Em virtude da pandemia do novo Coronavírus, as eleições municipais de 2020 acontecem dia 15 e 29 de novembro (para as cidades com mais de 200 mil eleitores). De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Emenda Constitucional que transferiu o pleito para novembro também adiou a data-limite para a apresentação dos pedidos de candidaturas para o dia 26 de setembro.
Em Gaspar, as definições só devem acontecer no próximo mês. Nos bastidores da política municipal, começam a surgir os nomes que vão compor a disputa nas urnas, pelo menos no que diz respeito ao cargo de chefe do Executivo. Em meio às incertezas normais para o momento, a 100 dias das eleições, a candidatura à reeleição do prefeito Kleber Wan-Dall é uma forte tendência para esse ano.
Kleber confirmou que seu nome segue à disposição do MDB e que ainda não há uma definição sobre o candidato a vice ou sobre a possibilidade de uma coligação com outro partido. Lembrou que a cidade está no meio de uma pandemia e que não gostaria de pensar nisso agora, mas que o partido estaria estudando algumas possibilidades. “Infelizmente passamos por essa situação grave na saúde pública e estamos focando nossos esforços para sair dessa condição e oferecer ações de proteção às pessoas. Sobre as eleições, a direção do MDB, por meio do presidente Roberto Pereira, está fazendo algumas articulações , conversando com alguns nomes. Mas não temos nada definido”, explica Kleber.
Outro nome de peso e que volta ao cenário político é o do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi. Apesar de não confirmar se é de fato candidato, Zuchi afirmou que o Partido dos Trabalhadores tem três ou quatro nomes que podem disputar as eleições. “O PT tem uma trajetória em Gaspar e suas lideranças têm plenas condições de disputar a próxima eleição para prefeito. Devemos fazer a convenção em meados de setembro e até lá teremos essa resposta, mas com certeza teremos a composição de uma chapa pura”, garante o ex-prefeito.
Se os nomes conhecidos fazem parte de uma alternância entre PT e MDB, outras possibilidades buscam novidade na política local. No PL, Rodrigo Althoff surge como principal nome da disputa à majoritária, abrindo espaço inclusive para uma possível coligação. O partido vem mantendo conversas com outras legendas e, assim, avaliando as possibilidades. No momento, acontecem encontros para qualificação dos pré-candidatos a vereador, buscando a indicação dos 20 nomes que concorrerão ao legislativo.
Em relação ao executivo, Althoff diz que o PL está promovendo diversas reuniões de preparação e articulação política. “Negociamos com o DEM, mas não houve acordo e começamos uma conversa, ainda bastante inicial, com o PSL para um possível alinhamento futuro. Também tivemos uma reunião com a ex-vereadora Andréa Nagel (PSDB) e estamos todos pensando em possibilidades. Mas não temos nada definido”, informa Althoff.
Na trilha do sucesso do PSL em nível federal e estadual, uma possibilidade que está bem desenhada é a de Sérgio Almeida. Ex-dirigente sindical e servidor público, é uma das alternativas para lançar candidatura própria ou formar uma possível coligação. “Estamos com algumas conversas em andamento, é claro que precisamos pensar muito, ter cautela. A matemática das eleições é implacável e não temos como brigar contra os números. Mas o PSL hoje está estruturado e organizado para ter seus candidatos próprios se assim ficar decidido”, projeta Almeida. Ele explica que o PSL está se preparando há dois anos e que tem um time completo, renovado e motivado para disputar as eleições.
Nenhum dos nomes lançados até agora representa tão bem o termo renovação quanto Wanderlei Knopp. O empresário da área de TI alega que é, de fato, a única alternativa quando o assunto é renovar ou fazer uma política diferente. Ele afirma que seu partido, o DEM, teria nomes à altura dessa disputa e que representam esse novo ideal, mas não descarta a possibilidade de unir-se a outras propostas.
“Conversamos com algumas pessoas, fomos procurados por outros pré-candidatos, mas a tendência é que o DEM monte sua própria candidatura. Ao que parece, todos estão com a cabeça de chapa e até mesmo alguns vices definidos. Não vejo essa possibilidade, apesar de estar aberto a dialogar com quem pensa da mesma forma”, ressalta. Knopp tem boas expectativas para a disputa e reforça que não vive da política e busca renovar, trazer uma alternativa diferente para o eleitor.
O PSD tem em Marcelo Brick um de seus principais expoentes. Candidato a prefeito nas últimas eleições, o ex-vereador ainda tentou uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2018. A experiência com as campanhas deixou seu nome em evidência, mas uma possível busca pelo cargo de prefeito não é a única possibilidade para o momento. “Estamos no começo de um processo e naturalmente meu nome está à disposição do partido para uma formação para a majoritária. Tanto como candidato a prefeito como a vice em alguma coligação”, informa Brick.
Marcelo diz que mantém conversas tanto com partidos que compõem o governo ou que estão fora dele. Avaliou que o momento é de analisar o cenário e a convenção do PSD no início de setembro deve definir essa posição.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).