Família moradora de sítio no bairro Macuco fica refém de assaltantes - Jornal Cruzeiro do Vale

Família moradora de sítio no bairro Macuco fica refém de assaltantes

21/02/2012

Quando decidiu morar em um sítio no bairro Macuco, Neuri Godinho Costa, 37 anos, jamais imaginou que um dia viveria momentos de tanto terror como os vividos na madrugada do dia 10 de fevereiro. Neuri saia da facção da esposa e se preparava para entrar em casa quando foi surpreendido por dois homens armados. ?Eles colocaram uma blusa sobre a minha cabeça e mandaram ficar quieto. Eu fiquei assustado. Um deles disse: não olha porque a gente se conhece. Daí eles entraram em casa, me amarraram e me jogaram no sofá?, relembra.

A esposa e os três filhos de dois, dez e doze anos estavam na casa e ficaram aterrorizados com a ação dos bandidos. Eles foram todos amarrados e trancados dentro de um quarto. Neste instante, mais dois homens chegaram e começaram a roubar as coisas da família. ?Eles levaram muita coisa, móveis, eletrodomésticos, comida, jóias. Tudo que viram pela frente?, relata Neuri. Antes de ir embora, os assaltantes ainda jantaram o arroz com galinha que a família havia jantado e depois prenderam Neuri no quarto com a esposa e com os filhos e ordenaram que não tentassem se soltar por pelo menos uma hora.

No quarto, a família ficou quieta e ouviu os barulhos que a quadrilha fazia no lado de fora da casa. Um forte cheiro de queimado invadiu o ar e,. quando a família saiu de casa, se deparou com o carro, um Mercedes Classe A, e a moto recém comprada, em chamas. ?Eu acho que eles tentaram fugir com o carro e como viram que a gasolina estava na reserva, desistiram e atearam fogo?, calcula o pai.

A equipe da Polícia Militar foi acionada, mas chegou ao local depois de muito tempo e não encontrou nenhuma pista dos assaltantes. Neuri esteve na Delegacia de Polícia para registrar um Boletim de Ocorrência, porém, até o momento não sabe como andam os trabalhos policiais. ?Minha família está assustada. Deixamos esta casa e estamos morando em uma outra residência que temos, em outro bairro. Não queremos passar por todo este terror de novo?, comenta. O delegado Paulo Koerich explica que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil, porém, não há muitas pistas quanto ao perfil dos assaltantes e por isso até o momento ninguém foi preso.

Outro assalto

Um casal morador do bairro Bateias também viveu momentos de terror na noite de sexta-feira, 17. O.J.T. estava em casa com a esposa quando, por volta das 21h15, foi surpreendido pela entrada de três homens que arrombaram a porta de sua residência e anunciaram o assalto. Os ladrões estavam encapuzados e armados.  Um dos assaltantes deu uma coronhada na cabeça do proprietário da casa e deixou o homem com um corte na cabeça. No mesmo momento, os três roubaram cerca de R$500 em dinheiro, algumas jóias e fugiram com o veículo da família, um Corolla de cor branca com placas de Gaspar.

A equipe da Polícia Militar foi acionada e fez buscas pela região até localizar o carro da família, que estava abandonado na estrada que dá acesso ao Fazzenda Park Hotel, porém, nenhum assaltante foi localizado. Segundo pessoas ouvidas pelos policiais, o trio teria fugido com um Fusca de cor branca com placas de Blumenau. Ao consultar o sistema, os policiais constataram que o veículo apresentava registro de furto no dia 14 de fevereiro.

Edição 1363

Comentários

Lord EPS
22/02/2012 08:21
Thiago,
Se você quer que a cidade cresça, vai consequentemente aumentar o indice de violência! Infelizmente é assim.
Então porquê tamanha infantilidade de nosso amigo Diogo?
Nossa polícia não tem recursos para tamanha investigação. Ainda não estamos n nível do FBI ou do CSI.

Acorda povo!!

E meus pesames a toda família.!
diogo
21/02/2012 13:53
Como nao tem pistas, se os assaltantes jantaram na casa da familia, sera que usaram luvas? ou a policia investigativa nao tem capacidade de achar esses sem vergonhas pelas digitais deixadas nos talheres.
Thiago
21/02/2012 13:39
A pacata cidade de Gaspar, já não é mais a mesma. As quadrilhas descobriram a cidade e a onda de assaltos, furtos e afins se iniciou. Ano passado, fui vítima de um furto em minha residência e até o presente momento ainda não nos recuperamos financeiramente e psicológicamente. A Polícia tenta trabalhar com o que pode, porém creio que são poucos para o crescimento constante dos delitos. Infelizmente isto está tornando-se nossa realiade.
Aldair Marcos
21/02/2012 12:16
Conheço essa família, moravam na minha rua e mudaram para o Macuco, pois Neuri gostava de sítio e de um lugar sossegado. Ledo engano.
Pra não ser mais lamentável do que já é, só falta a polícia técnica não encontrar nenhuma pista, nenhum vestígio, e assim ficar esse crime mais um que não pode ser solucionado.
Não que eu esteja menosprezando o trabalho da polícia, mas isso é fato, se as vítimas tem um certo poder aquisitivo e um nome forte na sociedade ou meio político, os bandidos já estariam presos, ou pelos menos suspeitos.
Já que a segurança é um direito nosso, o mínimo que poderiam fazer à essa família é dar assistência psicológica, porque financeira acho que o poder público não pode dar, pois existem coisas mais importantes para aplicar seus recursos, não em saude (vide hospital de Gaspar), educação (preciso comprar todos os materiais escolares) e segurança (vide reportagem acima).

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