O deputado federal Rogério Peninha Mendonça, PMDB-SC, esteve em Gaspar na tarde desta sexta-feira, dia 27. Ele participou de uma reunião com a empresa Vogelsanger, responsável pela pavimentação da rua Leonardo Pedro Schmitt, no bairro Macucos, em que foi discutida a sequência da obra. Resolvidos problemas de um pedido de aditivo de R$ 700 mil e dos meses de chuva, a expectativa é de que a obra avance nos próximos meses. O prazo de conclusão, que vencia no dia 4 de dezembro, foi estendido para mais seis meses, como antecipou reportagem do Cruzeiro do Vale (veja mais AQUI).
Na noite desta sexta, Peninha ainda participa da reunião do diretório do PMDB de Gaspar. No encontro, serão apresentadas novas lideranças e também será discutido o planejamento da campanha municipal de 2016. “Como tivemos mudanças na legislação eleitoral, aumento do prazo de filiação de novas lideranças interessadas em se candidatar, vamos discutir o planejamento da campanha. O Kléber teve uma ótima eleição em 2012 e, desde então, o partido já concentrou esforços no nome dele. Ele é o pré-candidato oficial do partido, respaldado por todas as nossas lideranças, como o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, o deputado federal Mauro Mariani, e com certeza está preparado para ser prefeito”, enalteceu Peninha, em visita à redação do Jornal Cruzeiro do Vale acompanhado da vereadora licenciada, Ivete Hammes, e do Presidente do PMDB de Gaspar, Roberto Pereira.
Peninha ainda afirmou que o partido mantém conversas com todas as demais siglas, com exceção do PT, com quem não vê possibilidade de aliança em Gaspar. Segundo ele, uma das tendências para a próxima eleição deve ser a preferência dos eleitores por candidatos com perfil mais conservador.
Crise, Cunha e Dilma
Questionado sobre a crise política e econômica que acomete o país desde o início do ano, Peninha lembra que a bancada catarinense do PMDB assinou um documento criticando a manutenção das indicações do partido no ministério de Dilma Rousseff e que o posicionamento dos deputados de SC em eventual processo de impeachment seria tomado de forma independente à participação do partido no atual governo.
“Há um desgaste muito grande não só da política, mas da sociedade, que acaba sofrendo na pele os efeitos de toda essa situação. Isso só vai ser resolvido com penas mais duras, rígidas para todos esses casos de corrupção. A situação é tão crítica que eu sacrificaria metade do meu mandato para defender a realização de novas eleições gerais no ano que vem, para escolha de novo presidente, governador e deputados, correndo o risco de me eleger ou não, para que pudéssemos passar a limpo toda essa situação”, defende.
Sobre as situações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, PMDB-RJ, e de Dilma Rousseff, PT, Peninha vê a saída de ambos como possibilidades de saída para a crise atual. “Acredito que o Cunha deveria renunciar à presidência da Câmara até mesmo para que pudesse se defender e que seu julgamento fosse imparcial, sem a influência do cargo. No caso da presidente, também. Se fosse deflagrado um processo de impeachment hoje, vejo que ela dificilmente conseguiria se manter no cargo”, analisa.
Divulgação de destino das multas
Na visita a Gaspar, Peninha falou também sobre dois projetos de sua autoria em andamento na Câmara dos Deputados. Um deles pretende dar total divulgação aos valores e ao destino dos recursos arrecadados com multas de trânsito. “Hoje isso é uma grande caixa-preta”, define.
Revogação do Estatuto do Desarmamento
O segundo projeto, mais polêmico, defende a revogação do Estatuto do Desarmamento, o que liberaria a compra e o porte de armas e reduziria as taxas de registro e licença. A proposta já passou pelas comissões e, segundo o deputado, pode ir a plenário até março do próximo ano. “O levantamento que fizemos na Câmara mostra que há muito equilíbrio e que é possível conseguir os votos. O projeto não tem aprovação da grande imprensa, mas tem apoio da população. Dizem que essas propostas surgem da ‘bancada da bala’, mas nunca recebi um recurso da indústria de armas. Apresentei o projeto porque mais de 70% da população de Santa Catarina aprova a ideia e porque moro em uma região com forte tradição de caça e tiro”, argumenta.
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