com certo pesar que "nem gostaria" de fazer a mudança. "Mas sou obrigado a fazê-la. Do contrário, o país quebrará", completou.

A resistência demonstrada pelo presidente em relação a um ajuste rigoroso deve ter reflexos no Congresso. Durante a elaboração do texto, o próprio Bolsonaro expôs publicamente sua relutância em relação a diversos pontos da reforma. A atitude pode contaminar a visão dos parlamentares sobre o tema.

Um dia antes de definir a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, o presidente disse numa entrevista que esses números poderiam ficar em 62 e 57. Ao expor a hipótese, Bolsonaro deu guarida a deputados e senadores que gostariam de pleitear a redução.

Nas discussões sobre a reforma, Bolsonaro se esforçava para demonstrar sensibilidade social. Afirmou que o ajuste não pode "matar idosos" e usou dados distorcidos de expectativa de vida para justificar uma idade de aposentadoria menor. Agora, esses argumentos serão aproveitados com gosto pela oposição.

Com três décadas de vida no Congresso, o presidente foi o primeiro teste de articulação política da reforma. A equipe econômica conquistou uma vitória ao fechar um acordo em torno do texto, mas o debate também revelou os custos da negociação. Se o próprio presidente fazia ressalvas até a última hora, não se deve esperar caminho livre nem entre os aliados mais fiéis do governo.

Quando estava prestes a escorregar do precipício, Gustavo Bebianno se agarrou ao presidente. Nas últimas 24 horas, o ministro atacou Carlos Bolsonaro (a quem chamou indiretamente de moleque) e transferiu as suspeitas sobre o laranjal do PSL para outros dirigentes do partido. Em algum momento, Jair precisará exercer autoridade e decidir se algum deles será atirado do penhasco.
Herculano
15/02/2019 06:31
NOTÍCIA VELHA BOA. NOTÍCIA NOVA RUIM

O advogado gasparense Valmor Beduschi Júnior, membro do Conselho da Cidade, num aplicativo de mensagens, repassa-me uma notícia publicada no dia 14 de novembro do ano passado por Estela Benetti, na sua coluna no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis. Ela estampa o seguinte título:"Bunge, de Gaspar, é a maior empresa de Santa Catarina".

É motivo de orgulho? É notícia boa? Excelente.

Depois da saída da sede da Bunge Alimentos daqui para São Paulo no tempo do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, ela acabou voltando para cá já no final do seu segundo mandato. E ai, com isso, o faturamento nacional dela, e consequentemente seus tributos, contam para Gaspar e Santa Catarina.

E é por isso que ela se torna a maior, pois empresas como Perdigão, Sadia e Seara - para citar as maiores do agronegócio que tiveram origem aqui-, se dividem país afora com o nosso estado.

E por que a Bunge está em Santa Catarina e especialmente em Gaspar?

Por uma série de fatores, entre eles e principalmente, devido aos incentivos fiscais.

O que o ex-governador Eduardo Pinho Moreira, MDB, iniciou e o o atual governador Moisés Carlos da Silva, PSL, quer completar, por orquestração do seu secretário de Fazenda, e que também era de Moreira, o Paulo Eli, um técnico da Fazenda Estadual?

Cortar esses incentivos das empresas catarinenses.

Primeiro, é mesmo preciso revisar esses incentivos. Segundo, como se quer, cortá-los, indiscriminadamente e de todos, só para arrecadar mais, beira a um crime contra o estado, a economia e principalmente os catarinenses.

Para quem aumentou o ICMS do feijão e arroz do povo pobre para cobrir as despesas entre elas da inchada folha do funcionalismo, essa ideia contra os incentivos, é fichinha...

Segundo, o remédio que se recomenda está errado na fórmula e na dose, e por isso se torna um veneno.

Se num primeiro momento vai aumentar a arrecadação com mais impostos, logo em seguida, esse "remédio" vai gerar queda na arrecadação e desemprego em massa, ou seja, menos riqueza no ciclo econômico, com a saída das empresas estruturadas para outros estados na guerra fiscal, e a falência das que não possuem essa estrutura de investimento e mobilidade.

O que verdadeiramente o governo do estado e seus técnicos deviam fazer, é a de rever a estrutura cara do estado e principalmente os privilégios da caríssima máquina pública, gulosa pelos pesados impostos de todos nós, mesmo quando desempregados.

Basta lembrar que um dos piores governadores da história que Santa Catarina já teve e iniciou um ciclo pernicioso de endividamento [Invesc, para lembrar um], foi justamente um técnico da secretaria da Fazenda, Paulo Afonso Evangelista Vieira, MDB. Essa gente está acostumada a estudar novos tributos, aperfeiçoar a legislação para tributar sem passar pela Alesc, aplicar multa e cobrá-las.

Se isso acontecer, o corte linear dos incentivos às empresas catarinenses, elas perderão a competitividade nacional e deverão encontrar outro rumo.

É um assunto muito complexo, e convivi com ele, grande parte da minha vida profissional.

Definitivamente, doutor Valmor, essa não é uma notícia boa para Gaspar, governada pelo MDB, autor dessa ideia de gerico encampada pelo atual governador.

Então, o comentário de hoje que faço na coluna da edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, de maior circulação e credibilidade, terá ainda um quadro bem pior no futuro. Pois na Bunge, certamente, não está concentrada a maioria dos que ganham de zero a dois salários, e que o IBGE nos mostra e foi base do meu comentário.

Dourar a pílula neste instante, como quer o doutor Valmor, só nos levará ao pior dos mundos. Estamos num beco e precisamos construir uma saída não só para Gaspar, mas Santa Catarina, maltratada por tantos governos, entre eles, o de Raimundo Colombo, PSD, tanto que foi rejeitado na recente corrida ao Senado.

É um problema a falta de ideia melhor e ação do governo de Moisés? É! Mas, também abre uma oportunidade não para o debate e o desgaste, mas para a criatividade e a união da comunidade sobre um tema tão relevante para nós todos.

Se nos tempos das vacas gordas, os políticos não discutiram e distribuíram privilégios para se elegerem, agora chegou a vez de enfrentarmos à realidade imposta até pela nossa omissão naqueles tempos, pois aparente ou comodamente, não "nos dizia a respeito".

E esse enfrentamento passa pela empregabilidade do povo que não tem estabilidade no emprego, que não se aposenta aos 45 anos com salários integrais, e que paga a maior parte dos pesados impostos para sustentar uma máquina pública que trabalha contra a cidade, a cidadania e os cidadãos. E é isso que sempre defendi daqui desta trincheira, expondo realidades e não as falsamente dourando-as. Acorda, Gaspar!
Herculano
15/02/2019 05:32
CERCO ÀS FACÇÕES

Transferência renova esperanças de que o Estado combata o crime de forma mais articulada

Numa operação que mobilizou um arco de instituições vinculadas à segurança pública, da esfera estadual ao governo federal, o chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Camacho, foi transferido do presídio de Presidente Venceslau, no oeste de São Paulo, para o sistema federal.

Além de Marcola, como é conhecido o prisioneiro de alta periculosidade, foram removidos 21 membros da organização que nasceu no interior paulista, em 1993, e exerce vasta e deplorável influência em penitenciárias do país.

Em 2006, quando Marcola e outros membros do PCC foram mandados para a instituição de segurança máxima de Presidente Venceslau, eclodiu uma onda de ataques e rebeliões que ficou na memória como um marco infame da violência patrocinada pela facção.

Temores quanto a novas retaliações levaram as autoridades a organizar, agora, amplo esquema de prevenção, que envolveu polícia, Forças Armadas e Força Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Na quarta, dia da operação, a PM foi mobilizada para vigiar mais de 3.300 locais, enquanto a Secretaria da Administração Penitenciária promovia revistas em praticamente todas as unidades do estado.

Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou decreto de Garantia da Lei e da Ordem para autorizar tropas militares em torno dos presídios federais de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).

Por sua vez, o ministro da Justiça, Sergio Moro, que assumiu compromissos, ao tomar posse, de combate ao crime organizado, providenciou o apoio da FNSP para reforçar a vigilância da penitenciária de Brasília ?"o terceiro destino aventado para receber os detentos.

Moro editou ainda portaria que muda as regras para as visitas a presos em instituições federais. Os contatos ocorrerão apenas por meio de parlatório e videoconferência, à exceção de presos que demonstrem "ótimo comportamento carcerário" durante um ano.

A transferência de Marcola e outros detentos já havia sido pedida pelo Ministério Público no ano passado, em decorrência da descoberta de um plano cinematográfico de fuga, que utilizaria mercenários estrangeiros, dois helicópteros, lança-mísseis e metralhadoras.

A apreensão de uma suposta carta que determinaria a eliminação de um promotor reforçou a decisão, agora implementada.

A operação renova esperanças de que as autoridades assumam atitude mais decidida e articulada no combate às facções criminosas. O descontrole que se instalou na segurança pública é, sem dúvida, um descalabro nacional.

Será difícil oferecer perspectiva de melhora à sociedade enquanto bandidos comandarem grande parte do sistema prisional e emitirem ordens de seu interior para que se matem desafetos e se organizem verdadeiros ataques terroristas.
Herculano
14/02/2019 16:33
BLOCOS DA ÁREA AZUL DE GASPAR VOLTAM NESTA SEXTA-FEIRA?

É o que informa o portal do Cruzeiro do Vale, após ouvir a Ditran.

Será preciso conferir.

A Gaspar das grandes obras, estava sem blocos da Área Azul, coisa simples e rotineira. Este fato por si só que demonstra a falta de controle e planejamento. E não era de hoje: desde dezembro.

Na coluna Olhando a Maré de sexta-feira passada na edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e repercussão em Gaspar e Ilhota, reportei esse caso.

Pergunto: era preciso? Falta de gestão e eficiência, as coisa que mais avançam em Gaspar. Em uma semana estão tentando resolver o que não fizeram em meses. Acorda, Gaspar!

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.