Dependendo da sua idade, com certeza você vai lembrar de ter assistido ou até mesmo concorrido ao título de ‘rainha’ de determinado evento. Ao longo da sua história, Gaspar realizou diversos eventos desse tipo e um deles é a Facig, a Feira de Amostras do Comércio e Indústria de Gaspar.
Conforme lembra Rui Zimmermann, coordenador do departamento de Turismo de Gaspar na época, realizar a disputa da realeza tornava os eventos ainda maiores. “No caso da Facig, tivemos três edições. A feira acontecia no Ginásio João dos Santos e os bailes em um antigo salão que ficava onde hoje é a Havan. As disputas para escolher rainha e princesas da festa era uma forma de movimentar os bairros e mostrar a beleza da mulher gasparense”.
Em junho de 1986, aos 16 anos, Kátia Simone Mannrich Krauss, moradora do Belchior Central, foi coroada ‘Rainha da II Facig’. Representando a Sociedade Harmonia e o bairro Belchior, ela lembra da competição com saudade. “Foi a primeira vez que disputei uma faixa dessa. Eu lembro que o Herbert Bruch, na época presidente da Sociedade Harmonia, estava procurando uma candidata que pudesse representar o bairro e lembrou de mim. Ele conversou com os meus pais, que logo toparam a ideia e deram toda força necessária”.
Após ser coroada, Kátia passou a representar a cidade em outros eventos. “Eram desfiles, eventos, festas. Foi algo que durou o ano inteiro. Tudo era uma novidade e a animação era muito grande em cada ensaio. Tenho boas recordações desse tempo. O Belchior ficou mais conhecido e essa também foi uma forma de valorizar o nosso lugar. Me orgulho muito disso”.
A eleição da rainha era composta por 12 jurados e 12 candidatas vindas de vários bairros e sociedade. Os pais da Kátia, Maria Eligia e Ademar Mannrich, também se empenharam em trazer o título de ‘Rainha’ para o distrito. Maria levava a filha nos ensaios e ajudava na preparação de como deveria desfilar e se portar. “Tínhamos que escolher o vestido, pensar no penteado e aprender a desfilar numa passarela. Foi trabalhoso. Foi uma competição acirrada, mas valeu a pena”, lembra a mãe.
Segundo Ademar, a família chegou a vender 24 mesas aos amigos para que eles fossem prestigiar o evento. “Tinha muitos amigos nossos por lá, muitas pessoas do bairro. Lembrar daquela torcida tão grande e bonita é emocionante. Fomos até o fim e na hora eu até pensava ‘se ela ficar em 5º lugar já estou feliz’. Mas quando veio a confirmação de que ela é quem havia sido eleita a rainha, foi uma grande festa. Foi uma gritaria naquele salão que uns até se jogaram no chão de tão contentes. Nos sentimos muito orgulhosos por tudo o que aconteceu naquela época. Boas lembranças”.
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