Inquérito vai acompanhar programas destinados a adolescentes infratores - Jornal Cruzeiro do Vale

Inquérito vai acompanhar programas destinados a adolescentes infratores

26/03/2012

Furtos, brigas, receptação de mercadorias furtadas e tráfico de drogas. A lista de crimes cometidos por adolescentes em Gaspar e Ilhota é extensa e o número de menores envolvidos na criminalidade cresce a cada ano. De 2010 até 2012, 267 casos de atos infracionais cometidos por menores foram encaminhados ao Poder Judiciário, segundo a Juíza da 1ª Vara, Ana Paula Amaro da Silveira.

A impunidade e a falta de acompanhamento dos programas sociais são apontados pelo Ministério Público de Santa Catarina como principais fatores que levam ao aumento dos casos em Gaspar e Ilhota. Para desacelerar o envolvimento de adolescentes com o crime, o Ministério Público instaurou um inquérito que vai acompanhar de perto a execução dos programas socioeducativos desenvolvidos nas duas cidades. A medida foi anunciada aos responsáveis pelos programas na manhã do dia 23, durante encontro realizado no Fórum de Gaspar.

A promotora de Justiça da Infância, Luciana Uller, presente na reunião, afirmou que existe ausência de controle nas medidas socioedutivas desenvolvidas em Gaspar e Ilhota e que o Ministério Público vai fazer inspeção nos programas para garantir a execução das medidas essenciais à recuperação destes jovens.

Sinase
No mesmo encontro a promotora anunciou que Gaspar e Ilhota, assim como todas as cidades brasileiras, precisarão criar o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, Sinase. Instituído pela Lei Federal 12.594, que entra em vigor no próximo dia 14 de abril, o Sinase regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescentes que pratiquem ato infracional. Conforme a juíza Ana Paula, o programa busca cuidar da formação do adolescente que cometeu o ato infracional e acompanhá-lo para que haja uma ressocialização.

O programa prevê que após o adolescente ser encaminhado à Delegacia de Polícia e mais tarde ao Fórum para uma audiência, os técnicos do Programa de Medidas Socioeducativas farão um relatório situacional do acusado, com informações sobre a vida do jovem infrator e dessa maneira poderão escolher a forma adequada de tratá-lo e ajudá-lo, elaborando também o Plano Individual de Atendimento, PIA. Com o PIA, será analisado se o próprio jovem concordará em fazer o que foi solicitado, para que haja uma total recuperação. O menor será acompanhado por um orientador, que vai cuidar da sua situação, já realizando um aprofundamento da vida desse jovem, para que ele não volte a cometer outro ato infracional. O PIA é considerado também um plano de vida, pois busca rever as situações pelas quais esses adolescentes já passaram e planejar o presente e o futuro deles. ?A nossa maior frustração é ver o adolescente afundar pela inércia de quem pode ajudar?, comenta a juíza.

Os coordenadores do programa têm o prazo de até 30 dias para apresentar o Programa de cumprimento das Medidas Socioeducativas, tanto para Gaspar quanto para Ilhota. A reunião teve a participação do delegado de Polícia Civil, Paulo Norberto Koerich, e dos representantes das Secretarias do Desenvolvimento Social de Gaspar e Ilhota.

Edição 1374

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Em reunião realizada nesta manhã, no Fórum da Comarca de Gaspar, foi discutida a Lei 12.594 que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, Sinase, e regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescentes que pratiquem ato infracional. Conforme explicado pela juíza, Dra. Ana Paula Amaro da Silveira, e pela promotora de Justiça da Infância, Luciana Uller, o Programa de Medidas Socioeducativas proposto busca cuidar da formação do adolescente que cometeu algum ato infracional, e acompanhá-lo para que haja uma ressocialização.

Após ser encaminhado à Delegacia de Polícia de Gaspar, e mais tarde ao Fórum para uma audiência, os técnicos do Programa já terão pesquisado sobre a vida do jovem infrator, e dessa maneira poderão escolher a forma adequada de tratá-lo e ajudá-lo, através do Plano Individual de Atendimento, PIA. O jovem será acompanhado por um orientador, que vai cuidar da situação dele, já realizando um aprofundamento da vida desse jovem, para que ele não volte a cometer outro ato infracional. ?A nossa maior frustração é ver o adolescente afundar pela inércia de quem pode ajudar?, comenta a juíza.

Os coordenadores do programa têm o prazo de até 30 dias para apresentar o Programa de cumprimento das Medidas Socioeducativas, tanto para Gaspar quanto para Ilhota. Participaram da reunião também os representantes das Secretarias do Desenvolvimento Social de Gaspar e Ilhota, e o delegado de Polícia Civil, Paulo Norberto Koerich.

Edição 1374

Comentários

Paulo
26/03/2012 14:43
Acho esse seu comentário muito infeliz Ivonete sempre contra o Roberto Procópio, numca ve o que ele fez, sempre criticando, devia olha bem as coisas para depois querer criticar. Outra ele trata bem sim as pessoas mais as vezes é preciso dar uma bronca sim.
Aldair Marcos
25/03/2012 19:46
Muito interessantes essas medidas socioeducativas para reeducar os adolescentes infratores, que visam o foco em dificultar uma futura recaída no mundo do crime.
Não menosprezando tais medidas, acharia bem mais proveitoso fazer medidas para inibir o cometimento do primeiro crime, em conjunto com o principal agente de socialização, a família.
Se fossem feitas leis onde fossem dados recursos às famílias para dar a educação necessária para que as crianças assimilassem valores éticos e morais, não haveria tantos crimes.
Sendo a família a responsável pelos alicerces no comportamento de seus membros, os órgãos competentes poderiam fazer um acompanhamento naqueles lares mais problemáticos. Reduziria em muito a criminalidade.
servidor
24/03/2012 15:08
Senhora Ivonete se for mesmo esse o seu nome, até onde eu sei o dr. Roberto trata muito bem os usuários assim como os servidores, claro que no cargo que ocupa ele precisa muitas vezes chamar atenção de seus colaboradores, mas nunca faltando com respeito. Esse seu comentário me parece muito infeliz.
Ivonete Spengler
23/03/2012 15:29
Parabens ao Judiciario, gostaria de saber que o Judiciario e o Ministerio Publico não fazem nada contra o Sr. Roberto Proscopio, pois ele nunca sabe de nada, trata mal seus usuarios e seus cervidores e só quer saber de fanfarrar.E vive debochando da justica, pois ele diz como é advogado nada pode acontecer contra ele.

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