As horas de treinamento esportivo oferecidas no contraturno em cinco escolas da rede municipal não serão realizadas em 2016. O trabalho envolvia cerca de 200 alunos do 5º ao 9º ano em atividades de vôlei e futsal. A carga horária variava de 10 a 15 horas semanais nas escolas Norma Mônica Sabel, Zenaide Schmitt Costa, Ferandino Dagnoni, Vitório Anacleto Cardoso e Dolores Krauss.
Segundo a Secretaria de Educação, o treinamento esportivo deve ser oferecido no mesmo turno em que os alunos estudam, e não mais no período oposto, como funcionava desde 2010. A mudança é fruto de uma reorganização geral que ainda está sendo elaborada pelo município.
A informação do fim das atividades complementares de esporte no contraturno foi repassada pela Secretaria de Educação a professores da área de educação física em uma reunião no CEU do Gaspar Mirim, na última semana, e confirmada em e-mails enviados por escolas (CONFIRA ABAIXO). Preocupados com a mudança anunciada, professores da área se mobilizam pelas redes sociais e chegaram a elaborar uma carta de repúdio e também um abaixo-assinado contra o fim das horas de treinamento.
Segundo professores de Educação Física, o trabalho de atividades extracurriculares era bem avaliado e tinha boa adesão de estudantes. “É um período que o aluno, em vez de ficar na rua, permanece na escola e recebe orientações esportivas. Muitos atletas gasparenses foram revelados por meio desses treinamentos”, avalia um professor que prefere não se identificar.
Professores de outras oficinas dadas nas escolas, como teatro e dança, afirmam que há boatos de que também haja redução nessas atividades. No entanto, a secretaria ainda não confirma e garante que o assunto será uma incógnita até ser definido o quadro para o próximo ano, o que deve ocorrer até janeiro. “Estamos preparando uma série de reorganizações, inclusive adequações à legislação. Na nossa visão, as mudanças são em relação à otimização de recursos e serviços. Profissionais de algumas classes estão vendo isso como uma diminuição, mas nós não vemos dessa forma”, afirma a assessora administrativa da Secretaria de Educação, Camila Schreiber. Segundo a secretaria, o fator orçamento não é o grande motivador das mudanças.
Em outubro deste ano, as oficinas de dança estiveram na mira de cortes da Secretaria de Educação para 2016. No entanto, após forte mobilização dos pais e uma audiência pública na Câmara de Vereadores, a secretaria recuou e garantiu a manutenção das atividades da dança no próximo ano.
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