Psicóloga da Educação atende com cão guia em socialização em Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Psicóloga da Educação atende com cão guia em socialização em Gaspar

23/06/2021
Psicóloga da Educação atende com cão guia em socialização em Gaspar

Você conhece a cadela Ipa? Há cerca de um ano, ela acompanha a psicóloga Thais Simone Franca Burtuli no Serviço de Fonoaudiologia, Psicopedagogia e Psicologia Escolar (Sefoppe) da Secretaria Municipal de Educação. A labradora de cor preta faz um treinamento de socialização para auxiliar pessoas com deficiência visual. O órgão atende as crianças da rede municipal de ensino, que são encaminhadas pelas próprias escolas. São alunos que têm alguma dificuldade de desenvolvimento e rendimento escolar. Além disso, recebe a demanda das escolas estaduais, Centros de Desenvolvimento Infantil (CDIs), creches domiciliares, Conselho Tutelar, abrigos e unidades do SUS.

Thaís explica que seu trabalho, além de cuidar do cão, é fazer a socialização dele nos ambientes públicos e privados. Conforme a lei decretada em 2005, é direito da pessoa com deficiência visual permanecer em qualquer local destinado ao público, aberto ou fechado, bem como em transportes públicos, com seu cão guia. Essa socialização é também uma educação comunitária, para que cada vez mais as pessoas tenham consciência desta lei, de como reagir nestas situações e não levar a pessoa a alguma situação vexatória. Sem esquecer de que o seu não cumprimento é penalizado com multa.

De acordo com a profissional, ela conheceu o projeto via Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) de Balneário Camboriú e trouxe para cá. “Este já o meu segundo cão. Já tive o Eddy. Já que o objetivo do programa remete à acessibilidade e a disseminação de informação para os moradores a respeito de cães guia, solicitei autorização da prefeitura de Gaspar e a parceria veio forma positiva", explica. Ela destaca que o animal acaba participando dos atendimentos, auxiliando tanto no seu treinamento quanto as crianças.

A psicóloca reforça que trata-se de um trabalho. "Durante os atendimentos, as crianças aprendem que quando o cão está com seu colete, identificando-o como cão guia, ele na verdade está trabalhando. Não se deve fazer carinho ou chamar a sua atenção. Mas há sim momentos em que eu retiro o colete e as crianças podem fazer carinho e brincar de forma correta”, reitera. Outro aprendizado que é repassado às crianças, é a questão de que ao ver um cão guia na rua, não se deve chamá-lo, pois como ele está guiando uma pessoa, distraí-lo pode ocasionar em acidentes.

Cães Guia

Os cães nascem no centro de treinamento, onde ficam alguns meses e recebem os cuidados e preparos iniciais para se tornarem cães guia para pessoas com deficiência visual. Entre 4 e 5 meses, esses cães começam a ser destinados às famílias cadastradas interessadas em socializar o animal. O programa é um trabalho totalmente voluntário.

O animal, junto da família, passa pelo processo de socialização (cerca de 1 ano e meio), volta para o Centro de Treinamento e depois é destinado a outra pessoa, que fará o adestramento para a guia de pessoas cegas. Após todos estes treinamentos, ele está pronto para ser doado e atuar cdomo cão guia de uma pessoa cega, cadastrada no programa. O cão também é adestrado a se comportar em público e a não fazer necessidades em locais irregulares.

O processo de doação do cão guia segue alguns critérios. A pessoa se cadastra via internet entre na fila de espera. Ao ser selecionada, começa a receber o cão para análise de compatibilidade. Como cada pessoa tem uma rotina diferente, esses animaisprecisam se adaptar, do mesmo modo que o cão tem suas particularidades que devem ser atendidas da melhor forma.

 

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Edição 2008

Comentários

Mateus
24/06/2021 08:50
Belíssimo trabalho voluntário, parabéns Thais ?'???'??

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