Tribunal de Justiça anula inquérito da Operação Influenza - Jornal Cruzeiro do Vale

Tribunal de Justiça anula inquérito da Operação Influenza

15/05/2012

fotopg10abreMD.jpgTodo o inquérito da Operação Influenza, que em 2008 desarticulou uma suposta organização criminosa que atuava nos estados de Santa Catarina e São Paulo, foi anulado. De acordo com uma matéria veiculada pelo Jornal Diário Catarinense, no dia 3 de maio, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça determinou abertura de processo crime contra o juiz Paulo Afonso Sandri, acusado pelo Ministério Público por corrupção passiva, violação de sigilo e interceptação ilegal.

Para a abertura do inquérito da Operação Influenza, Sandri concedeu 28 decisões de quebra de sigilo telefônico e de e-mail à Polícia Federal, o que, segundo o Ministério Público, foi irregular, fazendo com que o inquérito fosse anulado.O juiz nega todas as acusações.

O empresário gasparense, Carlos Alberto Wanzuit, Vô Bráulio, foi citado como suposto envolvido na organização criminosa denunciada pela Operação Influenza e recebeu, na época, o mandado de prisão temporária. Carlos conta que chegou a ficar preso após a Operação Influenza. ?Fui preso injustamente por cinco dias por ser um prestador de serviços de transportes de cargas?, fala. O empresário diz que ficou sabendo da anulação do inquérito há dois anos e acredita que o Ministério Público agiu de forma correta e dentro da lei. ?Se alguém tiver que ser punido, que sejam os verdadeiros culpados?.

Carlos Alberto diz ainda que hoje enfrenta diversos problemas de saúde por ter sido envolvido no caso. ?Muitas vezes, a polícia acaba prendendo pessoas inocentes, como desta vez. Quebram empresas, acabam com a vida pessoal das pessoas, moral, integridade e destroem famílias e empresas?, relata o empresário. Ainda segundo Carlos, todas as provas levantadas para prender as 25 pessoas foram consideradas ilícitas.

Operação Influenza

A Polícia Federal, juntamente com a Receita Federal, deu início à operação no dia 20 de junho de 2008. Na época, foi divulgado que a suposta organização criminosa infiltrava divisas de forma ilegal para realização de operações cambiais ilegais, ocultação de bens, rendas e movimentações financeiras, com o uso de ?laranjas?, além de operações comerciais simuladas, com o uso de documentos falsos e fraudes a licitações. Para que as ações tivessem êxito, servidores públicos eram corrompidos com o pagamento de propinas. Foram expedidos 24 mandados de prisão, e 54 mandados de busca e apreensão, em Santa Catarina e São Paulo.

Edição 1388

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