Uma proteína presente nas lágrimas humanas, quando colocada sob alta pressão, é capaz de produzir energia elétrica de verdade. Ok, ainda não é o suficiente para você carregar a bateria do celular só abrindo o berreiro, mas a quantidade gerada pode servir em várias aplicações na área da saúde.
É o que defende um grupo de cientistas irlandeses da Universidade de Limerick, onde aconteceu a descoberta. Essa técnica é possível graças a um efeito chamado de piezoeletricidade. Por conta dele, vários materiais, quando têm suas moléculas esmagadas ao máximo, são capaz de gerar corrente elétrica.
Esse tipo de eletricidade foi descoberto ainda em 1880, mas só no século 20 seu potencial começou a ser explorado. Há um bom número de materiais, como cristais, madeiras e ossos (além de várias proteínas naturais), que também se comportam dessa forma ao serem pressionados.
O estudo, publicado no Applied Physics Letters, focou em uma dessas proteínas, a lisozima. Além de fazer parte de nosso choro, ela também aparece em outras secreções do corpo, como a saliva, e produtos orgânicos como leite e claras de ovo.
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