Alta nos preços dos alimentos pode impactar restaurantes - Jornal Cruzeiro do Vale

Alta nos preços dos alimentos pode impactar restaurantes

18/09/2020
Alta nos preços dos alimentos pode impactar restaurantes

Quem precisou ir ao supermercado nos últimos dias notou que alguns preços dispararam nas prateleiras. Itens como carne, arroz, óleo de soja e margarina subiram bem acima da inflação, e não é preciso ser economista para perceber a diferença. O bolso do consumidor é o primeiro a ser atingido e o resultado é uma mesa cada vez menos farta.

Essa realidade também chega aos restaurantes, cujo insumo principal é formado pelos gêneros alimentícios que sofrem com a elevação dos preços. O superintendente do Procon de Gaspar, Thiago Zardo Machado, explica que vários fatores acabam sendo definitivos na composição do preço de um produto.

Segundo ele, os principais fatores são a alta do dólar e questões climáticas, que geram desabastecimento no mercado interno e a consequente elevação dos preços. Com o dólar valorizado, é mais rentável para o produtor exportar do que abastecer o mercado interno. A alta demanda inflaciona o mercado.

No caso do óleo de soja, principal reclamação dos consumidores e donos de restaurantes, Thiago lembra que a soja segue a cotação conforme a bolsa de Chicago, o que deixa instável o fornecimento no supermercado e nas distribuidoras. Ainda segundo o superintendente do Procon local, essa é uma realidade nacional, mas que está sendo monitorada de perto.

Vânia Spengler é responsável pelo setor de compras do Raul´s Restaurante e Churrascaria. Segundo ela, os preços dispararam nos distribuidores e modificaram a rotina na cozinha. “Os derivados de soja estão muito caros e a tendência é de alta. Não repassamos o valor aos consumidores, mas se o preço continuar subindo, vamos precisar fazer o reajuste.

Priscila Luana Guse é assistente administrativo no Restaurante Tomio. Com a alta dos preços, precisou prestar atenção na viabilidade financeira dos produtos utilizados. “Nossa margem está bem baixa, principalmente com o aumento dos insumos. O arroz foi apenas o último, pois as carnes já tiveram um aumento significativo nos últimos meses”, explicou.

Ela conta que informou aos clientes fixos (empresas) com 15 dias de antecedência o valor de acréscimo nas refeições, já com a justificativa do aumento da carne, um dos principais itens do cardápio.

 

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Edição 1969

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