É um questionário, muito utilizado nos processos de avaliação psicológica, que usa cartões com manchas de tinta para identificar traços da personalidade de uma pessoa. O paciente observa o material e responde perguntas sobre o que vê. “O teste fornece índices que permitem ao especialista verificar, por exemplo, condições intelectuais, afetivas e emocionais, controle geral de processos racionais e afetivos, adaptação e ajustamento social e controle de impulsividade”, explica a psicóloga Erika Kato Okino, da Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos (ASBRo).
O método foi criado em 1921 pelo psiquiatra e neurologista suíço Hermann Rorschach, que percebeu que reconhecer características nos borrões exigia funções complexas da mente. No Brasil, utiliza-se o teste produzido e impresso pela editora suíça Verlag Hans Huber, o único reconhecido pela International Society of Rorschach e suas entidades filiadas, como a ASBRo. Mas ele não funciona sozinho: para avaliar o paciente, levam-se em conta também informações obtidas em entrevistas e outros testes psicológicos. Para aplicar o Teste de Rorschach, o psicólogo precisa fazer um curso de dois anos com aulas teóricas e práticas. Além da área de saúde, o exame auxilia em questões empresariais, escolares e judiciárias.
1. Em ambiente tranquilo e iluminado, o psicólogo apresenta um cartão com uma mancha de tinta diferente por vez (são dez cartões). Então o paciente diz o que enxerga nos borrões. A sessão geralmente não é gravada, mas pode ser, desde que o paciente autorize e os cuidados éticos sejam preservados.
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