Por Sandro Galarça - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Sandro Galarça

09/12/2008 00:00

Aos poucos, os serviços públicos vão sendo reestabelecidos na cidade e a vida vai, de um jeito meio sem graça, voltando ao normal. Ou ao que podemos chamar de normal, no meio de tamanha tragédia. O fato é que, mesmo duas semanas depois da tragédia que assolou o Vale do Itajaí, novas vítimas vão sendo contabilizadas pela Defesa Civil. Famílias que voltaram a residir em seus lares, ainda que sem a liberação dos órgãos competentes, foram surpreendidas por novos deslizamentos e ficaram soterradas em suas residências.

Na localidade do Baú, o número de vítimas segue crescendo e agora as autoridades não divulgam mais qualquer informação parcial sobre mortes ou novas vítimas. Há o receio de que mais pessoas retornem aos seus lares e sejam vítimas de deslizamentos. A fiscalização, a partir de agora, tende a ser bem mais rigorosa e o laudo para a liberação das áreas atingidas só deve sair depois de uma análise bastante criteriosa e de uma visita in loco dos técnicos da Defesa Civil e geólogos dos órgãos competentes.

Há o sentimento de perda de quem não tem mais onde morar e sequer possui o terreno para começar a vida, mas o mais importante agora é recomeçar com segurança. O caso mais recente, que vitimou um casal de idosos no Belchior, preocupa a quem tenta zelar pela integridade dos moradores. Trata-se de uma situação de calamidade e, neste caso, cabe uma boa dose de bom senso para quem ainda tem algo a perder depois da tragédia.

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