O registro de três novos focos de dengue em Gaspar em menos de dois meses deixou o departamento de Vigilância à Saúde em alerta. O número representa 75% das ocorrências registradas durante todo o ano de 2009, quando quatro novos focos foram identificados, e os agentes de saúde convocam a comunidade a redobrar a atenção para o acúmulo de água parada.
O diretor de Vigilância à Saúde, Dorvalino Cardoso, explica que as chuvas do mês de janeiro, o forte calor e o grande fluxo de caminhões que passam pela cidade podem ser apontados como os principais fatores que influenciaram na proliferação das larvas do mosquito. "Esta é uma época complicada porque o calor e a grande quantidade de chuvas criam um ambiente propício para a reprodução do mosquito", conta.
No mês de janeiro foram registrados dois novos focos. Já em fevereiro, os agentes do departamento identificaram mais um. De acordo com o diretor, duas ocorrências aconteceram em uma borracharia localizada no bairro Poço Grande. "Por isso pedimos para que empresários e a comunidade fiquem atentos, evitando a exposição de pneus e outros materiais que podem acumular água".
Para evitar que o mosquito siga para outras regiões, o departamento de Vigilância à Saúde está percorrendo os bairros da cidade, fazendo uma delimitação de foco. O trabalho inclui a visita de todas as casas, terrenos e comércio num raio de 300 metros do foco identificado. Cerca de cinco funcionários integram a equipe de visitação.
Dorvalino acrescenta que devido ao alto volume de serviço, os agentes têm trabalhado além do horário. "Então a comunidade não deve estranhar se for visitada depois do horário de costume", avisa o diretor.
Estado
Até o final do mês de janeiro, Santa Catarina registrava cerca de 60 focos do mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti. O número é menor comparado ao mesmo período do ano passado, porém a quantidade de municípios onde houve registro do foco aumentou para 12, sendo que o município com maior número de focos era Itajaí, que aumentou desde dezembro com o início da temporada de verão.
As regiões do Estado mais afetadas são o Litoral e o Extremo-Oeste. Os motivos são o grande número de turistas que visitam as praias catarinenses e o aumento no fluxo de caminhões e cargas no Extremo-Oeste.
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