Contingenciamento inviabiliza voto eletrônico em 2016, diz TSE - Jornal Cruzeiro do Vale

Contingenciamento inviabiliza voto eletrônico em 2016, diz TSE

01/12/2015
Contingenciamento inviabiliza voto eletrônico em 2016, diz TSE

O Tribunal Superior Eleitoral, TSE, divulgou nessa segunda-feira, dia 30, uma nota afirmando que o contingenciamento de recursos determinado pelo governo federal ao Judiciário poderá inviabilizar a realização das eleições de 2016 com urnas eletrônicas, e que, por isso, há grandes chances de que o pleito do próximo ano volte a ser realizado com cédulas de papel. Se isso se confirmar, será a primeira vez que a votação será feita em papel desde 2000. Em nota, o TSE afirmou que já há um processo de licitação em curso para aquisição de novas urnas eletrônicas e que o órgão reunirá esforços para evitar que o voto eletrônico não seja utilizado na disputa do próximo ano. Confira abaixo a nota do TSE à imprensa e a portaria publicada nessa segunda.


Nota à imprensa:

Contingenciamento comprometerá as Eleições Eletrônicas Municipais de 2016

A Portaria Conjunta nº 3/2015, publicada nesta segunda-feira (30) no Diário Oficial da União e assinada pelos presidentes dos tribunais superiores, informa que o contingenciamento de recursos determinado pela União para cada área do Poder Judiciário, incluindo a Justiça Eleitoral, “inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”. Na semana passada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli, já havia procurado o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para expor a preocupação diante da medida do Executivo.

O total que não será repassado para a Justiça Eleitoral soma exatos R$ 428.739.416,00, o que prejudicará a aquisição e manutenção de equipamentos necessários para a execução do pleito do próximo ano. Esse bloqueio no orçamento compromete severamente vários projetos do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). O impacto maior reflete no processo de aquisição de urnas eletrônicas, com licitação já em curso e imprescindível contratação até o fim do mês de dezembro, com o comprometimento de uma despesa estimada em R$ 200.000.000,00.

A demora ou a não conclusão do procedimento licitatório causará dano irreversível e irreparável à Justiça Eleitoral. As urnas que estão sendo licitadas têm prazo certo e improrrogável para que estejam em produção nos cartórios eleitorais. Na espécie, não há dúvida que o interesse público envolvido há que prevalecer ante a iminente ameaça de grave lesão à ordem, por comprometer as Eleições Eletrônicas Municipais de 2016.

A portaria dos tribunais superiores é assinada pelos presidentes do STF, ministro Ricardo Lewandowski, do TSE, ministro Dias Toffoli, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Antonio José de Barros Levenhagen, do Superior Tribunal Militar (STM), William de Oliveira Barros, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador Getúlio de Moraes Oliveira, e pela vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz.

O presidente do TSE registra e agradece o apoio do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e informa que, juntos, irão envidar todos os esforços no Congresso Nacional para que as verbas devidas sejam autorizadas, a fim de se garantir a normalidade das eleições do ano que vem.

Clique aqui para ler a Portaria Conjunta nº 3/2015.

 

 

Edição 1727

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