Os gasparenses vão pagar 38% a mais pelo serviço de coleta de lixo orgânico a partir deste mês de fevereiro. O reajuste foi anunciado em meados novembro do ano passado e visa diminuir o déficit que o serviço gera mensalmente ao Samae, autarquia responsável pela administração da coleta.
Lovídio Bertoldi, diretor presidente da autarquia, revela que o déficit chega a R$50 mil por mês e que o valor utilizado para bancar esta despesa deixa de ser investido em melhorias na distribuição e tratamento da água para toda a cidade.
Mais arrecadação
Além do reajuste, o Samae iniciou no final do mês de janeiro um cadastro das residências que são beneficiadas pela coleta do lixo, mas não pagam pelo serviço, isso porque a cobrança é feita pela conta de água e muitas residências de Gaspar utilizam poço artesiano e não a água fornecida pelo Samae. "Dessa forma, apenas as unidades consumidoras que estão ligadas à rede pública de abastecimento de água é que efetuam o pagamento pela coleta do lixo. Visto que a cobertura do Samae não é plena e muitos moradores fazem uso de outras formas de abastecimento, como poços artesianos ou cachoeiras, o Samae está fazendo um levantamento e cadastrando essas pessoas para futura cobrança", explica Irodete Barbieri da Silva, diretora geral da autarquia.
A estimativa é de que pelo menos 1500 residências se encaixam neste quadro. São moradias instaladas principalmente nos bairros mais distantes da cidade, como Gaspar Alto, Belchior e Alto gasparinho, e também moradias em diversas ruas dos demais bairros da cidade.
Segundo Irodete, a cobrança nestas residências deverá ser feita através da conta de energia elétrica. "Já estamos providenciando um convênio com a Celesc, estamos apenas aguardando o término deste cadastro, que está previsto para o mês de março", comenta a diretora.
Atualmente o Samae atende cerca de 14.500 ligações de água em todo o município. Irodete explica que estes contribuintes continuarão pagando a coleta do lixo através da conta de água. "Apenas aqueles que não possuem água tratada é que farão o pagamento através da conta de energia elétrica", explica a diretora geral do Samae.
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