Há dois anos, a gasparense Neusa Maria dos Santos recebeu a pior notícia da sua vida: o diagnóstico de câncer. “As incertezas surgem, mas enfrentei de peito aberto”. Era fim de ano, época de festas e celebrações, e no dia 15 de dezembro ela foi encaminhada ao oncologista para dar início ao tratamento.
Durante seis meses ela fez quimioterapias, sendo 4 sessões vermelhas e 12 brancas, antes de fazer a retirada do tumor. No dia 11 de agosto de 2021, passou pelo procedimento e foi feita a retirada do quadrante e 16 linfonodos. Justamente neste dia, sua mãe faleceu. “Triste demais, mas faz parte da vida”. Depois da cirurgia, ela fez 28 sessões de radioterapia, durante um mês.
Os momentos de fraqueza diante da doença não foram maiores do que a vontade de vencer. “A quimioterapia é muito forte, deixa a gente muito abalada, sem vontade de fazer as coisas, mas a fé me ajudava a seguir em frente. Eu vou lutar para vencer esta doença. Fui encarando de outra maneira e consegui vencer as barreiras”.
Hoje, a Neusa faz acompanhamentos a cada três meses. Ela é grata por tudo o que passou e pelas pessoas que lhe ampararam neste momento difícil. “O maior aprendizado com misso tudo é dar valor ao que a gente tem. Aprendi a agradecer a Deus mais e mais e mais, até porque eu tive muita ajuda através de orações e pensamentos positivos. Isso me ajudou muito. A gente já agradece todo dia, mas as vezes é pouco perto do tanto que Deus nos dá”
Neusa é moradora do Gaspar Mirim e fazia exames periódicos. Anualmente, procurava pelo médico para realizar o check-up necessário. O resultado que trouxe o diagnóstico veio oito meses após uma consulta, onde havia sido identificada uma calcificação na mama.
“Minhas filhas e meu esposo me ajudaram a vencer o câncer. Inicialmente, elas choravam muito, ficaram desesperadas, mas me acompanhavam nas sessões e foram percebendo que eu estava reagindo bem. Eu dizia pra elas: chorar não vai adiantar. Vamos fazer tudo certinho, pois precisamos é ser fortes e eu vou vencer esta doença”.
Dona Neusa está há um ano sendo atendida pelas voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Gaspar. Ela faz tratamento com luvas intermitentes e fisioterapia, um trabalho que ela valoriza muito e diz que faz grande diferença em seu dia a dia. “O trabalho na Rede Feminina é sensacional. Ajuda em tudo, com as terapias e elas conversam bastante conosco também. Toda mulher que teve câncer deveria ser atendida por elas”.
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