17 de abril. Este foi o prazo definido pelos professores reunidos em assembleia na tarde desta quinta-feira, 15, para que a Secretaria de Estado da Educação apresente uma nova proposta para o pagamento do piso do nacional. Caso nenhuma proposta seja apresentada, a categoria vai decretar greve.
Para o professor da escola Ivo D´Aquino, Carlos Roberto Feliciano, que esteve na assembleia em Florianópolis, o piso é um direito dos professores, estipulado por lei federal e que o Estado não quer cumprir. ?O professor precisa ser mais valorizado. Nossos maiores problemas são a falta de professores, pois ninguém mais quer lecionar por causa dos baixos salários. Este piso visa valorizar a carreira do magistério?, defende.
A educadora do colégio Arnoldo Agenor Zimmermann, Roseli Dorigatti, defende a mobilização iniciada pelo sindicato da categoria. ?Se formos decidir por uma greve vamos avaliar com todos os professores da cidade, mas acho importante lutar por nossos direitos?, opina.
Sem aulas
Os professores de Gaspar foram a Florianópolis com uma caravana do sindicato e por isso as escolas Ivo D´Aquino, Frei Godofredo e Honório Miranda não tiveram aulas nesta quinta-feira. nas demais escolas estaduais da cidade as aulas ocorreram de forma parcial. Apenas o colégio Marina Vieira Leal teve aulas normalmente. Nesta sexta-feira, apesar da possibilidade de greve, as aulas acontecem normalmente em todas as escolas.
O que defende o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Santa Catarina, Sinte
A Direção Executiva do Sinte avaliou a proposta apresentada pelo Secretário da Educação, Eduardo Deschamps, como uma afronta aos direitos dos trabalhadores em educação do estado de Santa Catarina. ?A proposta desrespeita a lei do piso, o quadro de carreira e principalmente os acordos da greve de 2011?, defendem os sindicalistas.
O secretário propôs o cumprimento da lei do piso nacional para os professores que recebem abaixo de R$ 1.451 no salário base. Com a proposta, estes professores passariam a receber, a partir deste mês, os R$ 1.451 previstos no piso nacional. Nos meses de julho e setembro, eles receberiam o salário referentes a janeiro e fevereiro, respectivamente. Segundo Deschamps, em Santa Catarina, o novo piso vai resultar em R$ 6 milhões por mês a mais no orçamento estadual.
Edição 1370
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