"O cenário que encontramos foi de verdadeira destruição" - ajuda humanitária de Gaspar para o RS - Jornal Cruzeiro do Vale

"O cenário que encontramos foi de verdadeira destruição" - ajuda humanitária de Gaspar para o RS

01/06/2024

A destruição causada pela enchente no Rio Grande do Sul mobilizou milhares de pessoas. Famílias, empresas, conhecidos e até mesmo desconhecidos se uniram em uma só corrente do bem para arrecadar roupas, alimentos, água, ração aos animais, demais itens de primeira necessidade e até mesmo dinheiro para enviar para quem perdeu tudo. E, de forma paralela, diversas pessoas deixaram o aconchego dos seus lares para ir até o estado vizinho ajudar pessoalmente. Esta é a chamada ‘ajuda humanitária’.

A compaixão pelo próximo levou a Prefeitura de Gaspar a organizar uma grande mobilização para ajudar os gaúchos. Desde o dia 16 de maio, cerca de 50 pessoas levantaram a bandeira da solidariedade de Gaspar. A mesma bandeira que outros estados levantaram e apontaram para o Vale do Itajaí quando nossa região sofreu com uma calamidade como esta.

“O cenário que encontramos foi de verdadeira destruição”

Fernanda Melo Pessoa tem 32 anos e é gaúcha. Ela é Analista de Gestão Pública na Secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa da Prefeitura de Gaspar e tem muitos amigos que perderam tudo. Assim que soube que uma comitiva de Gaspar estava se organizando para ajudar pessoalmente o estado vizinho, ela viu que era sua oportunidade. “Tenho muitos familiares envolvidos nos resgates e queria poder ajudar de alguma forma. Por morar em Santa Catarina, não consegui colaborar no início. Então, quando surgiu a ajuda humanitária da prefeitura, me interessei em ir”.

Ela foi coordenadora da equipe de Gaspar e esteve envolvida em toda logística de buscar equipes nos abrigos e organizar atividades. Também ajudou a fazer marmitas, buscar e levar doações e ser um elo de ligação. “O cenário que encontramos foi de verdadeira destruição. Ruas com muita sujeira e móveis. Nos abrigos, pessoas abaladas psicologicamente. O mais marcante para mim foi ver São Leopoldo 80% atingida. Essa enchente pegou pessoas de todas as classes sociais. Ver lugares que conheci quando criança em estado de destruição mexeu muito comigo”.

 

 

 

Edição 2155
 

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