Apenas sete professores aderiram à greve da rede estadual em Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Apenas sete professores aderiram à greve da rede estadual em Gaspar

26/04/2012

honorioMD.jpg?Este não é um bom momento para greve, todos ainda estão cansados da paralisação do ano passado. Acreditamos que ainda pode haver uma negociação sem que haja paralisação?. Esta é a resposta da diretora do Colégio Honório Miranda, Michela Rejane Breda, sobre a nova greve anunciada pelo Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Ensino nas escolas estaduais. A opinião de Michela é apoiada pela diretora do Colégio Frei Godofredo, Viviana Maria Schmitt, que afirma que a greve está parada e os professores não tem motivação para mais uma paralisação.

Dentre todos os professores que fazem parte do quadro de docentes das escolas estaduais de Gaspar, apenas sete aderiram à greve e não estão nas salas de aula. Os educadores são: quatro do Colégio Honório Miranda, dois do Frei Godofredo e um do Frei Policarpo. A diretora do Frei Godofredo diz ainda que confirmou nesta semana o calendário de aulas para a semana seguinte e nenhum professor confirmou a adesão à paralisação.

Nos colégios Arnoldo Agenos Zimmermann, Ivo D?Aquino e Marina Vieira Leal, as aulas estão acontecendo com os professores de cada matéria, pois não há adesão à paralisação. De acordo com Jandira Alves de Lima Basei, diretora do Colégio Ivo D?Aquino, a greve não terá muito resultado. ?Por este motivo, acreditamos que não compensa prejudicar os alunos, que estão vindo para a escola para aprender?, afirma.

Adesão estadual

Dados repassados pela Secretaria de Desenvolvimento Regional à Secretaria de Estado da Educação mostram que cerca de 3% dos professores do estado aderiram à greve. ?Os diretores estão trabalhando fortemente para garantir o bom funcionamento das escolas. Algumas estão com apenas um ou dois professores parados, o que permite o trabalho normal, com substituição do profissional?, diz o secretário da Educação, Eduardo Deschamps. O secretário afirma ainda que o lugar dos alunos é na escola, e que todos os educandários tem profissionais preparados para atendê-los da melhor forma possível.

Edição 1383

Comentários

Aldair Marcos
27/04/2012 16:36
Toda greve é justa. Tá lá na Lei. Se existem greves é porque há funcionários descontentes com o patrão, com salários, com atitudes que prejudicam e tornam o local de trabalho intolerável.
Estão dizendo que greve na área da Educação não é admissível, então não seria também nos Correios, nos Bancos, na indústria têxtil. Todos os serviços são essenciais, mas nem por isso temos que abaixar a cabeça, ficar imóveis e deixar a guilhotina cair.
Enquanto existir opressão por parte das classes dominantes a classe operária lutará pelo direito de ter uma vida decente e digna em seu local de trabalho, nem que por isso ela tenha que usar a única arma que tem: o direito de fazer greve. Direito que muitos professores estão relutando em usar, ou por medo de consequências ou por pura covardia.
Ana Paula
27/04/2012 11:38
Tudo bem que a greve é em prol de um objetivo justo e em parte, até sou a favor. Porém, fazer greve É SIM prejudicar os alunos! Para tanto que uma professora mesmo diz que acredita que "não compensa prejudicar os alunos, que estão vindo para a escola para aprender".
A greve do ano passado, além de não ter obtido grandes resultados, causou aos alunos (não a todos, porque concordo com o fato de que tem alunos que não vão para a escola para, de fato, estudar) grandes perdas em relação ao aprendizado. De início, todos os professores falaram que a greve não prejudicaria os alunos de forma alguma. Me desculpem a franqueza, mas, passar o conteúdo da forma que passaram após a greve, foi ridículo! Já digo passar o conteúdo, porque não foi ensinado, foi simplesmente passado. Se isso não é prejudicar, por favor me passem o conceito... "Ah mas os alunos podem estudar em casa..." Claro que podem, na realidade devem, porém precisam de um professor para lhes explicar; professores estão (ou deveriam estar) lá, justamente para isso.
Houveram professores que chegaram a dar liçãozinha de moral em aluno por rede social, mas é ÓBVIO que os alunos que realmente vão para a escola para estudar ficariam revoltados. Minhas amigas que cursavam o terceiro ano do Ensino Médio ficaram, além de revoltadas, muito chateadas. Em ano de vestibular, elas foram absurdamente prejudicadas. Como a matéria ficou totalmente atrasada, elas chegaram ao vestibular sem noção alguma de determinados assuntos, como fazer algo que ninguém nunca te ensinou, apesar de que já deveria ter ensinado?
Querem fazer greve, façam, vou respeitar, porém aceitem as consequências, meçam as suas palavras e não saiam por aí dizendo aos alunos que "se vocês calarem a boca faremos dois meses em um só", ou "se vocês continuarem contra é que serão prejudicados" (ouví isso da boca de professores, cara-a-cara) porque me desculpe mais uma vez, mas além de que os alunos podem ter as suas próprias opiniões (até porque teve gente que adorou ficar em casa por dois meses), vocês professores, vão à escola com o dever de ensinar, ensinar para os alunos aprenderem mesmo, mas não venham, sem generalizar, me dizer que isso jamais prejudicaria os alunos, porque ler as palavras da professora da matéria mostra que vocês mesmos sabem que prejudicou.
Ricardo
27/04/2012 07:15
Infelizmente esta greve tem cunho de rivalidade partidária.
Os alunos e a escola ficam abandonada pelo estado.
O problema vai muito além do salário dos professores.

A verdade é que a escola se tornou creche para adolescentes
proletários!!!
Professor Luiz Otávio
27/04/2012 00:50
Lembrando do comentário anterior, há espaço para todos os trabalhadores em Educação em assumir a direção das entidades sindicais assim como também o faz o SINTRASPUG; se não nos preocupássemos com a educação, nossa prioridade não seria o pedagógico(se é que sabe o que é isso) e sim apenas o salário; lembre-se que ano passado não repomos 100% de aulas e sim ficamos de castigo até após o Natal e sem alunos; pelo conteúdo do texto anterior suponho que o/a autor(a) conhece muito bem a rede estadual de educação fora de uma sala de aula... e com relação aos "nossos representantes" na ALESC acredito que você esteja mal informado(a). Gostaria ainda de esclarecer alguns fatos que não são considerados e nossa categoria esqueceu, ou está com medo e em últimos casos não está chegando aos ouvidos pela pressão de direções:

O não cumprimento do acordo de greve. Desde o acordo de greve assinado pelo Governo na ocasião da greve em 2011, a categoria espera pelo pagamento do piso na carreira e a descompactação da tabela, ou seja 8 meses em sala de aula esperando que seja cumprida a Lei do Piso, que determina que o pagamento do reajuste seja feito em janeiro do ano vigente. Além disso, a proposta rejeitada por unanimidade em assembléia.Por quatro dias o Governo enrolou a categoria com uma mesa de negociações, e no final das contas apresentou uma proposta com parcelamento em cinco vezes do reajuste de 22,22%: agosto/2012, janeiro/2013, maio/2013, setembro/2013 e dezembro/2013. Além disso, o plano do Governo não promove a descompactação da tabela e paga percentuais diferenciados aos vários níveis e referências do plano de carreira, não cumprindo assim a Lei do Piso, ou seja, 22,22% para todos.
Tal proposta foi rejeitada na assembleia estadual do dia 17 de abril por unanimidade. Temos ainda a intransigência do Governo pois na proposta entregue à categoria o Governo afirma: é isso e acabou, ou o magistério aceita ou não há negociações. Eduardo Deschamps declarou que com o magistério em greve não abrirá as portas para uma possível solução do problema.
Para o SINTE se ele quisesse mesmo negociar com a classe, não teria esperado até a última hora para apresentar sua proposta: às 19 horas do dia 16 de abril, inviabilizando qualquer tipo de estudo em cima das tabelas e percentuais oferecidos, visto que, a assembleia estadual aconteceria no outro dia. Sendo assim, ele não teria a responsabilidade de tentar outras possibilidades, premeditou o que vinha pela frente e delegou assim a questão para que o magistério decidisse. Ele nunca quis negociar e sim impor.

E a liberdade de organização sindical cerceada? Se não bastasse toda ordem de absurdos cometidos por um Governo autoritário, estamos vivendo em uma nova DITADURA, onde as liberdades de expressão, de pensamento ou de movimento em prol de uma categoria, estão sendo reprimidos. Estamos vendo uma classe aterrorizada. Por ameaças, coação, assédio moral. Onde diretores, mandados pelo Governo, querem impedir a greve a qualquer custo. Act's ameaçados com demissões, com contratos não renovados, impedimento de fazer concursos públicos, sem falar no corte do ponto, nas faltas não justificadas e principalmente barrando a entrada dos dirigentes sindicais nas escolas.
Será que regredimos, retroagimos ao tempo em que militares davam as ordens no Brasil? Quando não podíamos nos organizar e lutar pelo que é justo e de direito dos trabalhadores??
Porém existe sim, uma organização. O SINTE, e este sindicato está providenciando medidas judiciais para coibir qualquer tipo de assédio ao magistério, que tem o direito constitucional de fazer GREVE. E não vai permitir o abuso de autoridade com os profissionais da educação de Santa Catarina.

E pra finalizar, um questionamento à fala da diretora Jandira do Ivo D'Aquino a quem conservo boas lembranças no tempo que trabalhávamos juntos: como nossos alunos estão vindo à escola para aprender se sabemos que este aprendizado tem sido prejudicado pela ainda falta de profissionais, assim como profissionais qualificados? E ao senhor Eduardo Deschamps(n cumpridor de acordos) cuja família em Gaspar goza de profunda reputação minha e de minha família, dizer que todos os educandários tem profissionais preparados para atender os alunos da melhor forma possível! Será isso verdade, caros alunos?! Vamos lembrar do que vemos em nossas bibliotecas, cheias de livros e vazias de profissionais nos três períodos, carentes de uma política séria de formação;início do ano muitas aulas não foram dadas(muito menos repostas) pela falta de professores e ainda faltam(sei q as redes municipais também sofrem com isso) e tantas outras carências. Talvez os pais não tenham ideia de quem são esses "profissionais preparados" e quando os têm! Vale também o questionamento que fiz anteriormente à diretora do Ivo D'Aquino. Por enquanto é só!Até breve...
quebratigejela
26/04/2012 15:36
Sr. Herculano


A greve dos professores é justa, mas hoje o resultado em Gaspar demonstra a credibilidade do sindicato representado por aqui.

Os representantes do Sinte (sindicato da categoria de educação) é representada por petistas, que deveriam ter vergonha e dar espaço a legitimos que se preocupam com a educação e nao com a politica, pois os seus representatnes na Alesc ano passado votaram a favor do PPA do Comlombo e usaram a midia para aparecer deveiram ter vergonha e são só eles que estão de greve vao conseguir muita coisa, no minimo devem estar por ai fazendo campanha.

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