Pães, queijos, frutas, verduras, entre muito outros alimentos produzidos e plantados por agricultores de Gaspar e de outros municípios estão disponíveis na Feira Livre Municipal. O espaço inaugurado no início deste ano oferece uma grande variedade de produtos, porém, poucas vagas de estacionamento estão disponíveis para os clientes, que precisam deixar o carro na rua de trás ou nas únicas três vagas disponíveis em frente à feira.
O secretário de Agricultura do município, Alfonso Bernardo Hostert reconhece que a falta de estacionamento prejudica um pouco os clientes. ?Incentivamos e queremos que os próprios feirantes também incentivem as pessoas a estacionar na rua de trás da feira. Para construir um estacionamento teríamos que fazer a divulgação desse espaço, para que desde já todos saibam que o automóvel pode ficar ali?, diz. Para Alfonso, o objetivo maior da Feira Livre era manter a centralidade do espaço, e este foi o único local para a construção.
Adilson Hammes, feirante há mais de 20 anos, diz que a falta de estacionamento prejudica ele e os outros feirantes, pois muitos clientes reclamam. ?Muitos clientes reclamaram tanto que hoje não vêm mais à feira justamente pela falta de estacionamento. A feira está localizada em um lugar ruim, não é como o espaço de antigamente?, comenta.
Feirante há sete anos, Célio Dellabeneta concorda que a falta de um local para os clientes estacionarem seus veículos prejudica um pouco, mas seus clientes já não reclamam mais. ?Gosto do local que a feira está hoje. A maioria dos clientes já sabe que têm que estacionar na rua de trás, por isso não se incomodam tanto?, fala.
O costume de acordar cedo e ir à Feira Livre comprar um pão caseiro, ou frutas fresquinhas é algo muito comum para a comunidade. Marli Till vai à feira algumas vezes na semana e concorda que a falta de estacionamento acaba prejudicando os feirantes. ?A gente não pode deixar o carro na feira ao lado e aqui no asfalto também não, por isso temos que colocar o carro longe e quando chove ou está muito quente acaba sendo ruim. Quando tem muito movimento a fila fica enorme e é um transtorno?, conta.
Prejudicados
Adilson e Célio são gasparenses e seus estandes vendem pães, doces, queijos e outros alimentos. As verduras, frutas e legumes são comercializados por agricultores de outra cidade. Por este motivo, os feirantes da feira particular que fica ao lado se sentem prejudicados, já que são uma empresa registrada, pagam impostos e ainda têm que ceder, muitas vezes, seu espaço de estacionamento para clientes da Feira Livre.
Danilo Brockveld é o responsável por esta feira. ?Ficamos felizes quando soubemos que viriam feirantes e comercializariam queijos, pães e muits outros produtos diferenciados dos nossos e até fizemos uma parceria?, fala. Porém, o que incomoda Danilo e a família é que os outros feirantes da Feira Livre Municipal não pagam nada pelo espaço e seus clientes ocupam o estacionamento da feira particular. ?Tivemos que cercar a nossa feira, e pedir sempre para que eles avisem às pessoas para não estacionarem no nosso espaço, era ruim para nossos clientes que não tinham como estacionar também?, destaca.
Edição 1373
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