"No diagnóstico, eu perdi o chão" - apoio e gratidão foram as palavras-chave no tratamento de Carmen Albanaz - Jornal Cruzeiro do Vale

"No diagnóstico, eu perdi o chão" - apoio e gratidão foram as palavras-chave no tratamento de Carmen Albanaz

26/10/2023

Receber a notícia de diagnóstico do câncer é difícil para a pessoa que está doente e também para os familiares. Ela é temida e também avassaladora. É quando surgem inúmeras incertezas sobre as formas de tratamento e o relógio começa a ser visto de maneira diferente, onde tudo é feito pela cura. “No diagnóstico, eu perdi o chão”. Foi assim que a Carmen Conceição Albanaz sentiu-se ao receber a notícia de que estava com carcinoma invasivo nos dois seios.

Dona Carmem recebeu o diagnóstico sete meses depois de passar por atendimento médico em exames de rotina. À noite, na hora de dormir, ela começou a sentir um desconforto e também notou a presença de um pequeno caroço no seio. Foi aí que ela decidiu buscar novamente por um profissional e, em 20 de junho de 2022, recebeu o diagnóstico do câncer.

Seu primeiro conforto foi encontrado na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Gaspar, onde recebeu o atendimento e todos os encaminhamentos necessários para realizar os tratamentos. Carmem é do lar e cuidou de uma irmã especial e com esclerose múltipla por 30 anos. Hoje, aos 64 anos, ela relembra os momentos de cada fase vivenciada para superar a doença e fala sobre as adversidades da vida. “As dificuldades existem, mas temos de ser confiantes. Não tive filhos, mas Deus colocou em minha vida sobrinhos, afilhados e muitos amigos. Diante disso tudo, estou aprendendo a não ser tão ansiosa. Tudo é no tempo de Deus e sigo sempre com muita fé e confiança nele”.

Tratamento

Dona Carmem passou por um procedimento cirúrgico para retirada do seio esquerdo e quadrante do lado direito. A cirurgia foi feita de forma particular, porém o tratamento foi pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foram quatro sessões de quimioterapia vermelha e doze brancas, além das dezenove sessões de radioterapia.

Agora, um ano após a realização dos procedimentos cirúrgico e tratamentos invasivos, ela continua com as medicações (que se estendem por mais quatro anos até a cura definitiva) e dá início aos exames de revisão, que precisa realizar ano após ano. “Até aqui tive muito apoio e dedicação do meu esposo Carlos Albanaz, familiares, amigos e do Dr. Max e Dr. Antônio Vieira, que são os meus anjinhos na terra”.

Na Rede Feminina em Gaspar, Carmem segue contando com todo suporte das voluntárias e dos serviços por elas prestados. “A Rede Feminina é muito especial em minha vida, pois lá eu recebo muito amor, passo por tratamentos como reflexoterapia, luvas intermitentes, fisioterapia e reik. Agradeço pelo trabalho que as voluntárias realizam por todas nós”.


 

 

Edição 2125
 

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