Os problemas matemáticos viraram atração entre os alunos do período da infância III do Centro de Desenvolvimento Infantil Irmã Cecília Venturi, no Belchior.
Desde que a professora Joice Theiss Werner decidiu trabalhar a matemática com a construção de problemas, seus alunos de cinco e seis anos começaram a ver os números com outros olhos. Os problemas são de diferentes tipos, envolvendo contextos numéricos e não numéricos, como advinhas, jogos, problemas a partir de uma gravura, de um cenário, na forma de textos, entre outros.
"Eu leio o problema para as crianças e elas têm que calcular a solução, por exemplo: um grupo de crianças recebeu vários brigadeiros, as meninas ganharam 20 e os meninos ganharam 32. Quantos brigadeiros eles tinham juntos? Eles se reúnem e resolvem o problema com o auxílio de um medidor que fiz na parede do CDI", explica Joice.
O projeto atraiu a atenção das crianças, que mesmo sem saber ler aprenderam a resolver problemas com grandes números. "No início trabalhávamos com números baixos, pois eles ainda são muito novos, agora eles já pedem problemas com números maiores, pois já estão sabendo calcular. Cada vez tenho que pensar problemas mais complexos, pois os problemas mais fáceis eles solucionam com muita rapidez", explica a professora.
Livro
A solução dos problemas é apresentada pelas crianças através de desenhos, que estão sendo reunidos pela educadora e formarão o "Livro dos super problemas". Segundo a professora, cada criança está montando seu livro, que será entregue no final do ano letivo, junto com a avaliação pessoal das crianças.
Para Joice, a experiência, que teve início neste segundo semestre letivo, tem surtido excelentes resultados. "Esta atividade desencadeia nas crianças a necessidade de buscar uma solução com os recursos de que ela dispõe no momento. Os problemas estimulam a criança a controlar e corrigir seus erros, seus avanços, rever suas respostas. Possibilita ainda a descoberta de onde ela falhou e onde teve sucesso", destaca a educadora.
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