Vereador Junior Hostins pede que Igreja Matriz seja declarada Patrimônio Cultural e Imaterial de Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

O vereador Francisco Hostins Junior quer declarar a Igreja Matriz São Pedro Apóstolo ‘Patrimônio Cultural e Imaterial de Gaspar’. A indicação foi enviada ao prefeito Kleber Wan-Dall, para que ele submeta ao Conselho Municipal de Cultura, conforme determina a Lei.

Hostins destaca a importância e relevância que a igreja tem na vida dos moradores da cidade como símbolo religioso, ponto turístico, valor histórico e espaço para fomentar a cultura. “A Igreja Matriz São Pedro Apóstolo de Gaspar é muito mais que um símbolo religioso. Ela representa o trabalho árduo e a devoção de todo um povo que depositou no seu empenho o desejo de ter esse símbolo de beleza e religiosidade em nosso município. Além de um templo religioso, é o abrigo de muitos gasparenses que buscam na paz de espírito a força para seguir em frente”.

História

Em 1861 foram criadas a Paróquia e a Freguesia de São Pedro Apóstolo de Gaspar, ocasião em que foi recebido o primeiro padre vigário, Alberto Francisco Gattone. A Igreja Matriz de Gaspar é resultado da união de esforços de muitas lideranças comunitárias e do trabalho árduo e espontâneo de grande parte da população nas décadas de 1940 e 1950, época de sua construção. O serviço de retirada de terra foi manual, num trabalho organizado em forma de mutirão.

Seguia-se o cronograma feito pelo padre vigário, pelos ‘fabriqueiros’ e comissões, nas reuniões onde se estudavam as formas de mobilização do povo para a concretização da obra. Dezenas de chefes de turmas foram definidos. Cada comunidade era representada por um líder, que requisitava os homens, carroças e ferramentas para, durante um dia de cada mês, trabalhar com amor e afinco nos serviços gerais de ‘cavado do morro’.

Inaugurada a 03 de maio de 1956, a igreja tem 47 metros de comprimento; 24,25 metros de largura; 13,15 metros de altura; e torres com 45 metros. A construção obedeceu ao projeto arquitetônico do engenheiro alemão Simon Gramlich, que morou em Blumenau na década de 1930, sendo responsável pela execução de verdadeiras obras de arte como as igrejas matrizes de Itajaí, Rio do Sul, Azambuja (Brusque), Gaspar, Ilhota, Indaial, Escalvados (Itajaí) e São João Batista. No Rio Grande do Sul, projetou a Catedral de Passo Fundo e Santa Cruz do Sul.

Ediçãoi 2145