O Mercosul convocou para este sábado (1º) os chanceleres dos países-membros para uma reunião "urgente" sobre a "grave situação institucional" da Venezuela, além de reiterar o apoio do bloco aos princípios do Estado de Direito.
A reação do bloco acontece depois que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano decidiu, na quarta-feira (29), assumir as competências da Assembleia Nacional, de maioria opositora, devido à persistência do "desacato", um status que o Poder Judiciário impôs à câmara pelo descumprimento de várias sentenças.
"Perante a grave situação institucional na República Bolivariana da Venezuela, os Estados Partes signatários do Tratado de Assunção resolveram convocar uma reunião de chanceleres urgente para sábado, para analisar possíveis vias de solução", informou a Chancelaria da Argentina, que tem a presidência temporária do bloco, em comunicado.
"Os países fundadores do Mercosul reiteram seu inalterável apoio aos princípios fundamentais do Estado de Direito e à preservação da democracia na região latino-americana", acrescentou o bloco, integrado por Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes, participará do encontro, segundo a Efe.
A Venezuela era membro de pleno direito do Mercosul até dezembro do ano passado, quando foi suspensa.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, convocou formalmente o Conselho Permanente da instituição para discutir a situação na Venezuela. Na quinta-feira, ele classificou a medida de "autogolpe".
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