Vários centros educativos fecharam no estado de Imatong, no Sudão do Sul, pela situação econômica das famílias, o que lhes obriga a fugir do país para lutar contra a fome declarada na área, declarou nesta quarta-feira à agência EFE o governador do estado, Tulio Abelio Oromo.
"As escolas na cidade de Torit e outras próximas fecharam pela situação econômica, que está provocando fome, porque os estudantes têm ido com suas famílias a acampamentos da ONU no Quênia e Uganda", assegurou.
Oromo disse que o Programa Mundial de Alimentos (PMA) tentou oferecer "apoio alimentar" a algumas escolas no estado com o objetivo de que pudessem continuar com as atividades educativas.
Mas "a piora da situação econômica levou as famílias a se mudarem com seus filhos aos acampamentos de refugiados no estrangeiro", apontou.
Segundo um relatório publicado pelo Governo, a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Fundo da ONU para a Infância (Unicef), 40% da população de Sudão do Sul está em perigo de fome.
O país africano é palco de um conflito que explodiu em dezembro de 2013 entre forças leais ao presidente, Salva Kiir, da etnia dinka, e ao ex-vice-presidente Riek Machar, da tribo nuer.
Apesar de ambas as partes terem assinado um acordo de paz em agosto de 2015, o conflito foi retomado em julho de 2016, deixando milhares de mortos e milhões de deslocados.
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