Até quando conviver com a falta de acessibilidade? - Jornal Cruzeiro do Vale

Até quando conviver com a falta de acessibilidade?

20/02/2012

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Caminho arriscado

Reportagem: Indianara Schmitt l Fotos: Ranieri Souza

Mudança repentina de calçada, falta de sinalização, placas no meio do caminho. Este é o percurso de quem caminha pela rua Coronel Aristiliano Ramos e suas transversais. Aqueles sem problemas visuais ou físicos conseguem fazer este trajeto tranquilamente, pelo fato de conseguirem ver onde estão os obstáculos. Mas, para aqueles que possuem algum tipo de deficiência, o caminho é arriscado.
Nas principais ruas da cidade, o maior problema enfrentado pelos deficientes físicos ou visuais é a falta de acessibilidade. A deficiente visual Eduarda Zimmermann Becker, de 20 anos, morou até o final do ano passado na cidade e afirma que transitar pelas ruas é uma tarefa complicada. ?As calçadas são muito desniveladas e quebradas. Uma hora andamos em uma feita de cimento. Na outra, já estamos andando em cima de terra ou até mesmo nos deparando com um buraco. As calçadas que ficam na rua do Posto de Saúde, por exemplo, são praticamente intransitáveis. Muitas vezes a bengala não consegue detectar as imperfeições que estão no caminho.?, declara. Para ela, as calçadas que têm acabamento em piso são as mais fáceis de andar, porque são lisas.

A única rua central que está sendo preparada para receber os deficientes com mais segurança é a rua São José, que ainda passa por melhorias. Parte da via já está com o piso tátil e de alerta no lugar. Para Eduarda, a colocação deste tipo de piso é muito importante para a cidade.

?Pelo que percebo, o piso está sendo colocado como deveria. A única coisa que está errado é o alerta, que não precisa estar na beirada da calçada?. Segundo a secretária de Planejamento, Patrícia Scheidt, além da rua São José, as ruas Industrial José Beduschi e São Pedro também vão receber o piso tátil. Ainda não há previsão de colocação nas demais ruas da cidade.

Outro ponto levantado pela jovem é a questão da travessia na faixa de pedestres. ?Muitas pessoas não respeitam. Já fiquei esperando mais de cinco minutos para atravessar a ninguém parou?, declara Eduarda,que diz preferir atravessar em retas para conseguir identificar melhor o som do carro parando.

Não é somente a maioria das ruas de Gaspar que não estão preparadas para receber os deficientes visuais. Grande parte dos bares, restaurantes, escolas e bancos não possuem acesso facilitado.  Na escola, Eduarda sempre teve a ajuda dos amigos, da direção e dos professores para se locomover. ?Apesar de não possuir sinalização, eu não tenho do que reclamar. Todos sempre me ajudaram?.
Sobre a acessibilidade nas agências bancárias da cidade, a estudante de psicologia diz que sempre foi acompanhada de outra pessoa. ?No final do ano passado participei de uma simulação em uma agência. Entrei sozinha e fiquei esperando por um funcionário. Ninguém veio me atender. Minha mãe, que estava lá dentro sentada só observando de longe, teve que dizer a um atendente que tinha uma pessoa para ser atendida. Quando eles viram que eu era deficiente visual, não souberam direito o que fazer?. Bares, restaurantes e lojas da cidade também não estão preparados. A jovem diz que sempre vai a esses lugares acompanhada de outra pessoa.

Preconceito

O preconceito não faz parte da vida de Eduarda Zimmermann Becker. A jovem diz que não se lembra de ter passado por qualquer momento constrangedor. Nas filas, por exemplo, ela diz que a maioria das pessoas dá preferência.

?Só acho que as pessoas podiam falar diretamente comigo. Geralmente quando estou com alguém, as pessoas perguntam à pessoa que está comigo o que eu quero. Eles deviam perguntar diretamente para mim?. A mãe de Eduarda, Ana Maria Zimmermann Becker, se diz muito orgulhosa da filha que tem. ?Sempre passamos pelas coisas juntas, sejam elas boas ou ruins. Sou muito feliz por tê-la como filha?, declara a mãe, emocionada.

Vida normal aos 20 anos

mg2229MD.jpgEduarda Zimmermann Becker, mais conhecida como Duda, tem 20 anos. Nasceu em Gaspar e morou na cidade até o final do ano de 2011. A jovem, que dividia seu tempo entre os estudos no Colégio Madre Francisca Lampel e as aulas de Braile em Blumenau, gosta de ler e ficar na internet. ?Faço coisas que qualquer pessoa com visão faz. Meu computador e celular possuem um dispositivo que fala, e isso faz com que eu possa fazer de tudo?.

A jovem nasceu com a retina má formada, porém, isso não impedia sua visão. ?O nome da doença é Retinoplastia da Prematuridade. Por causa dela, eu não podia fazer atividades em que pudesse receber impacto. Por exemplo, brincar com bola, pois ela podia pegar em meu rosto. Perdi a visão total quando eu era criança. Aos quatro anos, perdi a visão do olho direito. Aos seis, do esquerdo?, explica.

A primeira vez que Duda saiu sozinha de casa foi aos 16 anos. Ela conta que sempre ia até a escola e ao curso de inglês sozinha, pois já conhecia bem o caminho. ?Muitas vezes eu fui até me guiando pelos muros?. Hoje, Eduarda estuda psicologia na Universidade do Vale do Itajaí e mora em Balneário Camboriú por ser mais prático para ir até a faculdade.

Repórter viveu de perto o problema dos cegos

mg2249MD.jpgFazer uma grande reportagem não é tarefa fácil. Requer pesquisas e muito tempo pensando em como abordar o tema da melhor forma possível para o entendimento dos leitores. Pensando nisso, aceitei o desafio de andar de olhos vendados por algumas ruas do centro de Gaspar. Pude sentir na pele como é a acessibilidade para os deficientes visuais.

Acompanhada pelo fotógrafo do jornal Cruzeiro, Ranieri Souza, e pela deficiente visual Eduarda Zimmermann Becker, andei pela rua São José, que está passando por melhorias. No primeiro momento, Duda, como gosta de ser chamada, me guiou. Como a rua está em obras, a principal dificuldade que encontramos foi a de localizar o piso tátil, pois parte do mesmo estava coberto de areia. Após andar alguns metros com ela, passei pela experiência de andar sozinha, seguindo o piso tátil com a bengala. O fato de já conhecer a calçada em que estava andando tornou a experiência um pouco mais fácil. Porém, a sensação de não ver o que estava pela frente é angustiante. Apesar de estar com Ranieri, que me orientava quando me perdia, sempre ficava a dúvida sobre o que estava à frente e em que poderia esbarrar ao dar o próximo passo.

Após tirar a faixa, andei com Eduarda pela rua Vereador Augusto Beduschi. Como a rua não possui acessibilidade para os deficientes, optamos por andar sem a venda, pois seria difícil ser guiada devido ao desnível das calçadas. Se para nós, que enxergamos, é difícil transitar pela calçada, fico imaginando como é para aqueles que não conseguem ver. Naquela rua, as calçadas mudam de acordo com a frente dos estabelecimentos. Existem calçadas com piso, cimento, pedras e até mesmo locais sem nada. Andar por lá guiando Duda foi uma tarefa um pouco difícil, pois muitas vezes a bengala não detectava os buracos, pedra, subidas e decidas que havia no caminho.

A lista de ruas que vão receber a colocação do piso tátil para os deficientes visuais inclui, além da São José, a Industrial José Beduschi e a São Pedro. Agora, a pergunta que fica é: E as demais vias? Não é fácil para um deficiente visual transitar sozinho pelas ruas da cidade, sendo que nem todas estão aptas a recebê-los.


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Alerta está errado

mg2261MD.jpgDesde o início das obras de reurbanização do centro de Gaspar, o principal ponto levantado pela comunidade é a colocação do piso tátil e alerta para deficientes visuais. As obras continuam sendo executadas, porém, somente parte da rua já está pronta para recebê-los com segurança.

Segundo Eduarda Zimmermann Becker, deficiente visual, a colocação do piso tátil está correta. Porém, o alerta está colocado de forma errada. ?Não tem necessidade de o alerta estar na beirada da calçada, pois nós estamos andando no meio. O correto seria colocar o alerta nos locais que apresentassem perigo ou onde mudasse o caminho. Um exemplo é quando estamos andando reto e tem a volta para ir até a faixa de pedestres. Não está sendo colocado o alerta ali, então fica complicado sabermos que estamos indo para a faixa?, diz Duda.

A calçada que está pronta faz frente com o Colégio Madre Francisca Lampel. Eduarda andou em toda sua extensão, mas, devido às obras, sentiu dificuldade em localizar o piso tátil. ?Com a areia das obras, é muito ruim achar onde esta o caminho. Mas, pelo que sinto, está correto?.

Em frente ao Colégio, as obras continuam. A colocação do piso tátil e de alerta continuam em andamento.

Reurbanização do Centro prevê mais acessibilidade

O projeto de reurbanização do Centro de Gaspar prevê mais acessibilidade aos deficientes visuais que transitam pela cidade. Segundo a secretária de Planejamento, Patrícia Scheidt, além da rua São José, onde parte da via já recebeu a colocação do piso tátil e alerta, as ruas Industrial José Beduschi e São Pedro também receberão melhorias neste sentido. ?As calçadas serão rebaixadas apenas para acesso às faixas de pedestres e acesso de veículos. Elas serão sempre bem sinalizadas, para trazer o mínimo de segurança aos pedestres?.

Ainda segundo Patrícia, a Prefeitura conta com uma proposta de melhorias na mobilidade urbana, que inclui o projeto Calçada para Todos. ?A urbanização do centro é a primeira etapa, que deverá ser expandida posteriormente para as principais vias de alguns bairros da cidade?, diz Patrícia. Ela ainda explica que este tipo de obra gera custos elevados, que fazem com que a execução seja realizada por etapas e prioridades.

Edição1363


Comentários

Rosenilda
26/02/2012 20:42
É de pessoas como a Duda que o mundo precisa, que não fica reclamando da vida por ser cega, mas que no seu direito luta pela asecibilidade, se toda a pessoa com alguma deficiência exigisse os seus direitos assim como a Duda faz, informando a população.
O mundo seria bem melhor, por que a mesma não pensa no seu umbigo, ela nem mora mais em gaspar, ela é consciente de que existem outras pessoas que assim como ela precisão de acessibilidade.
A acessibilidade não só serve para as pessoas com deficiência, mas tambem para crianças, idósos, carrinhos de bebes e etc.
Parabens Eduarda.
Nós precisamos conhecer e exigir os nossos direitos seja você pessoa com deficiência ou não!

Parabens pela reportajem
Eduarda Zimmermann
24/02/2012 19:40
Quero agradecer, mais uma vez, por todos os elogios e pelo apoio de vocês (nem todos apoiam, porém nem sempre todos concordam com algo)...
Obrigada mesmo e vamos continuar na luta por uma cidade melhor para todos: pessoas com deficiência ou não!
Paulo
24/02/2012 12:41
Ao Sr. Lord EPS

Gostaria que o Jornal Cruzeiro do Vale nao divulgase mais os comentarios absurdos e de baixo nivel, criticas sem fundamentos algum, e comentarios que machucam muita gente...como todos podem ver este Sr. ofende muitas pessoas...Um ser humano desse que nao tem nenhum pingo de sensibilidade. Faço uma aposta com voce Sr. Lord EPS seja lá qual é seu nome verdadeiro, pegue uma cadeira de rodas e ande com ela durante um dia em nossa cidade, ou vende seus olhos e caminhe pelas nossas ruas....depois me diga qual vai ser sua opniao, pq vc vai sentir na pele o que uma pessoa enfrenta no seu dia a dia, só que a diferença é que o Sr está apenas fazendo um teste e essas pessoas com deficiencia nao tem esta opçao, eles tem que encarar sua deficiencia pro resto da vida..ja pensou vc nunca mais poder jogar bola pq vc é cadeirante ou ja pensou vc nunka mais poder andar de bicicleta pq vc nao tem visao nenhuma, PENSE, IMAGINE E REFLITA...

Antonio Medeiros
24/02/2012 04:50
Fiquei abismado com a falta de sensibilidade desse Lord EPS, que além de ser covarde de não se identificar, ainda trata a Eduarda Zimmermann, que é deficiente visual, como sendo uma pessoa qualquer onde na verdade só está expondo as dificuldades que uma pessoa com deficiência visual enfrenta nessa cidade caótica.

Sr. Lord EPS, por favor, quer ser baixo, vai ser assim com gente da sua laia.

Duda, obrigado por nos relatar esses problemas, e que nossos governantes abram os olhos e façam serviços pensando na inclusão social de todos, incluindo deficientes físicos em geral.

Sandro Quintino Pereira
23/02/2012 18:24
Ao Luciano da Cunha! Amigo, li seu comentário e achei um pouco absurdo!! Nâo é só o PT, que trabalha bêm em épocas de eleiçôes!! Os outros partidos ou prefeituras, tambêm trabalham bêm em épocas de eleiçôes!! Já moro nessa cidade de Gaspar, há mais de 30 anos, c/ minha família!! E, antes moravamos em Blumenau!! E no geral de açôes da prefeitura de qualquér cidade tem esses problemas...!! Nunca conheci e nunca ezistiu cidades perfeitas, e nunca vâo ezistir!!! Nâo estou sendo persimista, estou sendo realista...!!! Mais descupa a sinseridade, se você
viver vai ver... Só reclamar nâo adiânta, têm que lutar tambêm...!!!
Comunidade um abraçâo!! ACORDA GASPAR E VAMOS LUTAR POR UMA CIDADE MAIS SAÚDAVEL DE SE VIVER!!
Eduarda Zimmermann
23/02/2012 13:53
Rose:
A Indianara e toda a equipe estão mesmo de parabéns. O assunto foi muito bem escrito por ela.
As calçadas são desafio para todos nós mesmo e podemos escolher em qual armadilha cair.
Fiquei contente quando soube da colocação do piso tátil, porém me decepcionei ao saber do erro do alerta. Coisas que acontecem... E estamos aqui para lutar pelas coisas certas!
Eduarda Zimmermann
23/02/2012 13:49
LORD EPS:
não se trata de conhecer há mais ou menos tempo a cidade. Se trata de como ela está hoje e estará daqui pra frente.
Muito linda sua frase! O melhor mesmo é batalharmos todos juntos (jogando longe quem só quer atrapalhar) e vencer.
Rose
23/02/2012 12:50
Indianara, meus parabéns pela sua reportagem. As calçadas realmente deixam muito a desejar para quem tem deficiência visual. Para quem enxerga 100%, também... assim como as ruas estão péssimas para quem circula de carro. Ou de moto. Ou de bicicleta. Na verdade, pra quem anda à pé também está péssimo. A gente pode até escolher se torce o pé ou fura o pneu.
Lord EPS
23/02/2012 09:34
Eduarda Zimmermann,
Nunca, nunca irei calar minha voz!! Moro em Gaspar ha 46 anos... Com toda a certeza, o conheço muito mais do que a sra.
Mais lute, lute até conseguir o seu objetivo!
Só lembre-se:

" A maior conquista, é aquela que é conquistada com o esforço dos outros " ( Na visão dos fracos ).
Para bom entendedor, meia palavra basta!!!!!!!!!

Grato.
Eduarda Zimmermann
22/02/2012 21:34
LORD EPS:
eu estou acordada a bastante tempo, graças a Deus! Eu poderia ser tão grossa quanto você foi, mas não ficarei nesse nível.
É por essas e outras que não moro mais em Gaspar, mas nem por isso vou deixar de batalhar pelos direitos das pessoas com deficiência, afinal, existem crianças aí que vão precisar de boas ruas para se locomoverem.
Se a cidade não cresce é por pessoas que aceitam todas as obras mal feitas e que defendem até o extremo essa situação (e se escondem num apelido, por que será?).
Se precisasse moraria sim em Blumenau, Ilhota, em qualquer cidade e com muita dignidade!
Tomara que você não tenha em sua família pessoas com deficiência, para não terem que aceitar ruas mal feitas e inacessíveis.

No mais, se quiser falar, fale. Não vou me preocupar com comentários assim. Vou continuar na luta que é melhor!
luciano da cunha
22/02/2012 18:35
AO LORD EPS

CONCORDO QUE O PT TÁ FAZENDO TUDO NESSE ANO É LOGICO É ELEIÇÃO, MAS NEM TODAS AS OBRAS SÃO FEITAS PELA PREFEITURA

RIDÍCULO É O SEU COMENTÁRIO E PUXA SAQUISMO,NINGUÉM ESTA CONTENTE COM ESSES BURACOS,FALTA DE COMPETÊNCIA E MAU PLANEJAMENTO.
FRNACISCO SOLVA
22/02/2012 17:25
GOSTARIA QUE NOSSO JORNAL; DIVULGASSE EM SEU MEIO DE COMUNICAÇÃO DE QUEM SERIA A OBRIGAÇÃO DE FAZER AS CALÇADAS; POIS EXISTE MUITAS RUAS DE GASPAR PAVIMENTADAS COM PARALELEPIPEDO OU LAJOTAS OU ATÉ MESMO ASFALTADAS, QUE ESTÃO SEM A REFERIDA CALÇADA SEJA ELA EM CONCRETO ALISADO, COM PISO CERAMICO, PEDRAS, OU LAJOTAS. SE A OBRIGAÇÃO FOR DOS PROPRIETÁRIOS LINDEIROS GOSTARIA QUE FIZESSEM UMA CAMPANHA PARA QUE TODOS LIQUEM SABENDO DA OBRIGAÇÃO E DOS RISCOS QUE CORREM SE NÃO FIZER. GOSTARIA TAMBEM QUE DIVULGASSEM OS MODELOS QUE DEVEM SER FEITAS AS CALÇADAS E OS REBAIXOS PARA ACESSO DE VEICULOS NOS PORTÃOS. E TAMBEM EXPLICAR PARA O POVO QUE NECESSITA DENUNCIEM QUANDO FEITO UM MURO ERRADO UMA CALÇADA ERRADA, UMA RAMPA PARA ACESSO DE VEÍCULOS AS GARAGEM ERRADAS, E ATÁ MESMO QUANDO A CELESC NO USO DO SEU SERVIÇO COLOQUEM O POSTE BEM NO MEIO DA CALÇADA DEIXANDO ASSIM INTRANSITÁVEL POR EXEMPLO UMA CADEIRA DE RODAS. AGRADEÇO DESDE JÁ A PROXIMA REPORTAGEM QUE FARRÃO E PARABENIZO PELA REPORTAGEM FEITA SOBRE A NECESSIDADE DAS GUIAS TÁTEIS.
Juliana Lopes
22/02/2012 16:22
Exmo. Sr. Lord EPS, já que V. Excelência elogia tanto os trabalhos realizados por nossa atual administração, por que se esconde atrás desse apelido? Por que o Sr. não revela sua identidade? Estou começando a desconfiar de que o Sr. seja o próprio Prefeito!
Lord EPS
22/02/2012 15:59
Eduarda Zimmerman e Maria,
Em primeiro lugar, cm reclamações de pessoas como vocês, a nossa cidade nunca ira se desenvolver!
Em segundo lugar, eu queria velas quando as obras ficarem prontas... "ai que bom ficou isso aqui, olha que mekhoria"... ironico
Em terceiro lugar, Gaspar não está no nível de Floripa, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e etc, para ter calçadas especias paradeficientes fisicos em todo lugar! É claro, infelizmente existem problemas.
Mais Gaspar não cresce por pessoas como vocês, que reclamam constantemente de Gaspar. Vão morar em Ilhota, em Blumanau, já que defendem tanto lá...

Acorda povo gasparense, ainda há tempo!!!
Maria
22/02/2012 15:07
Prezado Lord, ou devo lhe chamar de Excêntrico Puxa Saco - EPS

Não é a primeira vez que leio seus comentários defendendo veementemente as coisas mal feitas na cidade.

Também não tenho dúvida que administradores públicos fazem coisas "boas" pelas cidades, principalmente em vésperas de tempo eleitoral; mas, convenhamos, ficarmos calados por causas dessas " migalhas" já é demais.

Um conselho: leia outro site de notícias.
Sugestão: http://www.globo.com/. Com certeza aí você não vai encontrar ninguém falando mal do seu pupilo.
Eduarda Zimmermann
22/02/2012 12:44
Lord EPS:
Por que você não se desafia e coloca uma venda nos olhos, ou sente-se numa cadeira de rodas e dê uma voltinha pelas ruas? Vamos ver até onde você consegue ir.
Antonio Carlos
22/02/2012 11:29
Realmente, muitas cidades que conheço não possui acessibilidade para deficientes, principalmente visuais. Penso que deveriam fazer uma visitinha a bela cidade serrana, Lages, e la ver o que é feito. Todas as ruas pavimentadas possuem pisos táteis, são lajotas diferenciadas que servem de guias para os deficientes visuais. É algo tão simples e barato, basta vontade, não só dos governantes, mas nossa também.
Lord EPS
22/02/2012 10:56
Pra mim, todos vocês são sem consideração!!
Nenhum prefeito fez tanto por Gaspar como o Celso Zuchi.
Ele é um pai pra nós. Antes de reclamar por muitas obras, devemos pensar:
O que é melhor, muitas obras simuntaneas ou nenhuma obra??
É ridículo ver a ibgratidão de vocês todos.
Como querem que Gaspar cresça, como?
SIDNEI REINERT
22/02/2012 10:07
Uma análise meticulosa com duas reportagens, uma do metas: Check-up para as pontes e a recente do cruzeiro do vale com o tema :DIFÍCIL ACESSO.
-Emquanto a reportagem do metas vai ao belchior e entrevista o superintendente do belchior,funcionário da prefeitura e coloca em seu jornal:?Com quase um ano de trabalho, superintendência mostra bons resultados?sem perguntar à alguém que morra no bairro para saber sua opinião se é isso mesmo ou não,o CRUZEIRO DO VALE vem ás portas do concorrente mostrar a realidade de um grupo de pessoas que passa necessidades e tem seus direitos assegurados na constituição.
-Vale a pena lembrar que uma das promessas de campanha de ZUCHI E MARILUCE segundo consta na página do you tube :http://www.youtube.com/watch?v=wChhjPYhR64&feature=youtu.be :ADAPTAR E REURBANIZAR CALÇADAS E ESPAÇOS PARA DEFICIENTES FÍSICOS.
-AGORA CADA UM TIRE SUAS CONCLUSÕES E VAMOS COBRAR AS PROMESSAS DELES,AFINAL DE CONTAS ,FORAM NESTAS PROMESSAS QUE A MAIORIA DOS ELEITORES FORAM ATRÁS .ACORDA GASPAR!!!!!!!!
Eduarda Zimmermann
21/02/2012 21:15
Com certeza Paulo, ela não ouve e sabe-se lá se um dia vai ouvir. Existe um documento com mais de 100 páginas (redigido pela ABNT) sobre como devem ser os pisos táteis. Mesmo assim a secretária terá razão... É uma pena isso.
Paulo Henrique Hostert
21/02/2012 18:00
O duro nessa história é saber que mesmo alertada, por quem tem necessidade de utilizar o piso tátil e a guia, a secretária de Planejamento, Patrícia Scheidt, acha que está tudo certo e não ouve quem realmente sabe do assunto, no caso, os deficientes visuais.
Iara
21/02/2012 16:48
A Duda constrói uma história de vitórias porque é assim - inteligente, crítica, madura aos 20 anos de idade, vividos com garra e determinação que a levam sempre para novas conquistas. Vou divulgar na rede a entrevista para que todos possam se orientar por ela para saberem como devem tornar calçadas e serviços acessíveis e de boa qualidade.
Parabéns Duda. Abraços da Iara de Itajaí.
Eduarda Zimmermann
21/02/2012 16:48
Oi José Carlos!
Com certeza a falta de acessibilidade não existe só em Gaspar não; aqui em Balneário Camboriu a coisa também é bem feia. Esses dias me deparei com um orelhão no piso tátil, por exemplo. E eles, os pisos táteis, existem em poucos metros de uma ou outra rua, como falastes: parece que só transitamos por aquela via.
Precisamos sim batalhar e muito por nossos direitos. Ficar quietos não nos levará a lugar algum.
José Carlos
21/02/2012 15:22
Olá Eduarda, tenha certeza que a falta de acessibilidade não é um privilégio de Gaspar. Moro em Florianópolis e independente de partido, nossos gestores não dão importâncias para os cidadãos com deficiência. É um verdadeiro absurdo escolherem uma única via para fazer acessibilidade, como se nós só nos deslocássemos por uma rua da cidade. Infelizmente ainda somos muito permissivos. Está na hora de termos atitude e buscar nossos direitos na justiça, caso contrário ninguém vai fazer nada. Conheço bem suas dificuldades porque também sou cego.
Eduarda Zimmermann
21/02/2012 14:33
Primeiro gostaria de agradecer ao Gilberto, Indianara e Ranieri pela reportagem! Obrigada pela atenção e por divulgar esse assunto.
Obrigada também pelos comentários. As calçadas são realmente um labirinto tanto para pessoas com deficiência ou sem. Com o piso tátil as coisas devem melhorar (eu espero), isso quando não tem placas, orelhões e demais obstáculos exatamente em cima do piso! Mas...
Altair Gomes
21/02/2012 08:21
Eduarda sei que não serve de consolo para você, andar em Gaspar como um todo tá difícil até para quem consegue ver.

Não há um dia na semana que eu não vejo alguém caído no solo seja, criança, adolescente, velho, ciclista e até motoqueiro, pois Gaspar parece um queijo suíço, só buracos. E quando não é buraco e o tal do paralelepípedo solto.

Então Eduarda fica o consolo para você, de que Gaspar não é terra para cegos e nem para quem vê. Pois que vê é coagido a não abrir a boca pelo poder de plantão.
SIDNEI REINERT
21/02/2012 05:47
Parabéns EDUARDA,poucas pessoas como nós temos coragem de peitar malfeitorias em nossa cidade, exigiremos cada vez mais nossos direitos de nossos funcionários políticos, que tem o dever e a obrigação de prestar serviço digno à toda comunidade.Pressão neles!ACORDA GASPAR!
sidnei
21/02/2012 05:35
falta de respeito com os necessitados,porcaria de obra mal planejada
Lia Carla
20/02/2012 19:57
nossa cidade necessita urgente de mudanças e melhorias na mobilidade urbana, andar em Gaspar a pé ou de carro está muito complicado para todas as pessoas com ou sem deficiência. Em se tratando de acessibilidade estamos muito atrasados aqui.
LUCIANO DA CUNHA
20/02/2012 19:43
DEPOIS DIZEM QUE O GOVERNO DO PT É ORGANIZADO, É TOTALMENTE TRANSPARENTE ATÉ OS BURACOS

AGORA VOTEM PT.
Maicon
20/02/2012 19:32
E tem ''gente normal'' né que se qeixa de tudo capaz até de não fazer o que essa guria faz!!! E do que adinta mais acessibilidade se o motorista de gaspar não respeita nem uma faixa de pedestre ''FATO''

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