21/01/2011
(acalanto de Romeu)
No limiar da saudade
te vejo despojada da vida
sofrendo gota por gota
nosso amor adormecido.
Teus olhos já não bailam mais
estão calados, quietos e feridos
como pedras duras e cruas
sem o brilho que os domina.
Sorvi teus lábios calados
pelo veneno mortal
que transformou minha amada
numa estátua de cristal.
Enterro o estilete de prata
como prova de amor eterno
vou te encontrar bem já longe
onde a maldade apagada
jamais tocará nosso amor
que se eternizará para sempre.
JC BRIDON
Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - CBJE - Rio de Janeiro - Câmara Brasileira de Jovens Escritores
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