Seu bebê engasgou com leite materno? Saiba o que fazer - Jornal Cruzeiro do Vale

Seu bebê engasgou com leite materno? Saiba o que fazer

22/10/2021
Seu bebê engasgou com leite materno? Saiba o que fazer

A chegada de um bebê renova a alegria nos lares, aproxima a família e torna as relações mais agradáveis. Por outro lado, desperta uma série de receios... Se responsabilizar por uma criança é uma tarefa que requer cuidado. Isso porque, mesmo que os planos sejam todos focados na saúde e bem-estar dos pequenos, imprevistos e acidentes podem acontecer. Uma circunstância negativa, por exemplo, é o engasgo com leite materno ou objetos.

Na maioria dos casos, os episódios são resolvidos rapidamente pelos próprios pais. Porém, há situações mais graves em que é necessário acionar equipes de socorro para salvar a vida da vítima. Seja lá qual for seriedade do ocorrido, o ideal é que os responsáveis saibam como agir. Muito se fala sobre massagens, os famosos ‘tapinhas’, respiração boca a boca e demais manobras. Mas, afinal, o que fazer nesses casos?

Em entrevista ao Jornal Cruzeiro do Vale, o comandante do Corpo de Bombeiros de Gaspar compartilha informações cruciais em casos de engasgo em crianças. Conforme destacado pelo Tenente Levi Garcia Ribeiro, a chamada ‘Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho’ é 80% mais comum em crianças. “O pico de incidências ocorre entre um e três anos, sendo a terceira maior causa de morte entre lactentes”, reitera.

Ele explica que esse engasgo geralmente é ocasionado por leite materno, alimentos ou até mesmo objetos, por exemplo: “A obstrução pode ser parcial ou total. A vítima começa a apresenta dificuldade respiratória, como um dos principais sintomas a ser diagnosticado, evoluindo para um quadro mais grave, passando a apresentar uma coloração azulada na pele (cianótica), chegando a ficar inconsciente”.

 

“O pico de incidências ocorre entre um e três anos, sendo a terceira maior causa de morte entre lactentes”.

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Tenente Levi Garcia Ribeiro, comandante
do Corpo de Bombeiros de Gaspar

 

Recomendações

Vale destacar que o problema ainda pode evoluir para uma parada cardiorrespiratória e, infelizmente, óbitos. É por essa possibilidade que o assunto é tão sério e pede ainda mais atenção de pais e responsáveis. Portanto, a primeira atitude a se fazer é manter a calma para reproduzir os procedimentos corretos. Se possível, acione os bombeiros (193) o quanto antes.

Após, é necessário tentar tirar com o dedo (em forma de pinça) o que está provocando o engasgo. “Quando estamos lidando com lactente, a manobra mais conhecida é a ‘tapotagem’, no qual a pessoal que vai executar o movimento deve estar preferencialmente sentada para apoiar o braço que estiver com a criança sobre a perna”, descreve.

No que diz respeito a manobra, mantenha a corpo da criança (com o tórax do bebê estendido sobre o braço) levemente inclinada com a cabeça para baixo, efetuando ‘batidas’ nas costas. Já quando for criança, devemos executar a manobra de Heimlich, que consiste em fazer movimentos com que o corpo estranho seja expulso”, completa.

Bebê engasgado é salvo em Gaspar

Uma situação bastante delicada surpreendeu o casal Cristiano Medeiros e Anny Biterncourt, pais do pequeno Benjamin. A família do bairro Figueira acionou os bombeiros no dia 14 de outubro em busca de ajuda para socorrer o bebê após se afogar com o leite materno.

Segundo relatado por Cristiano, tudo aconteceu muito rápido. “O Benjamin estava mamando quando, de repente, se soltou o peito e começou a ficar com a boca roxinha. Ele parou de responder aos nossos estímulos”, detalha. No telefone com os bombeiros, o pai seguiu as instruções para tentar salvar o filho

Passaram cerca de cinco minutos até a chegada do socorro. “Levaram o menino para o hospital de Gaspar. Na saída de casa, o bebê voltou a chorar. Ele ficou bem dentro da ambulância”, relembra Cristiano emocionado sobre o ocorrido quando o neném tinha apenas 10 dias de vida.

Muito aliviados com o final feliz, Cristiano e Anny deixam uma mensagem ao Corpo de Bombeiros de Gaspar: “Só temos a agradecer por terem salvado a vida do nosso filho. Eles são anjos na terra, guiados pelas mãos de Deus, que naquele momento agiu através deles”.

 

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