Uma van atropelou várias pessoas em La Rambla, via que fica em uma das regiões mais turísticas de Barcelona, na Espanha, nesta quinta-feira (17). A polícia afirma que 13 pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas, algumas em estado grave. O caso é tratado como um ataque terrorista. Dois suspeitos foram presos. Segundo a imprensa local, outro suspeito morreu em uma troca de tiros.
egundo o jornal "El País", o motorista da van fugiu caminhando e o veículo usado no ataque foi alugado por um homem chamado Driss Oukabir, em Santa Perpetua de la Mogada, município perto de Barcelona.
A polícia confirmou que um suspeito foi detido. Em pronunciamento, o presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, disse que há um segundo preso. Segundo o jornal "La Vanguardia", outro suspeito morreu em uma troca de tiros com a polícia em Sant Just Desvern, município próximo a Barcelona.
Ao anunciar a prisão do suspeito, a polícia negou que ele tenha ficado entricheirado em um restaurante perto do tradicional mercado La Boquería, na Rambla, como havia divulgavado a imprensa local. A imprensa chegou a falar, inclusive, sobre a possibilidade de haver reféns.
"Não há ninguém entrincheirado em nenhum bar do centro de Barcelona. Detivemos um homem e o tratamos como um atacante terrorista", disse a polícia.
O jornal local "La Vanguardia" diz que o veículo atingiu as vítimas ao longo de 600 metros. Um segundo veículo, também ligado ao atentado, foi econtrado pela polícia na cidade de Vic, a 70 km de Barcelona.
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse no Twitter que a prioridade no momento é atender os feridos e facilitar o trabalho das forças de segurança. As vítimas foram levadas a hospitais da cidade, que pedem doações de sangue, segundo o "El País".
A região foi isolada, e as estações de metrô e trem perto do local do atropelamento foram fechadas. Os pedestres se protegeram nas lojas do local, que é um grande ponto turístico. Pelo menos cinco ambulâncias e mais de 20 carros policiais foram deslocados, de acordo com a agência France Presse.
Ethan Spibey, que testemunhou o atropelamento, contou à rede britânica Sky News os momentos de pavor que viveu. "De repente foi um absoluto caos. As pessoas começaram a correr e gritar, houve explosões altas", relatou ele, que se abrigou em uma igreja da região.
As autoridades também pedem que os moradores da cidade e os turistas evitem circular pela região.
Autoridades internacionais, como o presidente americano, Donald Trump, condenaram o ataque pelo Twitter. "Os Estados Unidos condenam o ataque terrorista em Barcelona, Espanha, e fará o que for necessário para ajudar. Sejam duros e fortes, nós amamos vocês", disse Trump.
O incidente acontece no auge da temporada turística de verão em Barcelona, um dos principais destinos turísticos da Europa, que recebe pelo menos 11 milhões de visitantes anualmente.
A prefeitura suspendeu todas as atividades públicas, inclusive a tradicional festa do bairro de Gracia.
Em março de 2004, militantes islâmicos colocaram bombas em vagões de metrô em Madri. O atentado, o mais mortal da história espanhola, deixou 191 mortos e mais de 1.800 feridos.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).