Professor é suspeito de abusar de criança de 3 anos em creche de Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Auxiliar de professor é suspeito de abusar de criança de 3 anos em creche de Gaspar

11/04/2016

Atualizado dia 11 de abril, 12h20min

Uma criança de 3 anos* foi abusada sexualmente em uma creche no bairro Figueira, em Gaspar. Na sexta-feira, dia 8, por volta das 13h30, um auxiliar de professor de cerca de 20 anos foi flagrado por uma servente acariciando as partes íntimas da menina. No momento do abuso havia mais crianças na sala e o professor estava sozinho com os alunos. O auxiliar de professor é concursado pelo município e trabalhava na unidade de ensino desde fevereiro.

Diante da situação, a servente procurou a diretora da instituição. O professor foi chamado à sala para prestar esclarecimentos e teria confessado o abuso. Alguns pais afirmam que haveria uma gravação com essa confissão, mas o município não confirma o fato. A direção do CDI, então, consultou a Secretaria de Educação sobre os procedimentos que deveriam ser tomados. Os pais da menina foram informados por volta das 16h e o professor foi comunicado que estava afastado.

No entanto, a principal queixa dos pais é o fato de a polícia não ter sido alertada sobre o caso. Se isso tivesse acontecido, o professor poderia ter sido autuado em flagrante. Apenas no fim da tarde é que uma equipe do CDI registrou um boletim de ocorrência. Horas depois os pais também foram registrar a ocorrência na Delegacia de Polícia Civil. Agora, os pais torcem para que seja expedido um mandado de prisão preventiva, que precisa ser solicitado pela Polícia Civil e autorizado por um juiz da Comarca.


Manifestação
Revoltados com o caso, dezenas de pais foram até o portão da instituição na manhã desta segunda-feira, 11, para protestar. A secretária de Educação, Marlene Almeida, esteve reunida até as 10h30 com a direção da instituição. A Polícia Militar de Gaspar e a equipe tática da PM foi chamada. A secretária e mais duas funcionárias do CDI saíram escoltadas em direção ao Conselho Tutelar, onde a reunião que discutiu os próximos passos teve sequência.

 

Vídeo: "Foi horrível", conta merendeira que flagrou a cena 

Quem flagrou o ato do auxiliar de professor na sexta-feira foi a servente Eliete da Rosa. Ainda abalada com o caso, ela contou que havia retornado do almoço e estava estendendo roupas quando flagrou o professor através da janela. “Ele estava acariciando as partes íntimas da menina por baixo do short”, descreve.

 

 Ela afirma que, imediatamente, informou o caso à diretora e a outras professoras. Então, uma reunião com o auxiliar de professor foi realizada, em que ele teria confessado o abuso em uma gravação. “Pensei que depois da confirmação ela (diretora) ia chamar a polícia, mas ela não fez. Mas ela fez isso tudo porque a Marlene (secretária de Educação) estava orientando. Estou com um pouco de medo, mas com a consciência tranquila”, conta a servente.

 

Família cobra punição e outros pais apresentam novas suspeitas

O pai da criança abusada sexualmente em uma creche de Gaspar, J. D.* diz que quer justiça e pede pela prisão do suspeito.“Nossa maior revolta é não saber por que não foi chamada a polícia. A partir do momento em que acontece um crime, o procedimento interno da Secretaria não pode prevalecer, deveria ter sido acionada a polícia. Agora ele (suspeito) ganhou tempo, pode ficar livre”, critica o pai.
Levada na manhã desta segunda à creche, a pequena não quis sequer passar pelo portão do CDI. A mãe, M. S. S. S.*, cobra a divulgação da gravação em que o professor teria admitido o abuso. “Eles disseram que não quiseram expor a criança, mas acabaram protegendo ele”, relata.

‘Erramos ao não ter chamado a polícia’, admite secretária

Por volta das 11h, já na sede do Conselho Tutelar, a secretária de Educação, Marlene Almeida, prestou esclarecimentos sobre a postura da Secretaria de Educação no caso. Ela informou que o auxiliar de professor é concursado, foi afastado do cargo e responderá a uma sindicância. Além disso, a Secretaria está fornecendo as informações que possui sobre o caso à Polícia Civil e Militar.]

“Erramos ao não ter chamado a polícia, mas no momento pensamos em preservar a identidade da criança. Agora, a polícia está olhando o caso com o delegado, eles vão poder dizer o que vai ser possível fazer. Todos os relatos têm que vir à tona, se houver gravação, será colocada nos autos. Se tivermos que responder por não ter acionado a polícia, com certeza ninguém vai se eximir dessa responsabilidade”, afirma a secretária.

Em nota, a Secretaria de Educação afirmou que o professor costumava trabalhar acompanhado de uma professora na sala, mas que ela teria se ausentado no momento da situação, e que uma sindicância foi instaurada. A nota afirma ainda que o município está prestando serviços de acompanhamento emocional à família. 

* Os nomes não foram revelados para proteger a identidade da vítima e da família, conforme recomendações do Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA.

 

Edição 1745

Comentários

Maria
12/04/2016 21:52
Isso e um absurdo porque num concurso publico eles so querem saber de receber a taxa de inscriçoes e nao avaliam o candidato se já tem algumas experiencias e de ondem veem tem que valorizar quem já tem anos de trabalho na educaçao e nao colocar esses vagabundos em cdi,vamos acordar povo porque a secretária é tao culpada qt a diretora vamos ver quem vai pagar o pato,as autoridades tem que caçar esse bandido
Marigiô Moritz
12/04/2016 12:47
Tenho dois filhos que frequentam o Cachinhos de Ouro. O que aconteceu foi terrível, mas a forma como a situação foi conduzida pior ainda. O criminoso tem que ir pra cadeira e não simplesmente ser afastado das atividades. Tinha flagrante, testemunha, a confissão do cara. Que chamem o conselho tutelar na hora, a polícia, os pais... Sou a primeira a levantar a bandeira para protestar sobre esse absurdo.
Fernanda
12/04/2016 10:35
O ato em si foi terrível.
A forma como o CDI conduziu a situação foi pior ainda, trágico.
Queremos o nome e a imagem desse criminoso.
Hach
12/04/2016 10:29
A se acontece isso com a minha filha, esse cara nem ia ver uma cadeia, ja estava morto e essas secretariazinha vai pro inferno, ah eu sei que errei não ter chamado a policia nojenta...... pq não é filho dela.
Marcus Vinicius Ramos
12/04/2016 09:11
A atitude da secretária da educação é de cumplicidade com o criminoso e com o crime. A identidade da criança já está protegida por Lei e ela sabe disso.
Foi a atitude típica de acobertar um crime e um criminoso.
nelson lamin
12/04/2016 08:38
Minha opinião é que deveria pegar este fulano e cortar as coisas dele ( penis e saco ). Depois coloca-lo em um presídio para que ele sirva de mulher para os presos de alta periculosidade. Jesus como pode uma pessoa fazer estas coisas com crianças inocentes. Sou a favor da pena de morte. Aqui se faz. Aqui se paga. Tenho 52 anos trabalho de porteiro vigilante. Não admito maldade desta forma com ninguém principalmente com crianças inocentes. Tenho dito.
Léia
11/04/2016 23:01
Isso é a reforma administrativa...
Por causa de uma prova que somos contratados, você pode não ter o mínimo de conhecimento, mas para a secretária da Educação, somos avaliados nessas provas..
Tem quantos profissionais formados fora da sala de aula, porque se saiu mau na PROVA...
Daí vem alguém que nunca se quer atendeu uma criança pra trabalhar com esses seres tão inocentes...
Essa foi a reforma administrativa que foi mexido, cortes de gastos..
Aonde? Educação e Saúde...
Daí venham dizer que é PROFESSOR...
Vergonha..
Jorge
11/04/2016 19:48
O MP faz campanha contra abuso sexual contra criança e adolescente e me admira não prenderem esse maníaco. A identidade dele não devia ser preservada neste caso.
Watson Willian Da Silva
11/04/2016 17:14
Vão mais a fundo nesta história. Não somente nesta. Mas em outras tbm em que a secretaria de educação do município de Gaspar tem sido omissa em relação aos acontecimentos de insubordinação, abuso de autoridade, coação de indivíduo é demais situações das quais eu tenho conhecimento.
Ali do lado, na outra instituição de ensino Dolores Kraus, em sua última gestão, o mesmo foi incitado por assédio sexual de alunas, e nada foi feito devido à omissão da secretaria de educação.
Corremos atrás de todos os fatos e de todas as testemunhas porém, infelizmente, nada, digo, naaaada foi feito. Tantos outros atos de abuso de autoridade cometidos com a antiga gestão também se encontram impunes. Vamos investigar isto melhor. Façam valer a constituição, façam valer aquilo que a lei ampara os veículos de comunicação. Dentre outros fatos em outras instituições que sabemos, porém o poder público abafa.
Edna Mara Fernandes Laguna
11/04/2016 11:48
DIVILGA O NOME DESSE VAGABUNDO ,A POPULAÇÃO PRECISA SABER QUEM É ESSE DESGRAÇADO.
Santiago
11/04/2016 10:43
Como pode, acredito na lei espero que seja feita justiça, mas caso não seja! Vamos parar o centro da cidade e cobrar nas ruas que as autoridades cfaçam algo. Absurdo.

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