Já está virando cena de novela das oito a discussão sobre o reajuste salarial dos servidores públicos municipais, iniciada em fevereiro deste ano e que pelo andar das discussões parece sem prazo para terminar.
Enquanto o Sindicato da categoria insiste em lutar pelo ganho real, além da reposição das perdas já garantidas pelo Governo ? os administradores insistem em negar qualquer reajuste com a promessa de que o ganho será muito maior com o plano de carreira.
O problema em toda a discussão é a falta de conversa ? e credibilidade ? entre as partes envolvidas. O Governo não consegue provar ao sindicato que irá cumprir os prazos estabelecidos e fazer valer o plano de carreira e por isso não consegue chegar a um acordo. Os servidores alegam que não haverá tempo hábil para toda a complexa discussão que compreende a elaboração de tal plano e na dúvida preferem colocar em prática o antigo ditado: mais vale um pássaro na mão do que dois voando. A apreensão dos servidores é de que, sem tempo hábil não haverá plano de carreira e daí a categoria fica sem o plano e sem o ganho real.
A verdade é que há resistência dos dois lados e enquanto as partes não cederem, conversarem e darem as devidas garantias será difícil chegar ao capítulo final desta enrolada trama.
É preciso maturidade de ambas as partes para que o foco, que é uma melhor condição salarial para todos os servidores, não seja perdido, afinal, é o salário de quase mil pessoas que está sendo discutido e não o futuro político das partes envolvidas.
edição 1281
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