Escolas devem ficar sem treinos de vôlei e futsal no contraturno - Jornal Cruzeiro do Vale

Escolas devem ficar sem treinos de vôlei e futsal no contraturno

04/12/2015
Escolas devem ficar sem treinos de vôlei e futsal no contraturno

As horas de treinamento esportivo oferecidas no contraturno em cinco escolas da rede municipal não serão realizadas em 2016. O trabalho envolvia cerca de 200 alunos do 5º ao 9º ano em atividades de vôlei e futsal. A carga horária variava de 10 a 15 horas semanais nas escolas Norma Mônica Sabel, Zenaide Schmitt Costa, Ferandino Dagnoni, Vitório Anacleto Cardoso e Dolores Krauss.

Segundo a Secretaria de Educação, o treinamento esportivo deve ser oferecido no mesmo turno em que os alunos estudam, e não mais no período oposto, como funcionava desde 2010. A mudança é fruto de uma reorganização geral que ainda está sendo elaborada pelo município.

A informação do fim das atividades complementares de esporte no contraturno foi repassada pela Secretaria de Educação a professores da área de educação física em uma reunião no CEU do Gaspar Mirim, na última semana, e confirmada em e-mails enviados por escolas (CONFIRA ABAIXO). Preocupados com a mudança anunciada, professores da área se mobilizam pelas redes sociais e chegaram a elaborar uma carta de repúdio e também um abaixo-assinado contra o fim das horas de treinamento.

Segundo professores de Educação Física, o trabalho de atividades extracurriculares era bem avaliado e tinha boa adesão de estudantes. “É um período que o aluno, em vez de ficar na rua, permanece na escola e recebe orientações esportivas. Muitos atletas gasparenses foram revelados por meio desses treinamentos”, avalia um professor que prefere não se identificar.

Outras atividades também podem sofrer redução

Professores de outras oficinas dadas nas escolas, como teatro e dança, afirmam que há boatos de que também haja redução nessas atividades. No entanto, a secretaria ainda não confirma e garante que o assunto será uma incógnita até ser definido o quadro para o próximo ano, o que deve ocorrer até janeiro. “Estamos preparando uma série de reorganizações, inclusive adequações à legislação. Na nossa visão, as mudanças são em relação à otimização de recursos e serviços. Profissionais de algumas classes estão vendo isso como uma diminuição, mas nós não vemos dessa forma”, afirma a assessora administrativa da Secretaria de Educação, Camila Schreiber. Segundo a secretaria, o fator orçamento não é o grande motivador das mudanças.

Em outubro deste ano, as oficinas de dança estiveram na mira de cortes da Secretaria de Educação para 2016. No entanto, após forte mobilização dos pais e uma audiência pública na Câmara de Vereadores, a secretaria recuou e garantiu a manutenção das atividades da dança no próximo ano.

 

Edição 1727

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