A informação divulgada no começo dessa semana de que Blumenau espera uma segunda onda de Coronavírus para o mês de novembro está sendo trabalhada com cautela pelo hospital de Gaspar. Na reportagem, a infectologista Sabrina Sabino, que integra a Sociedade Brasileira de Infectologia, alega que três cenários colaboram para essa previsão: a volta às aulas, as reuniões clandestinas e o relaxamento com os cuidados básicos.
Em visita à redação do Jornal Cruzeiro do Vale, o diretor administrativo do Hospital de Gaspar, Claudio Marmentini, explica que se essa previsão se confirmar, a cidade terá condições de atender a demanda normalmente. Segundo ele, toda a estrutura de UTI, com seus 10 leitos extras exclusivos para casos de Covid-19 são suficientes para um novo pico.
“Acredito que não haverá um pico tão representativo quanto o registrado no início, nos meses de junho e julho, por exemplo. Se ocorrer, será uma incidência bem menor do que essa”, projeta o diretor. Marmentini fez um balanço dos seis meses à frente do Hospital, ressaltando o enfrentamento da doença na cidade.
O novo diretor administrativo assumiu em março desse ano, pouco antes do início da pandemia e da publicação dos decretos de isolamento pelo governo do Estado. Ele afirma que havia o planejamento inicial, com foco na negociação das dívidas e ajustes operacionais, precisou ser alterado em função da situação excepcional da doença na cidade.
Atualmente, o custo da UTI dedicada ao Covid está em R$ 440 mil/mês. Após a normalização com o abrandamento da pandemia, a expectativa é que a UTI adulta permanente possa ser totalmente equipada e adaptada à nova realidade do município. Sobre as questões financeiras, Marmentini garantiu que todas as dívidas foram negociadas e agora o foco é no atendimento. “Precisamos melhorar a qualidade do atendimento, o tempo de espera, o conforto dos pacientes. Nosso foco é em um atendimento mais humanizado, e com o tempo essa meta será alcançada no Hospital”, garantiu o diretor.
O otimismo do administrador tem explicação. Desde o dia 30 de agosto, Gaspar não registra uma morte sequer. O atendimento aos pacientes mudou o atendimento na cidade, mas a rotina está voltando ao normal, com o setor ambulatorial sendo normalizado aos poucos.
Outro fator positivo é que nenhum profissional da saúde precisou ser internado em estado grave devido à doença. Conforme lembrou o diretor, hoje o hospital não conta em seu quadro com nenhum afastamento pelo coronavírus, o que permite planejar o futuro com maior tranquilidade.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).