Se você acompanha a história e sabe como funciona a premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, talvez perceba que, do ponto de vista de senso comum, ela não é justa. Sempre alguém fica de fora e, ironicamente, não raro são filmes, atores ou cineastas que geram bastante buzz — e acabam marcados na história.
Veja quem são os maiores azarões da história do Oscar:
Não, você não leu errado. O diretor de alguns dos filmes mais icônicos da história do cinema, como 2001 - Uma Odisseia no Espaço e Laranja Mecânica, nunca recebeu uma estatueta das categorias mais importantes do Oscar. Ele foi nomeado quatro vezes e a única vez que foi minimamente reconhecido foi pelos efeitos especiais de 2001. Mas nunca recebeu os prêmios máximos, de direção ou longa-metragem.
O diretor responsável por criar um novo gênero de filmes de suspense — “hitchcockiano” — nunca, é sério, nunca foi homenageado com prêmios na categoria de melhor filme ou direção. Ele recebeu o Irving G. Thalberg em 1968, um prêmio bem secundário dado àqueles “cujo principal trabalho reflete uma constante produção de filmes de qualidade”, e não podia ter deixado sua irritação mais clara: seu discurso de agradecimento se limitou a “obrigado… mesmo”.
Autor de obras lendárias, como Tempos Modernos, Chaplin recebeu somente uma menção honrosa na primeira edição do Oscar. Ele só ganhou uma estatueta em 1973, por ter composto a trilha sonora de Luzes da Ribalta.
O filme pode até ser considerado o melhor musical de todos os tempos, ou o quinto maior filme americano de todos os tempos (segundo o Instituto de Cinema Americano). Mas ele recebeu um total de zero estatuetas e recebeu nomeações somente em melhor trilha sonora e melhor atriz coadjuvante.
Impossível resistir ao trocadilho com o sobrenome da atriz, que em inglês significa “perto”. Nomeada seis vezes — sete, se considerada a deste ano na categoria de melhor atriz por seu papel em A Esposa — ela perdeu todas elas. Será que agora vai?
Lá se vão 90 anos de Oscar e somente cinco mulheres na história foram nomeadas na categoria de melhor direção. E só uma venceu: Kathryn Bigelow, por Guerra ao Terror, em 2010. Uma frase bem icônica foi dita pelo apresentador da cerimônia de 1992, na qual o filme O Príncipe das Marés, de Barbra Streisand, tinha sete nomeações, inclusive de melhor filme, menos a de direção.”Sete nomeações na estante, esse filme se dirigiu sozinho?”, brincou Billy Crystal.
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