Prefeitura prorrogará intervenção do Hospital de Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Prefeitura prorrogará intervenção do Hospital de Gaspar

21/11/2015
Prefeitura prorrogará intervenção do Hospital de Gaspar

Segundo o secretário de Saúde de Gaspar, Cleones Hostins, haverá a renovação da prorrogação da intervenção do hospital de Gaspar por mais seis meses. O atual decreto expira neste mês de novembro e o próximo, o terceiro, deve sair ainda neste mês. “Às vezes venho trazer familiares doentes e encontro fila no pronto atendimento, porém em outras ocasiões, não. Acho que depende muito do momento, mas quando se precisa de atendimento há uma espera além da conta, declara a dona de casa e moradora do bairro Gasparinho, Solange da Silva, de 48 anos. Para o morador do bairro Gaspar Mirim, Diogo Gonçalves dos Santos, há coisas que precisariam ser melhoradas, como a diminuição de filas nos finais de semana. “Trago sempre parentes ao hospital quando precisam e nos finais de semana que compareci no setor de emergência houve fila de espera, porém o atendimento foi efetuado. Poderiam colocar mais médicos nos finais de semana”, pede.

De acordo com Cleones, os resultados mensurados até o momento passam pelo que a gestão da saúde municipal considera o mais importante: o acolhimento da população. “Hoje não se discute mais a falta de médicos. Há profissionais 24 horas por dia de plantão na unidade, além dos profissionais que podem ser chamados que estão de sobreaviso. A realidade do tempo de espera não é exclusividade de Gaspar e os pacientes são avaliados segundo o atendimento prioritário”, afirma. 

Quanto à comissão interventora, Cleones adianta que o grupo passará por mudanças, pois dois membros, por motivos pessoais, deixarão a comissão para a entrada de novos integrantes. “Os nomes serão confirmados com a publicação do decreto de renovação da intervenção”, conta.

Auditorias 

Mensalmente, de acordo com o secretário, são encaminhados ao Ministério Público e à Câmara de Vereadores de Gaspar relatórios do hospital relativos ao período de atuação. “Foram colocadas em dia as auditorias contábeis, que antes não eram realizadas. Outros pontos como a reforma da cobertura, estação de tratamento da água, e abertura de leitos são motivos de orgulho para nossa gestão”, destaca.


Equilibrar as contas é o desafio 


“Falta ainda garantir o equilíbrio e estabilidade financeira da entidade, ou seja, as contas precisam fechar”, declara o secretário de Saúde Cleones Hostins. De acordo com ele, novos serviços hospitalares precisam ser ofertados, além da ampliação dos já ofertados. Cleones cita os leitos de psiquiatria, onde há 10 específicos que já possuem demanda garantida. “Os outros hospitais estão lotados. Caso já tivéssemos em funcionamento, garantiriam pelos menos R$ 60 mil a mais para custear o hospital. Podemos ainda mencionar os leitos de longa permanência e de retaguarda, que também já foram pleiteados. Tudo esbarra na questão financeira, do Estado e da união, pois estes recursos viriam de fora do município”, informa.

Negativo de R$ 120 mil

O administrador do hospital, Giovani Bernardi, frisa que um dos objetivos principais nos próximos seis meses será investir em portarias para recebimentos de mais recursos. “Os repasses do governo estadual têm sido pagos com dificuldade. O recebimento referente a 30 de julho foi creditado em 30 de outubro. Esses atrasos prejudicam a saúde financeira do hospital, que hoje tem um déficit de R$ 120 mil mensais. A perspectiva é abater a metade desse saldo negativo durante o primeiro semestre de 2016”.

De acordo com dados do município, o hospital de Gaspar aguarda do governo estadual o montante de R$ 408.331,35, devido a cirurgias e incentivos, além de R$ 600 mil reais para auxílio no custeio, prometidos à entidade segundo o secretário de Saúde Cleones Hostins.

Pronto Atendimento

No Pronto Atendimento, a média de 2015, até outubro, está em 2.850 atendimentos mensais. “Não houve redução e este número é um volume considerável. Nas internações mensais, até outubro nossa média mensal foi de 305, contra 246 em 2014”, declara Giovani.


Cirurgia vascular ainda tem fila nas cirurgias

No caso do centro cirúrgico do hospital de Gaspar, antes da intervenção ocorriam, de acordo com dados da Secretaria de Saúde, 30 cirurgias mensais, e atualmente há 180. “Há de se ressaltar que as cirurgias eletivas ainda não foram paralisadas no hospital de Gaspar pois o município está adiantando, na medida do possível, os valores que o governo estadual vem atrasando”, informa Cleones.

Segundo o administrador do hospital, Giovani Bernardi, questões como infraestrutura, manutenção dos equipamentos, que são importantes, também estão sendo colocadas em dia, garantindo o funcionamento integral de todos os serviços que o hospital oferece. “Temos 120 colaboradores e quase 100% do espaço do hospital ocupado com atividades médicas. Temos bons equipamentos e nossa necessidade não são novas aquisições, e sim a manutenção desses aparelhos. Quanto ao atendimento particular, temos uma boa demanda. São 20 cirurgias mensais. Os médicos atendem tanto o SUS como os planos particulares. Nas cirurgias, a cirurgia vascular ainda tem fila”, avisa Giovani.


Ala pediátrica


Em maio deste ano, o hospital de Gaspar inaugurou uma nova ala pediátrica, com 13 leitos, quartos para internação, sala de isolamento e dois espaços lúdicos, destinados ao entretenimento das crianças em tratamento.

A ala pediátrica Maurício Lengruber Monnerat conta com quartos para internação, sala de isolamento e dois ambientes lúdicos, com brinquedos para as crianças. “Foi ao longo da intervenção que conseguimos abrir a ala pediátrica, oportunizando internação pediátrica em Gaspar, para o atendimento de até média complexidade”, declara Cleones. 

Um pediatra é o responsável pelos atendimentos da ala, mas as internações vão ser feitas apenas depois de as crianças passarem pelo pronto-socorro e serem encaminhadas pelo médico responsável. O espaço comporta atendimentos via SUS, convênios e particular.


Médicos do SUS

Clínico geral: 3
Ortopedia: 4
Otorrinolaringologista: 2
Pediatria: 6
Cirurgia Vascular: 1
Urologia: 1
Obstetrícia: 6

A conta mensal do hospital

Receitas: R$ 650 mil
Despesas: R$ 770 mil
Déficit mensal: R$ 120 mil

 

 

 

Edição 1725

Comentários

Rogerio Carlos
23/11/2015 23:01
Parem de politizar,esse hospital nunca atendeu tão bem a população... e olha que não sou petista,só não sou hipócrita.
Jefferson Ciro da Silva
22/11/2015 22:37
A Carnificina silenciosa provocada pelo hospital de Gaspar
Quer saber qual a reputação do hospital de Gaspar? Pergunte a qualquer cidadão gasparense. Você irá ouvir, não tem médico, fiquei 4, 5, 8 horas esperando atendimento, meu pai, meu amigo, meu parente morreu porque hospital não tem recurso, não tinha especialista.
Essa é a realidade do hospital de Gaspar. Ha pouco tempo muito se falou em fechar novamente o hospital de Gaspar. Os salários estavam atrasados, os terceirizados não recebiam e muitas outras reclamações. A culpa apontada para a gestão do hospital. A prefeitura "preocupada" com a situação interviu e assumiu a gestão. E o que mudou? NADA!!!
Desde da ultima terça feira 17/11 eu e minha família acompanhamos de perto essa realidade. Meu pai deu entrada no hospital, com um quadro gravíssimo de insuficiência respiratória. Fomos prontamente atendidos, pelo equipe de plantão do pronto socorro, a qual não mediram esforços. Isso ate que meu pai, fosse internado e então acompanhado pelo médico responsável pelos pacientes internados. Esse médico que toda comunidade conhece, fez jus a sua fama. Fez pouco caso da situação, não deu a devida importância. Esse médico é um dinossauro sangue suga. Ele atende ha muitos anos no hospital e não larga o osso. Não larga a teta. O que se houve a muito tempo é que ele já foi responsável por muitos óbitos em nossa cidade, pelo seu descaso. Esse assassino de diploma, chegou a dizer que o paciente não era dele, tentando se isentar, sendo que o prontuário foi assinado por ele. Não mexeu um dedo pra tentar transferir o paciente e jogou o problema para os médicos do pronto socorro.
Nesses três dias de desespero da minha família, em tentar transferir meu pai para uma UTI, a equipe do pronto socorro, se dobrou como pode para tentar manter meu pai vivo. Enquanto isso na recepção do PA, a população que aguardava para atendimento, era mandada embora, porque o atendimento iria demorar muito. Havia pessoas a mais de 6 horas aguardando, muitas crianças e idosos. Um dos médicos do pronto socorro, chegou a dizer que aquele dia era seu ultimo plantão no hospital de Gaspar. Com os olhos cheios de lagrimas, chegou a jogar seu jaleco no chão, revoltado com a situação. Disse que não aguentava ver mais os pacientes dele, morrerem por falta de recurso e por descaso desse medico assassino.
Até quando Gaspar vai ser vitima dessa situação? Quando a população de Gaspar terá um hospital digno, com UTI e médicos especialistas? Temos em nosso estado municípios com quase metade da nosso população e possuem tudo isso. E se você levar para Blumenau, você terá a porta fechada na sua cara. "leve para o seu hospital".

Meu pai foi transferido para UTI de Florianópolis na quinta feira e não resistiu, falecendo na sexta feira. Se houvesse a atenção merecida desde o momento que chegou no hospital, teríamos ele entre nós.
Mais um cidadão de bem morre. Mais uma família destruída. Só mais um e muitos virão. Porque os políticos de Gaspar são só políticos. Não fazem nada. So tiram fotos para seu eleitorado ignorante. E quanto a esse assassino. Tomara que esteja sóbrio para ler e refletir.

Jefferson Ciro da Silva

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