Poluição do ar pode ser tão perigosa quanto fumar um maço de cigarro por dia - Jornal Cruzeiro do Vale

Poluição do ar pode ser tão perigosa quanto fumar um maço de cigarro por dia

15/08/2019
Poluição do ar pode ser tão perigosa quanto fumar um maço de cigarro por dia

Pesquisadores dosEstados Unidos concluíram que a exposição à poluição do ar pode ser equivalente a fumar uma carteira de cigarros por dia e que ela ainda pode aumentar a chance de se ter enfisema pulmonar, uma doença perigosa e sem cura.

Os cientistas notaram uma maior incidência da enfermidade em pessoas que estão expostas por muito tempo a gases poluentes, em especial ao ozônio. O enfisema é uma doença respiratória grave, que diminui a elasticidade dos pulmões e leva à destruição dos alvéolos pulmonares, causando sintomas como respiração rápida, tosse ou dificuldade para respirar. 

Segundo o estudo, conduzido pela Universidade de Chicago, pela Universidade Columbia e pela Universidade Estadual de Nova York em Buffalo, em áreas com aumento de três partes por milhão (3 ppm) no nível de ozônio ao longo de dez anos, as pessoas têm maior chance de ter enfisema. Essa possibilidade é a mesma que tem alguém que fume uma carteira de cigarros por dia ao longo de 29 anos.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram 7 mil pessoas e a poluição a que elas tiveram expostas do ano 2000 até 2018. Os participantes, que foram expostos a exames de tomografia computadorizada, viviam todos em grandes regiões metropolitanas como Chicago, Baltimore, Los Angeles, Minnesota e Nova York. Os resultados foram publicados nesta terça (13) no periódico médico JAMA.

Os cientistas acreditam que a principal causa para a maior predisposição ao enfisema é o ozônio que fica concentrado na troposfera (camada mais baixa da atmosfera). O gás é produzido especialmente quando a luz ultravioleta age com outros poluentes liberados por combustíveis fósseis.

“Conforme as temperaturas aumentam com o aquecimento global, o nível de ozônio troposférico vai continuar a aumentar”, contou R. Graham Barr, professor de epidemiologia na Universidade Columbia. “A não ser que passos sejam tomados para reduzir os poluentes, ainda não é claro qual nível ou sequer se esses gases são seguros para a saúde humana.”

 

Via Galileu

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